SlideShare a Scribd company logo
1 of 16
Prof. Marcela Mihessen
 A cirurgia cardíaca é uma
cirurgia de grande porte que
cursa com alterações
fisiopatológicas que predispõe
a complicações pós-
operatórias.
 OBJETIVO – identificar pacientes com maior chance
de apresentar complicações.
 Fatores de risco:
 Idosos – maior mortalidade, relacionada com
alteraçoes funcionais do próprio envelhecimento.
 Escala de risco:
- APACHE (Acute Physiology and Chronic Health
Evaluation)
- SAPS (Simplified Acute Physiology Score)
- TISS (Therapeutic Intervention Scoring System)
 Esclarecerdúvidasdacirurgia: corte, PAM, TOT,
incisão, drenos, cateteres, dor, tosse,
deambulaçãoprecoce.
 Quedadafunçãopulmonar no pós-operatório.
 Fatores de risco: importância de
melhorarosfatores (tabagismo – 8 semanas
antes dacirurgia).
 Revascularização do miocárdio –
esternotomia (toracotomiamediana)
 Comissurotomia, plastiaoutrocavalvar
– toracotomia lateral; esternotomia
 Aneurismectomia, correção de
aneurisma – esternotomia
Incisão Músculos
Esternotomiamediana Peitoralmaior
Toracotomiaântero-lateral
direitaouesquerda
Intercostal,peitoralmaior,
peitoralmenor, serrátil
Toracotomiaântero-posterior
esquerda
Intercostal, serrátil, grande dorsal,
rombóide
Minitoracotomia Intercostal, peitoral, serrátil
Abdominal Retoabdominal
Toracoabdominal Intercostal, oblíquo do diagragma,
retoabdominal
 Identificam variáveis preditivas de
prognóstico.
 ÍNDICE DE GOLDMAN
 ÍNDICE DE DETSKY
 Representam um
modelomultivariadoparapredizercomplicaçõe
scardíacasempacientescirúrgicosnãocardíaco.
 Índice prognóstico de PARSONNET
 Análise simples de grande
aplicabilidade no pré-operatório, pois
analisa exclusivamente parâmetros
pré-operatórios direcionado para
cirurgia cardíaca em adultos.
VARIÁVEIS VALOR
Sexofeminino 1
Obesidademórbida 3
Diabetes mellitus 3
Hipertensão arterial 3
Fração de ejeção (%)
Boa(>50%)
Regular (30 a 40)
Ruim (<30)
0
2
4
Idade (anos)
70 a 74
75 a 79
>80
7
12
20
Reoperações
Primeira
Segunda
5
10
Balão intra-aórtico no préoperatório 2
Aneurisma VE 5
Cirurgia de emergênciapóscineangiocoronariografia 10
Estadoscatastróficos (IRA, choquecardiogênico, defeitoestruturalagudo) 10 a 50
ESCORE MORTALIDADE
0 a 4 1
5 a 9 5
10 a 14 9
15 a 19 17
>20 31
Cirurgia de emergênciapóscineangiocoronariografia 10
Estadoscatastróficos (IRA, choquecardiogênico, defeitoestruturalagudo) 10 a 50
Outrassituações (paraplegia, dependência de marca-passo,
cardiopatiacongênitaemadulto, asmasevera)
2 a 10
Cirurgiavalvar mitral 5
Pressãonaartériapulmonar
>60 mmHg
8
Cirurgiavalvaraórtica 5
Gradiente VE-AO > 120mmHg 7
Cirurgia de RM e válvula 2
 Estimar e acompanhar a queda dos volumes e
capacidade pulmonar . Pode-se instituir
condutas fisioterapêuticas mais específicas
na tentativa de se não prevenir, então
amenizar possíveis complicações.
 Manuvacuômetro – avaliação da força da
musculatura respiratória.
* A medida da PImáx é obtida a partir do Volume
Residual (VR), ou seja, a pessoa é orientada a
realizar uma expiração máxima e em seguida
faz-se um esforço inspiratório máximo e
sustentado por no mínimo 2 segundos.
* A medida PEmáx é feita a partir da Capacidade
Pulmonar Total (CPT), na qual a pessoa faz uma
inspiração máxima antes do esforço expiratório
máximo, também com sustentação mínima de 2
segundos.
ARTIGO
 Manobras de higiênie brônquica
 Tosse
 Manobras de reexpansão pulmonar
 CONTROVERSO!
 Bracher e cols. (2003) –
nãohouvealteraçõessignificativasnascomplicaçõ
esrespiratórias com a utilização de
exercíciospreventivos.
 Outrosautores* – relatamque, empacientes de
alto risco, a fisioterapiarespiratóriapré-
operatória é benéfica (alémdaconscientização
dos exercícios). No DPOC – higiêniebrônquica,
hidratação e terapiabroncodilatadora.
 * Smetana (1999), Cavalheiro L.V. e col (2000) Kristjansdottir A. e col. (2004).

