SlideShare a Scribd company logo
1 of 111
SEMINÁRIO
ANTIMICROBIANOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CCM-MEDICINA
MIV36 - DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS
Professor: Evanízio Roque de Arruda Júnior
João Pessoa, 10 de julho de 2014.
Grupo
 Camila Formiga
 Ítalo Silveira
 Jessica Cavalcante
 Matheus Pires
 Marília Izídio
 Nathan Lacerda
 Patrícia Leandro
Temas
 Rifampicina
 Sulfonamidas
 Quinolonas
 Anfotericina B
 Fluconazol
Rifampicina
NATHAN LACERDA
WalterTavares,2006.
As Rifamicinas
• Culturas de Streptomyces
mediterranei;
• Rifamicina B (1959);
• Hidrocarbonetos aromáticos
macrocíclicos;
• Classe de antibióticos
semissintéticos;
• Derivados: Rifamicina SV,
rifamicina M e rifampicina.
Histórico:
Walter Tavares, 2006.
Características Gerais
Desenvolvimento de resistência
com certa facilidade.
Lipossolúvel, atingindo boa
concentração nas células.
Provoca imunodepressão.
Inibe a RNA-polimerase
dependende de DNA
Não influencia na síntese de
RNA das células humanas
Walter Tavares, 2006.
Espectro de Ação
Walter Tavares, 2006.
 Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium kansasii,
Mycobacterium marinum, Mycobacterium ulcerans e
Mycobacterium leprae;
 Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis;
 Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogene;
 Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae;
 Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi;
 Moraxella catarrhalis, Brucella spp. e Coxiella burnetii.
Tuberculose e Hanseníase
Resistência
Resistência
Naturalmente: Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter e
Serratia.
Resistência adquirida com o uso isolado da Rifampicina (M.
tuberculosis).
Mutantes: apresentam uma RNA polimerase refrataria à
inibição pela rifampicina.
Walter Tavares, 2006.
Farmacocinética e Metabolismo
Alimento interfere na absorção, por isso devemos utilizar a Rifampicina em jejum.
A droga atinge áreas de necrose caseosa, penetra nas cavernas tuberculosas e
atravessa a barreira hematoencefálica.
2/3 são eliminados através da bile, após metabolização no fígado(citocromo p 450).
Seu uso deve ser evitado em pacientes hepatopatas graves, dado ao risco de
retenção da droga e piora da hepatopatia.
Walter Tavares, 2006.
Interações Medicamentosas
O Sistema CYP450 produz mais enzimas e acelera o catabolismo de outras drogas de metabolização hepática.
Hipoglicemiantes orais, corticosteroides, diazepam, barbitúricos,
cetoconazol, anticoncepcionais orais, estrogênios, progestagênios.
Mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais: recomenda-se a utilização de outro método contraceptivo,
devido ao risco de gravidez.
Pacientes que fazem uso de anticoagulantes diários: determinar diariamente
o tempo de protrombina para ajustar a dose do medicamento.
Existe antagonismo de ação entre a rifampicina e as fluoroquinolonas,
devendo ser evitado seu uso associado.
Walter Tavares, 2006.
Indicações Clínicas e Doses
Tuberculose
Indicações Clínicas e Doses
Hanseníase
Indicações Clínicas e Doses
Brucelose: Rifampicina + Doxiciclina por 30-45 dias.
Meningococo em rino e orofaringe: utilizada como
tratamento e como profilaxia para os contatos íntimos do
paciente.
Utilizada no tratamento de endocardite estafilocócica,
associada a penicilinas, cefalosporinas e
aminoglicosídeos.
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
É bem tolerada, sendo pouco frequentes queixas de náuseas, vômitos e dor abdominal.
O principal efeito adverso da rifampicina está relacionado a sua toxicidade hepática.
Caso a sintomatologia decorra de hepatotoxicidade, o medicamento deve ser suspenso.
Síndrome do Homem Vermelho: coloração vermelha da urina, fezes, lagrimas, saliva e da pele.
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade
Disponibilidade
Formulações para uso oral;
Cápsulas com 300mg;
Suspensão com 100mg/5mL;
Associado: 300mg de Rifampicina e 200mg de Isoniazida.
Walter Tavares, 2006.
Sulfonamidas
MATHEUS PIRES E JESSICA CAVALCANTE
WalterTavares,2006.
Histórico
• Purificador do ar e da água;
• Expulsor dos maus espíritos;
• Antisséptico intestinal;
• Estimulante da pele e
articulações;
• Parasiticida externo.
Antiguidade:
Walter Tavares, 2006.
Histórico
Primeira classe de substâncias
com atividade contra bactérias
gram-positivas e gram-
negativas.
Início em 1932
devido à descoberta
de Gerhard Domagk.
Walter Tavares, 2006.
Características
Apresentam a
mesma estrutura
básica derivada da
sulfanilamida.
Efeito sinérgico
com a pirimetamina
e a trimetoprima.
Ação
essencialmente
bacteriostática.
Walter Tavares, 2006.
Farmacologia
Absorvidas por via oral e
excretadas por via renal.
Atravessam a placenta:
• Potencialidade tóxica para o feto.
• Uso restrito na gravidez.
Presente em todos os tecidos e
líquidos orgânicos.
Walter Tavares, 2006.
Tipos
Sulfadiazina:
• Rápida absorção pelo trato
gastrointestinal e facilitada por pH
alcalino.
• Rápida eliminação por via renal e
facilitada pela alcalinização da
urina.
• Concentração sérica diminui em 6
horas.
Sulfametoxazol:
• Rápida absorção oral e excreção renal
prolongada.
• Concentração sérica persiste por 12
horas.
• É a sulfonamida mais utilizada em
associação com a trimetoprima =
cotrimoxazol.
• Bastante utilizada contra infecções
urinárias e prostatites devido a seu
Walter Tavares, 2006.
Tipos
Sulfadoxina:
• Ação ultra-
prolongada capaz
de manter níveis
séricos por 7 dias.
• É encontrada em
associação com a
pirimetamina no
tratamento da
toxoplasmose.
Sulfadiazina
argêntica:
• Apresentada sob a
forma de creme.
• Tratamento de
infecções em
pacientes
queimados, feridas
infectadas e
infecções
ginecológicas
vaginais.
Sulfasalazina ou
azulfidina:
• Efeito anti-
inflamatório
decorrente da
inibição local de
prostaglandinas.
• Tratamento da
colite ulcerativa e
doença de Crohn.
Walter Tavares, 2006.
Uso clínico
Infecções urinárias e prostatites:
• Cotrimoxazol é um dos tratamentos de escolha.
Toxoplasmose:
• Sulfadiazina com a pirimetamina para tratar as formas
graves.
Malária:
• Associação de sulfadoxina com pirimetamina.
Febre tifóide:
• Cotrimoxazol é uma droga opcional.
Cólera:
• Alternativa às tetraciclinas, especialmente no tratamento
de crianças.
Profilaxia de infecções em pacientes neutropênicos.
Walter Tavares, 2006.
Uso clínico
Isosporíase: cotrimoxazol, por 10 dias, seguindo com metade da dose por 03
semanas – tratamento supressivo indefinidamente;
Criptosporidiose: insucesso com sulfametoxazol com tripetoprima, eficácia com
roxitromicina e azitromicina;
Paracoccidioimicose: sulfonamidas são o medicamento de escolha para as formas
crônicas. Nas formas disseminada aguda, usa-se anfotericina B – 2 anos;
Pediculose - piolho: 400mg de sulfametoxazol + 80mg de trimetoprima 12/12h por
03 dias e repetir 10 dias após – outras alternativas.
Walter Tavares, 2006.
Uso clínico
Colite ulcerativa e quadros diarreicos crônicos inespecíficos: sulfasalazina, com ação
anti-inflamatória tópica;
Infecção por Mycobacterium: Sulfametoxazol com trimetoprima;
Vaginose bacteriana e candidíase vaginal: sulfadiazina de prata em forma de creme
local;
Infecção de feridas e queimados: sulfadiazina de prata, finalidade profilática e
terapêutica.
Walter Tavares, 2006.
Administração e Doses
• Sulfadiazina: 75 a 100 mg/kg/dia (4 a 6 g/dia adulto) VO,
fracionada 6/6h;
• Primeira tomada, o dobro das demais;
• Ingesta de 1,5L de líquidos ao dia, evitar cristalúria;
• Primeira droga de escolha para toxoplasmose com
associação a pirimetamina – ácido folínico*;
• Associação com trimetoprima (cotrimazina) – indicada para
tratamento de infecções urinárias, sinusites e otites – 410mg
de sulfadiazina + 80mg de trimetoprima.
Sulfadiazina
Walter Tavares, 2006.
Administração e Doses
• Sulfametroxazol + trimetoprima;
• Infecções bacterianas, paracoccioidomicose e droga de
escolha para pneumocistose;
• 800mg de sulfametoxazol + 160mg de trimetoprima,
12/12h, em adultos;
• Administração oral e parenteral;
• Indicações: meningoencefalite por bactérias sensíveis;
gonorreia; pacientes com implantes ortopédicos
infectados por Staphylococcus aureus sensível a
clotrimoxazol; paracoccioidomicose; pneumonia por P.
jiroveci; toxoplasmose cerebral; profilaxia de
pneumocistose e toxo cerebral; uso profilático de recaídas
em paciente com granulomatose de Wegener.
Cotrimoxazol
Walter Tavares, 2006.
Administração e Doses
• Associado a pirimetamina;
• Indicado no tratamento e profilaxia de longa duração
da toxoplasmose e profilaxia de pneumocistose;
• Abandono do uso na terapêutica da malária –
resistência do plasmódio no Brasil;
• 500mg de sulfa + 25mg de pirimetamina.
Sulfadoxina
Walter Tavares, 2006.
Administração e Doses
• Utilizada na colite ulcerativa e nas enterocolites
inespecíficas;
• 1 a 2g a cada 4 ou 6h;
• Tratamento prolongado: 1,2 a 2g ao dia;
• Apresentação: comprimidos de 500mg.
Sulfasalazina
Walter Tavares, 2006.
Administração e Doses
• Apresentação em forma de creme
dermatológico a 1%;
• Tratamento e profilaxia de
infecções em queimados de 2º e
3º graus.
Sulfadiazina
de prata
Walter Tavares, 2006.
Interações Medicamentosas
Efeito sinérgico com pirimidínicos sobre parasitas e microorganismos sensíveis;
Efeito inibitório sobre o metabolismo hepático – contraindicado álcool;
Redução do efeito dos anticoncepcionais orais e ciclosporina;
Uso de antiácidos orais podem reduzir a absorção das sulfas;
Contraindicado o uso associado com metenamina e seus sais – cristalização das sulfas na urina ácida.
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
EfeitosAdversos
3 a 5% dos pacientes em uso.
Natureza tóxica e alérgica.
1 a 2%: náuseas, vômitos, dor abdominal, anorexia, sensação de boca
amarga – sulfa de ação rápida.
Via intramuscular – cotrimoxazol – dor local.
Cristalização em urina ácida – dano renal.
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
EfeitosAdversos
Encefalopatia e psicose – doses elevadas e prolongadas ou pacientes
com AIDS em doses normais – regride sem a droga.
Alterações hematológicas – ação tóxica direta com depressão da
medula.
Alterações hemáticas- uso de ácido folínico, VO, 5 a 10mg/dia.
Pigmento azul-acastanhado no sangue.
Alterações dermatológicas – vasculite.
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
EfeitosAdversos
LES e poliartrite nododa.
Hepatite focal ou difusa e pancreatite aguda –
hipersensibilidade.
Neurotoxicidade, nefrite intersticial, pneumonite e
bronquite – hipersensibilidade.
Kernicterus no RN – administrado no período
neonatal.
Febre
Pacientes com AIDS e altas doses de clotrimazol:
hipopotassemia.
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade da Droga
 Sulfadiazina:
 Faz parte da RENAME;
 Comercializada como: Suladrin® e Sulfadiazina®, em
comprimidos de 500mg.
 Cotrimoxazol:
 Faz parte do RENAME;
 Comercializado como: Sulfametoxazil TrimetoprimaG e Bactrim®,
em comprimidos de 400mg de sulfametoxazol + 80mg de
trimetoprima, em suspensão com 200mg de sulfa + 40mg de
trimetoprima e em ampolas com 5 mL para uso IV com 400mg
de sulfa + 80mg de trimetoprima;
 Existem similares com diferentes formas de apresentação –
proporção 5:1.
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade da Droga
 Sulfasalazina:
 Faz parte do RENAME;
 Comercializada como Azulfin®, em comprimidos de 500mg.
 Sulfadiazina de prata:
 Consta no RENAME;
 Comercializada como: Sulfadiazina de prataG e Dermazine®,
em creme dermatológico a 1%;
 Comercializada no medicamento Gino-Dermazine®, em
creme vaginal.
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade da Droga
 Sulfadoxina com pirimetamina:
 Comercializada como Fansidar®, em comprimido e em
ampola contendo 500mg de sulfadoxina e 25mg de
pirimetamina.
 Sulfadiazina com trimetoprima:
 Comercializada como Triglobe®, em comprimido contendo
