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Avaliação: o que/quem está em jogo?
Dilcelene Q. de Resende Cordeiro
dilcelenecordeiro@gmail.com
Doutoranda em Educação (UERJ)
Mestre em Educação (UFF)
Pedagoga
Quem sou eu?
Relações familiares - pai mais conhecido por seu alcoolismo; vizinhos forneciam contas do pequeno menino
chorando, seu pai batendo nele para cada hesitação ou erro.
Trajetória escolar - lutou com somas e soletrando toda a sua vida, foi no melhor um aluno médio, e alguns
biógrafos têm a hipótese de que ele pode ter tido a dislexia leve. Com a idade de 10 anos, se retirou da
escola.
Características pessoais - gordo, tinha 1m70 de altura, cabeça desproporcional, cabeleira rebelde e
desgrenhada. Era irritadiço, esquecido, sem o menor refinamento. Solteiro, morou em lugares bagunçados e
sujos. Espalhava seus materiais pela sala e seus móveis eram cobertos de poeira. Tinha estranhos hábitos,
como o de cuspir a qualquer momento e em qualquer lugar. Era desajeitado, espalhando destruição por onde
passava.
Diagnóstico – surdez progressiva.
Trabalho – aos quinze anos começa a trabalhar para sustentar seus dois irmãos, pois os pais não conseguem
sustentar a família.
Quem sou eu?
A música vem-me mais facilmente do que as palavras.
Beethoven em 1803, pintado por Christian Horneman (Foto: Wikicommons)
Quem sou eu?
Relações familiares – pais cuidadosos, mãe professora, avó professora.
Trajetória escolar - para a escola onde cursou da primeira à quarta série do antigo primário (atualmente 1º ao
5º ano do Ensino Fundamental), foi uma criança difícil. Colecionava boletins medíocres. Reprovada na antiga
4ª série, ficou um ano sem estudar. Detestava Matemática.
Características pessoais – criança disciplinada que gostava de ritos (formar, cantar hino, usar uniforme, ...).
Gostava dos textos dos livros didáticos; jogava xadrez como ninguém.
Diagnóstico – disritmia, epilepsia, glaucoma, transtorno de personalidade e autismo, por causa de seu
comportamento distraído, distante.
Trabalho – professora.
Quem sou eu?
Por que pesquiso? Porque minha ignorância me insulta.
Andrea Serpa
Andréa Serpa – Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense/Niterói
Quem sou eu?
Relações familiares – Não chegou a conhecer seu pai, mas foi criado por uma mãe
cuidadosa que sempre zelou por acompanhá-lo na escola. Como doméstica sustentou seus
três filhos.
Trajetória escolar - aplicado estudante, sempre ajudava aos colegas que apresentavam
dificuldades.
Características pessoais – inteligente, sempre foi o orgulho dos seus.
Diagnóstico – altas habilidades.
Trabalho – começou aos 19 anos e chegou a ser reconhecido internacionalmente pelo
exercício de sua liderança.
Frustração - Fez prova para o curso de sargento especialista, mas não passou.
Quem sou eu?
“Marcola (líder da facção criminosa PCC) e Fernandinho Beira-Mar (maior
traficante de drogas do Brasil) são exemplos de pessoas que não foram
percebidas de maneira adequada e usaram toda a sua inteligência e
capacidade de liderança para o crime”.
Luiz Fernando da Costa – líder do Comando Vermelho
Quem sou eu?
Relações familiares – seu pai possuía uma oficina eletrotécnica e tinha um grande interesse
por tudo que se relacionasse com invenções elétricas.
Trajetória escolar - era mau aluno, ou pelo menos tirava notas ruins. Desprezava as aulas.
Em conseqüência das suas dificuldades para memorizações ele se desinteressa pelas aulas
que exigem tais habilidades, provocando violentas reações dos seus professores. Tanto, que
certo dia o diretor da escola, coincidentemente seu professor, convoca-o para uma reunião
e declara, entre outras coisas, que seu desinteresse era uma falta de respeito pelo professor
da disciplina, e que sua presença na classe era péssimo exemplo para os outros alunos.
