SlideShare a Scribd company logo
1 of 143
Download to read offline
Planejamento Estratégico

     Marcelo Coutinho
Uma definição
       economicamente operacional
• Bens informacionais
  são qualquer coisa que
  possa ser digitalizada
  – Resultados de jogos,
    livros, revistas,
    cotações, filmes, bancos
    de dados, música, etc




           Shapiro e Varian
Mercados de dois lados
                                      Produção

                        Oferta                        Demanda

     Anunciante                          Mídia                       Audiência

                  Demanda                                    Oferta

                                      Atenção




Adaptado de “PlataformCompetition in Two-Sided Markets” - Jean-Charles Rochet eJean Tirole
A “oferta” da mídia
• Não é de conteúdo (que não se paga), mas da
  atenção dos consumidores
• Do ponto de vista econômico, a mídia é um meio do
  anunciante obter a atenção dos consumidores. O que
  os veículos oferecem é a oportunidade de capturar
  essa atenção
• Do ponto de vista de cada veículo (ou empresa de
  mídia), o que interessa é o “share” que ela obtém na
  atenção “total” da audiência (geral ou de um
  segmento específico)
Novos competidores,
novos formatos, novas
regras de compra de mídia




     Recurso escasso: Atenção
     Competição reduz margens
     Fragmentação audiência
O que é estratégia?
• Stratos grupo que toma parte em uma
  batalha (força combatente, exército)
• Strategos O comandante do stratos
  (general)
• Strategia o conjunto de atribuições e
  conhecimentos de um general
Clausewitz
• “Tática é a arte de usar as tropas em batalhas;
  estratégia é a arte de usar batalhas para
  vencer a guerra”
O significado contemporâneo
• “Um plano, método ou conjunto de ações para
  atingir um objetivo específico” – Dicionário
  Oxford
• Os 5Ps (Mintzberg)
  – Um plano desenvolvido de forma consciente e
    objetiva;
  – Um estratagema (“ploy”) para superar um
    competidor;
  – Um padrão intencional em um conjunto de ações;
  – Uma posição definida em relação aos competidores,
    no contexto do mercado;
  – Uma perspectiva na maneira de perceber o ambiente
    de negócios.
Não existem ventos favoráveis para quem não
 sabe para qual porto está navegando - Sêneca
• Na ausência de uma estratégia, nosso tempo é
  ocupado de forma reativa, com base no que
  desejamos (ou achamos que o chefe deseja…)
• Desperdício de tempo e recursos (materiais,
  humanos e financeiros)
3 “metodologias” de
          Estratégia Empresarial

• Vantagens competitivas (Porter, Ohmae,
  McKinsey, BCG, etc) – anos 80 em diante
• Balanced Scorecard e Mapa Estratégico
  (Kaplan e Norton) – anos 90 em diante
• Inovação e Oceano Azul (Hammel, Kim,
  Prahalad) – 2000 em diante
Nosso “problema”
• Como essas metodologias podem ser
  aplicadas no contexto digital em duas grandes
  áreas
  – Comunicação Mercadológica (anunciantes)
  – Conteúdo (produtores: jornais, revistas, TVs,
    música, etc)
Schumpeter: A Destruição Criativa
• O Klismo atravessa ciclos regulares de destruição de
  modos de produção que liberam as forças produtivas
  para estabelecer novos padrões
• Ao longo do século XX, a tecnologia adquiriu cada vez
  mais o caráter de força “disruptiva” dos modelos de
  produção
• Inovações tecnológicas muitas vezes mudam em poucos
  anos todo um setor da economia, embora inicialmente
  elas foram desenvolvidas para aplicações
  completamente diferentes
Expansão Ferrovias (EUA 1840-1890)

• Crescimento econômico
   – Desenvolvimento da Infraestrutura
   – Novos mercados, novos centros produtores
• Novo tipo de organização
   – Grande corporação
• Novas formas de comércio
   – Venda por catálogo
   – Caixeiro viajante
• Nova sociedade
   – Grandes centros urbanos
Cenário Econômico final séc. XX
• Esgotamento do modelo Keynesiano (paradigma
  econômico entre 1930 e 1960)
• Conflitos sociais anos 60
• Pressões Inflacionárias
   – Fim do padrão-ouro para o dólar
   – Gastos guerra Vietnã
   – Primeiro Choque do Petróleo (74)
   – Segundo Choque do Petróleo (78)




• Reestruturação de Governos e Organizações
Objetivos da reestruturação
1. aprofundar a busca pelo lucro nas relações
   capital/trabalho
2. aumentar a produtividade do trabalho e do
   capital
3. globalizar a produção e o consumo,
   aproveitando melhores oportunidades de
   realização de lucros em qualquer região
4. canalizar o apoio estatal para ganhos de
   produtividade e competitividade das economias
   nacionais, mesmo que as custas dos
   mecanismos de proteção social


                              Fonte: Castells, A Sociedade em Rede
Base para reestruturação
• Avanços Tecnologia da Informação
   – Lei de Moore, Lei de Gilder, preços declinantes, etc
• Avanços Tecnologia de Comunicação
   – Fibras ópticas, satélites, telefonia celular, etc
• Alterações no ambiente regulatório
   – Fim do monopólio da AT&T, BT, etc
   – FMI, Banco Mundial passam a ter papel pró-ativo na
     difusão valores empresariais
Resultados (Castells)
1.  Integração dos mercados financeiros em tempo real
2.   Centralização do Controle, Flexibilização dos processos de Produção,
    Distribuição e Consumo (mercados)
3. Aparecimento de um novo centro industrial dominante na região do Pacífico
4. Unificação econômica da Europa
6.   Desintegração do conceito de Terceiro Mundo
7.   Transformação da Rússia em uma economia de mercado
8.   Aprofundamento do desenvolvimento desigual
9.   Liberação de novas forças produtivas ao lado de buracos negros de miséria,
     muitas vezes dentro de uma mesma região, país ou cidade
10. Conflito entre identidade cultural (local) e inserção econômica (global)
11. Globalização e informatização das redes criminosas
12. Alteração na estrutura do emprego
Nova Divisão do Trabalho (Rifkin)
• Decisão Estratégica e Planejamento (Dirigentes)
• Inovação em Produtos e Processos (Pesquisadores)
• Adaptação e definição dos objetivos da inovação
  (Projetistas)
• Gerenciamento de relações entre decisão, inovação,
  projeto e execução (Integradores)
• Execução das tarefas sob iniciativa própria
  (Operadores)
• Execução de Tarefas Auxiliares / Não Automatizáveis
  (Dirigidos)
Inserções (Castells)

• Produtores de alto valor com base no trabalho
  informacional
• Produtores de grande volume baseados em
  baixo custo de mão de obra
• Produtores de matérias primas baseados em
  recursos naturais
• Produtores Redundantes
Ecossistemas de Negócios                              Core
                                                                   Business

                            Agências Reguladoras

                      Acionistas, associações, sindicatos




Fornecedores Fornecedores Competências Canais de               Consumidores
   dos meus                                         Consumidores dos meus
                Diretos     Principais Distribuição
 fornecedores                                                   consumidores
                 Fornecedores de produtos
                 e serviços complementares

                Competidores similares em serviços ou produtos,
                 processos de negócio e estrutura organizacional
  Extended
  Enterprise
Vantagens Competitivas (Porter,
            Ohmae, etc)
• “A destruição completa ou parcial do inimigo
  deve ser considerada como o principal
  objetivo de qualquer confronto” – Clausewitz
• A estratégia é entendida como um conjunto
  de metodologias e procedimentos que
  buscam      estabelecer    uma      vantagem
  competitiva indiscutível em um ou mais
  campos da atividade empresarial
3 Cs Estratégicos (Ohmae)

