O documento descreve a poluição do ar por gases e vapores, incluindo suas causas, efeitos na saúde e meio ambiente, e métodos de monitoramento e controle. O objetivo era descrever mudanças climáticas, aerodispersóides, doenças causadas, e formas de monitorar e controlar a dispersão de gases e vapores.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
“CURSO ENERGIA NA AGRICULTURA”
ENG 676 – POLUIÇÃO DO AR
POLUIÇÃO POR GASES E VAPORES:
TRATAMENTO E CONTROLE
Mestranda: Michelle Martha
Professor Dr.: Jadir Nogueira
Viçosa, Março de 2011
2. POLUIÇÃO POR GASES E VAPORES
A atmosfera é um sistema constituído por
gases, partículas líquidas e sólidas, que
mantêm entre si um processo de interação
física e química constante.
Em áreas urbanas, além das fontes naturais,
há as antropogênicas como fontes adicionais
de emissão dos poluentes que contribuem
significativamente para a deterioração da
qualidade do ar.
3. POLUIÇÃO POR GASES E VAPORES
Gases e vapores são agentes químicos ou produtos que
podem penetrar no organismo pela via respiratória, ou pela
natureza da atividade de exposição possam ter contato
através da pele ou serem absorvidos pelo organismo por
ingestão;. Poeiras, Fumos, Névoas, Neblina, Gases, e
Vapores são agentes químicos tipicamente conhecidos
(CELIO, 2009).
As Doenças Pulmonares Ambientais e Ocupacionais -
DPAO, especialmente aquelas relacionadas aos ambientes
de trabalho, constituem ainda um importante e grave
problema de saúde pública.
4. OBJETIVOS
O objetivo central do trabalho foi a
descrição da dispersão de poluentes por
gases e vapores, seu controle e
monitoramento. Os objetivos específicos
foram descrever os seguintes tópicos:
1 - Mudanças climáticas;
2 - Aerodispersóides, gases e vapores;
3 - Doenças causadas por gases e vapores
tóxicos;
4 - Monitoramento e controle da dispersão de
gases e vapores.
5. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Publicado como uma nota de imprensa da
NASA em maio de 2008, um novo estudo
mostra que a população humana tem feito
um impacto sobre uma ampla gama de
sistemas naturais da Terra, incluindo o
degelo do permafrost, as plantas
florescendo mais cedo em toda a Europa,
e largos declínio da produtividade na
África. (CLIMATE-CHANGE, 2009).
6. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Os sistemas biológicos também foram
impactados em uma variedade de maneiras, tais
como folhas e flores desdobramento florescendo
mais cedo na primavera, os pássaros que
chegam mais cedo durante os períodos de
migração, e espécies vegetais e animais que se
deslocam na direção dos pólos da Terra e
maiores de altitude. Em ambientes aquáticos,
tais como mares, lagos e rios, plâncton e peixes
estão mudando de adaptadas ao frio para
aquecer adaptando suas comunidades (CLIMATE-CHANGE,
2009).
7. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Impactos observados em sistemas naturais da Terra.
Fonte: http://geology.com/nasa/human-linked-climate-change.shtml
8. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Estudos realizados pela Environmental
Protection Agency dos EUA (EPA) indicam
que um aumento de 1 metros do nível do
mar poderia ocorrer ao longo da Costa
Atlântica, já em 2025!
A EPA estima que as praias de barreira pode
sofrer grandes danos causados por aumento
do nível do mar e tempestades costeiras.
colocando muitos ecossistemas marinhos em
risco (CITIZENSCAMPAIGN, 2011).
9. AERODISPERSÓIDES, GASES E
VAPORES
São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças
profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos
trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida,
como líquida ou gasosa.
Além do grande número de materiais e substâncias
tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio industrial,
uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial
vai sendo encontrados, devido à quantidade sempre crescente de
novos processos e compostos desenvolvidos.
Os gases e vapores podem ser classificados de diversas formas,
segundo suas características tóxicas, estado físico, etc. Os
agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou
dispersão no ar atmosférico, são chamados de contaminantes
atmosféricos.
10. Aerodispersóides
Segundo CELIO 2009, aerodispersóides são
dispersões de partículas sólidas ou líquidas de
tamanho bastante reduzido, abaixo de 100m, que
podem se manter por longo tempo em suspensão no
ar.
Exemplos: poeiras (são partículas sólidas, produzidas
mecanicamente por ruptura de partículas maiores),
fumos (são partículas sólidas produzidas por condensação de
vapores metálicos),
fumaça (sistemas de partículas combinadas com gases que se
originam em combustões incompletas),
névoas (partículas líquidas produzidas mecanicamente, como por
em processo “spray”) e;
neblinas (são partículas líquidas produzidas por condensações
de vapores).
