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Disciplina de Reumatologia
Alambert,
PA
VASCULITE II
• A granulomatose de Wegener é uma
doença sistêmica caracterizada por
vasculite necrosante granulomatosavasculite necrosante granulomatosa com
acometimento preferencial das vias aéreas
superiores e inferiores, pulmões, além de
glomerulonefrite e graus variados de
vasculite sistêmica.
Acomete homens e mulheres sem
predileção por sexo.
Maior frequência em indivíduos na
quinta década de vida.
Sintomas constitucionais (febre e
emagrecimento) estão presentes em cerca
de 40% e 70% dos pacientes,
respectivamente, no momento da
apresentação.
• Os sintomas mais comuns são tosse e
hemoptise, seguidos de dispnéia
• Os achados radiológicos mais freqüentes são
infiltrados pulmonaresinfiltrados pulmonares (67%) e nódulosnódulos (58%),
estes geralmente múltiplos, bilaterais e cavitação
em cerca de 50% dos casos.
• Manifestações menos freqüentes incluem
derrame pleuralderrame pleural (5% a 20% dos pacientes),
presença de massas mediastinaismassas mediastinais e aumento de
linfonodoslinfonodos.
• A estenose subglóticaestenose subglótica é a manifestação mais
comum, sendo freqüentemente necessárias
dilatações, muitas vezes com múltiplos
procedimentos.
• São relatados dispnéia aos esforços, tosse e
estridor nas formas mais graves. Em 75% dos
casos o achado broncoscópico é o de segmento
estenótico da via aérea, com aparência
cicatricial, sem alterações inflamatórias agudas
• O acometimento de vias aéreas superiores é a
manifestação clínica mais freqüente, estando presente
em 73 a 93%dos pacientes na apresentação do quadro e
em 92% no decorrer do tempo.
• Podem ocorrer sinusitesinusite, rinorréia purulentarinorréia purulenta, úlcerasúlceras
mucosasmucosas, crostas nasaiscrostas nasais, epistaxeepistaxe e obstrução nasalobstrução nasal. O
nariz em selanariz em sela, secundário ao desabamento da ponte
nasal, raro (12%), é bastante característico da doença,
apesar de não ser patognomônico. Existe ainda
predisposição à infecção crônica por Staphylococcus
aureus e Pseudomonas aeruginosa.
• Otite médiaOtite média e otalgia também são bastante
freqüentes, assim como perda da audiçãoperda da audição.
Também podem estar presentes úlceras oraisúlceras orais
dolorosasdolorosas, gengivite hiperplásticagengivite hiperplástica e aumento
doloroso das glândulas submandibulares eglândulas submandibulares e
parótidasparótidas.
• O acometimento renal ocorre entre 70% A 77%
dos pacientes no decorrer da doença, com
leucocitúrialeucocitúria, hematúriahematúria e proteinúriaproteinúria, mas
raramente é devido à doença granulomatosa. As
manifestações histopatológicas vão desde
formas leves, como a glomerulonefrite
segmentar e focal, a glomerulonefrite
rapidamente progressiva, que freqüentemente
cursa com insuficiência renal dialítica.
• Manifestações oculares inespecíficas:
hemorragias conjuntivais, esclerite, uveíte,
ceratite e episclerite, além de obstrução do ducto
lacrimal.
Proptose, secundária à formação de pseudotumor
retro orbitário, em geral associada a dor ocular,
diplopia ou perda de visão.
• Manifestações cutâneas : úlceras,
púrpuras palpáveis, nódulos subcutâneos,
pápulas e vesículas. Pioderma
gangrenoso e fenônemo de Raynaud são
raramente relatados.
• Envolvimento neurológico: A manifestação mais comum
é a neuropatia periféricaneuropatia periférica, sendo mais freqüentes
mononeurite multiplexmononeurite multiplex e polineuropatia distal simétricapolineuropatia distal simétrica
sensitivo-motorasensitivo-motora.
Sistema nervoso central :infarto cerebral, hematoma
subdural e hemorragia subaracnóidea. Acometimento
dos pares cranianos, especialmente do II, VI e VII, pode
ocorrer. Oftalmoplegia pode ocorrer de forma
independente ou associada ao pseudo-tumor
retroorbitário.
• Ainda podem ocorrer acometimento do
sistema gastrintestinal, com úlceras e
hemorragia digestiva, isquemia cardíaca
devida a lesões coronarianas, e
manifestações genitourinárias, e músculo-
esqueléticas.
Distribuição do acometimento em 50 pacientes
• Os achados laboratoriais são os de uma doença
inflamatória sistêmica com anemia
normocrômica e normocítica, trombocitose e
velocidade de hemossedimentação elevada.
