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MELATONINA



A melatonina, N-acetil-5metoxitriptamina, é um hormônio sintetizado pela
glândula pineal, caracteristicamente no período noturno, porém ela
também é fabricada na retina e no trato gastrointestinal. O seu caráter
altamente lipofílico lhe permite atravessar a membrana dos pinealócitos e
das células endotélias e rapidamente atingir a corrente circulatória. Do
sangue ela facilmente se espalha pelo liquido intersticial de todo
organismo e alcança o compartimento intracelular, onde se fixa
principalmente dentro do núcleo, no DNA.

Até bem pouco tempo, sabia-se somente que a melatonina apresentava
alguns efeitos endócrinos e mediava o ritmo circadiano, através da
interação com receptores específicos.Recentemente, descobriu-se que a
sua ação primaria, independe da interação com receptores, possuindo a
melatonina o efeito de funcionar como um potente varredor do radical
hidroxila, a mais poderosa espécie reativa tóxica do oxigênio. A
melatonina também é capaz de estimular a atividade da glutationa
peroxidase, cuja função é metabolizar o peróxido de hidrogênio,
precursor do radical hidroxila.

Como agente anti - radical livre ela é mais potente que a glutationa e o
manitol e a sua presença no núcleo aponta para o seu papel protetor do
DNA.

A melatonina é produzida principalmente pela glândula pineal
durante a noite, isto é, no escuro. A escuridão é o requisito
absoluto para a sua produção e liberação e a luz rapidamente
suprime a sua síntese. Esta é a razão da concentração de
melatonina no sangue e nas células serem 3 a 10 vezes maiores
à noite.

Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da
manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do
bom humor. Como já escrevemos a melatonina também é
produzida na retina e no trato gastrointestinal.

Durante o envelhecimento a produção de melatonina sofre um declínio
gradual. Nas pessoas com idade superior a 75 anos, o seu ritmo de
síntese nas 24 horas é somente uma pequena fração daquele observado
nas pessoas de 20 a 30 anos, o que faz atribuir à melatonina um possível
papel nas fases iniciais e no desenvolvimento das doenças degenerativas
da idade.

O mecanismo da queda de produção da melatonina pineal durante o
envelhecimento deve-se a dois fatores. Um deles é a diminuição do
número de receptores beta- adrenérgicos pós-sinápticos dos pinealócitos
com o avançar da idade. É a norepinefrina que estimula tais receptores à
noite, aumentando o ritmo de produção de melatonina. Outro fator é a
alteração das estruturas do sistema nervoso central que governa a
síntese noturna do hormônio. Tais estruturas são expostas, durante toda
a vida aos radicais livres, até que surgem lesões suficientes para diminuir
a síntese da melatonina.

Quanto ao seu poder antioxidante a melatonina em um sistema “in vitro”
de geração de radicais hidroxila, apresenta efeito varredor 5 vezes maior
que a glutationa e 14 vezes mais potente que o manitol. Estes resultados
são muito importantes porque a glutationa e o manitol são excelentes
varredores de radicais livres, o primeiro agindo no intracelular e o
segundo no intersticial.

O efeito anti- radical livre da melatonina também foi demonstrado “in
vivo” e em uma das moléculas mais importantes do organismo: o DNA.

A melatonina como vimos está mais concentrada no núcleo das células do
que no citoplasma e existem evidencias que ela não somente esta
presente no núcleo como também se encontra ligada ao DNA, à
cromatina ou à heterocromatina. Tais fatos nos levam a pensar sobre um
dos efeitos mais importantes da melatonina: proteger o DNA dos efeitos
devastadores do radical hidroxila, a proteção contra o câncer.

A melatonina pode ser considerada como um excelente antioxidante
tanto pelos seus efeitos fisiológicos e farmacológicos como pela ausência
de efeitos colaterais. Mesmo quando empregada em doses altíssimas e
por vários anos, ela não provoca efeitos colaterais em humanos, exceto a
indução de sono. A sua lipossolubilidade a torna de fácil absorção pelo
trato gastrointestinal e mucosa bucal ou olfativa.

Estando as espécies reativas tóxicas de oxigênio, implicadas em grande
número de doenças, assim como no envelhecimento, a descoberta da
melatonina como poderoso agente antioxidante natural, abre novas
perspectivas ao nosso conhecimento: a melatonina desempenharia, ao
lado de outros sistemas de defesa, papel protetor contras os radicais
livres de oxigênio, diminuindo a incidência das doenças degenerativas da
idade e interferindo no próprio envelhecimento celular.

A melatonina já foi empregada com sucesso na supressão de quadros de
disincronia circadiana (síndrome do fuso - horário e inversão da noite
pelo dia) e mostrou-se benéfica como coadjuvante no tratamento da
depressão, ansiedade, hiperatividade, confusão mental e fadiga.

A melatonina é mais uma das substâncias esquecidas pelos
médicos , talvez por ser catalogada como droga órfã e portanto
sem nenhum interesse financeiro para a indústria farmacêutica.

