O documento discute vários métodos para o controle de pragas, incluindo o uso de pesticidas químicos, controle biológico, esterilização de insetos, feromônias, hormônios e engenharia genética. Aborda tanto os benefícios quanto os riscos potenciais destes métodos para o meio ambiente e a saúde humana.
ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Controlo De Pragas
1. CONTROLO DE PRAGAS
Nuno Correia
Exploração das Potencialidades da
Biosfera
2. Espécie indesejável
para o ser humano
pelos danos que causa
em bens materiais,
como culturas
agrícolas – que se
traduz em competição
alimentar – ou, na
saúde humana,
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designa-se p r a g a .
11. Métodos alternativos de controlo de
pragas
Práticas de cultura alternativas
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Controlo biológico
Esterilização de insectos
Uso de ferormonas
Hormonas juvenis e de muda
Biopesticidas
Engenharia genética
Luta Integrada
12. Certas práticas agrícolas
permitem reduzir os danos
causados pelas pragas. Entre
essas práticas encontram-se as
seguintes:
- rotação de culturas;
- plantação de sebes em redor
das culturas, o que cria
habitais para os inimigos
naturais das pragas;
- cultivo de espécies em locais
onde não existam as pragas
que as atacam;
- ajuste dos ciclos de cultura de
forma a fazer coincidir a altura
de maior produção com a fase
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do ciclo de vida em que a
praga é menos activa.
- culturas marginais, que
desviam as pragas.
13. Regulação das populações de pragas
pelos seus inimigos naturais, como
predadores, parasitas e agentes
patogénicos.
É um método de regulação selectivo
e não tóxico. Apresenta, contudo, as
seguintes desvantagens:
- a tarefa de seleccionar o melhor
inimigo natural e produzi-lo em
grande quantidade é complexa e
demorada;
- a acção dos inimigos naturais sobre
as pragas é mais lenta do que a dos
pesticidas químicos;
- na falta de um controlo rigoroso, as
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populações dos inimigos naturais
podem aumentar e transformar-se
numa nova praga.
14. Machos de insectos criados em
laboratório e tornados estéreis são
libertados numa zona infestada.
O seu acasalamento com as fêmeas
não produz descendência e a
população da praga diminui. Este
método tem as seguintes
desvantagens:
•funciona apenas com algumas
espécies;
•é dispendioso;
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•tem de ser aplicado continuamente, o
que implica a necessidade de grandes
quantidades de machos.
15. As feromonas são substâncias produzidas
pelos animais e que lhes permitem
estabelecer comunicação. Nos insectos,são
libertadas na altura do acasalamento para
atrair o parceiro.
As feromonas podem ser colocadas em
armadilhas, atraindo os insectos e
desviando-os das culturas. Podem,
também, ser utilizadas para atrair os
predadores ou parasitas naturais.
Tem uma acção muito específica, mas a
identificação, o isolamento e a produção de
uma feromona é um processo demorado e
dispendioso.
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16. As hormonas juvenis e de
muda controlam o
desenvolvimento e a
reprodução dos insectos em
diferentes momentos do seu
ciclo de vida. A aplicação de
hormonas sintéticas ou
outras substâncias que
interfiram com as hormonas
naturais pode impedir que
se complete o ciclo de vida
do insecto.
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17. Alguns microrganismos
produzem toxinas, específicas
e biodegradáveis, que podem
ser utilizadas como pesticidas
biológicos.
As subespécies da bactéria do
solo Bacillus thuríngiensis
produzem uma variedade de
toxinas, designadas toxinas Bt,
que são aplicadas às culturas,
protegendo-as das pragas de
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insectos, sem afectar os
organismos de outros grupos.
18. A tecnologia do DNA recombinante pode
ser usada para a introdução nas plantas
de genes que codificam a produção de
toxinas ou outras substâncias com acção
pesticida. As toxinas Bt, quitinases e
lisozima são algumas dessas substâncias.
A transformação genética permite
aumentar a especificidade, eficiência e
estabilidade dos biopesticidas e já foi
testada em várias espécies de plantas,
como o tomateiro,o milho e o algodão.
A criação de plantas transgénicas torna
possível:
•aumentar a produtividade das culturas;
•reduzir o impacto ambiental da aplicação
de pesticidas sintéticos.
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No entanto, a transferência dos genes
estranhos para espécies selvagens pode
introduzir desequilíbrios nos
ecossistemas.
19. A luta integrada não tem como objectivo a erradicação das pragas, mas a
sua redução e manutenção em níveis economicamente aceitáveis.
Os programas de controlo integrado de pragas baseiam-se no
conhecimento e na avaliação do sistema ecológico formado pela
cultura, pragas que a atacam, inimigos naturais, condições ambientais e
outras, e associam diferentes métodos com o objectivo de aliar a
produtividade das culturas à redução dos riscos ambientais.
A aplicação destes programas é complexa e demorada.
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20. •Não há consenso sobre a problemática dos OGM, existindo duas visões
completamente antagónicas. Por um lado, defende-se a sua utilização, mas,
por outro, apontam-se exemplos que põem em causa a sua viabilidade para
consumo e utilização.
•Os OGM podem ser encarados como uma solução do problema da fome no
mundo.
•O aumento da produtividade pode ser conseguido através do controlo de
pragas.
•O controlo de pragas pode ser feito com recurso a métodos químicos.
•Os biocídas utilizados no controlo de pragas podem ter repercussões
negativas no ambiente e no próprio Homem.
•As pragas podem ser controladas por métodos naturais, em que se incluem
o dadores, as feromonas e a esterilização.
•As feromonas, substâncias químicas odoríferas, são usadas para atrair os
inimigos (pragas) até às armadilhas. Apresentam vantagens, principalmente,
por serem inócuas ao Homem e aos animais domésticos e respeitarem o
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equilíbrio ecológico.
•Apenas o conhecimento das características próprias de cada espécie,
nomeadamente, do seu ciclo de vida, permite uma actuação mais eficaz no
ataque às pragas.