• Alterações nos níveis de uréia e creatinina e
sedimento urinário rico (com proteinúria e
leucocitúria) ocorrem na vigência de
envolvimento renal.
• Achados radiológicos mais freqüentes: infiltradosinfiltrados
pulmonarespulmonares (67%) e nódulosnódulos (58%), estes geralmente
múltiplos, bilaterais e cavitação em cerca de 50% dos
casos.
• A tomografia computadorizada de tórax é superior ao
radiograma simples.
• NódulosNódulos são identificados em até 70% dos casos,
variando de poucos milímetros a 10cm. Tendem a ser
múltiplos, com distribuição homogênea bilateral, e
podem aumentar em tamanho e número com a
progressão da doença.
• Cavitação é vista na maioria dos nódulos com mais de
2cm de diâmetro.
• Áreas de consolidaçãoconsolidação e vidro foscovidro fosco em diversos
padrões, entre eles consolidação com distribuição
peribrônquica, consolidação focal sem ou com cavitação,
bandas parenquimatosas, áreas de consolidação
periférica mimetizando infartos pulmonares, e áreas de
vidro fosco difusas e bilaterais, em geral representando
hemorragia alveolar.
• Manifestações menos freqüentes incluem derrame
pleural, presença de massas mediastinais e aumento de
linfonodos, em geral em associação com infiltrados
parenquimatosos.
• O padrão citoplasmático (cANCAcANCA) na imunofluorescência
indireta é um marcador do anticorpo dirigido à proteinase-
3, protease presente nos grânulos azurófilos dos
neutrófilos, e o padrão perinuclear (P-ANCAP-ANCA) é um
marcador do anticorpo antimieloperoxidase, enzima
presente nos lisossomos dos neutrófilos. O padrão
citoplasmático relaciona-se com a granulomatose de
Wegener, com especificidade de até 90%. O padrão
perinuclear correlaciona-se a outras vasculites, como a
poliangeíte microscópica. Os estudos iniciais mostraram
sensibilidade e especificidade acima de 90% na doença
em atividade.
• As manifestações histológicas da
granulomatose de Wegener incluem
necrose parenquimatosa, vasculite e
inflamação granulomatosa.
• 1-inflamação nasal ou oral
• 2-nódulos, infiltrados fixos, ou cavitações na radiografia
simples de tórax
• 3-hematúria microscópica ou mais de cinco eritrócitos
porcampo de grande aumento
• 4-inflamação granulomatosa na biópsia.
Obs: Pacientes que apresentem pelo menos dois desses
quatro critérios podem ser diagnosticados como
portadores de granulomatose de Wegener, com
sensibilidade e especificidade relatadas,
respectivamente, de 88,2% e 92%, em relação a outras
vasculites.
• 1-PREDNISONA 1mg/kg/dia por quatro a seis semanas
• Deve-se associar ciclofosfamida na dose de 2-3 mg/kg/dia
• 2-azatioprina (2 mg/kg/dia) substituindo a ciclofosfamida no
tratamento de manutenção após indução de remissão foi proposto
por um estudo recente
• 3-Metotrexato (0,3 mg/kg/semana) é outra opção terapêutica para
pacientes refratários ou com efeitos da toxicidade da ciclofosfamida
• 4-As formas graves devem ser tratadas agressivamente com pulso
de metilprednisolona (500 a 1.000 mg/dia por três dias), e
ciclofosfamida (2 a 3 mg/kg/ dia).(3-5)
• 5-A realização de plasmaferese pode ser considerada nos casos
refratários.
• 6-Trimetoprim-sulfametoxazol (800mg/dia de sulfametoxazol) deve
ser associado aos pacientes com granulomatose de Wegener com
diminuição do número de recidivas, e também como profilaxia de P.
carinii na fase de imunossupressão.
Vasculite II
• A arterite de células gigantesarterite de células gigantes (ACG) é uma vasculite
sistêmica que acomete artérias de calibre médio e
grande, não se restringindo obrigatoriamente à artéria
temporal, como o seu
nome pode fazer supor.
• Outras artérias como as ciliares, a oftálmica e a artéria
central da retina são frequentemente envolvidas.
• Estudos de necropsia têm demonstrado o
comprometimento da aorta e dos seus ramos principais
— subclávia, coronária e Femoral.
• A ocorrência da ACG está intimamente
relacionada com a idade, sendo rara em
indivíduos com menos de 50 anos. Após essa
idade, a incidência e a prevalência sofrem
incrementos progressivos
• A ACG predomina na raça branca.