410mg de sulfadiazina + 90mg de trimetoprima, e em
suspensão oral, contendo 205mg de sulfadiazina + 45mg de
trimetoprima em cada 5 mL.
Walter Tavares, 2006.
Quinolonas
ÍTALO SILVEIRA, MARÍLIA IZÍDO E CAMILA FORMIGA
WalterTavares,2006.
Histórico
Price e col (1949): ácido carboxílico
com a estrutura das quinoleínas e
uma função cetona.
Lesher e col (1962): ácido
nalidíxico.
Adição de radicais fluorados.
N N
O
OH
O
CH3
CH3
Walter Tavares, 2006.
Classificação
Primeira
Geração
Segunda Geração Terceira
Geração
Quarta
Geração
Subgrupo A Subgrupo B
Ácido nalidíxico
Rosoxacino
Ácido pipemídico
Norfloxacino
Lomefloxacino
Pefloxacino
Ofloxacino
Ciprofloxacino
Levofloxacino
Gatifloxacino
Moxifloxacino
Gemifloxacino
Trovafloxacino
Clinafloxacino
Sitafloxacino
Walter Tavares, 2006.
Mecanismo de Ação
II)
Walter Tavares, 2006.
Mecanismo de Ação
Ação abolida por:
• Drogas inibidoras da síntese proteica (cloranfenicol);
• Inibidores do RNA - mensageiro (rifampicina).
Sinergismo:
• Gentamicina
• Ceftazidima
Walter Tavares, 2006.
Resistência
Bacilos gram-
negativos, como
Pseudomonas
aeruginosa e
Serratia
marcescens.
CIM > 4 mcg/ml
As novas
quinolonas
fluoradas são ativas
contra
microrganismos
resistentes.
Walter Tavares, 2006.
Resistência
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
5-10% dos pacientes.
Manifestações digestivas (vômitos, diarreia, dor abdominal).
Hipersensibilidade (febre, urticária, eosinofilia).
SNC (sonolência, cefaléia, insônia, tonteiras, fadiga, depressão e convulsão).
Tendinite e ruptura de tendões.
Quinolonas bi-halogenadas: fototoxicidade.
Trifluoroquinolonas: alterações hepáticas.
Temafloxacino (hipoglicemia, CIVD), trovafloxacino (insuficiência hepática).
Grepafloxacino e esparfloxacino: toxicidade cardíaca.
Walter Tavares, 2006.
Interações Medicamentosas
Intoxicação por
teofilinas.
Sangramentos
com varfarina.
Absorção é prejudicada
com Mg⁺², Ca⁺² e Al⁺³.
Walter Tavares, 2006.
Segurança
Artropatia é
observada em
outros animais
jovens, mas não
em humanos.
Não se observa
maior risco de
prematuridade
ou aborto
espontâneo.
Uso seguro em
crianças e
gestantes,
quando há
indicação
precisa.
Walter Tavares, 2006.
Quinolonas da Primeira Geração
Espectro de ação sobre enterobactérias.
Ação terapêutica em vias urinárias e intestino.
Ácido nalidíxico e drogas análogas.
IR: não é necessário ajuste.
Walter Tavares, 2006.
• E. coli e P. mirabilis;
• Indicação: ITU por enterobactérias;
• Farmacocinética: boa absorção VO, metabolização hepática e
eliminação renal, na bile e nas fezes;
• Dose: 1g VO, 6/6h, durante 1-2 semanas (adultos);
• Desenvolvimento de resistência durante o tratamento;
• Efeitos adversos: digestivos, erupções cutâneas e reações
neurológicas reversíveis;
• Uso não aconselhado em crianças < 1 ano, nutrizes e pessoas com
doenças neurológicas.
Ácido Nalidíxico
Walter Tavares, 2006.
Ácido Pipemídico
Farmacocinética:
semelhante ao ácido
nalidíxico, mas
atinges níveis
bacteriológicos
ativos no fluido
prostático.
Cistite comunitária
por Gram – : 400
mg, VO, 12/12h, por
7-10 dias, após
alimentação.
Prostatites agudas
por E. coli: 1 mês.
Melhor potência,
boa tolerância e
baixo custo.
Walter Tavares, 2006.
Rosoxacino
Indicação: infecção
gonocócica uretral.
Dose única de 300 mg
(cura: 90%)
Intolerância: vertigens,
sonolência, náuseas e
vômitos.
Walter Tavares, 2006.
Quinolonas da Segunda Geração
•Elevada potência contra cocos e bacilos gram-negativos;
•Moderada ou potente ação contra P. aeruginosa;
•Atividade contra estafilococos sensíveis à oxacilina;
•Ação sistêmica (exceto norfloxacino).
Espectro de ação:
•Subgrupo A: uso oral; infecções urinárias e intestinais.
•Subgrupo B: uso oral e intravenoso; infecções sistêmicas.
•Potência: prefere-se cipro para P. aeruginosa e ofloxacino para micobactérias,
mas a potência é equivalente para os demais microrganismos.
Subdivisão:
Subgrupo A Subgrupo B
Norfloxacino
Lomefloxacino
Pefloxacino
Ofloxacino
Ciprofloxacino Walter Tavares, 2006.
Norfloxacino
Fluoroquinolona de farmacocinética menos favorável
(absorção por VO: 30-40%).
Concentração ativa no parênquima renal e vias urinárias, próstata e intestino.
Indicações:
• Tratamento de ITU (alta ou baixa): 400 mg, 12/12h, por 7-10 dias;
• Prostatites agudas e crônicas por E. coli: 400 mg, 12/12h, por 4-6 semanas;
• Gonorreia: 800 mg, em dose única;
• Infecções gastrintestinais, em adultos, por Salmonella, Shigella e E. coli: diarréias crônicas ou nas diarréias agudas em imunocomprometidos, senescência, diarreia dos viajantes e febre tifoide (400 mg,
12/12h, por 07 dias);
• Profilaxia de infecções por Gram – em pacientes neutropênicos (ex: quimioterapia antineoplásica): 400 mg de 8/8h ou 12/12h.
Walter Tavares, 2006.
Pefloxacino
Mesmo espectro e limitações do norfloxacino, mas...
Boa absorção por VO
Distribui-se pelos tecidos e líquidos orgânicos
Metabolização hepática: norfloxacino
Eliminação renal
Walter Tavares, 2006.
Pefloxacino
Indicações:
•Infecções urinárias e prostáticas por enterobactérias;
•Infecções respiratórias por bacilos gram-negativos;
•Infecções ginecológicas e biliares causadas por gram-negativos;
•Osteomielites estafilocócicas e por salmonelas;
•Uretrite gonocócica;
•Enterite por Salmonella, Shigella e E. Coli;
•Artrites, sepse e endocardite causadas por germes sensíveis;
•Meningites por meningococo, hemófilo e enterobactérias;
•Infecções neurológicas centrais por estafilococos;
•Infecções urinárias por P. aeruginosa;
•Em associação ao metronidazol, em pacientes cirúgicos com peritonite purulenta difusa.
Walter Tavares, 2006.
Pefloxacino
Dose 400 mg, VO ou IV,
12/12h em adultos:
• ITUs complicadas
recorrentes e
pielonefrites: 14 dias.
• Prostatites: pelo
menos 30 dias.
• Osteomielites por
estafilo e bacilos
gram-negativos: até
06 meses.
Mulheres com cistite
não complicada: 800
mg, via oral, em dose
única.
Ajuste de dose
necessário na
insuficiência hepática.
Walter Tavares, 2006.
Ofloxacino
Características do Fármaco:
• 1980;
• É rápido e quase que completamente
absorvido por via oral;
• Antiácidos contendo magnésio, cálcio e
alumínio interferem na sua absorção;
• Meia vida de 5 a 7 horas;
• Os efeitos adversos são mínimos;
• Não recomendado para menos de 17 anos,
gestantes e nutrizes. Walter Tavares, 2006.
Ofloxacino
Características do Fármaco:
• Também pode ser administrado por via IV;
• Atinge concentrações terapêuticas em
amigdalas, seios maxilares, ouvidos, pulmões,
pele, tecido subcutâneo, fígado, pâncreas, saliva,
secreção brônquica, bile, próstata e aparelho
geniturinário;
• Atravessa a barreira hemoliquórica;
• Menor metabolização hepática (5%);
• Sua eliminação se faz por via renal;
Walter Tavares, 2006.
Ofloxacino
Indicações:
• Eficaz no tratamento de cervicites e uretrites por
clamídia, tuberculose, hanseníase e micobacteriose
sistêmica por M. avium-intracelullare;
• Com ação contra bacilos gram-negativos,
entéricos, hemófilos, neissérias, estafilococos;
• É a quinolona de uso clínico que mostra mais
atividade contra Mycobacterium tuberculosis, M.
leprae e micobactérias atípicas;
Walter Tavares, 2006.
Ofloxacino
Doses e Apresentações:
• Usado habitualmente na dose de 200 a
400 mg de 12/12 horas;
• Comercializado com o nome de Floxstat®
em comprimidos de 400mg e em
apresentações genéricas sob forma de
solução de uso ocular;
• Faz parte do RENAME.
Walter Tavares, 2006.
Ciprofloxacino
Características do Fármaco:
• 1983;
• É administrado por via oral e intravenosa;
• É absorvida cerca de 70% da dose administrada
por via oral;
• Antiácidos contendo magnésio, cálcio e alumínio
interferem na sua absorção;
• Meia vida de 4 horas;
• Ligação a proteínas séricas situa-se entre 20 a
30%; Walter Tavares, 2006.
Ciprofloxacino
Características do Fármaco:
• Interage com a teofilina;
• É metabolizado em 10 a 20%, eliminando-se por via
urinária, principalmente, como droga natural;
• Pequena porção da dose administrada é eliminada
nas fezes;
• Atinge concentração na bile, 4 a 12 vezes maior que
no sangue,
Walter Tavares, 2006.
Ciprofloxacino
Indicações:
• Mais potente quinolona contra contra gram- negativos;
• Infecções por enterobactérias, estafilococos (exceto os
meticilinoresistente), hemófilos, neissérias e P.aeruginosa;
• Alta eficácia no tratamento da gonorreia, ITU (alta e baixa),
prostatites, Febre Tifóide, salmoneloses, shigueloses,
osteomielites, infecções biliares e algumas infecções respiratórias;
• Tem ação contra Mycobacterium tuberculosis e contra
micobactérias atípicas;
• Pouca ação contra estreptococos;
• Não tem ação contra anaeróbios;
Walter Tavares, 2006.
Ciprofloxacino
Doses e Apresentações:
• Usado na dose de 500mg de 12/12 horas, mas
pode ser aumentada para 750mg a 1000mg a cada
12 horas;
• A via IV é usada para infecções graves ou quando
paciente não pode ingerir. A dose varia de 200 a
400mg;
• Faz parte da RENAME;
• Comercializado na forma genérica (cloridrato de
ciprofloxacino) e com o nome de Cipro® em
comprimidos de 250 e 500 mg e em frascos de 100
ml com 200 ou 400mg;
Walter Tavares, 2006.
Lomefloxacino
Características do Fármaco:
• 1985;
• Dois átomos de flúor na molécula;
• Meia vida prolongada;
• Bem absorvido por via oral;
• Antiácidos contendo alumínio, magnésio e cálcio
interferem na sua absorção;
• Não atinge concentração terapêutica no líquido
cefalorraquidiano;
• Sofre pouca metabolização hepática; Walter Tavares, 2006.
Lomefloxacino
Indicações:
• Elevada potência contra neissérias, hemófilos,
enterobactérias e Moraxella;
• Menos eficácia que o ciprofloxacino, contra
Staphylococos aureus e Pseudomonas aeruginosa;
• Infecções urinárias não complicadas, prostatites
(agudas e crônicas) e uretrites gonocócicas;
• Já foi utilizada no tratamento da febre tifoide e se
observou 97% de cura e em episódios de
agudização de bronquite crônica; Walter Tavares, 2006.
Lomefloxacino
Doses e Apresentações:
• Muito utilizado com a dose diária única de 400
mg;
• Na febre tifoide a dose é de 200mg, 2 vezes ao
dia, durante 14 dias;
• Comercializado no Brasil com o nome de
Maxaquin e Meflox, em comprimidos de 400
mg;
Walter Tavares, 2006.
Quinolonas de Terceira Geração
Agem contra microorganismos gram negativos e
gram positivos;
São chamadas quinolonas respiratórias, agindo
contra pneumococos, hemófilos e clamídias,
legionelas e micoplasma;
Walter Tavares, 2006.
Levofloxacino
Características do Fármaco:
• 1985. Foi a primeira quinolona desse grupo;
• Contém um anel piperazínico metilado na
posição sete, faz com que ela seja eficaz contra
agentes gram negativos e gram positivos e
aumenta sua potência contra bactérias atípicas;
• Meia vida prolongada;
• Absorção oral é completa;
Walter Tavares, 2006.
Levofloxacino
Características do Fármaco:
• Antiácidos orais contendo magnésio, cálcio e alumínio
e o sucralfato interferem na sua absorção;
• Não possui interação com cafeína ou teofilina;
• Meia vida de 6 a 8 horas;
• Sua ligação proteica é de 30%;
• Sua excreção se faz principalmente pela urina.
Walter Tavares, 2006.
Levofloxacino
Indicações:
• E. coli, Klebisiella, Proteus, Enterobacter, hemófilos,
gonococo, meningococo, Moracella catarrhalis,
Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii,
Stenotrophomonas maltophilia, Streptococos pyogenes e
outros Streptococos do grupo A e G, Streptococos
pneumoniae, Staphylococos aureus e estafilococos coagulase
negativos;
• Elevada atividade contra os patógenos atípicos (Chlamydia,
Legionella e Mycoplasma);
• E ainda, ativo contra Mycobacterium tuberculosis, M. leprae
e o Helicobacter pylori; Walter Tavares, 2006.
Levofloxacino
Indicações:
• Infecções respiratórias comunitárias, otite
média purulenta, sinusites bacterianas,
agudização da bronquite crônica,
pneumonias, infecções pulmonares por
legionelas;