Características pessoais – autodidata, dado a aptidões individuais. Possuidor de grande
intuição e habilidade lógica, para as disciplinas que exigiam capacidade de memória era um
fracasso! Sentia grande dificuldade para se adaptar às normas rígidas do Estudo.
Diagnóstico – "Você não vai dar em nada na vida".
Quem sou eu?
Há muitas cátedras, mas poucos
professores prudentes e generosos.
Albert Einstein – físico alemão
FUNÇÕES
DA
AVALIAÇÃO
CLASSIFICAR
SELECIONAR
ESTABELECER FRONTEIRAS
CONFERIR VALOR
COMPARAR
INCLUIR OS APTOS E REFUGAR OS NÃO APTOS
CONTROLAR
EXERCER PODER IMPOR MODELOS CULTURAIS
MANTER PADRÕES
Fato
“Tanto alunos e alunas quanto professores e
professoras estão aprisionados pela lógica
seletiva da avaliação escolar, que não tem
como objeto o processo de conhecimento.”
(p.10)
FUNÇÕES
DA
AVALIAÇÃO
INVESTIGAR
NEGOCIAR
COMPREENDER PROCESSOS
FAVORECER A APRENDIZAGEM
TENSIONAR FRONTEIRAS
CONHECER OUTRAS LÓGICAS
Boicotar o projeto
ideológico perverso
de exclusão
FUNÇÕES
DA
AVALIAÇÃO
INVESTIGAR
NEGOCIAR
COMPREENDER PROCESSOS
FAVORECER A APRENDIZAGEM
TENSIONAR FRONTEIRAS
CONHECER OUTRAS LÓGICAS
BOICOTAR O PROJETO
IDEOLÓGICO PERVERSO
DE EXCLUSÃO
COMPARAR
CONTROLAR
SELECIONAR
IMPOR MODELOS CULTURAIS
EXERCER
PODER
ESTABELECER
FRONTEIRAS
CONFERIR VALOR
INCLUIR OS APTOS E REFUGAR OS NÃO APTOS
CLASSIFICAR
avaliação
Recolher
informações
Tratar e produzir
dados
Analisar e dar
publicidade
Desafio
“...necessidade de outro referencial no qual
fundamentar o processo avaliativo, um marco
favorável à interação entre teoria e prática e ao
diálogo entre alunos/as e professores/as com a
finalidade de compreender os processos
desenvolvidos na relação pedagógica e os
resultados alcançados.” (Esteban, 2001, p.106)
“A compreensão deste processo demanda
o desenvolvimento de uma atuação
pedagógica atenta aos conflitos,
contradições, fissuras, fragmentos, vozes
que constituem o panorama escolar e que
se escondem/revelam nos episódios
cotidianos.” (Idem, p.125)
Necessidade
construção de relações democráticas e
horizontais entre pessoas, grupos,
instituições e conhecimentos.
Avaliação: “prática de investigação”
A teoria não é guia da ação; é parte da ação. O
desenvolvimento teórico se entrelaça à prática e toma como
objeto de reflexão as conseqüências sociais de seus
resultados(...). A teoria é aceita como prática social.” (Idem,
p.167)
Renovação do senso comum: não negá-lo, mas realimentá-lo e
reconstruí-lo permanentemente.
Avaliação como interrogação/reflexão
Compromisso com a democratização da escola.
Educadores: pesquisadores da própria prática.
Intenção política de romper com avaliação como
prática de exclusão.
Assumir a heterogeneidade, o movimento, a diferença,
a complexidade como marcas do cotidiano escolar.
Novos olhares que mostram a produtividade do diálogo
entre conhecimento e desconhecimento, que
percebem todo ponto de chegada como indício de
novos pontos de partida, sendo ambos marcados pelos
erros e acertos, num processo contínuo e desafiador.
Desafio inscrito na necessidade/possibilidade humana
de sonhar utopias e tecer coletivamente trajetos para
torná-las realidade. (Idem, p.188)
Desejo
No fundo ninguém chega lá saindo do lá, mas de um certo aqui.