• Consumidores
• Corporação (empresa)
• Competidores
  – A boa estratégia é caracterizada pela sincronia entre
    uma clara definição do mercado e de suas
    necessidades com os pontos fortes da empresa e um
    desempenho superior ao da concorrência nestes
    aspectos
  – Quais são os fatores e tendências que são
    especialmente importantes para gerar um
    desempenho superior no seu segmento?
Análise Pestel
Principais fatores que afetam os negócios
    Ambiente Político      Ambiente Econômico



    Ambiente Social        Ambiente Tecnológico


    Ambiente “Ecológico”   Ambiente Jurídico
      (cadeia de valor)
Análise SWOT
          (Andrews, década de 70)
• Forças (strength): capacidade distintas da organização
  em relação aos concorrentes
• Deficiências (weaknesses): aspectos nos quais nossa
  empresa está abaixo da média do mercado
• Oportunidades (opportunities): segmentos que ainda
  não são atendidos de maneira adequada pelos
  concorrentes ou nos quais podemos entrar com baixo
  investimento aproveitando capacidades já existentes
• Ameaças (treaths): alterações nos processos produtivos
  ou ambiente de negócios que podem afetar nossa
  posição no mercado
Inteligência Competitiva
•   Quem são nossos principais concorrentes?
•   Qual seu desempenho?
•   Quais suas forças e fraquezas?
•   Quais suas possíveis estratégias?
•   Como elas podem afetar nosso negócio?
Sistemas de Informação Competitiva
      (adaptado de Aaker, 1983)
• Tamanho do mercado (atual e projeções)
  – Instituições públicas e acadêmicas (IBGE, FGV),
    Associções Comerciais (FIESP, Câmara eNet, etc),
    Pesquisas de Mercado, Consultorias (sites oferecem
    muito material gratuito)
• Lucratividade
  – Relatórios de Bolsas de Valores, Sites de RI, etc
• Fornecedores e Distribuidores
  – Idem acima, serviços de clipping
• Tendências do Mercado em geral
  – Pesquisa de consumidores, sites de consultorias e
    universidades, acompanhamento legislativo, clipping
Vantagem Competitiva (Porter)
• Estratégia é a escolha deliberada de um
  conjunto diferenciado de atividades para
  entregar (para o consumidor) um mix de valor
  que não pode ser imitado pelos concorrentes
Fonte: Porter, 1986
Barreiras de Entrada
• Economias de Escala
• Efeito Rede
• Switching costs (custos de mudança)
• Custos de capital
• Vantangens do incumbente (tecnologias
  proprietárias, marcas estabelecidas, exclusividade
  no acesso de matérias primas, localização, etc)
• Controle dos canais de distribuição
• Restrições legais

                                            Fonte: Porter, 1986
Poder dos fornecedores
• Características
   – Fornecedores existem em menor número que as empresas
     do segmento para os quais vendem
   – Não dependem excessivamente de um único setor para
     obter suas receitas
   – Altos custos de mudança
   – Oferecem produtos diferenciados
   – Ausência/dificuldade para encontrar substitutos
   – Facilidade de integração na cadeia de valor
• Efeitos
   – Controle de preços
   – Limite de quantidade ou qualidade
   – Transferência de custos
                                                Fonte: Porter, 1986
Poder dos consumidores
• Existência de poucos compradores;
• Grandes volumes de compra em relação ao
  tamanho de cada vendedor;
• Facilidade de mudança, principalmente
  quando os vendedores operam com custos
  fixos elevados;
• Produtos com baixa diferenciação


                                     Fonte: Porter, 1986
Produtos substitutos
• A presença de produtos substitutos afeta as margens
  de lucro de um segmento, por colocar uma barreira
  para o aumento de preços. Se as empresas de um
  segmento não conseguem se diferenciar através da
  qualidade, marketing ou outros meios, sofrerão com
  lucros reduzidos, comprometendo sua sustentabilidade
  no longo prazo.
   – Custo benefício percebido como favorável, mesmo com
     alguma perda de qualidade (ex: Skype x Telefonia
     tradicional e streaming x aluguel de DVD)
   – Custos de mudança são baixos (ex: medicamentos
     genéricos)

                                               Fonte: Porter, 1986
Concorrência direta
• Competição é mais intensa quando:
   – Competidores são numerosos e aproximadamente iguais em
     tamanho;
   – O crescimento do setor como um todo é baixo, intensificando a
     disputa por market share;
   – As barreiras de saída (objetivas ou não: prestígio, tradição, etc)
     são elevadas
   – Produtos ou serviõs são similares e custos de mudança são
     baixos (estímulo para conseguir novos consumidores a qualquer
     preço)
   – Vustos fixos são elevados e custos marginais são baixos
   – O aumento da oferta exige incrementos de produção em larga
     escala, levando ao aumento da capacidade ociosa por longos
     períodos de tempo
   – O produto é perecível (frutas, computadores e notícias…)


                                                            Fonte: Porter, 1986
Fonte: Porter, 2001
Fatores que afetam as 5 forças
• Taxa de crescimento do setor
• Tecnologia
• Regulamentação
• Serviços e produtos complementares (não-
  rivais)
• Esses fatores devem ser analisados em cada
  uma das 5 forças
Estratégias para criar e sustentar
        vantagens competitivas
• Através do exame da cadeia de valor, buscar
  liderança através de:
  – Custos
  – Diferenciação
Value Chain
                                           Firm Infrastructure

Supporting                 Human Resource Management
 Activities
                             Technology Development

                                             Procurement




                                                                                          gin
                                                                                       Marg
                              Operations




                                                              and Sales
                                                  Outbound



                                                              Marketing
               Logistics




                                                  Logistics
               Inbound




                                                                          Service
   Primary
  Activities




                                                                                Fonte: Porter, 1980
Fonte: Porter, 2001
Anos 90: Balanced Scorecard
            (Kaplan e Norton)
• Sem      desempenho       financeiro  adequado,      as
  organizações estão fadadas ao desaparecimento ou
  insignificância;
• Toda a estratégia está, de alguma maneira, vinculada
  ao desempenho financeiro;
• Só podemos avaliar aquilo que podemos medir;
• Balanced Scorecard: uma metodologia para avaliar os
  diversos aspectos da estratégia de uma empresa para
  além das metas puramente financeiras, organizados ao
  redor de sua visão, missão e valores
   – Visão: as aspirações de longo prazo
   – Missão: os objetivos do negócio
   – Valores : atitudes e comportamentos que orientam a ação
     da empresa
Finanças: como devemos
                                             ser vistos pelos nossos acionistas?
                                        Objetivos    Métricas   Metas     Iniciativas




Consumidores: para atingir nossa                                                Processos: para satisfazer nossos
visão, como devemos ser vistos                                                  acionistas e consumidores, em quais
pelos consumidores?                                                             processos de negócios devemos ter
                                                                                excelência?
Objetivos   Métricas   Metas   Iniciativas
                                                    Missão, Visão e                Objetivos   Métricas     Metas    Iniciativas

                                                       Valores


                                Aprendizado e crescimento: para atingir nossa visão,
                                  como vamos ser capazes de mudar e melhorar?