De José de Felippe Junior

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.Reitor R. J.: Interactions of the pineal hormone melatonin with oxygen
- centered free radicals: a brief review. Brazilian J. Med. Biol. Res., 26:
1141-1155, 1993.
2.Poeggeler B et al: Melatonin, hydroxyl radicals - mediated oxidative
damage and aging: hypothesis J. Pineal Res. 14: 151-168, 1993

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  • 1. MELATONINA A melatonina, N-acetil-5metoxitriptamina, é um hormônio sintetizado pela glândula pineal, caracteristicamente no período noturno, porém ela também é fabricada na retina e no trato gastrointestinal. O seu caráter altamente lipofílico lhe permite atravessar a membrana dos pinealócitos e das células endotélias e rapidamente atingir a corrente circulatória. Do sangue ela facilmente se espalha pelo liquido intersticial de todo organismo e alcança o compartimento intracelular, onde se fixa principalmente dentro do núcleo, no DNA. Até bem pouco tempo, sabia-se somente que a melatonina apresentava alguns efeitos endócrinos e mediava o ritmo circadiano, através da interação com receptores específicos.Recentemente, descobriu-se que a sua ação primaria, independe da interação com receptores, possuindo a melatonina o efeito de funcionar como um potente varredor do radical hidroxila, a mais poderosa espécie reativa tóxica do oxigênio. A melatonina também é capaz de estimular a atividade da glutationa peroxidase, cuja função é metabolizar o peróxido de hidrogênio, precursor do radical hidroxila. Como agente anti - radical livre ela é mais potente que a glutationa e o manitol e a sua presença no núcleo aponta para o seu papel protetor do DNA. A melatonina é produzida principalmente pela glândula pineal durante a noite, isto é, no escuro. A escuridão é o requisito absoluto para a sua produção e liberação e a luz rapidamente suprime a sua síntese. Esta é a razão da concentração de melatonina no sangue e nas células serem 3 a 10 vezes maiores à noite. Quando o indivíduo acorda e recebe a luz intensa do sol da manhã a melatonina se transforma em serotonina, hormônio do bom humor. Como já escrevemos a melatonina também é produzida na retina e no trato gastrointestinal. Durante o envelhecimento a produção de melatonina sofre um declínio
  • 2. gradual. Nas pessoas com idade superior a 75 anos, o seu ritmo de síntese nas 24 horas é somente uma pequena fração daquele observado nas pessoas de 20 a 30 anos, o que faz atribuir à melatonina um possível papel nas fases iniciais e no desenvolvimento das doenças degenerativas da idade. O mecanismo da queda de produção da melatonina pineal durante o envelhecimento deve-se a dois fatores. Um deles é a diminuição do número de receptores beta- adrenérgicos pós-sinápticos dos pinealócitos com o avançar da idade. É a norepinefrina que estimula tais receptores à noite, aumentando o ritmo de produção de melatonina. Outro fator é a alteração das estruturas do sistema nervoso central que governa a síntese noturna do hormônio. Tais estruturas são expostas, durante toda a vida aos radicais livres, até que surgem lesões suficientes para diminuir a síntese da melatonina. Quanto ao seu poder antioxidante a melatonina em um sistema “in vitro” de geração de radicais hidroxila, apresenta efeito varredor 5 vezes maior que a glutationa e 14 vezes mais potente que o manitol. Estes resultados são muito importantes porque a glutationa e o manitol são excelentes varredores de radicais livres, o primeiro agindo no intracelular e o segundo no intersticial. O efeito anti- radical livre da melatonina também foi demonstrado “in vivo” e em uma das moléculas mais importantes do organismo: o DNA. A melatonina como vimos está mais concentrada no núcleo das células do que no citoplasma e existem evidencias que ela não somente esta presente no núcleo como também se encontra ligada ao DNA, à cromatina ou à heterocromatina. Tais fatos nos levam a pensar sobre um dos efeitos mais importantes da melatonina: proteger o DNA dos efeitos devastadores do radical hidroxila, a proteção contra o câncer. A melatonina pode ser considerada como um excelente antioxidante tanto pelos seus efeitos fisiológicos e farmacológicos como pela ausência de efeitos colaterais. Mesmo quando empregada em doses altíssimas e por vários anos, ela não provoca efeitos colaterais em humanos, exceto a indução de sono. A sua lipossolubilidade a torna de fácil absorção pelo
  • 3. trato gastrointestinal e mucosa bucal ou olfativa. Estando as espécies reativas tóxicas de oxigênio, implicadas em grande número de doenças, assim como no envelhecimento, a descoberta da melatonina como poderoso agente antioxidante natural, abre novas perspectivas ao nosso conhecimento: a melatonina desempenharia, ao lado de outros sistemas de defesa, papel protetor contras os radicais livres de oxigênio, diminuindo a incidência das doenças degenerativas da idade e interferindo no próprio envelhecimento celular. A melatonina já foi empregada com sucesso na supressão de quadros de disincronia circadiana (síndrome do fuso - horário e inversão da noite pelo dia) e mostrou-se benéfica como coadjuvante no tratamento da depressão, ansiedade, hiperatividade, confusão mental e fadiga. A melatonina é mais uma das substâncias esquecidas pelos médicos , talvez por ser catalogada como droga órfã e portanto sem nenhum interesse financeiro para a indústria farmacêutica. De José de Felippe Junior REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.Reitor R. J.: Interactions of the pineal hormone melatonin with oxygen - centered free radicals: a brief review. Brazilian J. Med. Biol. Res., 26: 1141-1155, 1993. 2.Poeggeler B et al: Melatonin, hydroxyl radicals - mediated oxidative damage and aging: hypothesis J. Pineal Res. 14: 151-168, 1993