• A maioria dos trabalhos se refere ao fato de que
a ACG é mais prevalente nas mulheres.
• A cefaléiacefaléia é o sintoma mais freqüente , embora costume
predominar sobre a artéria temporal acometida, apenas
numa minoria a sensação dolorosa se restringe a essa
região, estendendo-se às áreas vizinhas.
• Numa parcela pequena de pacientes o acometimento
das artérias é bilateral e a dor pode tornar-se difusa.
• O caráter é variável, podendo ser constante ou
intermitente, lancinante ou pulsátil.
• Em cerca de 25% dos casos, há hipersensibilidade do
couro cabeludo ao toque ou ao escovar os cabelos .
• Febre, perda ponderal, fadiga, sensação mal
definida de doença, sudorese noturna e anorexia
são outras queixas comuns.
• Menos freqüentemente, os pacientes
apresentam claudicação do masseter, que se
manifesta após alguns minutos de mastigação, e
amaurose fugaz.
• Em 40 a 50% dos pacientes, há superposição de
polimialgia reumáticapolimialgia reumática, quadro caracterizado por
mialgia e rigidez dos músculos proximais dos
membros.
• As complicações da ACG estão relacionadas a
fenômenos isquêmicos. A mais freqüente e
temida é a perda visual, que ocorre entre 7% e
60% dos pacientes não tratados. Em geral, a
instalação é súbita e o defeito é irreversível.
Comprometimento ocular na arteritis de células gigantes. A:
neuropatía óptica isquémica; B: oclusão não embólica da
arteria central de la retina C: parálisia oculomotora
• A causa da perda visual mais freqüente é a neurite óptica
isquêmica secundária ao comprometimento inflamatório e
trombose das pequenas artérias ciliare s po ste rio re s , que
suprem o nervo óptico.
• Menos comumente, deve-se à neuropatia óptica isquêmica
posterior, oclusão da artéria central da retina ou infarto
occipital bilateral.
• Nos casos não tratados, pode ocorrer perda da visão no outro
olho.
• Complicações menos frequentes são: ataques isquêmicos
transitórios ou infartos cerebrais por acometimento das
carótidas ou vertebrais, estado confusional agudo; demência
por múltiplos infartos cerebrais; mielopatia isquêmica cervical
e mononeuropatias.
• Com a progressão da doença, a artéria temporal tende a
se tornar ingurgitada, tortuosa e saliente. A área
adjacente ao vaso pode se mostrar edemaciada. À
palpação, em geral, a artéria se torna espessada,
endurecida, nodulada e o dolorimento estende-se à
região circunjacente.
• Nos casos de neuropatia óptica isquêmica, a papila
revela-se edemaciada e com pequenas hemorragias, na
fase aguda. Na fase crônica, essas alterações são
substituídas por palidez e atrofia.
• Aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS),
que se encontra acima de 100mm na primeira hora . A
VHS dentro da faixa de normalidade, no entanto, não
afasta o diagnóstico. A proteína C reativa também
costuma elevar-se na ACG.
• Outras alterações laboratoriais possíveis incluem:
anemia normocítica normocrômica leve; leucocitose
discreta; anormalidades da função hepática (mais
comumente, aumentos discretos da fosfatase alcalina e
transaminases); elevação dos níveis plasmáticos de
fibrinogênio, a2 globulina, complemento e g globulina e
redução da albumina.
• A biópsia da artéria temporal deve ser realizada em
todos os pacientes para os quais haja a suspeita de ACG
com base na anamnese e exame físico, ainda que a
VHS tenha sido normal.
• O exame microscópico revela uma panarterite com
infiltrado inflamatório perivascular, hipertrofia da íntima,
necrose da média associada com formação de tecido
granulomatoso, presença de células gigantes e trombose
da luz.
• Há interposição de áreas sadias e outras
comprometidas.
• Biópsias obtidas em fases iniciais costumam revelar
predomínio de infiltrado inflamatório, enquanto nas fases
mais adiantadas, vê-se com mais facilidade a formação
de granuloma e as células gigantes.
• Os critérios diagnósticos para ACG propostos pelo Colégio
Americano de Reumatologia em 1990, são:
• idade igual ou superior a 50 anos
• cefaléia localizada de início recente
• artéria temporal dolorida à palpação ou diminuição do pulso
da artéria temporal.
• velocidade de hemossedimentação maior ou igual a 50 mm na
primeira hora
• Biópsia revelando arterite necrotizante com predomínio de
infiltrado inflamatório mononuclear ou processo
granulomatoso com células gigantes multinucleadas.
Obs:O preenchimento de três dos cinco critérios foram
associados com uma sensibilidade de 93,5% e especificidade
de 91,2%.
