Comunicação e gestos: rápidas considerações sobre ouvintes filhos de surdos e...
2 sobre a libras e a linguística
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Para usar trechos deste capítulo use a referência a seguir:
LOURENÇO, K.R.C.; MEIRELES, A.R.A.D.C.;. In: LOURENÇO, Katia Regina Conrad. Apostila para
Proficiência em Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS, Falando com as Mãos e Ouvindo com os Olhos.
Caraguatatuba: Instituto Modelo de Ensino Superior de Caçapava – IMOESC, 2012. Cap.02, p. 14-60.
2. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A LINGUÍSTICA
Esta unidade tem como propósito pesquisar e estudar como funciona essa língua, de onde
vem essa língua (origem) e buscar os fundamentos dos elementos linguísticos da língua de sinais,
visando o leitor não conectado com os estudos linguísticos das línguas de sinais. Entender a
diferença entre a língua de sinais e Língua Portuguesa; fortalecer o reconhecimento da LIBRAS como
língua natural dos Surdos; abranger os conhecimentos teóricos e práticos dos aspectos gramaticais
e semânticos da LIBRAS. Ao final desta unidade teremos noção do vocabulário básico da Língua
Brasileira de Sinais.
2.1. Introdução a Gramática da LIBRAS
2.1.1 VAMOS CONHECER A LÍNGUA DE SINAIS COMO LÍNGUA NATURAL!
O incrível potencial linguista William Stokoe, escocês (citado na unidade 1, na história),
trabalhava nos Estados Unidos. Em 1955, trabalhou como professor e chefe de Departamento de
Inglês do Gallaudet College, atualmente conhecido como Gallaudet University, que é uma
Universidade para Surdos. Ele não tinha conhecimento a respeito da ASL (Língua de Sinais
Americana), a partir de seu trabalho nesse colégio, aprofundou seu conhecimento linguístico nas
línguas de sinais descobrindo os aspectos e valores linguísticos (fonologia, morfologia, sintaxe,
semântica e pragmática) dos demais idiomas orais-auditivos como o Inglês, o Francês, também
nestas línguas de modalidade visoespacial.
Os autores Veloso e Filho reconhecem tais investigações de Stokoe:
A publicação de sua obra, foi fundamental na mudança da percepção da ASL como
uma versão simplificada ou incompleta do inglês para o de uma complexa e
próspera língua natural, com uma sintaxe e gramática independentes, funcionais e
poderosas como qualquer língua falada no mundo. Ele levantou o prestígio da ASL
nos círculos acadêmicos e pedagógicos, provando que ela tinha valor linguístico
semelhante às línguas orais e que cumpria as mesmas funções, com possibilidades
de expressão em qualquer nível de abstração. (VELOSO e MAIA , 2011, p.47)
Segundo a palavra de Brito,
As Línguas de Sinais são línguas naturais porque, como as línguas orais, surgiram
espontaneamente da interação entre pessoas e porque, devido à sua estrutura,
permitem a expressão de qualquer conceito – descritivo, emotivo, racional, literal,
metafórico, concreto, abstrato – enfim, permitem a expressão de qualquer
significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano.
(1997, p. 19)
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Proficiência em Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS, Falando com as Mãos e Ouvindo com os Olhos.
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Infelizmente muitas pessoas a vêem como uma língua restrita e limitada ao
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo do Surdo. Pensam o Surdo como um deficiente.
Pesquisas apontam que a língua de sinais não prejudica o desenvolvimento e enfatizam que essa
língua possui valores e elementos linguísticos,
As línguas de sinais são, portanto, consideradas pela linguística como línguas
naturais ou como um sistema linguístico legítimo e não como um problema do
surdo ou como uma patologia da linguagem. Stokoe, em 1960, percebeu e
comprovou que a língua dos sinais atendia a todos os critérios linguísticos de uma
língua genuína, no léxico, na sintaxe e na capacidade de gerar uma quantidade
infinita de sentenças. (QUADROS E KARNOPP, 2004, p.30)
Corroborando com as autoras, VELOSO E FILHO (2011) afirmam que trata-se de uma língua
como qualquer outra, “sendo comparável em complexidade, expressividade e possui seus valores e
aspectos gramaticais diferenciados das outras línguas” (p.13).