                                       Objetivos     Métricas   Metas    Iniciativas



                                                                                       Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1996
Fonte: Kaplan e Norton, 2006
Anos 2000: Mapas Estratégicos
           (Kaplan e Norton)
• Mostrar que bens intangíveis também criam valor
• Mapear e alinhar processos que levam a criação
  do valor por toda a organização
• Visualizar relações de causa e efeito entre os
  objetivos estratégicos;
• Os mapas são relacionados com o Balanced
  Scorecard
• Metodologia utilizada em diversos setores, que
  se tornou conhecida principalmente por sua
  aplicação na aviação de baixo custo
Fonte: Kaplan e Norton, 2004
Estratégias de criação de valor
• Na última década, os avanços no setor de TI
  levaram alguns autores a propor o
  desenvolvimento de estratégias que focam não
  somente na superação dos competidores, mas na
  criação de valor com base em novos mercados e
  formatos de produção
  – Kim e Mauborgne (“Oceano Azul” – Body Shop, Cirque
    do Soleil, Casas Bahia, CacauShow?)
  – Prahalad (Co-criação de valor)
  – Anderson (Cauda Longa)
Estratégia do Oceano Azul
• Ao competirem de forma tradicional (estratégias de custo
  ou diferenciação), as empresas utilizam os mesmos
  princípios de melhores práticas. Em um mercado cada vez
  mais saturado (globalização, erosão barreiras de entrada,
  etc) o mercado se torna cada vez mais saturado de
  produtos iguais e margens reduzidas              nenhuma
  perspectiva de longo prazo
• “Não concorra com os rivais, torne-os irrelevantes”
  descoberta de novos espaços (mercados e necessidades),
  ainda pouco explorados
• Ao criar um valor único para seus consumidores, as
  organizações geram valor de forma sustentável (longo
  prazo) para seus acionistas, empregados e fornecedores
Estratégias
         Oceanos Vermelhos                        Oceanos Azuis
      Competição em mercados já             Criação de novos mercados
      existentes
      Vença os competidores                 Torne os competidores irrelevantes

      Explore a demanda atual               Crie e capture novas demandas

      Atinja o limite da relação custo-     Vá além da relação custo-benefício
      benefício
      Alinhe todo o sistema de atividades   Alinhe todo o sistema de atividades
      da empresa com sua estratégia de      da empresa na busca de
      diferenciação ou baixo custo          diferenciação E baixo custo


Para debate: Links patrocinados foram uma estratégia de competição por baixo custo pela
atenção do consumidor ou um Oceano Azul para a publicidade?


                                                              Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
Formulação
Identifique os principais atributos de competição entre as
empresas de um segmento (através de sua comunicação e
seus investimentos) versus o valor percebido que seus
consumidores colocam em cada atributo. Isso fornece um mapa
da curva de desempenho de cada empresa dentro de um
segmento (abaixo, para duas vinícolas).
 High




  Low
                              Above-the-line        Vineyard prestige         Wine range
        Price      Use of
                                marketing Aging        and legacy     Wine
                 enological
                terminology                 quality                complexity
                                                                           Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
4 Questões
                               Redução: quais fatores
                               podem ser reduzidos muito
                               abaixo dos padrões do
                               setor?




Eliminação: quais fatores já
são    considerados como                                   Inovação: quais fatores nos
                                         Nova
“dados” e podem ser                                        quais a indústria nunca
                                       proposição
eliminados?                                                buscou se diferenciar?
                                        de valor




                               Ampliação: quais fatores
                               devem ser aumentados
                               muito além dos padrões do
                               segmento?
                                                             Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
Resultados (marca de vinho)
        Eliminate                      Raise
Enological terminology and   Price versus budget wines
       distinctions
                             Retail Store involvement
     Aging qualities

Above-the-line marketing
        Reduce                       Create
     Wine complexity               Easy drinking

       Wine range                Ease of selection

    Vineyard prestige           Fun and adventure


                                            Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
Co-creation (ou criação coletiva)
            Prahalad, 2004
• A digitalização permite as empresas criar
  produtos e serviços em conjunto com seus
  consumidores, e neste processo produzem
  experiências únicas;
• Nenhuma organizaçao possui recursos suficientes
  para criar experiências únicas para cada
  consumidor, então elas precisam se organizar
  para construir uma rede de fornecedores e
  colaboradores para fazer isso;
• As implicações são bem maiores que o “blurb”
  sobre a “inteligência coletiva”.
Co-criação de valor: visão geral




                           Fonte: Prahalad, 2006
• Exploitation: utilizar
  conhecimento e novas
  tecnologias para fazer
  melhor o que já fazemos
• Exploration: utilizar
  conhecimento e novas
  tecnologias para criar
  coisas novas
Grupo de Pesquisa Redes Sociais Digitais FGV
       Diferentes usos exigem diferentes ações e medidas de ROI

                                               RP
                            Gerenciamento
                              Reputação


                                                         Propaganda
             Proteção de Marca




         Ameaças em Geral                                    Mídia em Geral



                                                        Análise de Mercado
         Social CRM




              Advogados da                             Antecipação de
                 Marca                                  Tendências


                            Colaboração p   Consumer
                              Inovação       Insight


Fonte: Adaptado de Social Media Delivers Marketing Intelligence, Gartner, 2008
Fonte: Prahalad, 2006
Colaboração / Social CRM
• "No matter who you are, most of the smartest
  people work for someone else.“
                        Bill Joy, Fundador da Sun
Fonte: Unilever
Criação Coletiva de Valor
• Criar
   – Plataformas
   – Regras
• Reagir
   – Organizar
   – Estimular
• Integrar
   – Processos Produtivos
   – Reconhecer contribuições (incentivos monetários e não
     monetários)
A “moeda” das redes: o capital social



      Confiança                                    Benefícios

                                                       Satisfação
                                                       emocional
                                  Capital         1.     Altruística
                                                                             Moeda
        Comunicação                               2.     Competitiva
                                  Social                                     Social
                                                  Operacionais

                                                  Financeiros
        Expertise                                       (redução
                                                           custos de
                                                          transação)



Adaptado de Bourdieu, 1997; Goshal, 1998; Scheinkman, 2000
                                                             marcelo.coutinho@post.harvard.edu
Modelos de Colaboração em Rede




     Fonte: Pisano e Verganti, “Collaboration is Right for You?” – HBR, Dez 2008
Desafios da Criação Coletiva de Valor
• Atrair e motivar
   – Recompensas “sociais” tão ou mais importantes que
     financeiras
• Estruturar os problemas de forma adequada
   – “Quebrar” o problema em várias partes
   – “Times” competem entre si
• Mecanismos de governança
   – Prevenir os “caronas”
• Manutenção da qualidade
   – Wikipedia
Um approach mais “comunicativo”




                         Fonte: Forrester 2008
Planejamento Estratégico

     Marcelo Coutinho
Utilizando as redes sociais para o
 Planejamento de Comunicação
          Marcelo Coutinho
Visitantes   Média Visitas
                                Únicos na    Mensais na      Média Minutos por
                                categoria     categoria      visita na categoria
 Mundo (40 países)              932.393          24,7               9,8
  Brazil                         27.695          42,4               9,1
  United Kingdom                 36.367          30,2               11,3
  France                         31.954          29,6               7,9
  Germany                        35.045          27,0               9,2
  United States                 177.613          25,5               9,5
  Japan                          53.184          21,7               6,7
  South Korea                    24.676          19,4               7,2
  India                          27.450          14,0               9,3
  China                          117.720         12,5               8,1
Fev 2010 – All Locations, 15+
Fonte: Colective Dynamics Group, Columbia University
Grupo de Pesquisa Redes Sociais Digitais FGV
       Diferentes usos exigem diferentes ações e medidas de ROI

                                               RP
                            Gerenciamento
                              Reputação


                                                         Propaganda
             Proteção de Marca




         Ameaças em Geral                                    Mídia em Geral



                                                        Análise de Mercado
         Social CRM




              Advogados da                             Antecipação de
                 Marca                                  Tendências


                            Colaboração p   Consumer
                              Inovação       Insight


Fonte: Adaptado de Social Media Delivers Marketing Intelligence, Gartner, 2008
Um approach mais “comunicativo”