• Prednisona: 60 a 80 mg /dia
• Azatioprina: 100 a 150 mg/dia
Vasculite II
• A poliarterite nodosa (PAN) é uma vasculite necrosante
sistêmica caracterizada pela presença de um processo
inflamatório agudo e necrose fibrinoide das artérias de
pequeno e médio calibre.
• É mais comum nos homens entre 40 e 60 anos, com
uma proporção de cerca de 2:1 em relação às mulheres.
• Cerca de 30% dos pacientes com PAN possuem os
antígenos de superfície HbSAg e Anti-Hbs do vírus da
hepatite B no soro.
• Em mais de 70% dos doentes, a febrefebre é a manifestação
inicial. ArtralgiasArtralgias ou artriteartrite surgem em cerca de 50%
dos casos, sendo a poliartrite assimétrica não
deformante das grandes articulações das extremidades
inferiores a mais comum.
• Na PAN, são frequentes as manifestações cutâneas,
sendo as mais comuns: livedo reticularislivedo reticularis, fenômeno defenômeno de
RaynaudRaynaud e úlcerasúlceras e alterações isquêmicas das
extremidades dos dedos
• Sintomas sistêmicos, como a dor em vísceras e nos
músculos esqueléticos, ocorrem devido ao declínio do
suprimento arterial. É comum no quadro, a hipertensãohipertensão
arterialarterial de início rápido.
• A doença pode progredir para uma insuficiência renalinsuficiência renal
devido à vasculite.
• A PAN sistêmica normalmente inicia o quadro com
fadiga, astenia, febre, mialgia e artralgia, seguindo-se
por acometimentos específicos em órgãos como pele,
nervos periféricos, trato digestivo e rins.
• A neuropatia periférica ocorre em cerca de 50 – 75% dos
casos de PAN, podendo ser a manifestação inicial; a
mais comum e muito sugestiva de vasculite é a
mononeurite mulpilex (polineuropatia assimétrica)
• O envolvimento do sistema nervoso central ocorre entre
10 – 20% das poliarterites , manifestando-se por
disfunção cerebral ou cerebelosa, nas situações de
vasculite difusa, ou por défices motores focais, nas
situações de isquemia ou hemorragia cerebral.
• O envolvimento gastrintestinal pode ocorrer em
cerca de 40 % dos doentes.
• O sintoma mais frequente é a dor abdominal,
traduzindo, na maioria dos casos, isquemia
mesentérica. A vasculite intestinal atinge, na
maioria dos casos, o intestino delgado, podendo
ocorrer enfarte com perfuração intestinal.
• Em 60 – 80% dos doentes com PAN ocorre
envolvimento renal, em consequência de fenómenos de
isquemia, hemorragia ou enfarte renal.Os achados mais
comuns são a proteinúria, macro ou microematúria e
cilindros celulares; pode ocorrer síndroma nefrótica ou
insuficiência renal aguda.
• A hipertensão arterial, presente até 50% dos doentes,
parece resultar da activação do sistema
reninaangiotensina por isquemia renal.
• O diagnóstico da PAN depende da evidência
histológica de vasculite. A biopsia de órgãos
clinicamente afetados, como nervos periféricos,
testículo e pele, tem uma sensibilidade de 65%.
A angiografia seletiva da região abdominal
(tronco celíaco e artérias renais) pode evidenciar
a presença de estenoses irregulares e de
múltiplos microaneurismas característicos da
PAN.
• Corticosteróides
• Ciclofosfamida
VASCULITE II
• A Doença de Behçet é um distúrbio inflamatório,
multissistêmico, que se manifesta por alterações muco-
cutâneas, oculares, vasculares, gastrointestinais,
articulares, urogenitais, pulmonares, renais e
neurológicas.
• O diagnóstico é clínico, não há exame laboratorial
específico. O tratamento está na dependência das
manifestações
• O diagnóstico é baseado em critérios clínicos: Úlceras
orais recorrentes e mais dois critérios: Úlcera genital
recorrente, Lesão oftálmica (uveíte anterior, uveíte
posterior,vasculite retiniana), Lesão cutânea (lesões
pápulo-pustulosas ou lesões eritema nodosolike),
Patergia (reação vascular neutrofílica ou vasculite
leucocitoclástica).
• Pode evoluir com alterações vasculares,
gastrointestinais, articulares, urogenitais, pulmonares,
renais e neurológicas, além do quadro clínico
característico.