A língua de sinais inclui valores linguísticos que apresentam a estrutura, aquisição, uso e
funcionamento como quaisquer outras línguas, todas possuem aspectos gramaticais e semânticos.
A língua de sinais é uma língua extremamente rica, completa e viva.
A língua é “viva” porque os conhecimentos linguísticos da LIBRAS pelos Surdos se evoluem
muito a cada dia. Eles procuram valorizar e aprimorar a língua utilizando todos os recursos
linguísticos como poesia, diálogo, teatro e entre outros com a ajuda das novas tecnologias (mídia).
A autora Felipe (1997, pg. 81) argumenta que: “Como toda língua, as línguas de Sinais aumentam
seus vocabulários com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta a
mudanças culturais e tecnológicas”.
Os autores Pimenta e Quadros (2009),
abordam um ponto importante sobre a realidade que
acontece no Brasil a respeito das mudanças de sinais.
Pimenta empregou a frase: “Os sinais mudam na
história”. Ou como ele mesmo nos esclarece:
Assim como as palavras das línguas faladas, os sinais
das línguas de sinais mudam com o tempo. Os sinais
que nossos avós surdos usavam não são
necessariamente os mesmos usados hoje pelos
surdos brasileiros. Esse fenômeno é chamado de
variação cronológica. Os surdos mais velhos usam
alguns sinais que caíram em desuso ou foram
transformados em novos sinais. Sinais que podem
ter modificado na forma por razoes que são
determinadas pela própria linguística. (PIMENTA e
QUADROS, 2009, p.60)
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Fonte: PIMENTA, Nelson, QUADROS, Ronice Muller, 2009
2.2.1. LIBRAS É LINGUAGEM OU LÍNGUA?
Será que o conceito de linguagem e de língua não são os mesmos? Muitas pessoas
confundem e não conseguem entender bem essa diferença.
A língua é um conjunto do vocabulário de um idioma, de suas normas gramaticais
(estruturas), ou seja, conjunto de vários elementos linguísticos que se transformam o domínio da
língua. A linguagem é capacidade que o homem possui para se comunicar, expressar seus
sentimentos e pensamentos, são vários tipos de linguagem que pode apresentar tais como:
linguagem artística, linguagem escrita, linguagem falada e entre outras linguagens.
As autoras Quadros e Karnopp buscaram conhecimento com mais clareza a importância
dessa diferença, destaca-se:
As pessoas frequentemente usam a palavra linguagem em uma variedade de
sentidos: linguagem musical, linguagem corporal, linguagem das abelhas, entre
outras possibilidades. [...] utiliza essa palavra para significar o sistema linguístico
que é geneticamente determinado para desenvolver-se nos humanos. Os seres
humanos podem utilizar uma língua de acordo com a modalidade de percepção e
produção desta: modalidade oral-auditiva (português, francês, inglês, etc.) ou
modalidade visuoespacial (língua de sinais brasileira, língua de sinais americana,
língua de sinais francesa, etc.). [então, definindo língua e linguagem] Sabe-se que
para vocábulo inglês language encontram-se, no português, dois vocábulos: língua e
linguagem. A diferença entre as duas palavras está correlacionada, até certo ponto,
com a diferença entre os dois sentidos da palavra inglesa language. A palavra
linguagem aplica-se não apenas às línguas português, inglês, espanhol, mas a uma
série de outros sistemas de comunicação, notação ou cálculo, que são sistemas
artificiais ou não naturais. Por exemplo, em português, a palavra linguagem é usada
como referência à linguagem geral, e a palavra língua aplica-se às diferentes
línguas. O vocábulo linguagem, em português , é mais abrangente que o vocábulo
língua, não só porque é usado para se referir às linguagens em geral, mas também
porque é aplicado aos sistemas de comunicação, sejam naturais ou artificiais,
humanos ou não. (QUADROS e KARNOPP, 2004, p.24)
Completando, no dicionário Mini Aurélio apresenta que a língua é usada por um povo ou por
nação, é conjunto de regras da sua gramática. A linguagem, o uso da palavra articulada ou escrita
como meio de expressão e de comunicação entre pessoas.
