O documento discute a depressão, ansiedade e suicídio entre crianças e adolescentes. Aponta que esses problemas são tabus na sociedade, mas dados alarmantes mostram que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens. Também fornece recursos de apoio como o CVV e enfatiza a importância de conversar sobre os sentimentos.
Slides Lição 7, Betel, Ordenança para uma vida de fidelidade e lealdade, 2Tr2...
Material de apoio do livro paradidático "E se eu não existisse?" (reponsáveis / professores / coordenadores / psicólogos)
1. Material de apoio para o público adulto:
professores / coordenadores / psicólogos / responsáveis
Livro paradidático: “E se eu não existisse?”
Autora: Mayara Vellardi
Literatura: infantojuvenil
Indicação de leitura: acima dos 8 anos
Temas desenvolvidos: ansiedade |
estresse | depressão | crise existencial |
suicídio | confrontos familiares |
problemas de relacionamento com os colegas
Uma viagem introspectiva
Em algum momento da vida você já deve ter se questionado: “E se eu não existisse?”. Talvez essa
seja uma das perguntas mais realizadas pela humanidade, ainda mais quando o assunto é crise existencial.
O importante é saber diferenciar quando isso é saudável e natural, um tipo de curiosidade ou quando é
algo prejudicial, que indica um estado depressivo e fuga da realidade, indicando inclusive o desejo de
suicídio.
Dados alarmantes
Falar sobre o suicídio é um tabu em nossa sociedade, porém algo deve ser feito com urgência, pois
as estatísticas são assombrosas. De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, a cada 40
segundos, uma pessoa se suicida no planeta. Esta é a segunda maior causa de morte entre pessoas de
15 a 29 anos de idade.
Quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio. Numa parte desses casos, já foi
reconhecido um vínculo com problemas de saúde mental, como depressão e transtornos do uso de álcool
e drogas. Porém, muitos suicídios, são cometidos por impulso, em momentos de crise, segundo a agência
da ONU, Organização das Nações Unidas.
Cautela sim, silêncio não
A mídia é bastante cautelosa em relação ao tema. Inclusive, os jornalistas são orientados a evitar
ao máximo esse assunto e quando não podem fugir das evidências, procuram não expor a forma como foi
realizado o ato para não inspirar outras pessoas a realizarem a mesma ação.
Segundo a OMS, 90% dos suicídios podem ser prevenidos desde que existam condições mínimas
para oferta de ajuda voluntária ou profissional. No Brasil, há uma instituição denominada CVV, Centro de
Valorização da Vida, que realiza um trabalho belíssimo, de forma gratuita, contando com voluntários
treinados para conversar com as pessoas que procuram ajuda e apoio emocional. Eles agem com respeito,
de forma anônima e guardam com sigilo tudo que é dito.
No link a seguir, as pessoas conseguem pesquisar todos os postos de atendimento presencial do país:
https://www.cvv.org.br/postos-de-atendimento/
Há a opção do atendimento realizado por telefone de qualquer localidade do território nacional disponível
24 horas: 188
Há também a opção de conversa por meio de um chat disponível no site do CVV, porém ele não é 24 horas,
deve-se atentar aos dias e horários disponíveis: https://www.cvv.org.br/chat/
E-mail: https://www.cvv.org.br/e-mail/
2. Nem sempre os sintomas são aparentes
Muitas pessoas aparentam em suas redes sociais que suas vidas são perfeitas, lindas e alegres,
quando na realidade, ocorre o oposto. Por isso, deve-se compreender que nem todos os quadros de
depressão são facilmente notados.
De acordo com a psiquiatra especialista em crianças e adolescentes responsável pelo Programa de
Transtornos Afetivos na Infância e na Adolescência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
(USP), Lee Fu, os adolescentes são um público vulnerável porque ainda estão adquirindo alternativas para
lidar com a vida e têm mais frustrações, por isso, o que acontece na escola tem importância e não pode
ser negligenciado.
Resumindo em tópicos, observar alguns comportamentos pode auxiliar na identificação do quadro
de depressão na infância e na adolescência, como: mudança de comportamento, prazer somente no
mundo virtual, ausência de planos para o futuro, ideação suicida e queda no rendimento escolar. Porém,
deve-se procurar apoio profissional para diferenciar se são características da personalidade ou sintomas
próprios da doença.
Prevenção e tratamento
Segundo a psiquiatra Lee Fu, a depressão é como alergia, uma vez desenvolvida ela pode voltar,
só não se sabe quando. Além disso, deve-se entender que nem todos os casos são medicamentosos. Nos
quadros depressivos leves, por exemplo, há a indicação de psicoterapia para o paciente e para os familiares
próximos. E quando há necessidade da utilização de medicamentos, deve haver cautela e
acompanhamento para ajuste das doses.