• O tratamento tópico ou sistêmico, está na dependência
das manifestações apresentadas, sendo descritos:
antisépticos, anestésicos, anti-inflamatórios, sucralfato,
nitrato de prata, corticóide, pentoxifilina, ciclofosfamida,
dapsona, levamisol, azatioprina, talidomida, ciclosporina,
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Vasculites II

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Vasculites II

  • 3. • A granulomatose de Wegener é uma doença sistêmica caracterizada por vasculite necrosante granulomatosavasculite necrosante granulomatosa com acometimento preferencial das vias aéreas superiores e inferiores, pulmões, além de glomerulonefrite e graus variados de vasculite sistêmica.
  • 4.
  • 5. Acomete homens e mulheres sem predileção por sexo. Maior frequência em indivíduos na quinta década de vida.
  • 6. Sintomas constitucionais (febre e emagrecimento) estão presentes em cerca de 40% e 70% dos pacientes, respectivamente, no momento da apresentação.
  • 7.
  • 8. • Os sintomas mais comuns são tosse e hemoptise, seguidos de dispnéia • Os achados radiológicos mais freqüentes são infiltrados pulmonaresinfiltrados pulmonares (67%) e nódulosnódulos (58%), estes geralmente múltiplos, bilaterais e cavitação em cerca de 50% dos casos. • Manifestações menos freqüentes incluem derrame pleuralderrame pleural (5% a 20% dos pacientes), presença de massas mediastinaismassas mediastinais e aumento de linfonodoslinfonodos.
  • 9. • A estenose subglóticaestenose subglótica é a manifestação mais comum, sendo freqüentemente necessárias dilatações, muitas vezes com múltiplos procedimentos. • São relatados dispnéia aos esforços, tosse e estridor nas formas mais graves. Em 75% dos casos o achado broncoscópico é o de segmento estenótico da via aérea, com aparência cicatricial, sem alterações inflamatórias agudas
  • 10. • O acometimento de vias aéreas superiores é a manifestação clínica mais freqüente, estando presente em 73 a 93%dos pacientes na apresentação do quadro e em 92% no decorrer do tempo. • Podem ocorrer sinusitesinusite, rinorréia purulentarinorréia purulenta, úlcerasúlceras mucosasmucosas, crostas nasaiscrostas nasais, epistaxeepistaxe e obstrução nasalobstrução nasal. O nariz em selanariz em sela, secundário ao desabamento da ponte nasal, raro (12%), é bastante característico da doença, apesar de não ser patognomônico. Existe ainda predisposição à infecção crônica por Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa.
  • 11. • Otite médiaOtite média e otalgia também são bastante freqüentes, assim como perda da audiçãoperda da audição. Também podem estar presentes úlceras oraisúlceras orais dolorosasdolorosas, gengivite hiperplásticagengivite hiperplástica e aumento doloroso das glândulas submandibulares eglândulas submandibulares e parótidasparótidas.
  • 12.
  • 13. • O acometimento renal ocorre entre 70% A 77% dos pacientes no decorrer da doença, com leucocitúrialeucocitúria, hematúriahematúria e proteinúriaproteinúria, mas raramente é devido à doença granulomatosa. As manifestações histopatológicas vão desde formas leves, como a glomerulonefrite segmentar e focal, a glomerulonefrite rapidamente progressiva, que freqüentemente cursa com insuficiência renal dialítica.
  • 14. • Manifestações oculares inespecíficas: hemorragias conjuntivais, esclerite, uveíte, ceratite e episclerite, além de obstrução do ducto lacrimal. Proptose, secundária à formação de pseudotumor retro orbitário, em geral associada a dor ocular, diplopia ou perda de visão.
  • 15. • Manifestações cutâneas : úlceras, púrpuras palpáveis, nódulos subcutâneos, pápulas e vesículas. Pioderma gangrenoso e fenônemo de Raynaud são raramente relatados.
  • 16.
  • 17. • Envolvimento neurológico: A manifestação mais comum é a neuropatia periféricaneuropatia periférica, sendo mais freqüentes mononeurite multiplexmononeurite multiplex e polineuropatia distal simétricapolineuropatia distal simétrica sensitivo-motorasensitivo-motora. Sistema nervoso central :infarto cerebral, hematoma subdural e hemorragia subaracnóidea. Acometimento dos pares cranianos, especialmente do II, VI e VII, pode ocorrer. Oftalmoplegia pode ocorrer de forma independente ou associada ao pseudo-tumor retroorbitário.
  • 18. • Ainda podem ocorrer acometimento do sistema gastrintestinal, com úlceras e hemorragia digestiva, isquemia cardíaca devida a lesões coronarianas, e manifestações genitourinárias, e músculo- esqueléticas.