Portanto NÃO DIGA: linguagem de/dos sinais;
DIGA SIM: língua de sinais ou Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
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2.2.2. QUAL A DIFERENÇA ENTRE GESTOS E SINAIS?
É interessante notar que há diferença entre simples gestos e sinais. Pelo uso de gestos
cotidiano na cultura ouvinte, as pessoas acabam pensando que a LIBRAS é construída por mímicas.
Pimenta e Quadros (2007) asseguram que pelo fato da mímica e do gesto serem de uma
modalidade visual-espacial, as pessoas acabam confundindo. A diferença consiste especialmente na
presença de regras e valores linguísticos que somente a LIBRAS possui.
A língua de sinais também é produzida com gestos, quase do mesmo jeito que os
gestos são produzidos com as línguas faladas. A diferença está no fato dos gestos
usarem as mãos, o corpo e as expressões faciais que, também, são usados para
produzirem os sinais. Os sinais são palavras, não são gestos. Na língua de sinais
brasileira, temos vistos vários elementos gramaticais que não fazem parte de uma
produção gestual. Por outro lado, quando os sinais são produzidos, pode haver,
também, a produção de gestos. (2009, p.104)
Os estudos linguísticos já analisaram os diferentes elementos que faz parte da LIBRAS que
apresentam os níveis gramaticais como quaisquer línguas. Os gestos e mímicas podem fazer parte
da língua de sinais, mas como um complemento.
2.2.3. A LIBRAS É UMA LÍNGUA UNIVERSAL?
Os sujeitos ouvintes sempre questionam se a LIBRAS é uma língua universal. Acreditam que
a aprendizagem dessa língua possibilita a comunicação com surdos de outros países.
As línguas de sinais não são universais, cada língua de sinais tem sua própria
estrutura gramatical. Assim como as pessoas ouvintes em países diferentes falam
diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão
inseridos em “culturas surdas”, possuem suas próprias línguas, existindo portanto
muitas línguas de sinais diferentes, como: língua de sinais francesa, chilena,
portuguesa, americana, argentina, venezuelana, peruana, portuguesa, inglesa,
italiana, japonesa, chinesa, uruguaia, russa, urubus-kaapor, citando apenas
algumas. Essas línguas são diferentes uma das outras e independem das línguas
orais-auditivas utilizadas nesses e em outros países. Por exemplo: O Brasil e
Portugal possuem a mesma língua oficial, o português, mas as línguas de sinais
desses países são diferentes, o mesmo acontece com os Estados Unidos e a
Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que uma mesma língua de sinais
seja utilizada por dois países, como é o caso da língua de sinais americana que é
usada pelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá. (FELIPE, 1997, p.81-82)
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De acordo com Pereira (2011) não existe uma língua natural que seja universal; mas existem
línguas “artificiais” que são criadas e usadas em conversação de Surdos que não são do mesmo país,
ou seja, que têm línguas diferentes. Como aconteceu com o gestuno. Uma língua artificial, criada
com a finalidade de possibilitar a comunicação entre pessoas Surdas de diferentes países.
2.2.4. DE ONDE VEM ESSA LÍNGUA? QUAL SUA ORIGEM ?
Primeiro é preciso entender um pouco da história de onde começou. No ano de 1855, como
vimos no item 1.1 da historicidade, o imperador do Brasil Dom Pedro II solicitou da França a vinda
do Professor Mestre Hernest Huet, com surdez congênita. Em 1857 fundou-se o atualmente
chamado Instituto de Educação dos Surdos – INES .