                         Fonte: Forrester 2008
Fonte: Schillewaert e Ruyck, “Connected Research”. IJMR, Vol 51, n.1
• O que monitorar?
  – A reclamação
  – O agradecimento
  – O problema
  – A dúvida
  – A crise
  – O concorrente
  – O pedido de ajuda
  – O influenciador
• Monitorando conversações
  – Conteúdo
  – Associações
  – Sentimentos
  – Duração da conversa
Monitoramento de Cervejas
          Jan / 2010
Pontos de Partida
• Localizadores
   – Nome da empresa / produto
   – Nome das empresas/produtos concorrentes
   – Palavras chave no segmento
   – Nome dos principais executivos da empresa / concorrentes
• Tags associadas com os termos
   – Ferramentas de social bookmarks
• Ambientes de conversa (blogs, twitter, etc)
   – Ferramentas de coleta geral
Fonte: “A Semantic Model of Social Tag Choices” – Fu, Kannampallil e Kang, 2008
• Whostalking
• Rowfeeder
• Resultados
  – “Locais” de conversação
  – Temas ao redor das suas tags
• Quantificar as discussões
  – Tempo
  – Espaço
• Criar rotinas de monitoramento
  – Google Alerts
  – Trendrr
  – Tweet Deck
• Categorizar e analisar as conversas
  – Por “duração”
  – Por assunto
  – Por quantidade de participantes
  – Por “afetos” (positivos/negativos/neutros)
• O volume é grande?
  – Processos de amostragem aleatória por ambiente
    (blogs, twitter, comentários Youtube, etc)
Classificando comentários
Informacional


         Natureza do Comentário           Futuras linhas de
                                            investigação            Aplicação Imediata




                                                                      Outros contextos
                                                                         utilização


       Social

                                  Baixa        Aderência com o tema da pesquisa          Alta
A evolução da estratégia de monitoramento
• 1 tema, 1 ambiente
• Identifique sentimentos, sazonalidade, etc
• 1 tema, 2 ambientes
• 1 tema, 3 ambientes
• 2 temas, 3 ambientes
• etc
Blogs / Twitter
Fóruns
Monitoramento das Redes

                          ORKUT
AMIANTO
Foram encontrados 6 registros com a palavra-chave em destaque.
Tópicos
Tópicos
CRISOTILA
Foi encontrado 1 registro com a palavra-chave em destaque.
Tópicos
Tópicos
MINAÇÚ
Foram encontrados 6 registros com a palavra-chave em destaque.
Monitoramento das Redes

YAHOO RESPOSTAS
AMIANTO
Foram encontrados 146 registros com a palavra-chave em destaque.
Tipologia Gartner
                                 (Gladwell / Clippinger / Watts)
•   Conectores – participam de diversas redes sobre vários assuntos e gostam de apresentar pessoas e novidades;
•   “Vendedores”: possuem muitas conexões dentro de redes de um mesmo assunto, e gostam de afirmar seus pontos
    de vista e convencer as pessoas sobre os mesmos (não necessariamente atividades comerciais);
•   “Buscadores”: participam majoritariamente para encontrar informações e contatos de uso no seu dia-a-dia, como
    qual marca comprar, aonde e qual o melhor preço;
•   “Corretores”: são experts em determinados assuntos, e gostam de ser reconhecidos como tal, mas não tem como
    objetivo principal convencer os outros (como os “vendedores”). Sua recompensa é o reconhecimento (capital social).
    Podem se tornar “agressivos” se forem visto pelas empresas como dispostos a “vender” comentários;
•   Independentes: preferem descobrir por conta própria o que devem saber sobre um determinado assunto (ou
    produto). Não são muito influenciados por recomendações dos outros, utilizando-as apenas como ponto de partida
    para suas próprias pesquisas
•   “Espectadores”: cerca de 60% dos participantes de redes sociais, com comportamentos e atividades muito dispersas
    que não permitem sua classificação em nenhum dos grupos acima
• Conectores são particularmente interessantes
  para atividades ligadas ao lançamento de
  novos produtos
• Corretores devem ser convidados para
  dialogar com marca (via focus groups,
  questionários on-line, etc)
Utilizando as redes sociais para o
 Planejamento de Comunicação
          Marcelo Coutinho

More Related Content

What's hot

Pensamento estratégico mirela mellone
Pensamento estratégico   mirela mellonePensamento estratégico   mirela mellone
Pensamento estratégico mirela mellone
Cultura e Mercado
 
Cap07 Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
Cap07   Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 MichelCap07   Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
Cap07 Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
HR MERCANTIL
 
Ansoff exemplos havaianas & inditex
Ansoff    exemplos havaianas & inditexAnsoff    exemplos havaianas & inditex
Ansoff exemplos havaianas & inditex
leoncio_oliveira
 
modelo de porter e plano de neocio
modelo de porter e plano de neociomodelo de porter e plano de neocio
modelo de porter e plano de neocio
kelllyne
 

What's hot (20)

Pensamento estratégico mirela mellone
Pensamento estratégico   mirela mellonePensamento estratégico   mirela mellone
Pensamento estratégico mirela mellone
 
Fundamentos de marketing mkt
Fundamentos de marketing   mktFundamentos de marketing   mkt
Fundamentos de marketing mkt
 
Edm aula 3 e 4
Edm aula 3 e 4Edm aula 3 e 4
Edm aula 3 e 4
 
As estrategias imitativas e dependentes
As estrategias imitativas e dependentesAs estrategias imitativas e dependentes
As estrategias imitativas e dependentes
 
Estudos de mercado
Estudos de mercadoEstudos de mercado
Estudos de mercado
 
Cap07 Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
Cap07   Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 MichelCap07   Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
Cap07 Desenvolvimento De EstratéGias De Marketing Parte 1 Michel
 
Ansoff exemplos havaianas & inditex
Ansoff    exemplos havaianas & inditexAnsoff    exemplos havaianas & inditex
Ansoff exemplos havaianas & inditex
 
Planejestrmkt2
Planejestrmkt2Planejestrmkt2
Planejestrmkt2
 
Apontamentos marketing
Apontamentos marketingApontamentos marketing
Apontamentos marketing
 
Parte VII Planejamento de Mkt Janaira Franca
Parte VII Planejamento de Mkt Janaira FrancaParte VII Planejamento de Mkt Janaira Franca
Parte VII Planejamento de Mkt Janaira Franca
 
Análise da demanda
Análise da demandaAnálise da demanda
Análise da demanda
 
modelo de porter e plano de neocio
modelo de porter e plano de neociomodelo de porter e plano de neocio
modelo de porter e plano de neocio
 
Competindo com ti 2
Competindo com ti   2Competindo com ti   2
Competindo com ti 2
 
Análise da oferta
Análise da ofertaAnálise da oferta
Análise da oferta
 
Modelo de porter e análise swot
Modelo de porter e análise swot Modelo de porter e análise swot
Modelo de porter e análise swot
 
Processo evolutivo em mercados competitivos
Processo evolutivo em mercados competitivosProcesso evolutivo em mercados competitivos
Processo evolutivo em mercados competitivos
 
Análise de Atratividade
Análise de AtratividadeAnálise de Atratividade
Análise de Atratividade
 
P de Ponto
P de PontoP de Ponto
P de Ponto
 
Resumo p1 economia mariusa
Resumo p1  economia   mariusaResumo p1  economia   mariusa
Resumo p1 economia mariusa
 
Aula Pesquisa Euler Parte I
Aula Pesquisa Euler Parte IAula Pesquisa Euler Parte I
Aula Pesquisa Euler Parte I
 

Similar to Digicorp coutinho planejamento

Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra MotosAnálise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
Jean Michel Gallo Soldatelli
 
Análise de Mercado e Concorrência
Análise de Mercado e Concorrência Análise de Mercado e Concorrência
Análise de Mercado e Concorrência
Guilherme Françolin
 
Aula 1 ee v1.ppt
Aula 1 ee v1.ppt Aula 1 ee v1.ppt
Aula 1 ee v1.ppt
UniJorge
 
Planejamento estrategico
Planejamento estrategicoPlanejamento estrategico
Planejamento estrategico
falcao_raphael
 
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
wilson pereira dos santos
 

Similar to Digicorp coutinho planejamento (20)

aula-2-estrategias.ppt
aula-2-estrategias.pptaula-2-estrategias.ppt
aula-2-estrategias.ppt
 
Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra MotosAnálise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
Análise de Mercado, Comportamento e Concorrência - Caso Dafra Motos
 
