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Ciência de Redes
em uma era conectada
Cláudia Martins
Ciência de Redes em uma era
conectada
 Rede - conjunto de objetos conectados
entre si de certo modo. Generalidade do
termo - difícil de definir com precisão
 Redes
pessoas em uma rede de amigos ou em
uma grande empresa
roteadores na internet
 neurônios em um cérebro
 a Internet
 redes de transmissão elétrica
 sistemas de transportes
Ciência de Redes em uma era
conectada
 Redes reais representam populações de
componentes individuais que estão fazendo
algo na realidade
 Na era da conectividade, o que acontece e
o modo como acontece depende da rede.
 E a rede por sua vez, depende do que
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 Visão de uma rede - como parte integral de
um sistema em evolução e em
autoconstituição contínua 
verdadeiramente novo
Ciência de Redes em uma era
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 A teoria das redes complexas 
aplicação de medidas desenvolvidas pela
teoria dos grafos e conceitos provenientes
da mecânica estatística, física não linear e
sistemas complexos
Ciência de Redes em uma era
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Modelos para estudar as redes
Redes de mundo
pequeno
Teoria dos grafos
Redes aleatórias
Redes livres de escalas
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Stanley Milgram, 1967
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Teoria dos Grafos - proposta inicialmente por Leonhard Euler
para resolver o famoso problema das Sete Pontes de
Königsberg
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Redes Aleatórias – Erdös e Rényi
Rede de nós conectados por laços de forma puramente
randômica
A conectividade global não ocorre gradualmente, mas em um
salto súbito, dramático
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Redes livres de escala – Watts e Strogatz
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minoria – centros - são altamente conectados
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Nascimento de uma rede livre de escala
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REDES SOCIAIS
Os homens fazem sua própria história, mas... não a fazem em
circunstâncias escolhidas por si mesmos (Karl Marx)
 Relação entre estrutura de rede – o conjunto observado de
laços ligando os membros de uma população, como uma
empresa, uma escola ou uma organização política – e a
correspondente estrutura social, segundo a qual indivíduos
podem ser diferenciados por sua participação em grupos ou
por papéis socialmente distintos. Marca registrada da
identidade social – o padrão de relações entre indivíduos é um
mapa das preferências e características subjacentes dos
próprios indivíduos.
 Rede como um canal para a propagação de informações ou o
exercício de influências, e o lugar de um individuo no padrão
geral de relações determina a que informações essa pessoa
tem acesso ou, correspondentemente, a quem ela ou ele está
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A força dos laços fracos
Laço fraco – a coordenação social efetiva não surge a partir de
laços fortes, densamente interligados, ao invés disso, deriva da
presença de laços fracos ocasionais entre indivíduos
que, frequentemente, não se conhecem bem nem têm muito
em comum.
Ciência de Redes em uma era
conectada
Não é possível prever o comportamento das redes e
sistemas complexos, com base em dados
históricos, porque o que acontece nas redes e seus
efeitos/impactos, é a somatória de uma série e/ou
sequência de eventos única no tempo, porque é
determinada/condicionada pela sociedade ou grupo
social.
Ciência de Redes em uma era
conectada
 A identidade social impulsiona a criação de redes
sociais.
 Ao pertencer a certos grupos e desempenhar
certos papéis, indivíduos adquirem características que
lhes dão mais ou menos probabilidade de interagir
entre si.
 Redes de informações sociais não são apenas
importantes porque ajudam a tomar decisões
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ambiente “transbordem” para outros.
Ciência de Redes em uma era
conectada
trilogia Fundação
série Os Robôs.