O INES é referência nacional na Educação dos Surdos, tendo iniciado com o ensino da língua
de sinais de origem francesa. Huet observou a realidade brasileira, aprimorando e criando novos
sinais, dando origem a nova língua de sinais brasileira.. De acordo com Veloso e Filho: “em 1875, um
ex-aluno do INES, Flausino José da Gama, aos 18 anos, publicou ‘Iconografia dos Sinais dos Surdos’,
ou seja, a criação dos símbolos, o primeiro dicionário de língua de sinais no Brasil” (2011, p.41).
2.2.5. A LÍNGUA DE SINAIS SUBSTITUI A LÍNGUA PORTUGUESA?
Muitos pensam que a língua de sinais substitui a modalidade da Língua Portuguesa, a
resposta é que não tem como substituir, pois possui dois aspectos gramaticais diferenciados. A
Língua Portuguesa utiliza canal oral-auditiva e a língua de sinais utiliza canal visual-espacial, acabam
articulando-se espacialmente e são abrangidas visualmente, proporciona os aspectos linguísticos
como fonológicos, morfológicos, sintáticos para obter os significados e significantes da língua de
sinais.
Brito defende que gramaticalmente as línguas de sinais e as línguas orais são
“intrinsecamente as mesmas”, pois ambas:
[...] usam a produtividade como meio de estruturar novas formas a partir de outras
já existentes, estruturam suas sentenças a partir dos mesmos tipos de constituintes
e categorias linguísticas, suas sentenças são
estruturadas sempre em torno de um núcleo com
valência, isto é, o núcleo que requer os argumentos
(complementos) necessários para a completude do
significado que veicula. (BRITO, 1997, p.21-22)
Contudo, tratando de aspectos gramaticais e semânticos
(significado) de uma língua, precisamos relembrar o que foi estudado
no capítulo anterior sobre língua e cultura. A língua é (com sua
organização e estruturação) a expressão da cultura de um
determinado povo. É através da língua natural (materna) que este
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povo melhor expressará suas ideias, conceitos, conhecimentos de mundo.
Portanto, uma língua não pode jamais substituir a outra. Ainda que o Surdo aprenda a
Língua Portuguesa, esta será sua segunda língua, usará para preencher documentos, produzir
redações e publicações; especialmente tratando-se da modalidade escrita da tal língua. A língua de
sinais, contudo, continuará sempre sendo sua língua natural, a língua pela qual melhor conseguirá
se fazer entender, expor suas vontades, ideias e também a que melhor compreenderá o mundo a
sua volta, pois somente a LIBRAS é capaz de corresponder sua cultura visual.
3. ASPECTOS GRAMATICAIS DA LIBRAS
Para entender bem a gramática da LIBRAS já estudamos a noção básica dos valores
linguísticos, a origem da língua, a língua natural, a diferença entre língua de sinais e Língua
Portuguesa. Agora, nós vamos aprender os aspectos gramaticais que a língua de sinais possui. De
acordo com Brito (1997, p.23):
A LIBRAS é dotada de uma gramática constituída a partir de elementos
constitutivos das palavras ou itens lexicais e de um léxico (o conjunto das palavras
da língua) que se estruturam a partir de mecanismos morfológicos, sintáticos e
semânticos que apresentam especificidade, mas segue também princípios básicos
gerais. Estes são usados na geração de estruturas linguísticas de forma produtiva,
possibilitando a produção de um número finito de regras. É dotada também de
componentes pragmáticos convencionais, codificados no léxico e nas estruturas da
LIBRAS e de princípios pragmáticos que permitem a geração de implícitos sentidos
metafóricos, ironias e outros significados não literais. Estes princípios regem
também o uso adequado das estruturas linguísticas da LIBRAS, isto é, permitem aos
seus usuários usar estruturas nos diferentes contextos que se lhes apresentam, de
forma a corresponder as diversas funções linguísticas que emergem da interação do
dia a dia e de outros tipos de uso da língua.
Para facilitar a compreensão da teoria gramatical da LIBRAS, inicialmente iremos conhecer o
Sistema de Transcrição para a LIBRAS, já utilizado pelo Grupo de Pesquisas da FENEIS apresentado
no livro LIBRAS em Contexto (1997) e pelas autoras Quadros e Karnopp no livro Língua de Sinais
Brasileira – Estudos Línguisticos (2004).