• ITU (alta e baixa), blenorragia, prostatites,
febre tifoide e infecções de pele e de tecido
subcutâneo;
Walter Tavares, 2006.
Levofloxacino
Doses e Apresentações:
• Pacientes adultos: 500mg, em dose única
diária, tanto por via oral quanto por via IV;
• Em ITU pode ser usado na dose de 250mg
por dia;
• É comercializado com o nome de Levaquin e
Tavanic nas doses de 250mg e 500mg.
Walter Tavares, 2006.
Gatifloxacino e Moxifloxacino
8-metoxi fluoroquinolonas (ação nas topoisomerases);
Ativo contra gram positivos e gram negativos;
São indicados em casos de infecções respiratórias e
urinárias, uretrites e cervicites gonocócicas além de
infecções de pele e subcutâneo, pneumonias resistentes à
penicilina, otites e sinusites;
Enterobactérias, Neissérias, moraxela, estafilococos,
estreptococos, pneumococos e alguns anaeróbios;
Walter Tavares, 2006.
Gatifloxacino e Moxifloxacino
Gatifloxacino
• Tem atividade contra o Toxoplasma gondii;
É comercializado com o nome de Tequin,
em comprimidos e solução injetável de
400mg, e como solução oftálmica com o
nome de Zymar;
• Ajustes (insuficiência renal);
• Não deve ser usado em DM;
• Comercializado no Brasil com o nome de
Avalox em comprimidos e frascos com
400mg e soluções oftálmicas na
especialidade farmacêutica Vigamox; Walter Tavares, 2006.
Gemifloxacino
Nova quinolona;
Já era comercializado em outros países com o nome de Factive,
contendo comprimidos de 320mg de mesilato de gemifloxacino.
Liberado para vendas no Brasil (2006);
Bacilos gram negativos, pneumococos, estafilococos, estreptococos
e bactérias atípicas;
Walter Tavares, 2006.
Quinolonas da Quarta Geração
Espectro de Ação
• Aeróbias gram-positivas e
gram-negativas;
• Anaeróbias gram-positivas e
gram-negativas:
• Vias aéreas superiores e
pele;
• Intestinais (Bacteroides
fragilis).
Medicamentos
• Trovafloxacino;
• Clinafloxacino;
• Sitafloxacino.
Walter Tavares, 2006.
Trovafloxacino
1ª com amplo espectro de ação;
Toxicidade hepática: insuficiência hepática grave e óbitos;
1999, FDA: deve ser usado apenas em ambiente hospitalar;
• Principais indicações: Pneumonia; infecção intra-abdominal
complicada; infecção por microorganismos resistentes a
outros antimicrobianos.
Walter Tavares, 2006.
Trovafloxacino
 Apresentação:
 Trovan®: comprimidos de 100 e 200mg;
 Solução injetável: 300mg;
 Dose única diária de 7 a 14 dias.
Walter Tavares, 2006.
Clinafloxacino
Espectro de Ação
• Elevada potência contra gram-positivos e negativos;
• Estreptococos e estafilococos em concentração inibitória mínima;
• Bastante ativo contra estafilococos metacilinarresistentes,
pneumococos, micoplasmas, clamídias, legionelas e micobactérias;
Walter Tavares, 2006.
Clinafloxacino
Características
Farmacológicas
Rapidamente absorvido por via
oral; meia-vida de 5 a 7 horas;
eliminado pela urina;
Potencialidade fototóxica,
miocardiotóxica e hipoglicemiante;
Walter Tavares, 2006.
Clinafloxacino
Posologia
• 200 mg, 12/12 horas, via
oral ou intravenosa;
Indicações
• Infecções intrabdominais;
• Infecções graves da pele.
Walter Tavares, 2006.
Sitafloxacino
Espectro de Ação
• Ativo contra gram-positivos e negativos em baixas
concentrações;
• Estafilococos resistentes à meticilina; anaeróbios;
clamídias, micoplasmas e legionelas;
• O mais potente contra o M. tuberculosis;
Walter Tavares, 2006.
Sitafloxacino
Características
Farmacológicas
Rapidamente absorvido por via
oral; meia vida de 5 horas;
eliminada por via urinária;
Fototóxico;
Walter Tavares, 2006.
Sitafloxacino
Posologia
• 200mg, 12/12 horas,
via oral ou 400 mg,
dose única diária, via
intravenosa;
Indicações
• Infecções
intrabdominais;
• Infecções de pele.
Walter Tavares, 2006.
Desfluoroquinolonas
 Em estudos iniciais em seres humanos;
 Não contém átomos de flúor na molécula;
• Gram-positivos e negativos; bactérias atípicas; bactérias
anaeróbias; melhor atividade contra pneumococos e
estafilococos; Enterococcus faecalis e E. faecium;
• Vida-média de 15 horas; eliminada pela urina;
• Baixa toxicidade.
Garenoxacina
Walter Tavares, 2006.
Anfotericina B
CAMILA FORMIGA E PATRÍCIA LEANDRO
WalterTavares,2006.
Anfotericina B
 Molécula lipofílica poliênica
produzida por Streptomyces
nodosus com propriedade
antifúngica;
 Antifúngico com maior
espectro de ação;
 Fungos leveduriformes e
filamentosos;
Walter Tavares, 2006.
Anfotericina B
 Mecanismo de Ação
• Lipofílica; rápida ação;
• Inserção na membrana plasmática do fungo, ligando-se às moléculas de ergosterol;
• Aumenta atividade dos canais de potássio transmembrana;
• Altas concentrações: forma poros na membrana;
• Altera permeabilidade da membrana e sobrevida da célula.
Walter Tavares, 2006.
Anfotericina B
 Formulações
• Droga ativa associada ao
deoxicolato de sódio:
insolúvel em água em pH
fisiológico;
• Lipofílico: nefrotoxicidade;
1ª formulação, 1959:
anfotericina B
deoxicolato.
• Anfotericina B dispersão coloidal
(ABCD - Amphocil®);
• Anfotericina B complexo lipídico
(ABLC - Albelcet®);
• Anfotericina B lipossomal (LAmB -
Ambisome®);
Formulações com
excipiente lipídico;
toxicidade menor, mas
mesma eficácia.
Walter Tavares, 2006.
Anfotericina B
• Níveis séricos detectáveis até 7 semanas após
suspensão da droga;
• Boa penetração e distribuição tecidual, inclusive
em sítios inflamados;
Aspectos Farmacológicos
Corrente
sanguínea
Desprende-se do
sal deoxicolato
Carreada até tecidos;
liga-se às membranas
celulares
Fígado e
outros
órgãos
Degradada e
eliminada na
urina
Walter Tavares, 2006.
Anfotericina B
Posologia
• Início com 0,25 mg/kg/dia até 1 mg/kg/dia, IV, diluída em soro
glicosado a 5%; máximo de 10 mg/100 ml de soro;
• Infusão lenta;
• Em geral de 6 a 12 semanas; máximo de 1,5 a 2 g, sendo as
doses anteriormente usadas acumulativas.
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade da Droga no Brasil
USO IV:
USO TÓPICO: CREME VAGINAL ASSOCIADO A TETRACICLINA.
OBS: Em outros países há na forma ORAL!!!
CONVENCIONAL
(com deoxicolato)
Fungizon
(Frascos de 50mg de
pó amarelo para
solução)
LIPOSSOMAL
AmBisome
(Frascos de 50mg)
DISPERSÃO
COLOIDAL
Amphocil
(Frascos de 50mg e
de 100mg)
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos:
Anfotericina B Convencional IV
“É UM DOS QUE MAIS CAUSAM EFEITOS ADVERSOS”
FLEBITE
INJETAR
LENTAMENTE
+
LAVAR
PERIODICAMENTE A
VEIA COM SOLUÇÃO
SEM ANTIBIÓTICO
+
USAR CORTICÓIDE
• FEBRE
• CALAFRIOS
• MAL-ESTAR
• CEFALÉIA
ADMINISTRAR ANTES:
ASPIRINA OU OUTRO
ANTIPIRÉTICO
+
ANTI-HISTAMÍNICO
+
HIDROCORTISONA
OPÇÃO: USAR
IBUPROFENO 30 MIN.
ANTES
Walter Tavares, 2006.
MENOS FREQUENTES:
• NÁUSEAS
• VÔMITOS
• DIARRÉIA
• ERUPÇÕES
CUTÂNEAS
PARADA CARDÍACA
(se injetado
rapidamente IV)
USO PROLONGADO:
• HIPOTENSÃO ARTERIAL
• ARRITMIAS
• ALTERAÇÕES NO ECG INDICANDO
MIOCARDITE TÓXICA
• ANEMIA NORMOCÍTICA E
NORMOCRÔMICA
• LESÃO RENAL/ NEFROCALCIONOSE
• HIPOPOTASSEMIA
• HIPOMAGNESEMIA
RAROS:
• PLAQUETOPENIA
• LEUCOPENIA
• REAÇÕES ANAFILÁTICAS
• DISTÚRBIOS HEPÁTICOS
“EFEITOS TÓXICOS SÃO SOMATIVOS,
SENDO REVERSÍVEIS COM DOSE < 7g,
POIS DOSE >7g PODE LEVAR A IRC.”
“USO ASSOCIADO DE BICARBONATO DE
SÓDIO REDUZ INTENSIDADE DA
NEFROTOXICIDADE.”
Walter Tavares, 2006.
• CEFALÉIA
• DOR RADICULAR
• PERDA TEMPORÁRIA DA FUNÇÃO MUSCULAR DOS
MMII, DA BEXIGA E DO RETO
Efeitos Adversos:
Anfotericina B Convencional
Raquimedular
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos: Anfotericina B Lipossomal
e em Emulsão Lipídica
“É MENOR A OCORRÊNCIA DE FLEBITES E
MANIFESTAÇÕES GERAIS, ALÉM DE SER
MENOS NEFROTÓXICO”
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos Anfotericina B
REALIZAR EXAMES REPETIDOS DE:
• URÉIA E CREATININA SÉRICOS
• HEMOGRAMA COMPLETO
• DOSAGEM DE ELETRÓLITOS
• ECG
• SUMÁRIO DE URINA
CONCLUSÃO
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
PATRÍCIA LEANDRO
WalterTavares,2006.
Fluconazol
Espectro de ação
• Introdução para uso clínico: 1982
• Amplo espectro de ação: Candida albicans, C.
tropicalis, C. glabrata e outras espécies de Candida,
Cryptococus neoformans, Histoplasma capsulatum,
Coccidioides immitis, Paracoccidioides brasiliensis,
Aspergillus, Microsporum, Trichophyton, e
Malassezia furfur.
“É UM ANTIFÚNGICO BIS-TRIAZÓLICO”
Walter Tavares, 2006.
Mecanismo de Ação
• Inibe a enzima citocromo P450 dos fungos.
Síntese de ergosterol da membrana citoplasmática.
• Ação mínima sobre as enzimas correspondentes das células
humanas.
Menor toxicidade e menor influência sobre síntese de
testosterona, estradiol e outros esteroides.
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
Características Farmacológicas
Administração ORAL é semelhante a PARENTERAL (100%);
Alimentos e antiácidos não interferem na absorção;
Ampla distribuição; atravessa a barreira hematoencefálica;
Meia-vida de 24hs;
Pouco metabolizado pelo fígado;
Eliminação por via renal.
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
DOSE INDICAÇÃO
Dose única diária
Dermatomicoses (candidíase, tinhas,
ptiríase versicolor); candidíase oral,
esofagiana, vulvovaginal e sistêmica;
endocardite por Candida parapsilosis;
histoplasmose; paracoccidioidomicose;
infecções por Coccidioides immitidis e
Cryptococus neoformans.
400mg/dia oral ou IV (adultos) e 6-
12mg/kg/dia (crianças) por 30 dias e
quando negativar o LCR manter 400mg
até recuperação do enfermo
imunocompetente e 200mg em
imunussuprimido.
Meningite criptocócica de moderada
gravidade ou quando a anfotericina B não
pode ser usada.
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
DOSE INDICAÇÃO
400mg/dia oral ou IV (adultos) e
6mg/kg/dia (crianças) por 30 dias e na
meningite por Coccidioides immitis
manter 200-400mg/dia em adultos por
6 meses a 1 ano.
Meningite por Histoplasma capsulatum
e por Coccidioides immitis.
200-400mg/dia oral ou IV (adultos) por
tempo variável e 3-6mg/kg/dia em
candidíase sistêmica (crianças). OBS: A
via IV deve ser reservada para pacientes
mais graves ou vômitos intensos.
Histoplasmose disseminada e
candidíase sistêmica.
200-400mg/dia oral ou IV (adultos) por
cerca de 2 meses, após a melhora clínica
é usado 100mg/dia provavelmente por
toda vida.
Endocardite por Candida.
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
DOSE INDICAÇÃO
100-200mg/dia oral (adultos) e 2mg/kg/dia
(crianças) por tempo variável de 5 a 20 dias.
OBS: Crianças com tinea capitis na dose de
8mg/kg/semana tem elevada eficácia e
poucos efeitos adversos.
Dermatomicoses e candidíase orofaríngea
e vulvovaginal.
400mg/dia oral (adultos) por 1 ano. Endoftalmites e uveítes por cândidas.
200mg, 2-3x ao dia oral (adultos), por 3-4
semanas (pode reduzir a dose pela metade
após a 2ª semana).
Murcomicose.
400mg/dia oral (adultos) até retorno de
1000 na contagem de neutrófilos/mm³.
Profilaxia em pacientes submetidos a
transplante de medula óssea.
Walter Tavares, 2006.
Fluconazol
OBS: Pacientes com
insuficiência renal
moderada
(Clearence de Cr entre 21-
50mL/min)
Reduzir dose a metade ou o
intervalo entre as doses
deve ser de 48hs.
OBS: Pacientes com
insuficiência renal grave
(Clearence de Cr < 20mL/min)
Reduzir dose a 1/3 ou o
intervalo deve ser de 72hs.
Ajuste de Dose
Walter Tavares, 2006.
Efeitos Adversos
“PRESENTES EM CERCA DE 8% DOS PACIENTES”
• NÁUSEAS
• VÔMITOS
• DOR ABDOMINAL DE
PEQUENA
INTENSIDADE
• CEFALÉIA
• ELEVAÇÃO
TRANSITÓRIA DAS
TRANSAMINASES
Walter Tavares, 2006.
Interações Medicamentosas
TERFENADINA
CICLOSPORINA
FENITOÍNA
TOLBUTAMINA
VARFARINA
RIFAMPICINA
ARRITMIA
PODE LEVAR A
Walter Tavares, 2006.
Disponibilidade da Droga no Brasil
Fluconazol G
(Genérico)
(Cápsulas com
uma ou duas
unidades com
Zoltec  (Pfizer) e
vários similares
(Cápsulas com 50mg,
100mg e 150mg)
(Suspensão oral
50mg/5mL e
Uso IV
( Solução injetável
100mL com
200mg para Walter Tavares, 2006.
Referência
TAVARES, W. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico.
1ª edição. São Paulo: Atheneu, 2006.
Obrigado!