Análise de Mercado e Concorrência
Análise de Mercado e Concorrência Análise de Mercado e Concorrência
Análise de Mercado e Concorrência
 
Aula 1 ee v1.ppt
Aula 1 ee v1.ppt Aula 1 ee v1.ppt
Aula 1 ee v1.ppt
 
Eco111 - Aula 01
Eco111 - Aula 01Eco111 - Aula 01
Eco111 - Aula 01
 
Modulo II Parte 4 Plano de Negócio.pptx2
Modulo II Parte 4 Plano de Negócio.pptx2Modulo II Parte 4 Plano de Negócio.pptx2
Modulo II Parte 4 Plano de Negócio.pptx2
 
Estr dist 01
Estr dist 01Estr dist 01
Estr dist 01
 
Planejamento estrategico
Planejamento estrategicoPlanejamento estrategico
Planejamento estrategico
 
Administração de marketing
Administração de marketingAdministração de marketing
Administração de marketing
 
Caderno - Marketing I
Caderno - Marketing ICaderno - Marketing I
Caderno - Marketing I
 
Visao, Missao, Valores, Objetivos AnáLise Do Ambiente - Planejamento Estrat...
Visao, Missao, Valores, Objetivos   AnáLise Do Ambiente - Planejamento Estrat...Visao, Missao, Valores, Objetivos   AnáLise Do Ambiente - Planejamento Estrat...
Visao, Missao, Valores, Objetivos AnáLise Do Ambiente - Planejamento Estrat...
 
Noções de Empreendedorismo - Games SENAC (Parte 2)
Noções de Empreendedorismo - Games SENAC (Parte 2)Noções de Empreendedorismo - Games SENAC (Parte 2)
Noções de Empreendedorismo - Games SENAC (Parte 2)
 
ANÁLISE AMBIENTAL.pptx
ANÁLISE AMBIENTAL.pptxANÁLISE AMBIENTAL.pptx
ANÁLISE AMBIENTAL.pptx
 
Analise de mercado - sistema de informacão do marketing
Analise de mercado - sistema de informacão do marketingAnalise de mercado - sistema de informacão do marketing
Analise de mercado - sistema de informacão do marketing
 
Estratégia
EstratégiaEstratégia
Estratégia
 
Marketing
MarketingMarketing
Marketing
 
inovadoras
inovadorasinovadoras
inovadoras
 
Negócios Criativos (Leonardo Brant) - Outubro de 2014 - Rede Cemec
Negócios Criativos (Leonardo Brant) - Outubro de 2014 - Rede CemecNegócios Criativos (Leonardo Brant) - Outubro de 2014 - Rede Cemec
Negócios Criativos (Leonardo Brant) - Outubro de 2014 - Rede Cemec
 
Aula 16
Aula 16Aula 16
Aula 16
 
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
Estratgiasdegestoorganizacional print-100411182842-phpapp01
 

More from Marcus Vinicius Bonfim

A atuação profissional de Relações Públicas
A atuação profissional de Relações PúblicasA atuação profissional de Relações Públicas
A atuação profissional de Relações Públicas
Marcus Vinicius Bonfim
 
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil EconomicoEntrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
Marcus Vinicius Bonfim
 

More from Marcus Vinicius Bonfim (20)

Relacionamento com o comerciário: comunicação estratégica e qualificada
Relacionamento com o comerciário: comunicação estratégica e qualificadaRelacionamento com o comerciário: comunicação estratégica e qualificada
Relacionamento com o comerciário: comunicação estratégica e qualificada
 
Por que afrobetizar pode (des)fazer a diferença?
Por que afrobetizar pode (des)fazer a diferença?Por que afrobetizar pode (des)fazer a diferença?
Por que afrobetizar pode (des)fazer a diferença?
 
O profissional de relacoes publicas e a atuacao no setor publico
O profissional de relacoes publicas e a atuacao no setor publicoO profissional de relacoes publicas e a atuacao no setor publico
O profissional de relacoes publicas e a atuacao no setor publico
 
Propostas e perspectivas para a profissao
Propostas e perspectivas para a profissaoPropostas e perspectivas para a profissao
Propostas e perspectivas para a profissao
 
Cibercultura e arte urbana
Cibercultura e arte urbanaCibercultura e arte urbana
Cibercultura e arte urbana
 
A atuação profissional de Relações Públicas
A atuação profissional de Relações PúblicasA atuação profissional de Relações Públicas
A atuação profissional de Relações Públicas
 
Brasil Sustentável: A Copa do Mundo 2014
Brasil Sustentável: A Copa do Mundo 2014Brasil Sustentável: A Copa do Mundo 2014
Brasil Sustentável: A Copa do Mundo 2014
 
Planejamento Estratégico de RP no mercado de esportes
Planejamento Estratégico de RP no mercado de esportesPlanejamento Estratégico de RP no mercado de esportes
Planejamento Estratégico de RP no mercado de esportes
 
Comunicação Integrada: o caso do COREN-SP
Comunicação Integrada: o caso do COREN-SPComunicação Integrada: o caso do COREN-SP
Comunicação Integrada: o caso do COREN-SP
 
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil EconomicoEntrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
Entrevista James Grunig para o jornal Brasil Economico
 
B6 Fsp 11012010
B6 Fsp 11012010B6 Fsp 11012010
B6 Fsp 11012010
 
B6 Fsp 24082010
B6 Fsp 24082010B6 Fsp 24082010
B6 Fsp 24082010
 
B10
B10B10
B10
 
B5 Fsp 14062010
B5 Fsp 14062010B5 Fsp 14062010
B5 Fsp 14062010
 
B4 Fsp 24082010
B4 Fsp 24082010B4 Fsp 24082010
B4 Fsp 24082010
 
B2 Fsp 19032010
B2 Fsp 19032010B2 Fsp 19032010
B2 Fsp 19032010
 
A3 Fsp 03082010
A3 Fsp 03082010A3 Fsp 03082010
A3 Fsp 03082010
 
Evolucao Detalhada Por Segmento 2009
Evolucao Detalhada Por Segmento 2009Evolucao Detalhada Por Segmento 2009
Evolucao Detalhada Por Segmento 2009
 
Digicorp coutinho 123
Digicorp coutinho 123Digicorp coutinho 123
Digicorp coutinho 123
 
Novos paradigmas em comunicação
Novos paradigmas em comunicaçãoNovos paradigmas em comunicação
Novos paradigmas em comunicação
 