Os pesquisadores de língua de sinais em outros países e aqui no Brasil pesquisaram sobre o
Sistema de Transcrição. Utilizam essa terminologia, pois as palavras de uma língua oral-auditiva são
usadas para representar os sinais. A LIBRAS apresentará os seguintes aspectos:
1 – Sinais da LIBRAS – Os itens lexicais (palavras)da Língua Portuguesa são apresentadas em
letras maiúsculas para representar os sinais da LIBRAS.
Exemplos:
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BRINCAR
CIRCO
RIR
PALHAÇO
2 – Um sinal (sinal único) – quando um sinal é representado por duas ou mais palavras da
Língua Portuguesa, utiliza-se as palavras correspondentes separadas por hífen.
Exemplos:
SABER-NÃO
CORTAR-CABELO
PRECISAR-NÃO
3 – Sinal Composto – para expressar um único significado utiliza-se dois ou mais sinais; na
transcrição utiliza-se as palavras separadas pelo símbolo ^.
Exemplos:
MULHER^BENÇÃO Mãe
CAVALO^LISTRA Zebra
4 – Datilologia (alfabeto manual) – serve para soletrar o nome de pessoas, de localidades e
outras palavras que não possuem sinal, palavra separada, letra por letra por hífen.
Exemplos:
M-U-R-I-L-O
I-T-A-L-I-A
P-I-E-T-R-O
5 – Sinal Soletrado – ou soletração rítmica uliliza-se tambem a datilologia da LIBRAS; mas
para empréstimos linguísticos da Língua Portuguesa. Ou seja, as letras (ou algumas delas) são
soletradas para representar o sinal. Para esse sistema de transcrição utiliza-se o a fonte itálico..
Exemplos:
N-U-N-C-A (nunca)
D-R (doutor)
A-H-O (alho)
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6 – Gênero (masculino/feminino) e Número (plural) – na língua de sinais não possui
desinências para gênero e número. A Língua Portuguesa possui essas marcas, está terminado com o
símbolo @.
Exemplos:
EL@ [ele(s), ela(s)]
AMIG@ [amigo(s), amiga(s)]
FILH@ [filho(s), filha(s)]
7 – Os traços não-manuais (expressões faciais/corporais) utilizadas simultaneamente com os
sinais de LIBRAS. A sua transcrição é representada,
Conforme o tipo de frase; por: interrogativa ou ... i ..., negativa ou ... neg ...
Lembrando que para simplificação, a representação das frases nas formas exclamativas e
interrogativas, poderão ser utilizados os sinais de pontuação utilizados na escrita da Língua
Portuguesa, ou seja ?,!.
Conforme advérbio de modo ou um Intensificador; por: muito; rapidamente;
exp.f“espantado”;
Pelo fato da LIBRAS ser uma língua visual-espacial houve a necessidade de conhecer
primeiramente, seu sistema de transcrição1
.
Em seguida, daremos continuidade aos aspectos gramaticais da língua de sinais: fonológico,
morfológico e sintaxe.
3.2. Aspectos Fonológicos
A LIBRAS tem sua estrutura gramatical constituída a partir de alguns parâmetros que
sistematizam sua formação nos diferentes níveis linguísticos.
O sinal é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um
determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte
do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Essas articulações das mãos, que
podem ser comparadas aos fonemas e às vezes aos morfemas, são chamadas de
parâmetros.FELIPE, 1998, p. 84
São cinco parâmetros encontrados da Língua de Sinais:
1 – Configuração das Mãos (CM)
São as formas de usar as mãos que podem ser da datilologia (alfabeto digital/manual) e o
seu conjunto de configurações das mãos.