11. Gases
São dispersões de moléculas no ar,
misturadas completamente com este (o
próprio ar é uma mistura de gases). Não
possuem formas e volumes próprios e
tendem a se expandir indefinidamente. À
temperatura ordinária, mesmo sujeitos à
pressão fortes, não podem ser total ou
parcialmente reduzidos ao estado líquido.
12. Vapores
Os vapores são também dispersões de
moléculas no ar, que ao contrário dos gases,
podem condensar-se para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura
e pressão.
Uma diferença importante é que os vapores
em recintos fechados podem alcançar uma
concentração máxima no ar, que não é
ultrapassada, chamada de saturação. Os
gases, por outro lado, podem chegar a
deslocar totalmente o ar de um recinto.
13. Contaminação por gases e vapores
As principais vias de penetração destas
substâncias no organismo humano são:
O aparelho respiratório,
A pele,
O aparelho digestivo.
14. Caracterização de particulados
As partículas são classificadas em geral pelas suas
propriedades aerodinâmicas, uma vez que essas
propriedades determinam os processos de transporte
e remoção no ar, penetração e deposição no trato
respiratório.
Para propósitos de regulamentação, o material
particulado (MP) é classificado pelo diâmetro
aerodinâmico.
Em 1987, os Estados Unidos promulgaram um padrão
para o material particulado de tamanho (diâmetro
aerodonâmico) menor que 10 μm. Em 1997, foi
incluído um novo padrão de MP para partículas de
diâmetro aerodinâmico menor que 2,5 μm.
16. DOENÇAS CAUSADAS POR GASES
E VAPORES TÓXICOS
Os gases e vapores podem ser classificados
em quatro grupos:
irritantes,
asfixiantes (simples e químicos),
narcóticos,
tóxicos sistêmicos.
Esta classificação agrupa os gases e
vapores do ponto de vista fisiopatológico,
considerando principalmente a sua principal
ação sobre o organismo.
17. GASES E VAPORES
Podemos agrupá-los em :
1 - compostos tóxicos protoplasmáticos:
mercúrio e fósforo.
2 - compostos órgano-metálicos:
chumbo-tetraetila, arsina, níquel-carbonila,
etc.
3 - compostos inorgânicos hidrogenados:
fosfina, gás sulfídrico, etc.
18. ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
Ácido clorídrico: o principal risco do ácido
clorídrico é a sua alta ação corrosiva sobre a
pele e mucosas, podendo produzir
queimaduras cuja gravidade dependerá da
concentração de MP.
Amônia: a intoxicação industrial pela amônia
é, geralmente aguda, pode produzir-se de
forma crônica.
Benzina (éter de petróleo): é um destilado
de petróleo composto, principalmente, de n-pentano
e n-hexano.
19. ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
Monóxido de Carbono:
O monóxido de carbono (CO) é um gás
incolor, sem cheiro e age como asfixiante
químico. tem a propriedade de formar um
composto estável com a hemoglobina do
sangue (carboxihemoglobina), quando
inalado por via respiratória, ingressando
na corrente sangüínea da mesma maneira
que o oxigênio.
20. PNEUMOCONIOSES
Silicose
Pneumoconiose dos Trabalhadores de
Carvão (PTC)
Pneumoconiose por Poeiras Mistas
(PPM)
Febre de Fumos Metálicos
21. MONITORAMENTO E CONTROLE DA
DISPERSÃO DE GASES E VAPORES
VENTILAÇÃO E CONTROLE DO AMBIENTE
OCUPACIONAL
REDES DE MONITORAMENTO
AUTOMÁTICAS E MANUAL
DETECTOR DE UM A SEIS GASES
22. VENTILAÇÃO E CONTROLE DO
AMBIENTE OCUPACIONAL
Para exaustão de gases, poluentes, tintas
e vapores acionamento indireto por
correias e polias, com motor fora do fluxo.
A ventilação geral é um dos métodos
disponíveis para controle de um ambiente
ocupacional. Consiste em movimentar o
ar num ambiente através de ventiladores;
também chamada ventilação mecânica.
24. REDES DE MONITORAMENTO
Rede automática
A CETESB possui estações medidoras na Região
Metropolitana de São Paulo, Cubatão, Campinas, São José
dos Campos, Sorocaba e Paulínia, além de estações
móveis, que são utilizadas em estudos temporários. Esta
rede, ligada a uma central de computadores por via
telefônica, registra ininterruptamente as concentrações dos
poluentes na atmosfera.
Estes dados são processados com base nas médias
estabelecidas por padrões legais e nas previsões
meteorológicas, que indicam as condições para a dispersão
dos poluentes.