Recently uploaded

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 

Digicorp coutinho planejamento

  • 1. Planejamento Estratégico Marcelo Coutinho
  • 2. Uma definição economicamente operacional • Bens informacionais são qualquer coisa que possa ser digitalizada – Resultados de jogos, livros, revistas, cotações, filmes, bancos de dados, música, etc Shapiro e Varian
  • 3. Mercados de dois lados Produção Oferta Demanda Anunciante Mídia Audiência Demanda Oferta Atenção Adaptado de “PlataformCompetition in Two-Sided Markets” - Jean-Charles Rochet eJean Tirole
  • 4. A “oferta” da mídia • Não é de conteúdo (que não se paga), mas da atenção dos consumidores • Do ponto de vista econômico, a mídia é um meio do anunciante obter a atenção dos consumidores. O que os veículos oferecem é a oportunidade de capturar essa atenção • Do ponto de vista de cada veículo (ou empresa de mídia), o que interessa é o “share” que ela obtém na atenção “total” da audiência (geral ou de um segmento específico)
  • 5. Novos competidores, novos formatos, novas regras de compra de mídia Recurso escasso: Atenção Competição reduz margens Fragmentação audiência
  • 6. O que é estratégia?
  • 7. • Stratos grupo que toma parte em uma batalha (força combatente, exército) • Strategos O comandante do stratos (general) • Strategia o conjunto de atribuições e conhecimentos de um general
  • 8. Clausewitz • “Tática é a arte de usar as tropas em batalhas; estratégia é a arte de usar batalhas para vencer a guerra”
  • 9. O significado contemporâneo • “Um plano, método ou conjunto de ações para atingir um objetivo específico” – Dicionário Oxford • Os 5Ps (Mintzberg) – Um plano desenvolvido de forma consciente e objetiva; – Um estratagema (“ploy”) para superar um competidor; – Um padrão intencional em um conjunto de ações; – Uma posição definida em relação aos competidores, no contexto do mercado; – Uma perspectiva na maneira de perceber o ambiente de negócios.
  • 10. Não existem ventos favoráveis para quem não sabe para qual porto está navegando - Sêneca • Na ausência de uma estratégia, nosso tempo é ocupado de forma reativa, com base no que desejamos (ou achamos que o chefe deseja…) • Desperdício de tempo e recursos (materiais, humanos e financeiros)
  • 11. 3 “metodologias” de Estratégia Empresarial • Vantagens competitivas (Porter, Ohmae, McKinsey, BCG, etc) – anos 80 em diante • Balanced Scorecard e Mapa Estratégico (Kaplan e Norton) – anos 90 em diante • Inovação e Oceano Azul (Hammel, Kim, Prahalad) – 2000 em diante
  • 12. Nosso “problema” • Como essas metodologias podem ser aplicadas no contexto digital em duas grandes áreas – Comunicação Mercadológica (anunciantes) – Conteúdo (produtores: jornais, revistas, TVs, música, etc)
  • 13. Schumpeter: A Destruição Criativa • O Klismo atravessa ciclos regulares de destruição de modos de produção que liberam as forças produtivas para estabelecer novos padrões • Ao longo do século XX, a tecnologia adquiriu cada vez mais o caráter de força “disruptiva” dos modelos de produção • Inovações tecnológicas muitas vezes mudam em poucos anos todo um setor da economia, embora inicialmente elas foram desenvolvidas para aplicações completamente diferentes
  • 14. Expansão Ferrovias (EUA 1840-1890) • Crescimento econômico – Desenvolvimento da Infraestrutura – Novos mercados, novos centros produtores • Novo tipo de organização – Grande corporação • Novas formas de comércio – Venda por catálogo – Caixeiro viajante • Nova sociedade – Grandes centros urbanos
  • 15. Cenário Econômico final séc. XX • Esgotamento do modelo Keynesiano (paradigma econômico entre 1930 e 1960) • Conflitos sociais anos 60 • Pressões Inflacionárias – Fim do padrão-ouro para o dólar – Gastos guerra Vietnã – Primeiro Choque do Petróleo (74) – Segundo Choque do Petróleo (78) • Reestruturação de Governos e Organizações
  • 16. Objetivos da reestruturação 1. aprofundar a busca pelo lucro nas relações capital/trabalho 2. aumentar a produtividade do trabalho e do capital 3. globalizar a produção e o consumo, aproveitando melhores oportunidades de realização de lucros em qualquer região 4. canalizar o apoio estatal para ganhos de produtividade e competitividade das economias nacionais, mesmo que as custas dos mecanismos de proteção social Fonte: Castells, A Sociedade em Rede
  • 17. Base para reestruturação • Avanços Tecnologia da Informação – Lei de Moore, Lei de Gilder, preços declinantes, etc • Avanços Tecnologia de Comunicação – Fibras ópticas, satélites, telefonia celular, etc • Alterações no ambiente regulatório – Fim do monopólio da AT&T, BT, etc – FMI, Banco Mundial passam a ter papel pró-ativo na difusão valores empresariais
  • 18. Resultados (Castells) 1. Integração dos mercados financeiros em tempo real 2. Centralização do Controle, Flexibilização dos processos de Produção, Distribuição e Consumo (mercados) 3. Aparecimento de um novo centro industrial dominante na região do Pacífico 4. Unificação econômica da Europa 6. Desintegração do conceito de Terceiro Mundo 7. Transformação da Rússia em uma economia de mercado 8. Aprofundamento do desenvolvimento desigual 9. Liberação de novas forças produtivas ao lado de buracos negros de miséria, muitas vezes dentro de uma mesma região, país ou cidade 10. Conflito entre identidade cultural (local) e inserção econômica (global) 11. Globalização e informatização das redes criminosas 12. Alteração na estrutura do emprego
  • 19. Nova Divisão do Trabalho (Rifkin) • Decisão Estratégica e Planejamento (Dirigentes) • Inovação em Produtos e Processos (Pesquisadores) • Adaptação e definição dos objetivos da inovação (Projetistas) • Gerenciamento de relações entre decisão, inovação, projeto e execução (Integradores) • Execução das tarefas sob iniciativa própria (Operadores) • Execução de Tarefas Auxiliares / Não Automatizáveis (Dirigidos)
  • 20. Inserções (Castells) • Produtores de alto valor com base no trabalho informacional • Produtores de grande volume baseados em baixo custo de mão de obra • Produtores de matérias primas baseados em recursos naturais • Produtores Redundantes
  • 21. Ecossistemas de Negócios Core Business Agências Reguladoras Acionistas, associações, sindicatos Fornecedores Fornecedores Competências Canais de Consumidores dos meus Consumidores dos meus Diretos Principais Distribuição fornecedores consumidores Fornecedores de produtos e serviços complementares Competidores similares em serviços ou produtos, processos de negócio e estrutura organizacional Extended Enterprise
  • 22. Vantagens Competitivas (Porter, Ohmae, etc) • “A destruição completa ou parcial do inimigo deve ser considerada como o principal objetivo de qualquer confronto” – Clausewitz • A estratégia é entendida como um conjunto de metodologias e procedimentos que buscam estabelecer uma vantagem competitiva indiscutível em um ou mais campos da atividade empresarial
  • 23. 3 Cs Estratégicos (Ohmae) • Consumidores • Corporação (empresa) • Competidores – A boa estratégia é caracterizada pela sincronia entre uma clara definição do mercado e de suas necessidades com os pontos fortes da empresa e um desempenho superior ao da concorrência nestes aspectos – Quais são os fatores e tendências que são especialmente importantes para gerar um desempenho superior no seu segmento?
  • 24. Análise Pestel Principais fatores que afetam os negócios Ambiente Político Ambiente Econômico Ambiente Social Ambiente Tecnológico Ambiente “Ecológico” Ambiente Jurídico (cadeia de valor)
  • 25. Análise SWOT (Andrews, década de 70) • Forças (strength): capacidade distintas da organização em relação aos concorrentes • Deficiências (weaknesses): aspectos nos quais nossa empresa está abaixo da média do mercado • Oportunidades (opportunities): segmentos que ainda não são atendidos de maneira adequada pelos concorrentes ou nos quais podemos entrar com baixo investimento aproveitando capacidades já existentes • Ameaças (treaths): alterações nos processos produtivos ou ambiente de negócios que podem afetar nossa posição no mercado