Paulo Freire
a utopia do horizonte
Referência Bibliográfica
• ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe que erra. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

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Avaliação

  • 1. Avaliação: o que/quem está em jogo? Dilcelene Q. de Resende Cordeiro dilcelenecordeiro@gmail.com Doutoranda em Educação (UERJ) Mestre em Educação (UFF) Pedagoga
  • 2. Quem sou eu? Relações familiares - pai mais conhecido por seu alcoolismo; vizinhos forneciam contas do pequeno menino chorando, seu pai batendo nele para cada hesitação ou erro. Trajetória escolar - lutou com somas e soletrando toda a sua vida, foi no melhor um aluno médio, e alguns biógrafos têm a hipótese de que ele pode ter tido a dislexia leve. Com a idade de 10 anos, se retirou da escola. Características pessoais - gordo, tinha 1m70 de altura, cabeça desproporcional, cabeleira rebelde e desgrenhada. Era irritadiço, esquecido, sem o menor refinamento. Solteiro, morou em lugares bagunçados e sujos. Espalhava seus materiais pela sala e seus móveis eram cobertos de poeira. Tinha estranhos hábitos, como o de cuspir a qualquer momento e em qualquer lugar. Era desajeitado, espalhando destruição por onde passava. Diagnóstico – surdez progressiva. Trabalho – aos quinze anos começa a trabalhar para sustentar seus dois irmãos, pois os pais não conseguem sustentar a família.
  • 3. Quem sou eu? A música vem-me mais facilmente do que as palavras. Beethoven em 1803, pintado por Christian Horneman (Foto: Wikicommons)
  • 4. Quem sou eu? Relações familiares – pais cuidadosos, mãe professora, avó professora. Trajetória escolar - para a escola onde cursou da primeira à quarta série do antigo primário (atualmente 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental), foi uma criança difícil. Colecionava boletins medíocres. Reprovada na antiga 4ª série, ficou um ano sem estudar. Detestava Matemática. Características pessoais – criança disciplinada que gostava de ritos (formar, cantar hino, usar uniforme, ...). Gostava dos textos dos livros didáticos; jogava xadrez como ninguém. Diagnóstico – disritmia, epilepsia, glaucoma, transtorno de personalidade e autismo, por causa de seu comportamento distraído, distante. Trabalho – professora.
  • 5. Quem sou eu? Por que pesquiso? Porque minha ignorância me insulta. Andrea Serpa Andréa Serpa – Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense/Niterói
  • 6. Quem sou eu? Relações familiares – Não chegou a conhecer seu pai, mas foi criado por uma mãe cuidadosa que sempre zelou por acompanhá-lo na escola. Como doméstica sustentou seus três filhos. Trajetória escolar - aplicado estudante, sempre ajudava aos colegas que apresentavam dificuldades. Características pessoais – inteligente, sempre foi o orgulho dos seus. Diagnóstico – altas habilidades. Trabalho – começou aos 19 anos e chegou a ser reconhecido internacionalmente pelo exercício de sua liderança. Frustração - Fez prova para o curso de sargento especialista, mas não passou.
  • 7. Quem sou eu? “Marcola (líder da facção criminosa PCC) e Fernandinho Beira-Mar (maior traficante de drogas do Brasil) são exemplos de pessoas que não foram percebidas de maneira adequada e usaram toda a sua inteligência e capacidade de liderança para o crime”. Luiz Fernando da Costa – líder do Comando Vermelho
  • 8. Quem sou eu? Relações familiares – seu pai possuía uma oficina eletrotécnica e tinha um grande interesse por tudo que se relacionasse com invenções elétricas. Trajetória escolar - era mau aluno, ou pelo menos tirava notas ruins. Desprezava as aulas. Em conseqüência das suas dificuldades para memorizações ele se desinteressa pelas aulas que exigem tais habilidades, provocando violentas reações dos seus professores. Tanto, que certo dia o diretor da escola, coincidentemente seu professor, convoca-o para uma reunião e declara, entre outras coisas, que seu desinteresse era uma falta de respeito pelo professor da disciplina, e que sua presença na classe era péssimo exemplo para os outros alunos. Características pessoais – autodidata, dado a aptidões individuais. Possuidor de grande intuição e habilidade lógica, para as disciplinas que exigiam capacidade de memória era um fracasso! Sentia grande dificuldade para se adaptar às normas rígidas do Estudo. Diagnóstico – "Você não vai dar em nada na vida".