More Related Content

What's hot

Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita
Amanda Thomé
 
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Jucie Vasconcelos
 
Antifúngicos
Antifúngicos Antifúngicos
Antifúngicos
dapab
 
Morbidade puerperal curto
Morbidade puerperal curtoMorbidade puerperal curto
Morbidade puerperal curto
tvf
 

What's hot (20)

Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita
 
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio RoqueSeminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
 
Antibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e QuimioterápicosAntibióticos e Quimioterápicos
Antibióticos e Quimioterápicos
 
Vacinas de DNA
Vacinas de DNAVacinas de DNA
Vacinas de DNA
 
Atualizações gonococo e clamidia
Atualizações gonococo e clamidiaAtualizações gonococo e clamidia
Atualizações gonococo e clamidia
 
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
Métodos de detecção de resistência bacteriana aos antimicrobianos em bacilos ...
 
Aula antimicrobianos
Aula antimicrobianosAula antimicrobianos
Aula antimicrobianos
 
Ipaq versão curta
Ipaq versão curtaIpaq versão curta
Ipaq versão curta
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011Farmacologia 16   antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
Farmacologia 16 antibióticos 2- abordagem clínica - agosto-2011
 
Mecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianosMecanismo de ação dos antimicrobianos
Mecanismo de ação dos antimicrobianos
 
Clamídia
ClamídiaClamídia
Clamídia
 
DST-SÍFILIS
DST-SÍFILISDST-SÍFILIS
DST-SÍFILIS
 
Antifúngicos
Antifúngicos Antifúngicos
Antifúngicos
 
Aines
AinesAines
Aines
 
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidaisAula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
 
HPV
HPVHPV
HPV
 
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
 
Morbidade puerperal curto
Morbidade puerperal curtoMorbidade puerperal curto
Morbidade puerperal curto
 

Viewers also liked (12)

15 quinolonas
15   quinolonas15   quinolonas
15 quinolonas
 
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - AntibióticosSulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
Sulfas, Quinolonas e Glicopeptídeos - Antibióticos
 
Tetraciclinas
TetraciclinasTetraciclinas
Tetraciclinas
 
Farmacoterapia da hanseníase uma revisão da literatura
Farmacoterapia da hanseníase uma revisão da literaturaFarmacoterapia da hanseníase uma revisão da literatura
Farmacoterapia da hanseníase uma revisão da literatura
 
Quinolonas – ação no DNA
Quinolonas – ação no DNAQuinolonas – ação no DNA
Quinolonas – ação no DNA
 
8.2 antibióticos 2
8.2 antibióticos 28.2 antibióticos 2
8.2 antibióticos 2
 
Hipersensibilidad por Dapsona. Caso Clínico Terapéutico
Hipersensibilidad por Dapsona. Caso Clínico TerapéuticoHipersensibilidad por Dapsona. Caso Clínico Terapéutico
Hipersensibilidad por Dapsona. Caso Clínico Terapéutico
 
Hanseníase
HanseníaseHanseníase
Hanseníase
 
Hanseniase slide
Hanseniase   slideHanseniase   slide
Hanseniase slide
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de ação
 
HanseníAse Pronto
HanseníAse ProntoHanseníAse Pronto
HanseníAse Pronto
 
Ciprofloxacino
CiprofloxacinoCiprofloxacino
Ciprofloxacino
 

Similar to Seminário infectologia.

Recomendações para uso de marevan ou coumadin
Recomendações para uso de marevan ou coumadinRecomendações para uso de marevan ou coumadin
Recomendações para uso de marevan ou coumadin
gisa_legal
 
Antivirais Farmacodinâmica
Antivirais  Farmacodinâmica Antivirais  Farmacodinâmica
Antivirais Farmacodinâmica
Luana Guedes
 
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. aComprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
mukunaje
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Claudio Pericles
 
10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol
Jaime Araujo
 

Similar to Seminário infectologia. (20)

Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Recomendações para uso de marevan ou coumadin
Recomendações para uso de marevan ou coumadinRecomendações para uso de marevan ou coumadin
Recomendações para uso de marevan ou coumadin
 
Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com mal...
Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com mal...Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com mal...
Influência de polimorfismos genéticos do citocromo P450 de pacientes com mal...
 
Antibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdfAntibioticos completo.pdf
Antibioticos completo.pdf
 
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoáriosFármacos anti helmínticos e anti-protozoários
Fármacos anti helmínticos e anti-protozoários
 
Cartaz manejo das dst
Cartaz manejo das dstCartaz manejo das dst
Cartaz manejo das dst
 
Bula 4 Paciente
Bula 4 PacienteBula 4 Paciente
Bula 4 Paciente
 
Antivirais Farmacodinâmica
Antivirais  Farmacodinâmica Antivirais  Farmacodinâmica
Antivirais Farmacodinâmica
 
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. aComprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
Comprimidos de ofloxacina usp. corrigida. a
 
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp PortugueseAntibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
Antibiotic Therapy Uses Of Stx Plus Tmp Portuguese
 
10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol10. lincosamidas e-metronidazol
10. lincosamidas e-metronidazol
 
Abordagem sindrômica das ds ts 26.9
Abordagem sindrômica das ds ts 26.9Abordagem sindrômica das ds ts 26.9
Abordagem sindrômica das ds ts 26.9
 
antiviricos_2.pdf
antiviricos_2.pdfantiviricos_2.pdf
antiviricos_2.pdf
 
Ciclofosfamida.pptx
Ciclofosfamida.pptxCiclofosfamida.pptx
Ciclofosfamida.pptx
 
186 1
186 1186 1
186 1
 
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...Centro de educação profissional   ltda  - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
Centro de educação profissional ltda - CEL - Antibióticos: Ciprofloxacina ...
 
186 1
186 1186 1
186 1
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
 
8.1 antibióticos 1.1
8.1 antibióticos 1.18.1 antibióticos 1.1
8.1 antibióticos 1.1
 
Antifúngicos
AntifúngicosAntifúngicos
Antifúngicos
 

Seminário infectologia.