1
Se esse conteúdo despertou seu interesse, você poderá encontrá-lo na integra no livro LIBRAS em Contexto
(FELIPE,1997) e Língua de Sinais Brasileira – Estudos Línguisticos (QUADROS E KARNOPP 2004)
9. Acesse: www.acessolibras.com 22
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2 – Ponto de Articulação (PA) ou Locação (L)
É um ponto onde se marca na área do corpo,
“ou no espaço de articulação definido pelo corpo,
em que ou perto da qual o sinal é articulado”
(QUADROS e KARNOPP, 2004, p.57). “Os sinais
TRABALHAR, BRINCAR, CONSERTAR são feitos nos
espaço neutro e os sinais ESQUECER, APRENDER E
PENSAR são feitos na testa” (FELIPE, 1998, p.84).
3 – Movimento (M)
Alguns sinais podem ter movimento ou não,
que nada mais é que o deslocamento da mão no
espaço. Por exemplo: os sinais como APRENDER,
FALAR,
PENSAR têm movimento e outros sinais como EM-PÉ, CALAR,
TI@ não têm movimento.
4 – Orientação (Or)
São os sinais que produzem a direção, “os sinais
podem ter uma direção e a inversão desta pode significar ideia
de oposição, contrário ou concordância número-pessoal,
como os sinais QUERER E QUERER-NÃO; IR E VIR (FELIPE,
1998, p.84).
5 – Expressão Facial e/ou Corporal (EF/C)
As expressões faciais e corporais são fundamentais para compreensão da língua de sinais, ou
seja, a definição, o sentido do sinal da LIBRAS, depende dessas expressões. “É importante destacar
que a expressão facial e corporal seja realizada de uma forma natural e não artificial. Há pessoas
que exageram demais nessas expressões, dificultando a compreensão pelo Surdo.” (MEIRELES,
2012. Depoimento)
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Quadros (2004) explica que as expressões não- manuais criam os sentidos da compreensão
da Língua de Sinais e também diferenciação dos significados dos sinais. Tais investigações como:
As expressões não-manuais (movimento da fase, dos olhos, da cabeça ou do
tronco) prestam-se a dois papéis nas línguas de sinais: marcação de construções
sintáticas e diferenciação de itens lexicais. As expressões não-manuais que têm
função sintática marcam sentenças interrogativas sim-não, interrogativas QU-,
orações relativas, topicalizações, concordância e foco [...]
Concluindo, todos os sinais precisam usar todos os parâmetros ou menos, dependendo da
contextualização que pode expressar de uma maneira mais clara e objetiva. A pragmática é o
estudo da linguagem em uso (contexto) e também dos princípios de comunicação. Adiantando-se:
A pragmática envolve as relações entre a linguagem e o contexto. É uma área que
inclui os estudos da dêixis (utilização de elementos da linguagem através da
demonstração – indicação -, que envolve basicamente os pronomes), das
pressuposições (inferências e antecipações com base no que foi dito), dos atos de
fala (como se organizam os atos de fala e quais as condições que observam), das
implicaturas (as coisas que estão subentendidas nas entrelinhas, incluindo o
significado que não foi dito explicitamente) e dos aspectos da estrutura
conversacional (a estrutura das conversas entre duas ou mais pessoas e a
organização da tomada de turnos durante a conversação). (QUADROS e KARNOPP,
2004, p.22-23).
3.3. Aspectos Morfológicos
Morfologia é parte da linguística que representa os processos de formação de palavras.
Assim como a LIBRAS propõe com um significado (lexical) e utilizando com recursos que possibilitam
a ideia de novos sinais. As autoras Quadros e Karnopp descrevem: “Morfologia é o estudo da
estrutura interna das palavras ou dos sinais, assim como das regras que determinam a formação das
palavras. A palavra morfema deriva do grego morphé, que significa forma. Os morfemas são as
unidades mínimas de significado”. (2004, p.86)
Como já notamos anteriormente, na língua de sinais, os sinais são formados a partir dos usos
de cinco parâmetros e também uma série de outros sinais que constitui a formação dos processos
de derivação (1), composição (2) ou empréstimos de Língua Portuguesa (3). Conforme aponta Klima
e Bellugi (1979 apud Pereira, 2011), nas línguas orais, as palavras podem ser formadas pela adição
de um prefixo ou sufixo a uma raiz; nas línguas de sinais a raiz (sinal) é frequentemente enriquecida
com vários movimentos e contornos no espaço de sinalização, como expressões faciais/ corporais e
classificadores (4).
