O documento descreve os principais projetos de desenvolvimento realizados na Amazônia brasileira a partir da década de 1950, incluindo a criação do Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia em 1954, visando converter a população extrativista em agricultores e estabelecer uma economia rentável. Detalha alguns grandes projetos como o Albrás-Alunorte, Ferro-Carajás e a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, focados respectivamente na produção de alumínio, exploração
2. AMAZÔNIA TORNA-SE UMA REGIÃOPROGRAMA
A partir da década de 1950 houve, no Brasil, a
consciência de que o Pará e a Amazônia não
deviam mais ficar isolados do resto do país. A
Amazônia, por sua enorme riqueza natural,
começou a ser cobiçada por alguns países, que
defendiam a tese de que a Amazônia era um
patrimônio extraordinário, não explorado, e que
devia ser internacionalizada: desta forma, um
conjunto de países poderia supostamente
gerenciar os recursos naturais da Amazônia. É
assim que o Governo Federal teve a idéia de
implantar um desenvolvimento planejado para a
região.
3.
Para desenvolver a Amazônia, marcar a presença
do governo federal na região e protegê-la da cobiça
internacional, foi criada a Superintendência do
Plano de Valorização Econômica da
Amazônia (SPVA), em 1954. Foi a primeira
experiência no país de um plano governamental
visando a valorização de uma região. Com
o Primeiro Plano Quinquenal (1955-59), o governo
federal queria constituir uma economia rentável e
estável na região e converter a população
extrativista numa sociedade assentada em uma
economia de base agrícola.
4. OS GRANDES PROJETOS
Os Planos de Desenvolvimento para a região
amazônica faziam parte da ideologia da ditadura
militar no Brasil; uma “ideologia do
desenvolvimento”
Projeto ALBRAS-ALUNORTE
O Projeto Albras/Alunorte localiza-se no município de
Barcarena e está voltado para a produção industrial
de alumínio a partir das jazidas de bauxita do rio
Trombetas (município de Oriximiná, Estado do
Pará).
5. O início da implantação da
ALBRÁS/ALUNORTE foi dirigida
pela Companhia Vale do Rio
Doce (CVRD) que comunicou ao
governo do Pará sobre o projeto
destinado à produção de alumina e
alumínio tendo como sócios
empresários japoneses que
investiram no projeto.
Na região de influência do Projeto Albrás-Alunorte, nas
redondezas do município de Barcarena, ocorre com freqüência
danos ao meio ambiente, como os casos de poluição do rio
Murucupi, situado no município de Barcarena, que geraram
envenenamento em suas águas, em decorrência de poluição
provocada pela Alunorte, o que atingiu diretamente o meio
ambiente e pescadores e ribeirinhos e suas relações de trabalho,
a pesca, já que provocou a morte de várias espécies de peixes
no rio.
6. PROJETO FERRO-CARAJÁS.
O Projeto Ferro-Carajás corresponde a exploração
da região, localizada no Brasil, muito significativa
em termos de riquezas minerais; uma das mais
importante do mundo. Abrange o sudoeste do Pará,
o norte de Tocantins e o oeste do Maranhão. O
ferro ocupava, na época do início da implantação
do projeto, o terceiro lugar na pauta dos produtos
de exportação do Brasil. Daí vem a importância de
Carajás e da sua Estrada de Ferro Carajás; esta
última construída na década de 80, uma obra de
900 km, através da floresta.
7.
8. A USINA HIDRELÉTRICA DE TUCURUÍ (UHT)
A Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT) foi
construída pela Eletronorte no rio Tocantins, na
mesorregião do Sudeste Paraense, a treze
quilômetros de Tucuruí e a cerca de 350
quilômetros de Belém.
Rio Tocantins antes da formação do lago
(16/06/1984). Imagem do Satélite
Landsat.
9. Rio Tocantins após a formação do lago (22/06/1992).
Imagem do Satélite Landsat.