Autorreflexão
Você se identifica com qual personagem do livro? Por quê?
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Isso te deixa feliz ou te traz frustração? Por quê?
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O que você faria para mudar a vida dessa personagem?
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3. ____________________________________________________________________________________
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O que você faria para mudar a sua vida?
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Recado intrigante
Assim como o pequeno Gustavo, crianças, adolescentes e até adultos costumam culpar seus pais
pelos problemas que enfrentam ao longo de suas vidas: "Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo,
são crianças como você..." esse trecho da música do Legião Urbana traz algumas reflexões à tona:
- Os pais sentem culpa por não serem “perfeitos” e tentam amenizar sua ausência comprando presentes
caros e tudo o que não tiveram materialmente, mas deixam de lado o mais importante, o amor, o carinho,
a conversa olho no olho. Isso acarreta em uma geração que não sabe lidar com frustrações, que está
acostumada a ter tudo com facilidade, portanto não valoriza aquilo que tem e ainda, o mais complicado,
pessoas que são frágeis emocionalmente e que em momentos de dificuldade entram em depressão e em
alguns casos, acabam tirando suas próprias vidas. Enfim, os pais devem: aplicar o autoperdão e
compreender que desempenham seu papel da melhor forma possível; mesmo que seja escasso, reservar
um tempo de qualidade para seus filhos; conversar olho no olho e ser amigo construindo uma relação
sincera para criar um vínculo de confiança; conquistar o respeito de seus filhos, mas deve-se lembrar que
o respeito só pode ser conquistado a partir do momento em que não existe culpa.
- Os filhos sentem que seus pais não lhe dão atenção suficiente e ficam perdidos. Muitas vezes, não
conseguem confiar em ninguém, então ficam depressivos e vão se isolando do convívio familiar, por isso,
é tão importante que eles compreendam que seus pais também são seres humanos passíveis de erros e
que eles não têm culpa por tudo o que lhes acontece.
Análise
Você conhece a criança ou o adolescente que está ao seu lado? Sabe sobre seus gostos, suas
amizades, série favorita, o que gosta de comer e o tipo de música que ouve?
Atividades diárias
Faça o possível para criar uma rotina que proporcione bem-estar a você e a todos do seu convívio.
Isso não é uma tarefa fácil, nem simples, mas lembre-se que é extremamente necessária. Cada família
tem sua realidade e cada indivíduo tem suas particularidades, isso torna a tarefa mais desafiadora, mas
deve-se ter consciência de que encontrar um equilíbrio entre os afazeres e os momentos de lazer ao lado
de pessoas especiais pode fazer toda a diferença!
Além disso, saiba que escrever, pintar, desenhar, dançar, tocar um instrumento musical, ler um livro,
assistir a uma série, entre outras atividades, ajudam a diminuir a tensão por meio da diversão! Então,
incentive os jovens a fazerem algo que realmente gostem, isso vai fazer com que eles fiquem mais alegres
4. e criativos. Faça-os compreender que existe vida além das redes sociais, leve-os para o contato com a
natureza. Sugira que escrevam um diário, algo que seja só deles. E juntos façam planos para o futuro,
criando caminhos para a realização de todos aqueles sonhos.
Referências
OMS: Quase 800 mil pessoas se suicidam por ano. Disponível em: https://nacoesunidas.org/oms-quase-
800-mil-pessoas-se-suicidam-por-ano/ Acesso em: 30 de agosto de 2019.
Setembro Amarelo. Disponível em: http://www.setembroamarelo.org.br/ Acesso em: 30 de agosto de
2019.
Centro de Valorização da Vida. Disponível em: https://www.cvv.org.br/ Acesso em: 30 de agosto de 2019.
Depressão infantil e na adolescência. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-
2/depressao-infantil-e-na-adolescencia-entrevista/ Acesso em: 30 de agosto de 2019.
Sinais que podem identificar depressão nos adolescentes. Disponível em:
https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2019/01/os-sinais-que-podem-identificar-depressao-nos-
adolescentes.html Acesso em: 30 de agosto de 2019.
Depressão. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/depressao/ Acesso em:
30 de agosto de 2019.
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: UM MANUAL PARA PROFISSIONAIS DA MÍDIA, ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DA SAÚDE, DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL TRANSTORNOS MENTAIS E
COMPORTAMENTAIS, Genebra, 2000.
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: UM RECURSO PARA CONSELHEIROS, Departamento de Saúde Mental e
de Abuso de Substâncias, Gestão de Perturbações Mentais e de Doenças do Sistema Nervoso,
Organização Mundial de Saúde – OMS, Genebra, 2006.
Falando abertamente sobre suicídio. Programa de Prevenção do Suicídio e Apoio Emocional. CVV –
Centro de Valorização da Vida.
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