Contributos para uma estratégia de participação das bibliotecas na Web 2.0
1. CONTRIBUTOS PARA A DEFINIÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA
DE PARTICIPAÇÃO DAS BIBLIOTECAS NA WEB 2.0
Paulo Leitão
FCG
CIDEHUS, UÉ
CHAM, FCSH
2. 1. Ponto de partida: resultados de investigação
2. Uma abordagem genérica a uma estratégia de participação
3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
4. Discussão
3. 1.1. Objetivos, Universo e amostra
Práticas e representações das bibliotecas da RNBP
Participação das bibliotecas da RNBP nas plataformas da Web 2.0, Sítios Web e Catálogos:
42 blogues / 279 post’s
70 contas no Facebook / 38 páginas / 2.198 publicações /1.131 álbuns
14 contas no Twitter /999 tweets
12 contas no Flickr
18 contas no YouTube
5 contas no Slideshare
3
12 contas no Scribd
2 contas no Delicious
75 sítios Web
101 Web OPAC’s
4. 2.1. Universo e amostra
Conceções e representações dos profissionais
14 entrevistas
BM1 = 42,85%
BM2 = 35,71%
BM3 = 21,42%
4
5. 2.2. Resultados e Discussão
2.2.1. Construção da identidade nas plataformas
Aspeto pouco valorizado, muitas vezes ausente
Auto-descrições valorizam sobretudo a biblioteca como espaço físico de prestação de
serviços
O passado como forma de transmitir a perenidade
Frequente ausência de definição dos objetivos da participação (menos frequente nos blogues)
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6. 2.2.1. Construção da identidade nas plataformas
O Internauta em apuros (1):
Identificar o autor da conta
Compreender o que pretendem as bibliotecas com a participação
Tomar a decisão de seguir ou não a Biblioteca
6
7. 2.2.2. Compromisso de socialização
As bibliotecas não usam os mecanismos de socialização das plataformas
As bibliotecas são seguidas pelos internautas
MAS
Raramente seguem alguém
As bibliotecas não estão nas plataformas para se integrar numa comunidade
7
8. 2.2.2. Compromisso de socialização
O Internauta em apuros (2):
Tarefa da descoberta da sua exclusiva responsabilidade.
Jamais será “encontrado”
Expetativa de reciprocidade gorada
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9. 2.2.3. Os Conteúdos: produção / publicação
9
35
30
25
20
15
10
5
0
Padrões tipo dos ritmos de publicação de conteúdos
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7 Semana 8 Semana 9 Semana 10
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3
11. 2.2.3. Os Conteúdos: organização
Ausência: conteúdos publicados sem qualquer descrição
Não normalizada: conteúdos do mesmo tipo podem ser descritos de forma diversa
Pouca sistematicidade: conteúdos descritos VS não descritos
Ausência de exploração das formas de representação do conteúdo: o caso das
“tag’s”
Mas Também
Conteúdos descritos de forma sistemática e normalizada
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12. O Internauta em apuros (3):
Dificuldade em descobrir os conteúdos publicados
Dificuldade em identificar / avaliar a publicação
Impossibilidade de criar uma expetativa quanto à regularidade dos conteúdos
Dificuldade em manter o interesse
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13. 2.2.4. As plataformas da Web 2.0 na prática das bibliotecas públicas
Máquinas de difusão de notícias sobre as atividades
Canais de promoção do Livro e da Leitura
Leitura de lazer e uma cultura “cultivada”
Baixo nível de interação com os públicos
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14. 2.2.4. As plataformas da Web 2.0 na prática das bibliotecas públicas
Completa ausência da prestação de serviços
Reduzida aposta nas potencialidades das plataformas para organização e
descoberta de conteúdos
Experimentação VS Consistência de utilização
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16. 16
2.2.5. O discurso sobre a prática ou quando o puzzle ganha sentido
A ausência de uma estratégia
O impulso intuitivo da experimentação e a dificuldade de ultrapassar este patamar
Uma conceção operacional das plataformas: Divulgar…divulgar…divulgar atividades,
livros…
As plataformas servem para conduzir os utilizadores à biblioteca física
A abertura da biblioteca ao Mundo
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Um participação reconhecidamente episódica, desorganizada, amadora
A ausência de know-how e as dificuldades da formação
Públicos e comunidades:
O clássico modelo da intermediação e o público como um recetor
O público como produtor e a obsessão do controle
O utilizador do território VS os outros
A verdadeira cidadania é ganha quando se acede ao templo
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Um utilizador à imagem do bibliotecário
O público que invade o espaço sagrado: celeridade e qualidade da resposta
“Podemos estar todos com a cabeça a prémio”
A difícil integração das comunidades: a pré-validação como condição
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A caminho da mudança
Uma estratégia (assumida!) pela diferenciação. A importância do Local.