  • 1. SEMINÁRIO ANTIMICROBIANOS UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CCM-MEDICINA MIV36 - DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Professor: Evanízio Roque de Arruda Júnior João Pessoa, 10 de julho de 2014.
  • 2. Grupo  Camila Formiga  Ítalo Silveira  Jessica Cavalcante  Matheus Pires  Marília Izídio  Nathan Lacerda  Patrícia Leandro
  • 3. Temas  Rifampicina  Sulfonamidas  Quinolonas  Anfotericina B  Fluconazol
  • 5. As Rifamicinas • Culturas de Streptomyces mediterranei; • Rifamicina B (1959); • Hidrocarbonetos aromáticos macrocíclicos; • Classe de antibióticos semissintéticos; • Derivados: Rifamicina SV, rifamicina M e rifampicina. Histórico: Walter Tavares, 2006.
  • 6. Características Gerais Desenvolvimento de resistência com certa facilidade. Lipossolúvel, atingindo boa concentração nas células. Provoca imunodepressão. Inibe a RNA-polimerase dependende de DNA Não influencia na síntese de RNA das células humanas Walter Tavares, 2006.
  • 7. Espectro de Ação Walter Tavares, 2006.  Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium marinum, Mycobacterium ulcerans e Mycobacterium leprae;  Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis;  Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogene;  Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae;  Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi;  Moraxella catarrhalis, Brucella spp. e Coxiella burnetii. Tuberculose e Hanseníase
  • 8. Resistência Resistência Naturalmente: Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter e Serratia. Resistência adquirida com o uso isolado da Rifampicina (M. tuberculosis). Mutantes: apresentam uma RNA polimerase refrataria à inibição pela rifampicina. Walter Tavares, 2006.
  • 9. Farmacocinética e Metabolismo Alimento interfere na absorção, por isso devemos utilizar a Rifampicina em jejum. A droga atinge áreas de necrose caseosa, penetra nas cavernas tuberculosas e atravessa a barreira hematoencefálica. 2/3 são eliminados através da bile, após metabolização no fígado(citocromo p 450). Seu uso deve ser evitado em pacientes hepatopatas graves, dado ao risco de retenção da droga e piora da hepatopatia. Walter Tavares, 2006.
  • 10. Interações Medicamentosas O Sistema CYP450 produz mais enzimas e acelera o catabolismo de outras drogas de metabolização hepática. Hipoglicemiantes orais, corticosteroides, diazepam, barbitúricos, cetoconazol, anticoncepcionais orais, estrogênios, progestagênios. Mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais: recomenda-se a utilização de outro método contraceptivo, devido ao risco de gravidez. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes diários: determinar diariamente o tempo de protrombina para ajustar a dose do medicamento. Existe antagonismo de ação entre a rifampicina e as fluoroquinolonas, devendo ser evitado seu uso associado. Walter Tavares, 2006.
  • 11. Indicações Clínicas e Doses Tuberculose
  • 12. Indicações Clínicas e Doses Hanseníase
  • 13. Indicações Clínicas e Doses Brucelose: Rifampicina + Doxiciclina por 30-45 dias. Meningococo em rino e orofaringe: utilizada como tratamento e como profilaxia para os contatos íntimos do paciente. Utilizada no tratamento de endocardite estafilocócica, associada a penicilinas, cefalosporinas e aminoglicosídeos. Walter Tavares, 2006.
  • 14. Efeitos Adversos É bem tolerada, sendo pouco frequentes queixas de náuseas, vômitos e dor abdominal. O principal efeito adverso da rifampicina está relacionado a sua toxicidade hepática. Caso a sintomatologia decorra de hepatotoxicidade, o medicamento deve ser suspenso. Síndrome do Homem Vermelho: coloração vermelha da urina, fezes, lagrimas, saliva e da pele. Walter Tavares, 2006.
  • 15. Disponibilidade Disponibilidade Formulações para uso oral; Cápsulas com 300mg; Suspensão com 100mg/5mL; Associado: 300mg de Rifampicina e 200mg de Isoniazida. Walter Tavares, 2006.
  • 16. Sulfonamidas MATHEUS PIRES E JESSICA CAVALCANTE WalterTavares,2006.
  • 17. Histórico • Purificador do ar e da água; • Expulsor dos maus espíritos; • Antisséptico intestinal; • Estimulante da pele e articulações; • Parasiticida externo. Antiguidade: Walter Tavares, 2006.
  • 18. Histórico Primeira classe de substâncias com atividade contra bactérias gram-positivas e gram- negativas. Início em 1932 devido à descoberta de Gerhard Domagk. Walter Tavares, 2006.
  • 19. Características Apresentam a mesma estrutura básica derivada da sulfanilamida. Efeito sinérgico com a pirimetamina e a trimetoprima. Ação essencialmente bacteriostática. Walter Tavares, 2006.
  • 20. Farmacologia Absorvidas por via oral e excretadas por via renal. Atravessam a placenta: • Potencialidade tóxica para o feto. • Uso restrito na gravidez. Presente em todos os tecidos e líquidos orgânicos. Walter Tavares, 2006.
  • 21. Tipos Sulfadiazina: • Rápida absorção pelo trato gastrointestinal e facilitada por pH alcalino. • Rápida eliminação por via renal e facilitada pela alcalinização da urina. • Concentração sérica diminui em 6 horas. Sulfametoxazol: • Rápida absorção oral e excreção renal prolongada. • Concentração sérica persiste por 12 horas. • É a sulfonamida mais utilizada em associação com a trimetoprima = cotrimoxazol. • Bastante utilizada contra infecções urinárias e prostatites devido a seu Walter Tavares, 2006.
  • 22. Tipos Sulfadoxina: • Ação ultra- prolongada capaz de manter níveis séricos por 7 dias. • É encontrada em associação com a pirimetamina no tratamento da toxoplasmose. Sulfadiazina argêntica: • Apresentada sob a forma de creme. • Tratamento de infecções em pacientes queimados, feridas infectadas e infecções ginecológicas vaginais. Sulfasalazina ou azulfidina: • Efeito anti- inflamatório decorrente da inibição local de prostaglandinas. • Tratamento da colite ulcerativa e doença de Crohn. Walter Tavares, 2006.
  • 23. Uso clínico Infecções urinárias e prostatites: • Cotrimoxazol é um dos tratamentos de escolha. Toxoplasmose: • Sulfadiazina com a pirimetamina para tratar as formas graves. Malária: • Associação de sulfadoxina com pirimetamina. Febre tifóide: • Cotrimoxazol é uma droga opcional. Cólera: • Alternativa às tetraciclinas, especialmente no tratamento de crianças. Profilaxia de infecções em pacientes neutropênicos. Walter Tavares, 2006.
  • 24. Uso clínico Isosporíase: cotrimoxazol, por 10 dias, seguindo com metade da dose por 03 semanas – tratamento supressivo indefinidamente; Criptosporidiose: insucesso com sulfametoxazol com tripetoprima, eficácia com roxitromicina e azitromicina; Paracoccidioimicose: sulfonamidas são o medicamento de escolha para as formas crônicas. Nas formas disseminada aguda, usa-se anfotericina B – 2 anos; Pediculose - piolho: 400mg de sulfametoxazol + 80mg de trimetoprima 12/12h por 03 dias e repetir 10 dias após – outras alternativas. Walter Tavares, 2006.
  • 25. Uso clínico Colite ulcerativa e quadros diarreicos crônicos inespecíficos: sulfasalazina, com ação anti-inflamatória tópica; Infecção por Mycobacterium: Sulfametoxazol com trimetoprima; Vaginose bacteriana e candidíase vaginal: sulfadiazina de prata em forma de creme local; Infecção de feridas e queimados: sulfadiazina de prata, finalidade profilática e terapêutica. Walter Tavares, 2006.
  • 26. Administração e Doses • Sulfadiazina: 75 a 100 mg/kg/dia (4 a 6 g/dia adulto) VO, fracionada 6/6h; • Primeira tomada, o dobro das demais; • Ingesta de 1,5L de líquidos ao dia, evitar cristalúria; • Primeira droga de escolha para toxoplasmose com associação a pirimetamina – ácido folínico*; • Associação com trimetoprima (cotrimazina) – indicada para tratamento de infecções urinárias, sinusites e otites – 410mg de sulfadiazina + 80mg de trimetoprima. Sulfadiazina Walter Tavares, 2006.
  • 27. Administração e Doses • Sulfametroxazol + trimetoprima; • Infecções bacterianas, paracoccioidomicose e droga de escolha para pneumocistose; • 800mg de sulfametoxazol + 160mg de trimetoprima, 12/12h, em adultos; • Administração oral e parenteral; • Indicações: meningoencefalite por bactérias sensíveis; gonorreia; pacientes com implantes ortopédicos infectados por Staphylococcus aureus sensível a clotrimoxazol; paracoccioidomicose; pneumonia por P. jiroveci; toxoplasmose cerebral; profilaxia de pneumocistose e toxo cerebral; uso profilático de recaídas em paciente com granulomatose de Wegener. Cotrimoxazol Walter Tavares, 2006.
  • 28. Administração e Doses • Associado a pirimetamina; • Indicado no tratamento e profilaxia de longa duração da toxoplasmose e profilaxia de pneumocistose; • Abandono do uso na terapêutica da malária – resistência do plasmódio no Brasil; • 500mg de sulfa + 25mg de pirimetamina. Sulfadoxina Walter Tavares, 2006.
  • 29. Administração e Doses • Utilizada na colite ulcerativa e nas enterocolites inespecíficas; • 1 a 2g a cada 4 ou 6h; • Tratamento prolongado: 1,2 a 2g ao dia; • Apresentação: comprimidos de 500mg. Sulfasalazina Walter Tavares, 2006.
  • 30. Administração e Doses • Apresentação em forma de creme dermatológico a 1%; • Tratamento e profilaxia de infecções em queimados de 2º e 3º graus. Sulfadiazina de prata Walter Tavares, 2006.
  • 31. Interações Medicamentosas Efeito sinérgico com pirimidínicos sobre parasitas e microorganismos sensíveis; Efeito inibitório sobre o metabolismo hepático – contraindicado álcool; Redução do efeito dos anticoncepcionais orais e ciclosporina; Uso de antiácidos orais podem reduzir a absorção das sulfas; Contraindicado o uso associado com metenamina e seus sais – cristalização das sulfas na urina ácida. Walter Tavares, 2006.
  • 32. Efeitos Adversos EfeitosAdversos 3 a 5% dos pacientes em uso. Natureza tóxica e alérgica. 1 a 2%: náuseas, vômitos, dor abdominal, anorexia, sensação de boca amarga – sulfa de ação rápida. Via intramuscular – cotrimoxazol – dor local. Cristalização em urina ácida – dano renal. Walter Tavares, 2006.
  • 33. Efeitos Adversos EfeitosAdversos Encefalopatia e psicose – doses elevadas e prolongadas ou pacientes com AIDS em doses normais – regride sem a droga. Alterações hematológicas – ação tóxica direta com depressão da medula. Alterações hemáticas- uso de ácido folínico, VO, 5 a 10mg/dia. Pigmento azul-acastanhado no sangue. Alterações dermatológicas – vasculite. Walter Tavares, 2006.
  • 34. Efeitos Adversos EfeitosAdversos LES e poliartrite nododa. Hepatite focal ou difusa e pancreatite aguda – hipersensibilidade. Neurotoxicidade, nefrite intersticial, pneumonite e bronquite – hipersensibilidade. Kernicterus no RN – administrado no período neonatal. Febre Pacientes com AIDS e altas doses de clotrimazol: hipopotassemia. Walter Tavares, 2006.
  • 35. Disponibilidade da Droga  Sulfadiazina:  Faz parte da RENAME;  Comercializada como: Suladrin® e Sulfadiazina®, em comprimidos de 500mg.  Cotrimoxazol:  Faz parte do RENAME;  Comercializado como: Sulfametoxazil TrimetoprimaG e Bactrim®, em comprimidos de 400mg de sulfametoxazol + 80mg de trimetoprima, em suspensão com 200mg de sulfa + 40mg de trimetoprima e em ampolas com 5 mL para uso IV com 400mg de sulfa + 80mg de trimetoprima;  Existem similares com diferentes formas de apresentação – proporção 5:1. Walter Tavares, 2006.
  • 36. Disponibilidade da Droga  Sulfasalazina:  Faz parte do RENAME;  Comercializada como Azulfin®, em comprimidos de 500mg.  Sulfadiazina de prata:  Consta no RENAME;  Comercializada como: Sulfadiazina de prataG e Dermazine®, em creme dermatológico a 1%;  Comercializada no medicamento Gino-Dermazine®, em creme vaginal. Walter Tavares, 2006.
  • 37. Disponibilidade da Droga  Sulfadoxina com pirimetamina:  Comercializada como Fansidar®, em comprimido e em ampola contendo 500mg de sulfadoxina e 25mg de pirimetamina.  Sulfadiazina com trimetoprima:  Comercializada como Triglobe®, em comprimido contendo 410mg de sulfadiazina + 90mg de trimetoprima, e em suspensão oral, contendo 205mg de sulfadiazina + 45mg de trimetoprima em cada 5 mL. Walter Tavares, 2006.
  • 38. Quinolonas ÍTALO SILVEIRA, MARÍLIA IZÍDO E CAMILA FORMIGA WalterTavares,2006.
  • 39. Histórico Price e col (1949): ácido carboxílico com a estrutura das quinoleínas e uma função cetona. Lesher e col (1962): ácido nalidíxico. Adição de radicais fluorados. N N O OH O CH3 CH3 Walter Tavares, 2006.
  • 40. Classificação Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração Quarta Geração Subgrupo A Subgrupo B Ácido nalidíxico Rosoxacino Ácido pipemídico Norfloxacino Lomefloxacino Pefloxacino Ofloxacino Ciprofloxacino Levofloxacino Gatifloxacino Moxifloxacino Gemifloxacino Trovafloxacino Clinafloxacino Sitafloxacino Walter Tavares, 2006.
  • 42. Mecanismo de Ação Ação abolida por: • Drogas inibidoras da síntese proteica (cloranfenicol); • Inibidores do RNA - mensageiro (rifampicina). Sinergismo: • Gentamicina • Ceftazidima Walter Tavares, 2006.
  • 43. Resistência Bacilos gram- negativos, como Pseudomonas aeruginosa e Serratia marcescens. CIM > 4 mcg/ml As novas quinolonas fluoradas são ativas contra microrganismos resistentes. Walter Tavares, 2006.
  • 45. Efeitos Adversos 5-10% dos pacientes. Manifestações digestivas (vômitos, diarreia, dor abdominal). Hipersensibilidade (febre, urticária, eosinofilia). SNC (sonolência, cefaléia, insônia, tonteiras, fadiga, depressão e convulsão). Tendinite e ruptura de tendões. Quinolonas bi-halogenadas: fototoxicidade. Trifluoroquinolonas: alterações hepáticas. Temafloxacino (hipoglicemia, CIVD), trovafloxacino (insuficiência hepática). Grepafloxacino e esparfloxacino: toxicidade cardíaca. Walter Tavares, 2006.
  • 46. Interações Medicamentosas Intoxicação por teofilinas. Sangramentos com varfarina. Absorção é prejudicada com Mg⁺², Ca⁺² e Al⁺³. Walter Tavares, 2006.
  • 47. Segurança Artropatia é observada em outros animais jovens, mas não em humanos. Não se observa maior risco de prematuridade ou aborto espontâneo. Uso seguro em crianças e gestantes, quando há indicação precisa. Walter Tavares, 2006.
  • 48. Quinolonas da Primeira Geração Espectro de ação sobre enterobactérias. Ação terapêutica em vias urinárias e intestino. Ácido nalidíxico e drogas análogas. IR: não é necessário ajuste. Walter Tavares, 2006.
  • 49. • E. coli e P. mirabilis; • Indicação: ITU por enterobactérias; • Farmacocinética: boa absorção VO, metabolização hepática e eliminação renal, na bile e nas fezes; • Dose: 1g VO, 6/6h, durante 1-2 semanas (adultos); • Desenvolvimento de resistência durante o tratamento; • Efeitos adversos: digestivos, erupções cutâneas e reações neurológicas reversíveis; • Uso não aconselhado em crianças < 1 ano, nutrizes e pessoas com doenças neurológicas. Ácido Nalidíxico Walter Tavares, 2006.
  • 50. Ácido Pipemídico Farmacocinética: semelhante ao ácido nalidíxico, mas atinges níveis bacteriológicos ativos no fluido prostático. Cistite comunitária por Gram – : 400 mg, VO, 12/12h, por 7-10 dias, após alimentação. Prostatites agudas por E. coli: 1 mês. Melhor potência, boa tolerância e baixo custo. Walter Tavares, 2006.
  • 51. Rosoxacino Indicação: infecção gonocócica uretral. Dose única de 300 mg (cura: 90%) Intolerância: vertigens, sonolência, náuseas e vômitos. Walter Tavares, 2006.
  • 52. Quinolonas da Segunda Geração •Elevada potência contra cocos e bacilos gram-negativos; •Moderada ou potente ação contra P. aeruginosa; •Atividade contra estafilococos sensíveis à oxacilina; •Ação sistêmica (exceto norfloxacino). Espectro de ação: •Subgrupo A: uso oral; infecções urinárias e intestinais. •Subgrupo B: uso oral e intravenoso; infecções sistêmicas. •Potência: prefere-se cipro para P. aeruginosa e ofloxacino para micobactérias, mas a potência é equivalente para os demais microrganismos. Subdivisão: Subgrupo A Subgrupo B Norfloxacino Lomefloxacino Pefloxacino Ofloxacino Ciprofloxacino Walter Tavares, 2006.
  • 53. Norfloxacino Fluoroquinolona de farmacocinética menos favorável (absorção por VO: 30-40%). Concentração ativa no parênquima renal e vias urinárias, próstata e intestino. Indicações: • Tratamento de ITU (alta ou baixa): 400 mg, 12/12h, por 7-10 dias; • Prostatites agudas e crônicas por E. coli: 400 mg, 12/12h, por 4-6 semanas; • Gonorreia: 800 mg, em dose única; • Infecções gastrintestinais, em adultos, por Salmonella, Shigella e E. coli: diarréias crônicas ou nas diarréias agudas em imunocomprometidos, senescência, diarreia dos viajantes e febre tifoide (400 mg, 12/12h, por 07 dias); • Profilaxia de infecções por Gram – em pacientes neutropênicos (ex: quimioterapia antineoplásica): 400 mg de 8/8h ou 12/12h. Walter Tavares, 2006.
  • 54. Pefloxacino Mesmo espectro e limitações do norfloxacino, mas... Boa absorção por VO Distribui-se pelos tecidos e líquidos orgânicos Metabolização hepática: norfloxacino Eliminação renal Walter Tavares, 2006.
  • 55. Pefloxacino Indicações: •Infecções urinárias e prostáticas por enterobactérias; •Infecções respiratórias por bacilos gram-negativos; •Infecções ginecológicas e biliares causadas por gram-negativos; •Osteomielites estafilocócicas e por salmonelas; •Uretrite gonocócica; •Enterite por Salmonella, Shigella e E. Coli; •Artrites, sepse e endocardite causadas por germes sensíveis; •Meningites por meningococo, hemófilo e enterobactérias; •Infecções neurológicas centrais por estafilococos; •Infecções urinárias por P. aeruginosa; •Em associação ao metronidazol, em pacientes cirúgicos com peritonite purulenta difusa. Walter Tavares, 2006.
  • 56. Pefloxacino Dose 400 mg, VO ou IV, 12/12h em adultos: • ITUs complicadas recorrentes e pielonefrites: 14 dias. • Prostatites: pelo menos 30 dias. • Osteomielites por estafilo e bacilos gram-negativos: até 06 meses. Mulheres com cistite não complicada: 800 mg, via oral, em dose única. Ajuste de dose necessário na insuficiência hepática. Walter Tavares, 2006.