  • 20. • Os achados laboratoriais são os de uma doença inflamatória sistêmica com anemia normocrômica e normocítica, trombocitose e velocidade de hemossedimentação elevada. • Alterações nos níveis de uréia e creatinina e sedimento urinário rico (com proteinúria e leucocitúria) ocorrem na vigência de envolvimento renal.
  • 21. • Achados radiológicos mais freqüentes: infiltradosinfiltrados pulmonarespulmonares (67%) e nódulosnódulos (58%), estes geralmente múltiplos, bilaterais e cavitação em cerca de 50% dos casos. • A tomografia computadorizada de tórax é superior ao radiograma simples. • NódulosNódulos são identificados em até 70% dos casos, variando de poucos milímetros a 10cm. Tendem a ser múltiplos, com distribuição homogênea bilateral, e podem aumentar em tamanho e número com a progressão da doença. • Cavitação é vista na maioria dos nódulos com mais de 2cm de diâmetro.
  • 22. • Áreas de consolidaçãoconsolidação e vidro foscovidro fosco em diversos padrões, entre eles consolidação com distribuição peribrônquica, consolidação focal sem ou com cavitação, bandas parenquimatosas, áreas de consolidação periférica mimetizando infartos pulmonares, e áreas de vidro fosco difusas e bilaterais, em geral representando hemorragia alveolar. • Manifestações menos freqüentes incluem derrame pleural, presença de massas mediastinais e aumento de linfonodos, em geral em associação com infiltrados parenquimatosos.
  • 23.
  • 24.
  • 25. • O padrão citoplasmático (cANCAcANCA) na imunofluorescência indireta é um marcador do anticorpo dirigido à proteinase- 3, protease presente nos grânulos azurófilos dos neutrófilos, e o padrão perinuclear (P-ANCAP-ANCA) é um marcador do anticorpo antimieloperoxidase, enzima presente nos lisossomos dos neutrófilos. O padrão citoplasmático relaciona-se com a granulomatose de Wegener, com especificidade de até 90%. O padrão perinuclear correlaciona-se a outras vasculites, como a poliangeíte microscópica. Os estudos iniciais mostraram sensibilidade e especificidade acima de 90% na doença em atividade.
  • 26.
  • 27. • As manifestações histológicas da granulomatose de Wegener incluem necrose parenquimatosa, vasculite e inflamação granulomatosa.
  • 28. • 1-inflamação nasal ou oral • 2-nódulos, infiltrados fixos, ou cavitações na radiografia simples de tórax • 3-hematúria microscópica ou mais de cinco eritrócitos porcampo de grande aumento • 4-inflamação granulomatosa na biópsia. Obs: Pacientes que apresentem pelo menos dois desses quatro critérios podem ser diagnosticados como portadores de granulomatose de Wegener, com sensibilidade e especificidade relatadas, respectivamente, de 88,2% e 92%, em relação a outras vasculites.
  • 29.
  • 30. • 1-PREDNISONA 1mg/kg/dia por quatro a seis semanas • Deve-se associar ciclofosfamida na dose de 2-3 mg/kg/dia • 2-azatioprina (2 mg/kg/dia) substituindo a ciclofosfamida no tratamento de manutenção após indução de remissão foi proposto por um estudo recente • 3-Metotrexato (0,3 mg/kg/semana) é outra opção terapêutica para pacientes refratários ou com efeitos da toxicidade da ciclofosfamida • 4-As formas graves devem ser tratadas agressivamente com pulso de metilprednisolona (500 a 1.000 mg/dia por três dias), e ciclofosfamida (2 a 3 mg/kg/ dia).(3-5) • 5-A realização de plasmaferese pode ser considerada nos casos refratários. • 6-Trimetoprim-sulfametoxazol (800mg/dia de sulfametoxazol) deve ser associado aos pacientes com granulomatose de Wegener com diminuição do número de recidivas, e também como profilaxia de P. carinii na fase de imunossupressão.
  • 32. • A arterite de células gigantesarterite de células gigantes (ACG) é uma vasculite sistêmica que acomete artérias de calibre médio e grande, não se restringindo obrigatoriamente à artéria temporal, como o seu nome pode fazer supor. • Outras artérias como as ciliares, a oftálmica e a artéria central da retina são frequentemente envolvidas. • Estudos de necropsia têm demonstrado o comprometimento da aorta e dos seus ramos principais — subclávia, coronária e Femoral.
  • 33.
  • 34. • A ocorrência da ACG está intimamente relacionada com a idade, sendo rara em indivíduos com menos de 50 anos. Após essa idade, a incidência e a prevalência sofrem incrementos progressivos • A ACG predomina na raça branca. • A maioria dos trabalhos se refere ao fato de que a ACG é mais prevalente nas mulheres.