  • 26. Inteligência Competitiva • Quem são nossos principais concorrentes? • Qual seu desempenho? • Quais suas forças e fraquezas? • Quais suas possíveis estratégias? • Como elas podem afetar nosso negócio?
  • 27. Sistemas de Informação Competitiva (adaptado de Aaker, 1983) • Tamanho do mercado (atual e projeções) – Instituições públicas e acadêmicas (IBGE, FGV), Associções Comerciais (FIESP, Câmara eNet, etc), Pesquisas de Mercado, Consultorias (sites oferecem muito material gratuito) • Lucratividade – Relatórios de Bolsas de Valores, Sites de RI, etc • Fornecedores e Distribuidores – Idem acima, serviços de clipping • Tendências do Mercado em geral – Pesquisa de consumidores, sites de consultorias e universidades, acompanhamento legislativo, clipping
  • 28. Vantagem Competitiva (Porter) • Estratégia é a escolha deliberada de um conjunto diferenciado de atividades para entregar (para o consumidor) um mix de valor que não pode ser imitado pelos concorrentes
  • 30. Barreiras de Entrada • Economias de Escala • Efeito Rede • Switching costs (custos de mudança) • Custos de capital • Vantangens do incumbente (tecnologias proprietárias, marcas estabelecidas, exclusividade no acesso de matérias primas, localização, etc) • Controle dos canais de distribuição • Restrições legais Fonte: Porter, 1986
  • 31. Poder dos fornecedores • Características – Fornecedores existem em menor número que as empresas do segmento para os quais vendem – Não dependem excessivamente de um único setor para obter suas receitas – Altos custos de mudança – Oferecem produtos diferenciados – Ausência/dificuldade para encontrar substitutos – Facilidade de integração na cadeia de valor • Efeitos – Controle de preços – Limite de quantidade ou qualidade – Transferência de custos Fonte: Porter, 1986
  • 32. Poder dos consumidores • Existência de poucos compradores; • Grandes volumes de compra em relação ao tamanho de cada vendedor; • Facilidade de mudança, principalmente quando os vendedores operam com custos fixos elevados; • Produtos com baixa diferenciação Fonte: Porter, 1986
  • 33. Produtos substitutos • A presença de produtos substitutos afeta as margens de lucro de um segmento, por colocar uma barreira para o aumento de preços. Se as empresas de um segmento não conseguem se diferenciar através da qualidade, marketing ou outros meios, sofrerão com lucros reduzidos, comprometendo sua sustentabilidade no longo prazo. – Custo benefício percebido como favorável, mesmo com alguma perda de qualidade (ex: Skype x Telefonia tradicional e streaming x aluguel de DVD) – Custos de mudança são baixos (ex: medicamentos genéricos) Fonte: Porter, 1986
  • 34.
  • 35. Concorrência direta • Competição é mais intensa quando: – Competidores são numerosos e aproximadamente iguais em tamanho; – O crescimento do setor como um todo é baixo, intensificando a disputa por market share; – As barreiras de saída (objetivas ou não: prestígio, tradição, etc) são elevadas – Produtos ou serviõs são similares e custos de mudança são baixos (estímulo para conseguir novos consumidores a qualquer preço) – Vustos fixos são elevados e custos marginais são baixos – O aumento da oferta exige incrementos de produção em larga escala, levando ao aumento da capacidade ociosa por longos períodos de tempo – O produto é perecível (frutas, computadores e notícias…) Fonte: Porter, 1986
  • 37. Fatores que afetam as 5 forças • Taxa de crescimento do setor • Tecnologia • Regulamentação • Serviços e produtos complementares (não- rivais) • Esses fatores devem ser analisados em cada uma das 5 forças
  • 38. Estratégias para criar e sustentar vantagens competitivas • Através do exame da cadeia de valor, buscar liderança através de: – Custos – Diferenciação
  • 39. Value Chain Firm Infrastructure Supporting Human Resource Management Activities Technology Development Procurement gin Marg Operations and Sales Outbound Marketing Logistics Logistics Inbound Service Primary Activities Fonte: Porter, 1980
  • 41. Anos 90: Balanced Scorecard (Kaplan e Norton) • Sem desempenho financeiro adequado, as organizações estão fadadas ao desaparecimento ou insignificância; • Toda a estratégia está, de alguma maneira, vinculada ao desempenho financeiro; • Só podemos avaliar aquilo que podemos medir; • Balanced Scorecard: uma metodologia para avaliar os diversos aspectos da estratégia de uma empresa para além das metas puramente financeiras, organizados ao redor de sua visão, missão e valores – Visão: as aspirações de longo prazo – Missão: os objetivos do negócio – Valores : atitudes e comportamentos que orientam a ação da empresa
  • 42. Finanças: como devemos ser vistos pelos nossos acionistas? Objetivos Métricas Metas Iniciativas Consumidores: para atingir nossa Processos: para satisfazer nossos visão, como devemos ser vistos acionistas e consumidores, em quais pelos consumidores? processos de negócios devemos ter excelência? Objetivos Métricas Metas Iniciativas Missão, Visão e Objetivos Métricas Metas Iniciativas Valores Aprendizado e crescimento: para atingir nossa visão, como vamos ser capazes de mudar e melhorar? Objetivos Métricas Metas Iniciativas Fonte: Adaptado de Kaplan e Norton, 1996
  • 43. Fonte: Kaplan e Norton, 2006
  • 44. Anos 2000: Mapas Estratégicos (Kaplan e Norton) • Mostrar que bens intangíveis também criam valor • Mapear e alinhar processos que levam a criação do valor por toda a organização • Visualizar relações de causa e efeito entre os objetivos estratégicos; • Os mapas são relacionados com o Balanced Scorecard • Metodologia utilizada em diversos setores, que se tornou conhecida principalmente por sua aplicação na aviação de baixo custo
  • 45. Fonte: Kaplan e Norton, 2004
  • 46.
  • 47.
  • 48. Estratégias de criação de valor • Na última década, os avanços no setor de TI levaram alguns autores a propor o desenvolvimento de estratégias que focam não somente na superação dos competidores, mas na criação de valor com base em novos mercados e formatos de produção – Kim e Mauborgne (“Oceano Azul” – Body Shop, Cirque do Soleil, Casas Bahia, CacauShow?) – Prahalad (Co-criação de valor) – Anderson (Cauda Longa)
  • 49. Estratégia do Oceano Azul • Ao competirem de forma tradicional (estratégias de custo ou diferenciação), as empresas utilizam os mesmos princípios de melhores práticas. Em um mercado cada vez mais saturado (globalização, erosão barreiras de entrada, etc) o mercado se torna cada vez mais saturado de produtos iguais e margens reduzidas nenhuma perspectiva de longo prazo • “Não concorra com os rivais, torne-os irrelevantes” descoberta de novos espaços (mercados e necessidades), ainda pouco explorados • Ao criar um valor único para seus consumidores, as organizações geram valor de forma sustentável (longo prazo) para seus acionistas, empregados e fornecedores
  • 50. Estratégias Oceanos Vermelhos Oceanos Azuis Competição em mercados já Criação de novos mercados existentes Vença os competidores Torne os competidores irrelevantes Explore a demanda atual Crie e capture novas demandas Atinja o limite da relação custo- Vá além da relação custo-benefício benefício Alinhe todo o sistema de atividades Alinhe todo o sistema de atividades da empresa com sua estratégia de da empresa na busca de diferenciação ou baixo custo diferenciação E baixo custo Para debate: Links patrocinados foram uma estratégia de competição por baixo custo pela atenção do consumidor ou um Oceano Azul para a publicidade? Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
  • 51. Formulação Identifique os principais atributos de competição entre as empresas de um segmento (através de sua comunicação e seus investimentos) versus o valor percebido que seus consumidores colocam em cada atributo. Isso fornece um mapa da curva de desempenho de cada empresa dentro de um segmento (abaixo, para duas vinícolas). High Low Above-the-line Vineyard prestige Wine range Price Use of marketing Aging and legacy Wine enological terminology quality complexity Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
