O documento discute a importância da eficiência energética nos dispositivos Internet das Coisas (IoT). Apresenta como o consumo de energia é crucial devido ao paradigma energético mundial, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Também discute como testadores podem ajudar a melhorar a eficiência energética através da medição do consumo e da otimização da arquitetura e código dos dispositivos IoT.
Queria agradecer à organização, a aceitação da minha palestra. É para mim um orgulho estar aqui neste auditório imenso, ainda mais porque vocês têm muitos bons profissionais aqui, tal como se pode ver nos vídeos de anos passados. Parabéns pelo evento
A minha palestra de hoje quer transmitir 3 grandes ideias.
A primeira, é o Porquê? Porque é que vale a pena percebermos este tema do consumo de energia. Que implicações tem. De onde vimos? Para onde vamos. Se não percebermos bem este tema a importância da enérgica, tudo o resto vai passar-nos ao lado.
Em relação à Internet das coisas. Não vos quero ensinar o que é, mas quero demonstrar que este “evolução tecnológica” pos-nos o “elefante na sala”. Significa que se antes não queríamos ter de lidar com o problema do consumo de energia, teremos agora de lidar com ele à força.
O ultimo ponto, é a minha perspetiva de como podemos atacar o problema, e que que cabe ao tester ser esse guardião da qualidade global, que vai muito além dos testes.
Perguntar à sala porque acham importante o consume energético?
Todos os anos a Agência internacional de energia divulga um relatório que se chama Key world energy statistics, sendo que o último relatório disponível para público é o de 2018, e que tem dados de 2016. Isto quer dizer que ha um delay de 3 anos , mas isto é suficiente para percebermos a escala do problema. Assim, temos 20% da energia consumida é do tipo eletricidade.
Ora investigando um pouco percebemos que temos 65% de fontes emissoras de CO2 para a atmosfera, o que representa cerca de 42% do CO2 emitido. E isto já com a ajuda do nuclear, que eu particularmente não gusto, mas que efetivamente não emite CO2.
As Nações Unidas indicaram que para a
sobrevivência das espécies (onde se inclui o
homem) a temperatura só pode aumentar
globalmente em um máximo ideal de 2° C e no limite até 4° C.
Áreas semiáridas e áridas vão sofrer uma redução dos recursos hídricos, menos 70% (comparado aos índices de 1961-1990 e da década de 2050)
O crescimento das cidades é um processo irrefreável.
Em 2010 mais de metade da população vivia em meio urbano e prevê-se que em 2050, 7 em cada 10 sejam habitantes citadinos.
Ora isto quer dizer que a população está a ficar mais urbana e deveremos garantir que as comunidades rurais possam ter acesso aos bens de primeira necessidade, como educação e saúde. Estas duas situações convergem na criação 2 problemas:
1) incapacidade de responder à procura de energia elétrica,
2) A procura acontece em localizações onde as infraestruturas de distribuição elétrica são inexistentes ou ineficientes.
…pois ela é basilar ao cumprimento de todos os “Objetivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM)”, nomeadamente a igualdade de oportunidades na busca de um crescimento sustentável.
Atenção, eu não quero introduzir politica nesta palestra para além do necessário, mas efetivamente vocês Povo Brasileiro tem efetivamente um programa Nacional para cumprir os critérios da ONU.
Programa Luz para Todos Graças ao Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica – Luz para Todos, onde supostamente 16 milhões de pessoas passaram a ter acesso à energia elétrica no país
O conhecimento dos potenciais de eficiência energética é uma das principais linhas de atuação, para que sejam identificadas e direcionadas as ações apropriadas para que os mesmos possam ser efetivamente aproveitados.
Dentro do mundo IoT há muito por onde desenvolver, mas eu vou focar-me nos objetos inteligentes que estão a ser reinventados. Há exemplos de tudo como mais à frente vamos ver. Mas ainda assim, todos eles assentam em 3 características: sensores, conectividade, pessoas ou processos.
É fácil de perceber que o ‘Calcanhar de Aquiles’ dos IoT será a bateria, pois tudo depende dela.
Este é um problema que todos já sentem (em particular nos seus smartphones), mas são poucos os que querem lidar com o problema.
Perguntar à plateia quando instalam uma aplicação e ela parece esgotar a bateria o que fazem
É controlado por voz que permite delegar tarefas como controlar a temperatura da sala, ler as notícias, mudar a música.
Possibilidade de compartilhar as chaves de convidados com amigos, babás, etc.
A aplicação do smartphone permite-lhe ligar as luzes e sincronizar a iluminação com a música.
Como é fácil de constatar este exercício relativamente simples, diz-nos duas coisas.
São mais os dispositivos que precisam de bateria que aquelas que não precisam.
Em média os fabricantes, indicam mais 50% de capacidade de utilização da bateria que na vida real.
Ou seja, temos aqui um verdadeiro problema.
Medir o consumo energético, é importantíssimo, ao ponto de salvar vidas.
Precisamos pois de analisar tudo, quando eu digo tudo é tudo, o que tem a ver com os IoT. Precisamos de perceber se a arquitetura de hardware faz fit às necessidades, se os sensores estão programados de forma útil, e de que forma os IoT vai-se ligar, que energia precisa? É preciso que esteja sempre a fazer ping na web? Será que vamos aproveitar a oportunidade para sermos mais eficientes do ponto de vista do consumo de energia pelo software?
Deixe-me dizer-vos a minha visão de tester, não é a pessoa que se limita a validar e verificar coisas. Nós temos de garantir a qualidade do produto globalmente, Quality Assurance. É muito mais que testar algo. É acreditar naquilo.
Deixe-me dizer-vos a minha visão de tester, não é a pessoa que se limita a validar e verificar coisas. Nós temos de garantir a qualidade do produto globalmente, Quality Assurance. É muito mais que testar algo. É acreditar naquilo.
Por mais de uma década e meia, os engenheiros de hardware (por exemplo, Intel, AMD) têm se preocupado com a eficiência de energia (desde o ano 2000).
Os programadores, com a evolução do software nos dispositivos móveis “foram forçados” a lidar com as limitações de energia por causa das baterias (desde 2008).
Então, nós (testers) começamos a pensar nisto, já depois da corrida ter começado!
Um sistema de computador, ou computador, é o conjunto de dispositivos eletrônicos físicos (hardware) capazes de realizar cálculos algorítmicos de acordo com certos procedimentos definidos pelo lógico (software).
Perguntar à planteia onde acha que se gasta mais energia?
Ora bem, aquilo que eu defendo é que nós testers temos de ir mais fundo e passemos a ser também em certo medida arquitetos
Perguntar à planteia onde acha que se gasta mais energia?
Significa que o tester deve avaliar medir o consumo de energia sem estabelecer barreiras entre o software e o hardware.
Nos dispositivos físicos de medição temos wattímetros ou uma pinça amperimétrica.
O primeiro é um dispositivo invasivo no fornecimento elétrico.
O segundo não é invasivo no circuito elétrico (por isso não influencia, positiva ou negativamente, o consumo medido) mas o cálculo é estimado pelo campo magnético da pinça.
Existem as ferramentas de medição que simulam o consumo
IPPET da Intel
Joulemeter da Microsoft
e complementos (add-ons) para a integração em ferramentas de desenvolvimento de software, como o profiler do Microsoft Visual Studio Energy Consumption
Perguntar à plateia quais são as diferenças entre resultados