  • 35. • A cefaléiacefaléia é o sintoma mais freqüente , embora costume predominar sobre a artéria temporal acometida, apenas numa minoria a sensação dolorosa se restringe a essa região, estendendo-se às áreas vizinhas. • Numa parcela pequena de pacientes o acometimento das artérias é bilateral e a dor pode tornar-se difusa. • O caráter é variável, podendo ser constante ou intermitente, lancinante ou pulsátil. • Em cerca de 25% dos casos, há hipersensibilidade do couro cabeludo ao toque ou ao escovar os cabelos .
  • 36.
  • 37.
  • 38. • Febre, perda ponderal, fadiga, sensação mal definida de doença, sudorese noturna e anorexia são outras queixas comuns. • Menos freqüentemente, os pacientes apresentam claudicação do masseter, que se manifesta após alguns minutos de mastigação, e amaurose fugaz.
  • 39. • Em 40 a 50% dos pacientes, há superposição de polimialgia reumáticapolimialgia reumática, quadro caracterizado por mialgia e rigidez dos músculos proximais dos membros. • As complicações da ACG estão relacionadas a fenômenos isquêmicos. A mais freqüente e temida é a perda visual, que ocorre entre 7% e 60% dos pacientes não tratados. Em geral, a instalação é súbita e o defeito é irreversível.
  • 40. Comprometimento ocular na arteritis de células gigantes. A: neuropatía óptica isquémica; B: oclusão não embólica da arteria central de la retina C: parálisia oculomotora
  • 41. • A causa da perda visual mais freqüente é a neurite óptica isquêmica secundária ao comprometimento inflamatório e trombose das pequenas artérias ciliare s po ste rio re s , que suprem o nervo óptico. • Menos comumente, deve-se à neuropatia óptica isquêmica posterior, oclusão da artéria central da retina ou infarto occipital bilateral. • Nos casos não tratados, pode ocorrer perda da visão no outro olho. • Complicações menos frequentes são: ataques isquêmicos transitórios ou infartos cerebrais por acometimento das carótidas ou vertebrais, estado confusional agudo; demência por múltiplos infartos cerebrais; mielopatia isquêmica cervical e mononeuropatias.
  • 42. • Com a progressão da doença, a artéria temporal tende a se tornar ingurgitada, tortuosa e saliente. A área adjacente ao vaso pode se mostrar edemaciada. À palpação, em geral, a artéria se torna espessada, endurecida, nodulada e o dolorimento estende-se à região circunjacente. • Nos casos de neuropatia óptica isquêmica, a papila revela-se edemaciada e com pequenas hemorragias, na fase aguda. Na fase crônica, essas alterações são substituídas por palidez e atrofia.
  • 43. • Aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS), que se encontra acima de 100mm na primeira hora . A VHS dentro da faixa de normalidade, no entanto, não afasta o diagnóstico. A proteína C reativa também costuma elevar-se na ACG. • Outras alterações laboratoriais possíveis incluem: anemia normocítica normocrômica leve; leucocitose discreta; anormalidades da função hepática (mais comumente, aumentos discretos da fosfatase alcalina e transaminases); elevação dos níveis plasmáticos de fibrinogênio, a2 globulina, complemento e g globulina e redução da albumina.
  • 44. • A biópsia da artéria temporal deve ser realizada em todos os pacientes para os quais haja a suspeita de ACG com base na anamnese e exame físico, ainda que a VHS tenha sido normal. • O exame microscópico revela uma panarterite com infiltrado inflamatório perivascular, hipertrofia da íntima, necrose da média associada com formação de tecido granulomatoso, presença de células gigantes e trombose da luz. • Há interposição de áreas sadias e outras comprometidas. • Biópsias obtidas em fases iniciais costumam revelar predomínio de infiltrado inflamatório, enquanto nas fases mais adiantadas, vê-se com mais facilidade a formação de granuloma e as células gigantes.
  • 45.
  • 46. • Os critérios diagnósticos para ACG propostos pelo Colégio Americano de Reumatologia em 1990, são: • idade igual ou superior a 50 anos • cefaléia localizada de início recente • artéria temporal dolorida à palpação ou diminuição do pulso da artéria temporal. • velocidade de hemossedimentação maior ou igual a 50 mm na primeira hora • Biópsia revelando arterite necrotizante com predomínio de infiltrado inflamatório mononuclear ou processo granulomatoso com células gigantes multinucleadas. Obs:O preenchimento de três dos cinco critérios foram associados com uma sensibilidade de 93,5% e especificidade de 91,2%.