  • 52.
  • 53. 4 Questões Redução: quais fatores podem ser reduzidos muito abaixo dos padrões do setor? Eliminação: quais fatores já são considerados como Inovação: quais fatores nos Nova “dados” e podem ser quais a indústria nunca proposição eliminados? buscou se diferenciar? de valor Ampliação: quais fatores devem ser aumentados muito além dos padrões do segmento? Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
  • 54. Resultados (marca de vinho) Eliminate Raise Enological terminology and Price versus budget wines distinctions Retail Store involvement Aging qualities Above-the-line marketing Reduce Create Wine complexity Easy drinking Wine range Ease of selection Vineyard prestige Fun and adventure Fonte: Kim e Mauborgne, 2006
  • 55. Co-creation (ou criação coletiva) Prahalad, 2004 • A digitalização permite as empresas criar produtos e serviços em conjunto com seus consumidores, e neste processo produzem experiências únicas; • Nenhuma organizaçao possui recursos suficientes para criar experiências únicas para cada consumidor, então elas precisam se organizar para construir uma rede de fornecedores e colaboradores para fazer isso; • As implicações são bem maiores que o “blurb” sobre a “inteligência coletiva”.
  • 56. Co-criação de valor: visão geral Fonte: Prahalad, 2006
  • 57. • Exploitation: utilizar conhecimento e novas tecnologias para fazer melhor o que já fazemos • Exploration: utilizar conhecimento e novas tecnologias para criar coisas novas
  • 58. Grupo de Pesquisa Redes Sociais Digitais FGV Diferentes usos exigem diferentes ações e medidas de ROI RP Gerenciamento Reputação Propaganda Proteção de Marca Ameaças em Geral Mídia em Geral Análise de Mercado Social CRM Advogados da Antecipação de Marca Tendências Colaboração p Consumer Inovação Insight Fonte: Adaptado de Social Media Delivers Marketing Intelligence, Gartner, 2008
  • 61. • "No matter who you are, most of the smartest people work for someone else.“ Bill Joy, Fundador da Sun
  • 62.
  • 63.
  • 65.
  • 66. Criação Coletiva de Valor • Criar – Plataformas – Regras • Reagir – Organizar – Estimular • Integrar – Processos Produtivos – Reconhecer contribuições (incentivos monetários e não monetários)
  • 67. A “moeda” das redes: o capital social Confiança Benefícios Satisfação emocional Capital 1. Altruística Moeda Comunicação 2. Competitiva Social Social Operacionais Financeiros Expertise (redução custos de transação) Adaptado de Bourdieu, 1997; Goshal, 1998; Scheinkman, 2000 marcelo.coutinho@post.harvard.edu
  • 68. Modelos de Colaboração em Rede Fonte: Pisano e Verganti, “Collaboration is Right for You?” – HBR, Dez 2008
  • 69.
  • 70.
  • 71. Desafios da Criação Coletiva de Valor • Atrair e motivar – Recompensas “sociais” tão ou mais importantes que financeiras • Estruturar os problemas de forma adequada – “Quebrar” o problema em várias partes – “Times” competem entre si • Mecanismos de governança – Prevenir os “caronas” • Manutenção da qualidade – Wikipedia
  • 72. Um approach mais “comunicativo” Fonte: Forrester 2008
  • 73. Planejamento Estratégico Marcelo Coutinho
  • 74. Utilizando as redes sociais para o Planejamento de Comunicação Marcelo Coutinho
  • 75.
  • 76. Visitantes Média Visitas Únicos na Mensais na Média Minutos por categoria categoria visita na categoria Mundo (40 países) 932.393 24,7 9,8 Brazil 27.695 42,4 9,1 United Kingdom 36.367 30,2 11,3 France 31.954 29,6 7,9 Germany 35.045 27,0 9,2 United States 177.613 25,5 9,5 Japan 53.184 21,7 6,7 South Korea 24.676 19,4 7,2 India 27.450 14,0 9,3 China 117.720 12,5 8,1 Fev 2010 – All Locations, 15+
  • 77. Fonte: Colective Dynamics Group, Columbia University
  • 78. Grupo de Pesquisa Redes Sociais Digitais FGV Diferentes usos exigem diferentes ações e medidas de ROI RP Gerenciamento Reputação Propaganda Proteção de Marca Ameaças em Geral Mídia em Geral Análise de Mercado Social CRM Advogados da Antecipação de Marca Tendências Colaboração p Consumer Inovação Insight Fonte: Adaptado de Social Media Delivers Marketing Intelligence, Gartner, 2008
  • 79.
  • 80. Um approach mais “comunicativo” Fonte: Forrester 2008
  • 81.
  • 82. Fonte: Schillewaert e Ruyck, “Connected Research”. IJMR, Vol 51, n.1
  • 83. • O que monitorar? – A reclamação – O agradecimento – O problema – A dúvida – A crise – O concorrente – O pedido de ajuda – O influenciador
  • 84. • Monitorando conversações – Conteúdo – Associações – Sentimentos – Duração da conversa
  • 86. Pontos de Partida • Localizadores – Nome da empresa / produto – Nome das empresas/produtos concorrentes – Palavras chave no segmento – Nome dos principais executivos da empresa / concorrentes • Tags associadas com os termos – Ferramentas de social bookmarks • Ambientes de conversa (blogs, twitter, etc) – Ferramentas de coleta geral
  • 87.
  • 88. Fonte: “A Semantic Model of Social Tag Choices” – Fu, Kannampallil e Kang, 2008
  • 89.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 98.
  • 99. • Resultados – “Locais” de conversação – Temas ao redor das suas tags
  • 100. • Quantificar as discussões – Tempo – Espaço
  • 101.
  • 102.
  • 103.
  • 104. • Criar rotinas de monitoramento – Google Alerts – Trendrr – Tweet Deck
  • 105.
  • 106.
  • 107. • Categorizar e analisar as conversas – Por “duração” – Por assunto – Por quantidade de participantes – Por “afetos” (positivos/negativos/neutros) • O volume é grande? – Processos de amostragem aleatória por ambiente (blogs, twitter, comentários Youtube, etc)
  • 108. Classificando comentários Informacional Natureza do Comentário Futuras linhas de investigação Aplicação Imediata Outros contextos utilização Social Baixa Aderência com o tema da pesquisa Alta
  • 109. A evolução da estratégia de monitoramento • 1 tema, 1 ambiente • Identifique sentimentos, sazonalidade, etc • 1 tema, 2 ambientes • 1 tema, 3 ambientes • 2 temas, 3 ambientes • etc
  • 111.
  • 112.
  • 113.
  • 114.
  • 115.
  • 116.
  • 117.
  • 118.
  • 119.
  • 120.
  • 121.
  • 122.
  • 123.
  • 124.
  • 126.
  • 127.
  • 128.
  • 129.
  • 131. AMIANTO Foram encontrados 6 registros com a palavra-chave em destaque.
  • 134. CRISOTILA Foi encontrado 1 registro com a palavra-chave em destaque.
  • 137. MINAÇÚ Foram encontrados 6 registros com a palavra-chave em destaque.
  • 139. AMIANTO Foram encontrados 146 registros com a palavra-chave em destaque.
  • 140.
  • 141. Tipologia Gartner (Gladwell / Clippinger / Watts) • Conectores – participam de diversas redes sobre vários assuntos e gostam de apresentar pessoas e novidades; • “Vendedores”: possuem muitas conexões dentro de redes de um mesmo assunto, e gostam de afirmar seus pontos de vista e convencer as pessoas sobre os mesmos (não necessariamente atividades comerciais); • “Buscadores”: participam majoritariamente para encontrar informações e contatos de uso no seu dia-a-dia, como qual marca comprar, aonde e qual o melhor preço; • “Corretores”: são experts em determinados assuntos, e gostam de ser reconhecidos como tal, mas não tem como objetivo principal convencer os outros (como os “vendedores”). Sua recompensa é o reconhecimento (capital social). Podem se tornar “agressivos” se forem visto pelas empresas como dispostos a “vender” comentários; • Independentes: preferem descobrir por conta própria o que devem saber sobre um determinado assunto (ou produto). Não são muito influenciados por recomendações dos outros, utilizando-as apenas como ponto de partida para suas próprias pesquisas • “Espectadores”: cerca de 60% dos participantes de redes sociais, com comportamentos e atividades muito dispersas que não permitem sua classificação em nenhum dos grupos acima
  • 142. • Conectores são particularmente interessantes para atividades ligadas ao lançamento de novos produtos • Corretores devem ser convidados para dialogar com marca (via focus groups, questionários on-line, etc)
  • 143. Utilizando as redes sociais para o Planejamento de Comunicação Marcelo Coutinho