25. Métodos de determinação dos poluentes
Métodos de determinação dos poluentes
Parâmetros Método de Medição
Partículas inaláveis radiação Beta
Dióxido de enxofre fluorescência de pulso (ultravioleta)
Óxidos de nitrogênio quimiluminescência
Monóxido de carbono infravermelho não dispersivo (GFC)
Hidrocarbonetos cromatografia gasosa / ionização de chama
Ozônio ultravioleta
Fonte: CETESB, 2008.
26. REDES DE MONITORAMENTO
Rede manual
Existem redes manuais de avaliação da
qualidade do ar na Região Metropolitana
de São Paulo, interior e litoral.No
monitoramento manual as amostras são
coletadas no campo e trazidas para
análise nos laboratórios da Cetesb.
27. REDES DE MONITORAMENTO
DETECTOR DE UM A SEIS GASES
O mais versátil detector portátil de gás do
mercado, o Eagle, comercializado para uso
ambiental.
O equipamento, da marca RKI, se destaca no
monitoramento de Voláteis (VOCs) a campo, com
ou sem exclusão de metano, podendo ser
aplicado em áreas de diagnóstico de
contaminações de ar, solo e água, espaço
confinado e monitoramento de ambientes.
28. CONTROLE DA DEPOSIÇÃO DE
VAPORES QUÍMICOS
A deposição de vapores menciona a formação de
filmes estabilizados em um substrato definidos,
geralmente produzidos de acordo com a reação
química de gases e vapores poluentes.
Os equipamentos usados para controlar a DVQ
(deposição de vapores químicos) contêm os
seguintes dispositivos: sistemas de gases ou
voláteis líquidos, câmara de reação e sistema de
controle e neutralização dos gases emitidos
(MOROSANU, 1990).
Um eficiente método de controle desses
poluentes é através de microfilmes.
29. CONTROLE DA DEPOSIÇÃO DE
VAPORES QUÍMICOS
As variáveis que afetam as propriedades dos
microfilmes são de acordo com a natureza dos
reagentes e o grau de purificação no qual se
quer chegar.
Este processo envolve estudo e quantificações do
consumo de energia ou combustível usado no
processo, mensuração e controle continuo da
temperatura da substancia, que envolve o
controle da reação dos reagentes, do sistema de
pressão, da geometria e disposição das câmaras
do substrato da superfície das câmaras de gases.
30. CONTROLE DA DEPOSIÇÃO DE
VAPORES QUÍMICOS
Diagrama simplificado do processo de purificação de gás:
Fonte: MOROSANU, 1990.
32. MICROFILMES
Os microfilmes foram um assunto
largamente investigado durante o século
passado, pois estes se tornaram
importantes tecnologias particularmente
empregados no campo de semicondutores
eletrônicos.
33. CONCLUSÕES
A emissão de gases e vapores poluentes e um fato que
ocorre diariamente em comunidades pequenas ou em até
ao grande centros urbanos. A diferença existente entre o
efeito tóxico da partícula em um ou outro ambiente esta no
seu grau de concentração no ar.
O Brasil pode ser considerado um pais inexperiente com
relação aos conhecimentos e os mecanismos de controle
das emissões bem como das enfermidades. Essas doenças,
em sua maioria, de curso crônico, são irreversíveis.
Reduzir as emissões de GEE e preparar planos de
adaptação para lidar com as mudanças já em curso, pode-se
amenizar a crise climática. Inserir aspectos na
legislação, incluindo: regulação de todas as emissões de
combustíveis fósseis de energia baseada, oferecendo
incentivos para eficiência de energia e água.
34. Referências Bibliográficas
AGSOLVE – MONITORAMENTO AMBIENTAL, 2011.
http://www.agsolve.com.br/produto_detalhe.php?cod=1077
CELIO T. HIGIENE OCUPACIONAL E AGENTES QUÍMICOS, 2009.
www.higieneocupacional.com.br/download/agentes-quim-celio.doc
CITIZENSCAMPAIGN. How is Climate Change Affecting New York and
Connecticut? CLIMATE-CHANG.2011.
http://www.citizenscampaign.org/campaigns/climate-change.asp
GEOLOGY -Humans Linked to Climate Change NASA Study Links Earth
Impacts to Human-Caused Climate Change Published as a NASA news
release in May, 2008. by Gwen Sharp, Apr 28, 2009, at 02:55 pm
http://geology.com/nasa/human-linked-climate-change.shtml
MORASANU. C. E. 1990. Thin Films by Chemical Vapour Deposition.
Eletronic Components Research and Development Centre, Bucharest Romenia,
ELSEVIER, Amsterdam, Oxford, New York, Tokyo.