  • 57. Ofloxacino Características do Fármaco: • 1980; • É rápido e quase que completamente absorvido por via oral; • Antiácidos contendo magnésio, cálcio e alumínio interferem na sua absorção; • Meia vida de 5 a 7 horas; • Os efeitos adversos são mínimos; • Não recomendado para menos de 17 anos, gestantes e nutrizes. Walter Tavares, 2006.
  • 58. Ofloxacino Características do Fármaco: • Também pode ser administrado por via IV; • Atinge concentrações terapêuticas em amigdalas, seios maxilares, ouvidos, pulmões, pele, tecido subcutâneo, fígado, pâncreas, saliva, secreção brônquica, bile, próstata e aparelho geniturinário; • Atravessa a barreira hemoliquórica; • Menor metabolização hepática (5%); • Sua eliminação se faz por via renal; Walter Tavares, 2006.
  • 59. Ofloxacino Indicações: • Eficaz no tratamento de cervicites e uretrites por clamídia, tuberculose, hanseníase e micobacteriose sistêmica por M. avium-intracelullare; • Com ação contra bacilos gram-negativos, entéricos, hemófilos, neissérias, estafilococos; • É a quinolona de uso clínico que mostra mais atividade contra Mycobacterium tuberculosis, M. leprae e micobactérias atípicas; Walter Tavares, 2006.
  • 60. Ofloxacino Doses e Apresentações: • Usado habitualmente na dose de 200 a 400 mg de 12/12 horas; • Comercializado com o nome de Floxstat® em comprimidos de 400mg e em apresentações genéricas sob forma de solução de uso ocular; • Faz parte do RENAME. Walter Tavares, 2006.
  • 61. Ciprofloxacino Características do Fármaco: • 1983; • É administrado por via oral e intravenosa; • É absorvida cerca de 70% da dose administrada por via oral; • Antiácidos contendo magnésio, cálcio e alumínio interferem na sua absorção; • Meia vida de 4 horas; • Ligação a proteínas séricas situa-se entre 20 a 30%; Walter Tavares, 2006.
  • 62. Ciprofloxacino Características do Fármaco: • Interage com a teofilina; • É metabolizado em 10 a 20%, eliminando-se por via urinária, principalmente, como droga natural; • Pequena porção da dose administrada é eliminada nas fezes; • Atinge concentração na bile, 4 a 12 vezes maior que no sangue, Walter Tavares, 2006.
  • 63. Ciprofloxacino Indicações: • Mais potente quinolona contra contra gram- negativos; • Infecções por enterobactérias, estafilococos (exceto os meticilinoresistente), hemófilos, neissérias e P.aeruginosa; • Alta eficácia no tratamento da gonorreia, ITU (alta e baixa), prostatites, Febre Tifóide, salmoneloses, shigueloses, osteomielites, infecções biliares e algumas infecções respiratórias; • Tem ação contra Mycobacterium tuberculosis e contra micobactérias atípicas; • Pouca ação contra estreptococos; • Não tem ação contra anaeróbios; Walter Tavares, 2006.
  • 64. Ciprofloxacino Doses e Apresentações: • Usado na dose de 500mg de 12/12 horas, mas pode ser aumentada para 750mg a 1000mg a cada 12 horas; • A via IV é usada para infecções graves ou quando paciente não pode ingerir. A dose varia de 200 a 400mg; • Faz parte da RENAME; • Comercializado na forma genérica (cloridrato de ciprofloxacino) e com o nome de Cipro® em comprimidos de 250 e 500 mg e em frascos de 100 ml com 200 ou 400mg; Walter Tavares, 2006.
  • 65. Lomefloxacino Características do Fármaco: • 1985; • Dois átomos de flúor na molécula; • Meia vida prolongada; • Bem absorvido por via oral; • Antiácidos contendo alumínio, magnésio e cálcio interferem na sua absorção; • Não atinge concentração terapêutica no líquido cefalorraquidiano; • Sofre pouca metabolização hepática; Walter Tavares, 2006.
  • 66. Lomefloxacino Indicações: • Elevada potência contra neissérias, hemófilos, enterobactérias e Moraxella; • Menos eficácia que o ciprofloxacino, contra Staphylococos aureus e Pseudomonas aeruginosa; • Infecções urinárias não complicadas, prostatites (agudas e crônicas) e uretrites gonocócicas; • Já foi utilizada no tratamento da febre tifoide e se observou 97% de cura e em episódios de agudização de bronquite crônica; Walter Tavares, 2006.
  • 67. Lomefloxacino Doses e Apresentações: • Muito utilizado com a dose diária única de 400 mg; • Na febre tifoide a dose é de 200mg, 2 vezes ao dia, durante 14 dias; • Comercializado no Brasil com o nome de Maxaquin e Meflox, em comprimidos de 400 mg; Walter Tavares, 2006.
  • 68. Quinolonas de Terceira Geração Agem contra microorganismos gram negativos e gram positivos; São chamadas quinolonas respiratórias, agindo contra pneumococos, hemófilos e clamídias, legionelas e micoplasma; Walter Tavares, 2006.
  • 69. Levofloxacino Características do Fármaco: • 1985. Foi a primeira quinolona desse grupo; • Contém um anel piperazínico metilado na posição sete, faz com que ela seja eficaz contra agentes gram negativos e gram positivos e aumenta sua potência contra bactérias atípicas; • Meia vida prolongada; • Absorção oral é completa; Walter Tavares, 2006.
  • 70. Levofloxacino Características do Fármaco: • Antiácidos orais contendo magnésio, cálcio e alumínio e o sucralfato interferem na sua absorção; • Não possui interação com cafeína ou teofilina; • Meia vida de 6 a 8 horas; • Sua ligação proteica é de 30%; • Sua excreção se faz principalmente pela urina. Walter Tavares, 2006.
  • 71. Levofloxacino Indicações: • E. coli, Klebisiella, Proteus, Enterobacter, hemófilos, gonococo, meningococo, Moracella catarrhalis, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumanii, Stenotrophomonas maltophilia, Streptococos pyogenes e outros Streptococos do grupo A e G, Streptococos pneumoniae, Staphylococos aureus e estafilococos coagulase negativos; • Elevada atividade contra os patógenos atípicos (Chlamydia, Legionella e Mycoplasma); • E ainda, ativo contra Mycobacterium tuberculosis, M. leprae e o Helicobacter pylori; Walter Tavares, 2006.
  • 72. Levofloxacino Indicações: • Infecções respiratórias comunitárias, otite média purulenta, sinusites bacterianas, agudização da bronquite crônica, pneumonias, infecções pulmonares por legionelas; • ITU (alta e baixa), blenorragia, prostatites, febre tifoide e infecções de pele e de tecido subcutâneo; Walter Tavares, 2006.
  • 73. Levofloxacino Doses e Apresentações: • Pacientes adultos: 500mg, em dose única diária, tanto por via oral quanto por via IV; • Em ITU pode ser usado na dose de 250mg por dia; • É comercializado com o nome de Levaquin e Tavanic nas doses de 250mg e 500mg. Walter Tavares, 2006.
  • 74. Gatifloxacino e Moxifloxacino 8-metoxi fluoroquinolonas (ação nas topoisomerases); Ativo contra gram positivos e gram negativos; São indicados em casos de infecções respiratórias e urinárias, uretrites e cervicites gonocócicas além de infecções de pele e subcutâneo, pneumonias resistentes à penicilina, otites e sinusites; Enterobactérias, Neissérias, moraxela, estafilococos, estreptococos, pneumococos e alguns anaeróbios; Walter Tavares, 2006.
  • 75. Gatifloxacino e Moxifloxacino Gatifloxacino • Tem atividade contra o Toxoplasma gondii; É comercializado com o nome de Tequin, em comprimidos e solução injetável de 400mg, e como solução oftálmica com o nome de Zymar; • Ajustes (insuficiência renal); • Não deve ser usado em DM; • Comercializado no Brasil com o nome de Avalox em comprimidos e frascos com 400mg e soluções oftálmicas na especialidade farmacêutica Vigamox; Walter Tavares, 2006.
  • 76. Gemifloxacino Nova quinolona; Já era comercializado em outros países com o nome de Factive, contendo comprimidos de 320mg de mesilato de gemifloxacino. Liberado para vendas no Brasil (2006); Bacilos gram negativos, pneumococos, estafilococos, estreptococos e bactérias atípicas; Walter Tavares, 2006.
  • 77. Quinolonas da Quarta Geração Espectro de Ação • Aeróbias gram-positivas e gram-negativas; • Anaeróbias gram-positivas e gram-negativas: • Vias aéreas superiores e pele; • Intestinais (Bacteroides fragilis). Medicamentos • Trovafloxacino; • Clinafloxacino; • Sitafloxacino. Walter Tavares, 2006.
  • 78. Trovafloxacino 1ª com amplo espectro de ação; Toxicidade hepática: insuficiência hepática grave e óbitos; 1999, FDA: deve ser usado apenas em ambiente hospitalar; • Principais indicações: Pneumonia; infecção intra-abdominal complicada; infecção por microorganismos resistentes a outros antimicrobianos. Walter Tavares, 2006.
  • 79. Trovafloxacino  Apresentação:  Trovan®: comprimidos de 100 e 200mg;  Solução injetável: 300mg;  Dose única diária de 7 a 14 dias. Walter Tavares, 2006.
  • 80. Clinafloxacino Espectro de Ação • Elevada potência contra gram-positivos e negativos; • Estreptococos e estafilococos em concentração inibitória mínima; • Bastante ativo contra estafilococos metacilinarresistentes, pneumococos, micoplasmas, clamídias, legionelas e micobactérias; Walter Tavares, 2006.
  • 81. Clinafloxacino Características Farmacológicas Rapidamente absorvido por via oral; meia-vida de 5 a 7 horas; eliminado pela urina; Potencialidade fototóxica, miocardiotóxica e hipoglicemiante; Walter Tavares, 2006.
  • 82. Clinafloxacino Posologia • 200 mg, 12/12 horas, via oral ou intravenosa; Indicações • Infecções intrabdominais; • Infecções graves da pele. Walter Tavares, 2006.
  • 83. Sitafloxacino Espectro de Ação • Ativo contra gram-positivos e negativos em baixas concentrações; • Estafilococos resistentes à meticilina; anaeróbios; clamídias, micoplasmas e legionelas; • O mais potente contra o M. tuberculosis; Walter Tavares, 2006.
  • 84. Sitafloxacino Características Farmacológicas Rapidamente absorvido por via oral; meia vida de 5 horas; eliminada por via urinária; Fototóxico; Walter Tavares, 2006.
  • 85. Sitafloxacino Posologia • 200mg, 12/12 horas, via oral ou 400 mg, dose única diária, via intravenosa; Indicações • Infecções intrabdominais; • Infecções de pele. Walter Tavares, 2006.
  • 86. Desfluoroquinolonas  Em estudos iniciais em seres humanos;  Não contém átomos de flúor na molécula; • Gram-positivos e negativos; bactérias atípicas; bactérias anaeróbias; melhor atividade contra pneumococos e estafilococos; Enterococcus faecalis e E. faecium; • Vida-média de 15 horas; eliminada pela urina; • Baixa toxicidade. Garenoxacina Walter Tavares, 2006.
  • 87. Anfotericina B CAMILA FORMIGA E PATRÍCIA LEANDRO WalterTavares,2006.
  • 88. Anfotericina B  Molécula lipofílica poliênica produzida por Streptomyces nodosus com propriedade antifúngica;  Antifúngico com maior espectro de ação;  Fungos leveduriformes e filamentosos; Walter Tavares, 2006.
  • 89. Anfotericina B  Mecanismo de Ação • Lipofílica; rápida ação; • Inserção na membrana plasmática do fungo, ligando-se às moléculas de ergosterol; • Aumenta atividade dos canais de potássio transmembrana; • Altas concentrações: forma poros na membrana; • Altera permeabilidade da membrana e sobrevida da célula. Walter Tavares, 2006.
  • 90. Anfotericina B  Formulações • Droga ativa associada ao deoxicolato de sódio: insolúvel em água em pH fisiológico; • Lipofílico: nefrotoxicidade; 1ª formulação, 1959: anfotericina B deoxicolato. • Anfotericina B dispersão coloidal (ABCD - Amphocil®); • Anfotericina B complexo lipídico (ABLC - Albelcet®); • Anfotericina B lipossomal (LAmB - Ambisome®); Formulações com excipiente lipídico; toxicidade menor, mas mesma eficácia. Walter Tavares, 2006.
  • 91. Anfotericina B • Níveis séricos detectáveis até 7 semanas após suspensão da droga; • Boa penetração e distribuição tecidual, inclusive em sítios inflamados; Aspectos Farmacológicos Corrente sanguínea Desprende-se do sal deoxicolato Carreada até tecidos; liga-se às membranas celulares Fígado e outros órgãos Degradada e eliminada na urina Walter Tavares, 2006.
  • 92. Anfotericina B Posologia • Início com 0,25 mg/kg/dia até 1 mg/kg/dia, IV, diluída em soro glicosado a 5%; máximo de 10 mg/100 ml de soro; • Infusão lenta; • Em geral de 6 a 12 semanas; máximo de 1,5 a 2 g, sendo as doses anteriormente usadas acumulativas. Walter Tavares, 2006.
  • 93. Disponibilidade da Droga no Brasil USO IV: USO TÓPICO: CREME VAGINAL ASSOCIADO A TETRACICLINA. OBS: Em outros países há na forma ORAL!!! CONVENCIONAL (com deoxicolato) Fungizon (Frascos de 50mg de pó amarelo para solução) LIPOSSOMAL AmBisome (Frascos de 50mg) DISPERSÃO COLOIDAL Amphocil (Frascos de 50mg e de 100mg) Walter Tavares, 2006.
  • 94. Efeitos Adversos: Anfotericina B Convencional IV “É UM DOS QUE MAIS CAUSAM EFEITOS ADVERSOS” FLEBITE INJETAR LENTAMENTE + LAVAR PERIODICAMENTE A VEIA COM SOLUÇÃO SEM ANTIBIÓTICO + USAR CORTICÓIDE • FEBRE • CALAFRIOS • MAL-ESTAR • CEFALÉIA ADMINISTRAR ANTES: ASPIRINA OU OUTRO ANTIPIRÉTICO + ANTI-HISTAMÍNICO + HIDROCORTISONA OPÇÃO: USAR IBUPROFENO 30 MIN. ANTES Walter Tavares, 2006.
  • 95. MENOS FREQUENTES: • NÁUSEAS • VÔMITOS • DIARRÉIA • ERUPÇÕES CUTÂNEAS PARADA CARDÍACA (se injetado rapidamente IV) USO PROLONGADO: • HIPOTENSÃO ARTERIAL • ARRITMIAS • ALTERAÇÕES NO ECG INDICANDO MIOCARDITE TÓXICA • ANEMIA NORMOCÍTICA E NORMOCRÔMICA • LESÃO RENAL/ NEFROCALCIONOSE • HIPOPOTASSEMIA • HIPOMAGNESEMIA RAROS: • PLAQUETOPENIA • LEUCOPENIA • REAÇÕES ANAFILÁTICAS • DISTÚRBIOS HEPÁTICOS “EFEITOS TÓXICOS SÃO SOMATIVOS, SENDO REVERSÍVEIS COM DOSE < 7g, POIS DOSE >7g PODE LEVAR A IRC.” “USO ASSOCIADO DE BICARBONATO DE SÓDIO REDUZ INTENSIDADE DA NEFROTOXICIDADE.” Walter Tavares, 2006.
  • 96. • CEFALÉIA • DOR RADICULAR • PERDA TEMPORÁRIA DA FUNÇÃO MUSCULAR DOS MMII, DA BEXIGA E DO RETO Efeitos Adversos: Anfotericina B Convencional Raquimedular Walter Tavares, 2006.
  • 97. Efeitos Adversos: Anfotericina B Lipossomal e em Emulsão Lipídica “É MENOR A OCORRÊNCIA DE FLEBITES E MANIFESTAÇÕES GERAIS, ALÉM DE SER MENOS NEFROTÓXICO” Walter Tavares, 2006.
  • 98. Efeitos Adversos Anfotericina B REALIZAR EXAMES REPETIDOS DE: • URÉIA E CREATININA SÉRICOS • HEMOGRAMA COMPLETO • DOSAGEM DE ELETRÓLITOS • ECG • SUMÁRIO DE URINA CONCLUSÃO Walter Tavares, 2006.
  • 100. Fluconazol Espectro de ação • Introdução para uso clínico: 1982 • Amplo espectro de ação: Candida albicans, C. tropicalis, C. glabrata e outras espécies de Candida, Cryptococus neoformans, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, Paracoccidioides brasiliensis, Aspergillus, Microsporum, Trichophyton, e Malassezia furfur. “É UM ANTIFÚNGICO BIS-TRIAZÓLICO” Walter Tavares, 2006.
  • 101. Mecanismo de Ação • Inibe a enzima citocromo P450 dos fungos. Síntese de ergosterol da membrana citoplasmática. • Ação mínima sobre as enzimas correspondentes das células humanas. Menor toxicidade e menor influência sobre síntese de testosterona, estradiol e outros esteroides. Walter Tavares, 2006. Fluconazol
  • 102. Características Farmacológicas Administração ORAL é semelhante a PARENTERAL (100%); Alimentos e antiácidos não interferem na absorção; Ampla distribuição; atravessa a barreira hematoencefálica; Meia-vida de 24hs; Pouco metabolizado pelo fígado; Eliminação por via renal. Walter Tavares, 2006. Fluconazol
  • 103. DOSE INDICAÇÃO Dose única diária Dermatomicoses (candidíase, tinhas, ptiríase versicolor); candidíase oral, esofagiana, vulvovaginal e sistêmica; endocardite por Candida parapsilosis; histoplasmose; paracoccidioidomicose; infecções por Coccidioides immitidis e Cryptococus neoformans. 400mg/dia oral ou IV (adultos) e 6- 12mg/kg/dia (crianças) por 30 dias e quando negativar o LCR manter 400mg até recuperação do enfermo imunocompetente e 200mg em imunussuprimido. Meningite criptocócica de moderada gravidade ou quando a anfotericina B não pode ser usada. Walter Tavares, 2006. Fluconazol
  • 104. DOSE INDICAÇÃO 400mg/dia oral ou IV (adultos) e 6mg/kg/dia (crianças) por 30 dias e na meningite por Coccidioides immitis manter 200-400mg/dia em adultos por 6 meses a 1 ano. Meningite por Histoplasma capsulatum e por Coccidioides immitis. 200-400mg/dia oral ou IV (adultos) por tempo variável e 3-6mg/kg/dia em candidíase sistêmica (crianças). OBS: A via IV deve ser reservada para pacientes mais graves ou vômitos intensos. Histoplasmose disseminada e candidíase sistêmica. 200-400mg/dia oral ou IV (adultos) por cerca de 2 meses, após a melhora clínica é usado 100mg/dia provavelmente por toda vida. Endocardite por Candida. Walter Tavares, 2006. Fluconazol
  • 105. DOSE INDICAÇÃO 100-200mg/dia oral (adultos) e 2mg/kg/dia (crianças) por tempo variável de 5 a 20 dias. OBS: Crianças com tinea capitis na dose de 8mg/kg/semana tem elevada eficácia e poucos efeitos adversos. Dermatomicoses e candidíase orofaríngea e vulvovaginal. 400mg/dia oral (adultos) por 1 ano. Endoftalmites e uveítes por cândidas. 200mg, 2-3x ao dia oral (adultos), por 3-4 semanas (pode reduzir a dose pela metade após a 2ª semana). Murcomicose. 400mg/dia oral (adultos) até retorno de 1000 na contagem de neutrófilos/mm³. Profilaxia em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. Walter Tavares, 2006. Fluconazol
  • 106. OBS: Pacientes com insuficiência renal moderada (Clearence de Cr entre 21- 50mL/min) Reduzir dose a metade ou o intervalo entre as doses deve ser de 48hs. OBS: Pacientes com insuficiência renal grave (Clearence de Cr < 20mL/min) Reduzir dose a 1/3 ou o intervalo deve ser de 72hs. Ajuste de Dose Walter Tavares, 2006.
  • 107. Efeitos Adversos “PRESENTES EM CERCA DE 8% DOS PACIENTES” • NÁUSEAS • VÔMITOS • DOR ABDOMINAL DE PEQUENA INTENSIDADE • CEFALÉIA • ELEVAÇÃO TRANSITÓRIA DAS TRANSAMINASES Walter Tavares, 2006.
  • 109. Disponibilidade da Droga no Brasil Fluconazol G (Genérico) (Cápsulas com uma ou duas unidades com Zoltec  (Pfizer) e vários similares (Cápsulas com 50mg, 100mg e 150mg) (Suspensão oral 50mg/5mL e Uso IV ( Solução injetável 100mL com 200mg para Walter Tavares, 2006.
  • 110. Referência TAVARES, W. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico. 1ª edição. São Paulo: Atheneu, 2006.