More Related Content

What's hot

Interpretação de ECG
Interpretação de ECGInterpretação de ECG
Interpretação de ECG
HIURYGOMES
 
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de VálvulasCirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
resenfe2013
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapia
Rodrigo Abreu
 
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
Marcos Pires
 

What's hot (20)

Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia CardíacaPós-operatório de Cirurgia Cardíaca
Pós-operatório de Cirurgia Cardíaca
 
Reabilitação cardíaca
Reabilitação cardíacaReabilitação cardíaca
Reabilitação cardíaca
 
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de EnfermagemVentilação Mecânica:  Princípios Básicos e  Intervenções de Enfermagem
Ventilação Mecânica: Princípios Básicos e Intervenções de Enfermagem
 
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacasFisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
Fisioterapia no pré e pós operatório de cirurgias cardíacas
 
Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017Insuficiência cardíaca 2017
Insuficiência cardíaca 2017
 
Assincronias Ventilatórias
Assincronias VentilatóriasAssincronias Ventilatórias
Assincronias Ventilatórias
 
Interpretação de ECG
Interpretação de ECGInterpretação de ECG
Interpretação de ECG
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânica
 
Interação das drogas vasoativas e a fisioterapia em pacientes na Unidade de T...
Interação das drogas vasoativas e a fisioterapia em pacientes na Unidade de T...Interação das drogas vasoativas e a fisioterapia em pacientes na Unidade de T...
Interação das drogas vasoativas e a fisioterapia em pacientes na Unidade de T...
 
ABCDE da Fisioterapia em Terapia Intensiva
ABCDE da Fisioterapia em Terapia Intensiva ABCDE da Fisioterapia em Terapia Intensiva
ABCDE da Fisioterapia em Terapia Intensiva
 
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
 
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de VálvulasCirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e de Troca de Válvulas
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapia
 
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
5.protocolo fisioterapia urgencia_e_emergencia_versao_final
 
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
 
Edema Agudo de Pulmão
Edema Agudo de PulmãoEdema Agudo de Pulmão
Edema Agudo de Pulmão
 
Ausculta
AuscultaAusculta
Ausculta
 
Pré e Pós Operatório em Cirurgia
Pré e Pós Operatório em CirurgiaPré e Pós Operatório em Cirurgia
Pré e Pós Operatório em Cirurgia
 
Noçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânicaNoçoes de ventilação mecânica
Noçoes de ventilação mecânica
 
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a altaReabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
 

Similar to Pré operatório de cirurgia cardíaca - fisioterapia

Síndrome do PVM
Síndrome do PVMSíndrome do PVM
Síndrome do PVM
gisa_legal
 
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Tiago Manhezzo
 
Lesoes Traumaticas No Spa Maj Jose
Lesoes Traumaticas No Spa   Maj JoseLesoes Traumaticas No Spa   Maj Jose
Lesoes Traumaticas No Spa Maj Jose
aidamehanna
 
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de JateneEstenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
gisa_legal
 

Similar to Pré operatório de cirurgia cardíaca - fisioterapia (20)

UTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinicaUTI coronariana - clinica
UTI coronariana - clinica
 
IAMSSST
IAMSSSTIAMSSST
IAMSSST
 
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançadaAula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
Aula Anestesia em pacientes com doença valvar avançada
 
Atendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizadoAtendimento inicial ao politraumatizado
Atendimento inicial ao politraumatizado
 
Valvopatia Mitral
Valvopatia MitralValvopatia Mitral
Valvopatia Mitral
 
Síndrome do PVM
Síndrome do PVMSíndrome do PVM
Síndrome do PVM
 
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
 
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
Cirurgiatoracica 120606123054-phpapp02
 
O politraumatizado em UCI boas praticas
O politraumatizado em UCI   boas praticas O politraumatizado em UCI   boas praticas
O politraumatizado em UCI boas praticas
 
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
 
IEA - I Workshop em pressão intracraniana - Parte 3
IEA - I Workshop em pressão intracraniana - Parte 3IEA - I Workshop em pressão intracraniana - Parte 3
IEA - I Workshop em pressão intracraniana - Parte 3
 
Equipamentos 2017
Equipamentos 2017Equipamentos 2017
Equipamentos 2017
 
Trabalho.pdf
Trabalho.pdfTrabalho.pdf
Trabalho.pdf
 
Terapia compressiva ELCOS Cova da Beira 2010
Terapia compressiva ELCOS Cova da Beira 2010Terapia compressiva ELCOS Cova da Beira 2010
Terapia compressiva ELCOS Cova da Beira 2010
 
Lesoes Traumaticas No Spa Maj Jose
Lesoes Traumaticas No Spa   Maj JoseLesoes Traumaticas No Spa   Maj Jose
Lesoes Traumaticas No Spa Maj Jose
 
Trabalho 2023.ppsx
Trabalho 2023.ppsxTrabalho 2023.ppsx
Trabalho 2023.ppsx
 
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de JateneEstenose supra VP após cirurgia de Jatene
Estenose supra VP após cirurgia de Jatene
 
DOR TORÁCICA
DOR TORÁCICADOR TORÁCICA
DOR TORÁCICA
 
Semiologia do politraumatizado
Semiologia do politraumatizadoSemiologia do politraumatizado
Semiologia do politraumatizado
 