 Cavernas de Aço
 Planícies de Solaria
Isaac
Asimov
Ciência de Redes em uma era
conectada
Parece que uma boa estratégia para criar
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  • 1. Ciência de Redes em uma era conectada Cláudia Martins
  • 2. Ciência de Redes em uma era conectada  Rede - conjunto de objetos conectados entre si de certo modo. Generalidade do termo - difícil de definir com precisão  Redes pessoas em uma rede de amigos ou em uma grande empresa roteadores na internet  neurônios em um cérebro  a Internet  redes de transmissão elétrica  sistemas de transportes
  • 3. Ciência de Redes em uma era conectada  Redes reais representam populações de componentes individuais que estão fazendo algo na realidade  Na era da conectividade, o que acontece e o modo como acontece depende da rede.  E a rede por sua vez, depende do que aconteceu antes.  Visão de uma rede - como parte integral de um sistema em evolução e em autoconstituição contínua  verdadeiramente novo
  • 4. Ciência de Redes em uma era conectada  A teoria das redes complexas  aplicação de medidas desenvolvidas pela teoria dos grafos e conceitos provenientes da mecânica estatística, física não linear e sistemas complexos
  • 5. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Redes de mundo pequeno Teoria dos grafos Redes aleatórias Redes livres de escalas
  • 6. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Redes de mundo pequeno Stanley Milgram, 1967
  • 7. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Teoria dos grafos Teoria dos Grafos - proposta inicialmente por Leonhard Euler para resolver o famoso problema das Sete Pontes de Königsberg
  • 8. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Redes Aleatórias – Erdös e Rényi Rede de nós conectados por laços de forma puramente randômica A conectividade global não ocorre gradualmente, mas em um salto súbito, dramático
  • 9. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Redes livres de escala – Watts e Strogatz A maioria dos nós tem poucas conexões enquanto uma minoria – centros - são altamente conectados
  • 10. Ciência de Redes em uma era conectada Modelos para estudar as redes Nascimento de uma rede livre de escala
  • 11. Ciência de Redes em uma era conectada REDES SOCIAIS Os homens fazem sua própria história, mas... não a fazem em circunstâncias escolhidas por si mesmos (Karl Marx)  Relação entre estrutura de rede – o conjunto observado de laços ligando os membros de uma população, como uma empresa, uma escola ou uma organização política – e a correspondente estrutura social, segundo a qual indivíduos podem ser diferenciados por sua participação em grupos ou por papéis socialmente distintos. Marca registrada da identidade social – o padrão de relações entre indivíduos é um mapa das preferências e características subjacentes dos próprios indivíduos.  Rede como um canal para a propagação de informações ou o exercício de influências, e o lugar de um individuo no padrão geral de relações determina a que informações essa pessoa tem acesso ou, correspondentemente, a quem ela ou ele está
  • 12. Ciência de Redes em uma era conectada REDES SOCIAIS A força dos laços fracos Laço fraco – a coordenação social efetiva não surge a partir de laços fortes, densamente interligados, ao invés disso, deriva da presença de laços fracos ocasionais entre indivíduos que, frequentemente, não se conhecem bem nem têm muito em comum.
  • 13. Ciência de Redes em uma era conectada Não é possível prever o comportamento das redes e sistemas complexos, com base em dados históricos, porque o que acontece nas redes e seus efeitos/impactos, é a somatória de uma série e/ou sequência de eventos única no tempo, porque é determinada/condicionada pela sociedade ou grupo social.
  • 14. Ciência de Redes em uma era conectada  A identidade social impulsiona a criação de redes sociais.  Ao pertencer a certos grupos e desempenhar certos papéis, indivíduos adquirem características que lhes dão mais ou menos probabilidade de interagir entre si.  Redes de informações sociais não são apenas importantes porque ajudam a tomar decisões individuais melhores, mas também porque permitem que coisas bem sucedidas em um determinado ambiente “transbordem” para outros.
  • 15. Ciência de Redes em uma era conectada trilogia Fundação série Os Robôs.  Cavernas de Aço  Planícies de Solaria Isaac Asimov
  • 16. Ciência de Redes em uma era conectada Parece que uma boa estratégia para criar organizações capazes de resolver questões complexas seja treinar indivíduos a reagir à ambiguidade através de buscas em suas redes sociais, em vez de forçá-los a utilizar ferramentas e bancos de dados centralizados.