A biblioteca como agregadora de informação e de indivíduos
A participação consentida e motivada embora contaminada pela ânsia do
controle
Uma certa subordinação do utilizador: o público como coadjuvante do
trabalho de identificação e descrição dos conteúdos
20. 20
A caminho da mudança
Diversificação de conteúdos publicados
A possibilidade de um efetivo serviço: o caso do serviço de referência
A exigência de equipas mais “culturalmente” qualificadas
A centralidade do novo universo
Um discurso não reconhecidamente aplicado
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3. Conclusões e desenvolvimentos futuros
Uma biblioteca completamente auto-centrada com dificuldade de sair do seu ambiente
Transposição para o novo ambiente do clássico modelo da intermediação
Um modelo finito de participação que depende de variáveis não controláveis
A crónica dificuldade com as tecnologias da informação e da comunicação
O privilégio das missões tradicionais
23. 2. Uma abordagem genérica à construção de uma estratégia de participação
Definir objetivos
Definir audiência
Selecionar canais
Definir formas e ritmos de participação
Gerir a comunidade
Avaliar
24. 2. Uma abordagem genérica à construção de uma estratégia de participação
“Do not, repeat, do not allow your library to enter social media without knowing what it
wants to get out of it! If there is no clear picture of what “success” means, your library
isn’t ready to enter these communities” (SOLOMON, 2011)
25. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.1. Perfil “divulgação de atividades”
É uma abordagem minimalista com alta probabilidade de insucesso.
Posicionamento do outro como mero recetor.
Contraria o ambiente de participação e partilha.
26. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
“Mas, lá está, para chegarmos um pouco mais, às tantas, tínhamos que fazer
um outro tipo de trabalho, digo eu. Entrar um bocadinho mais na
profundidade e não ficarmos só por “olha, fizemos isto”, ou “vamos fazer
aquilo”, porque isso é um pouco ficar só ao nível da promoção do livro
enquanto ações que vamos fazendo para o público” (participante)
27. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.1. Perfil “divulgação de atividades”
Condições para “algum” sucesso:
Regularidade das publicações
Ritmo (muitas vezes mais resulta em menos!)
Suscitar a participação da comunidade através da produção de conteúdos (fotos da
atividade, teewtar a atividade -hastag da atividade -, balanços da atividade, propostas
de melhoria, sugestões para outras atividades)
28. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.2. Perfil divulgação de atividades + divulgação do fundo documental
Seleção dos conteúdos a divulgar com propósito definido. Possibilidade de criação de
rubricas.
Originalidade dos textos. Associação de imagens. Textos relativamente curtos, correção
gramatical. Estilo "elegante" mas simples.
Suscitar a participação da comunidade: concursos, sugestões de leitura da comunidade,
comentários críticos a livros, discos, filmes (a forma mais exigente!!!), clubes virtuais
de "leitura".
29. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.3. Perfil divulgação de atividades + divulgação do fundo documental + publicação /
produção de conteúdos
Modelo "um para muitos".
Modelo "muitos para muitos"
Selecionar temática. A importância do local.
Promover a participação.
Formação.
Crowdsourcing
30. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.3. Perfil divulgação de atividades + divulgação do fundo documental + publicação /
produção cooperativa de conteúdos
Gerir a comunidade:
Definir claramente objetivos e formas de participação.
Não deixar a comunidade sozinha, mas não ser o polícia.
Descobrir e captar "líderes" da comunidade.
Não esperar resultados estrondosos rapidamente.
Trata-se de um processo de crescimento
31. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.4. Perfil divulgação de atividades + divulgação do fundo documental + publicação /
produção cooperativa de conteúdos + serviços
Definição do serviço e das condições da sua prestação:
Que serviço?
Que conteúdos ?
Compromissos de serviço: âmbito, regularidade, tempos de resposta
32. 3. Perfis de uso: vantagens, desvantagens e condições de sucesso
3.5.Condições transversais de sucesso
Mudança de paradigma na perceção do outro
Organizar conteúdos e informação
Gerir a participação: ouvir a comunidade, suscitar feedback, responder, acompanhar
Construir capital social
Avaliar.