  • 47. • Prednisona: 60 a 80 mg /dia • Azatioprina: 100 a 150 mg/dia
  • 49. • A poliarterite nodosa (PAN) é uma vasculite necrosante sistêmica caracterizada pela presença de um processo inflamatório agudo e necrose fibrinoide das artérias de pequeno e médio calibre. • É mais comum nos homens entre 40 e 60 anos, com uma proporção de cerca de 2:1 em relação às mulheres. • Cerca de 30% dos pacientes com PAN possuem os antígenos de superfície HbSAg e Anti-Hbs do vírus da hepatite B no soro.
  • 50. • Em mais de 70% dos doentes, a febrefebre é a manifestação inicial. ArtralgiasArtralgias ou artriteartrite surgem em cerca de 50% dos casos, sendo a poliartrite assimétrica não deformante das grandes articulações das extremidades inferiores a mais comum. • Na PAN, são frequentes as manifestações cutâneas, sendo as mais comuns: livedo reticularislivedo reticularis, fenômeno defenômeno de RaynaudRaynaud e úlcerasúlceras e alterações isquêmicas das extremidades dos dedos • Sintomas sistêmicos, como a dor em vísceras e nos músculos esqueléticos, ocorrem devido ao declínio do suprimento arterial. É comum no quadro, a hipertensãohipertensão arterialarterial de início rápido. • A doença pode progredir para uma insuficiência renalinsuficiência renal devido à vasculite.
  • 51.
  • 52. • A PAN sistêmica normalmente inicia o quadro com fadiga, astenia, febre, mialgia e artralgia, seguindo-se por acometimentos específicos em órgãos como pele, nervos periféricos, trato digestivo e rins. • A neuropatia periférica ocorre em cerca de 50 – 75% dos casos de PAN, podendo ser a manifestação inicial; a mais comum e muito sugestiva de vasculite é a mononeurite mulpilex (polineuropatia assimétrica) • O envolvimento do sistema nervoso central ocorre entre 10 – 20% das poliarterites , manifestando-se por disfunção cerebral ou cerebelosa, nas situações de vasculite difusa, ou por défices motores focais, nas situações de isquemia ou hemorragia cerebral.
  • 53. • O envolvimento gastrintestinal pode ocorrer em cerca de 40 % dos doentes. • O sintoma mais frequente é a dor abdominal, traduzindo, na maioria dos casos, isquemia mesentérica. A vasculite intestinal atinge, na maioria dos casos, o intestino delgado, podendo ocorrer enfarte com perfuração intestinal.
  • 54. • Em 60 – 80% dos doentes com PAN ocorre envolvimento renal, em consequência de fenómenos de isquemia, hemorragia ou enfarte renal.Os achados mais comuns são a proteinúria, macro ou microematúria e cilindros celulares; pode ocorrer síndroma nefrótica ou insuficiência renal aguda. • A hipertensão arterial, presente até 50% dos doentes, parece resultar da activação do sistema reninaangiotensina por isquemia renal.
  • 55. • O diagnóstico da PAN depende da evidência histológica de vasculite. A biopsia de órgãos clinicamente afetados, como nervos periféricos, testículo e pele, tem uma sensibilidade de 65%. A angiografia seletiva da região abdominal (tronco celíaco e artérias renais) pode evidenciar a presença de estenoses irregulares e de múltiplos microaneurismas característicos da PAN.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 61. • A Doença de Behçet é um distúrbio inflamatório, multissistêmico, que se manifesta por alterações muco- cutâneas, oculares, vasculares, gastrointestinais, articulares, urogenitais, pulmonares, renais e neurológicas. • O diagnóstico é clínico, não há exame laboratorial específico. O tratamento está na dependência das manifestações
  • 62. • O diagnóstico é baseado em critérios clínicos: Úlceras orais recorrentes e mais dois critérios: Úlcera genital recorrente, Lesão oftálmica (uveíte anterior, uveíte posterior,vasculite retiniana), Lesão cutânea (lesões pápulo-pustulosas ou lesões eritema nodosolike), Patergia (reação vascular neutrofílica ou vasculite leucocitoclástica). • Pode evoluir com alterações vasculares, gastrointestinais, articulares, urogenitais, pulmonares, renais e neurológicas, além do quadro clínico característico.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67. • O tratamento tópico ou sistêmico, está na dependência das manifestações apresentadas, sendo descritos: antisépticos, anestésicos, anti-inflamatórios, sucralfato, nitrato de prata, corticóide, pentoxifilina, ciclofosfamida, dapsona, levamisol, azatioprina, talidomida, ciclosporina, colchicina, interferon-alfa, anti-TNF.