Atendimento ao politraumatizado
Atendimento ao politraumatizadoAtendimento ao politraumatizado
Atendimento ao politraumatizado
 

Pré operatório de cirurgia cardíaca - fisioterapia

  • 2.  A cirurgia cardíaca é uma cirurgia de grande porte que cursa com alterações fisiopatológicas que predispõe a complicações pós- operatórias.
  • 3.  OBJETIVO – identificar pacientes com maior chance de apresentar complicações.  Fatores de risco:  Idosos – maior mortalidade, relacionada com alteraçoes funcionais do próprio envelhecimento.  Escala de risco: - APACHE (Acute Physiology and Chronic Health Evaluation) - SAPS (Simplified Acute Physiology Score) - TISS (Therapeutic Intervention Scoring System)
  • 4.  Esclarecerdúvidasdacirurgia: corte, PAM, TOT, incisão, drenos, cateteres, dor, tosse, deambulaçãoprecoce.  Quedadafunçãopulmonar no pós-operatório.  Fatores de risco: importância de melhorarosfatores (tabagismo – 8 semanas antes dacirurgia).
  • 5.  Revascularização do miocárdio – esternotomia (toracotomiamediana)  Comissurotomia, plastiaoutrocavalvar – toracotomia lateral; esternotomia  Aneurismectomia, correção de aneurisma – esternotomia
  • 6.
  • 7. Incisão Músculos Esternotomiamediana Peitoralmaior Toracotomiaântero-lateral direitaouesquerda Intercostal,peitoralmaior, peitoralmenor, serrátil Toracotomiaântero-posterior esquerda Intercostal, serrátil, grande dorsal, rombóide Minitoracotomia Intercostal, peitoral, serrátil Abdominal Retoabdominal Toracoabdominal Intercostal, oblíquo do diagragma, retoabdominal
  • 8.  Identificam variáveis preditivas de prognóstico.  ÍNDICE DE GOLDMAN  ÍNDICE DE DETSKY  Representam um modelomultivariadoparapredizercomplicaçõe scardíacasempacientescirúrgicosnãocardíaco.
  • 9.  Índice prognóstico de PARSONNET  Análise simples de grande aplicabilidade no pré-operatório, pois analisa exclusivamente parâmetros pré-operatórios direcionado para cirurgia cardíaca em adultos.
  • 10. VARIÁVEIS VALOR Sexofeminino 1 Obesidademórbida 3 Diabetes mellitus 3 Hipertensão arterial 3 Fração de ejeção (%) Boa(>50%) Regular (30 a 40) Ruim (<30) 0 2 4 Idade (anos) 70 a 74 75 a 79 >80 7 12 20 Reoperações Primeira Segunda 5 10 Balão intra-aórtico no préoperatório 2 Aneurisma VE 5 Cirurgia de emergênciapóscineangiocoronariografia 10 Estadoscatastróficos (IRA, choquecardiogênico, defeitoestruturalagudo) 10 a 50
  • 11. ESCORE MORTALIDADE 0 a 4 1 5 a 9 5 10 a 14 9 15 a 19 17 >20 31 Cirurgia de emergênciapóscineangiocoronariografia 10 Estadoscatastróficos (IRA, choquecardiogênico, defeitoestruturalagudo) 10 a 50 Outrassituações (paraplegia, dependência de marca-passo, cardiopatiacongênitaemadulto, asmasevera) 2 a 10 Cirurgiavalvar mitral 5 Pressãonaartériapulmonar >60 mmHg 8 Cirurgiavalvaraórtica 5 Gradiente VE-AO > 120mmHg 7 Cirurgia de RM e válvula 2
  • 12.  Estimar e acompanhar a queda dos volumes e capacidade pulmonar . Pode-se instituir condutas fisioterapêuticas mais específicas na tentativa de se não prevenir, então amenizar possíveis complicações.
  • 13.  Manuvacuômetro – avaliação da força da musculatura respiratória. * A medida da PImáx é obtida a partir do Volume Residual (VR), ou seja, a pessoa é orientada a realizar uma expiração máxima e em seguida faz-se um esforço inspiratório máximo e sustentado por no mínimo 2 segundos. * A medida PEmáx é feita a partir da Capacidade Pulmonar Total (CPT), na qual a pessoa faz uma inspiração máxima antes do esforço expiratório máximo, também com sustentação mínima de 2 segundos.
  • 15.  Manobras de higiênie brônquica  Tosse  Manobras de reexpansão pulmonar
  • 16.  CONTROVERSO!  Bracher e cols. (2003) – nãohouvealteraçõessignificativasnascomplicaçõ esrespiratórias com a utilização de exercíciospreventivos.  Outrosautores* – relatamque, empacientes de alto risco, a fisioterapiarespiratóriapré- operatória é benéfica (alémdaconscientização dos exercícios). No DPOC – higiêniebrônquica, hidratação e terapiabroncodilatadora.  * Smetana (1999), Cavalheiro L.V. e col (2000) Kristjansdottir A. e col. (2004).