  • 9. Quem sou eu? Há muitas cátedras, mas poucos professores prudentes e generosos. Albert Einstein – físico alemão
  • 10. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO CLASSIFICAR SELECIONAR ESTABELECER FRONTEIRAS CONFERIR VALOR COMPARAR INCLUIR OS APTOS E REFUGAR OS NÃO APTOS CONTROLAR EXERCER PODER IMPOR MODELOS CULTURAIS MANTER PADRÕES
  • 11. Fato “Tanto alunos e alunas quanto professores e professoras estão aprisionados pela lógica seletiva da avaliação escolar, que não tem como objeto o processo de conhecimento.” (p.10)
  • 12. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO INVESTIGAR NEGOCIAR COMPREENDER PROCESSOS FAVORECER A APRENDIZAGEM TENSIONAR FRONTEIRAS CONHECER OUTRAS LÓGICAS Boicotar o projeto ideológico perverso de exclusão
  • 13. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO INVESTIGAR NEGOCIAR COMPREENDER PROCESSOS FAVORECER A APRENDIZAGEM TENSIONAR FRONTEIRAS CONHECER OUTRAS LÓGICAS BOICOTAR O PROJETO IDEOLÓGICO PERVERSO DE EXCLUSÃO COMPARAR CONTROLAR SELECIONAR IMPOR MODELOS CULTURAIS EXERCER PODER ESTABELECER FRONTEIRAS CONFERIR VALOR INCLUIR OS APTOS E REFUGAR OS NÃO APTOS CLASSIFICAR
  • 15. Desafio “...necessidade de outro referencial no qual fundamentar o processo avaliativo, um marco favorável à interação entre teoria e prática e ao diálogo entre alunos/as e professores/as com a finalidade de compreender os processos desenvolvidos na relação pedagógica e os resultados alcançados.” (Esteban, 2001, p.106)
  • 16. “A compreensão deste processo demanda o desenvolvimento de uma atuação pedagógica atenta aos conflitos, contradições, fissuras, fragmentos, vozes que constituem o panorama escolar e que se escondem/revelam nos episódios cotidianos.” (Idem, p.125)
  • 17. Necessidade construção de relações democráticas e horizontais entre pessoas, grupos, instituições e conhecimentos.
  • 18. Avaliação: “prática de investigação” A teoria não é guia da ação; é parte da ação. O desenvolvimento teórico se entrelaça à prática e toma como objeto de reflexão as conseqüências sociais de seus resultados(...). A teoria é aceita como prática social.” (Idem, p.167) Renovação do senso comum: não negá-lo, mas realimentá-lo e reconstruí-lo permanentemente.
  • 19. Avaliação como interrogação/reflexão Compromisso com a democratização da escola. Educadores: pesquisadores da própria prática. Intenção política de romper com avaliação como prática de exclusão. Assumir a heterogeneidade, o movimento, a diferença, a complexidade como marcas do cotidiano escolar.
  • 20. Novos olhares que mostram a produtividade do diálogo entre conhecimento e desconhecimento, que percebem todo ponto de chegada como indício de novos pontos de partida, sendo ambos marcados pelos erros e acertos, num processo contínuo e desafiador. Desafio inscrito na necessidade/possibilidade humana de sonhar utopias e tecer coletivamente trajetos para torná-las realidade. (Idem, p.188) Desejo
  • 21. No fundo ninguém chega lá saindo do lá, mas de um certo aqui. Paulo Freire a utopia do horizonte
  • 22. Referência Bibliográfica • ESTEBAN, Maria Teresa. O que sabe que erra. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.