Editor's Notes

  1. Formulacoes para uso oral, isolada em capsulas com 300mg e em suspensao com 100mg/5ml, e em associaçao com a isoniazida em capsulas com 300mg re rifampicina e 200 mg de isoniazida.
  2. Isosporíase: Isospora belli, protozoário, pcts com AIDS diarreia grave, recidivas comuns, tratamento supressivo indefinidamente. Criptosporidiose: insucesso com sulfametoxazol com tripetoprima, roxitromicina e azitromicina; Infecção por Cyclospora cayetanensis: causador de infecção em imunoderpimidos Paracoccidioidomicose: sulfonamidas absovíveis são os medicamentos de escolha, nos pacientes alérgicos ou nos casos de resistência às sulfas, usam-se como drogas alternativas a anfotericina B ou o cetoconazolou o itraconazol. Pediculose: Evidentemente, esta aplicação do sulfamídico não é justificada na rotina terapêutica,, considerando a existência de outros métodos de tratamento local da pediculose, mais práticos com maior eficácia, menor custo e menor colaterais.
  3. Colite ulcerativa: Não tem indicação nos casos graves e complicados da colite, mas é útil nas formas crônicas, alongando o período de remissão. Dermatite herpetiforme de Duhring – Brocq: doença eruptiva com lesões bolhosas polimorfas e descamativas e evolução em surtos pode ser tratada com sulfapiridina com bons resultados. Outras sulfas são menos eficazes. Infecção por Mycobacterium: Sulfametoxazol com trimetroprima, profilaxia de infecção pelo MAC em pacientes com aids e baixa contagem de CD4 Vaginose bacteriana e candidíase vaginal: sulfadianzina de prata em forma de creme local; Infecção de feridas e queimados: sulfadiazina de prata, finalidade profilática e terapêutica;
  4. RENAME – relação nacional de medicamentos essenciais
  5. Price: sem atividade biológica Lesher: com ação contra bactérias Gram-negativas Fluoroquinolonas  maior potência e espectro mais amplo de ação (Gram + e Micobactérias) e melhora significativa na absorção pela VO
  6. Classificação controversa. Leva em consideração o espectro de ação e a farmacocinética das drogas, além de sua constituição química.
  7. - Inibem a DNA girase (Gram -) e a Topoisomerase IV (Gram +) – Ação Bactericida, pois impede a replicação do DNA bacteriano
  8. – Mutação cromossômica nos genes que são responsáveis pelas enzimas alvo (DNA girase e topoisomerase IV) – Bomba de efluxo – Modificação nos canais de porina da membrana externa
  9. Interfere no met hepatico de teofilinas e varfarina
  10. Boa absorção vo, metabolização hepatica e eliminação rins Reações neuro: cefaleia, vertigens, convulsoes e psicose
  11. Boa absorção vo, eliminação urinaria, bile e fezes
  12. Não recomendada p crianças Via preferencial – oral; iv – gliicosada 1h gota a gota