Para entender melhor, vamos conhecer alguns exemplos:
(1) Processos de derivação:
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Verbo Nome de verbo
SENTAR CADEIRA
OUVIR OUVINTE
PENTEAR PENTE
TELEFONAR TELEFONE
PERFUMAR PERFUME
(2) Composição:
Língua Portuguesa Composição dos Sinais
Escola CASA^ESTUDAR
Zebra CAVALO^LISTRAS
Igreja CASA^CRUZ
Açogueiro HOMEM^CARNE^VENDER
(3) Empréstimos linguísticos:
Língua Portuguesa Sinal da LIBRAS
Alho A-H-O
Ilha I-H-A
Nunca N-U-N-C-A
Azul A-L
Maio M-I-O
(4) O Classificador é um elemento da língua de sinais que tem como função “classificar”
genericamente alguma classe (PIMENTA e QUADROS, 2007). Na língua de sinais, os classificadores
são formas representadas por configurações de mão relacionadas aos objetos, pessoas e animais
para descrever suas respectivas formas. Em uma sentença os classificadores funcionam também
como partes dos verbos de movimento ou de localização; que faz parte das funções gramaticais e
facilita a construir sua estrutura sintática, com recursos corporais que possibilitam profundas
relações gramaticais (PARANÁ, 1998). Nas contações de histórias, recitar de poemas entre outros, o
uso de classificadores intensifica tais narrativas deixando-as mais atrativas.
3.4. Sintaxe
Este estudo trata da estruturação de frases. De acordo com PARANÁ (1998) as frases em
LIBRAS não podem ser estruturadas como as frases em Português, pois ela tem gramática
diferenciada e independente.
A estrutura da frase nada mais é do que como se estrutura o pensamento, as ideias de um
Surdo, baseada em sua percepção visual-espacial da realidade. O ouvinte tem como principal
elemento da frase o sujeito, depois então ele cita o verbo, a ação e, por último, o objeto (S-V-O).
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Proficiência em Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS, Falando com as Mãos e Ouvindo com os Olhos.
Caraguatatuba: Instituto Modelo de Ensino Superior de Caçapava – IMOESC, 2012. Cap.02, p. 14-60.
No caso dos Surdos o foco sempre será o objeto. Os Surdos não mais diretos e tem sua
percepção do meio sempre na seguinte estrutura: primeiro ele vêem o objeto, em seguida apontam
para o sujeito e então finaliza com a ação, que é o verbo (O-S-V).
Por exemplo:
Português LIBRAS
Eu gosto de chocolate. CHOCOLATE EU GOSTAR.
Quantos anos você tem? IDADE VOCÊ ...i...
Temos ainda como estrutura sintática os tipos de frases. Para produzirmos uma frase LIBRAS
é imprescindível o uso de expressões faciais / corporais feitas simultaneamente.
Afirmativa: Expressão facial neutra.
Interrogativa: sobrancelhas franzidas e cabeça inclinada para cima.
Exclamativa: sobrancelhas elevadas com movimento da cabeça para cima e para
baixo.
Negativa: pode ser feita com sinais próprios de negação, que já significam a negação,
como NÃO-TER, GOSTAR-NÃO; poder ser feito com sinal neutro e simultaneamente
movimento negativo com a cabeça como os sinais CONHECER ou ENTENDER usados
junto com a expressão facial negativa.
Outra questão em sintaxe de suma importante é a noção temporal. A LIBRAS não conjuga
seus verbos, portanto, para expressar o tempo em que se situa o contexto da frase utiliza-se o
advérbio de tempo como presente (agora/hoje), passado (ontem/há muito tempo/já) ou futuro
(amanhã/futuro/depois/próximo). Exemplo:
Português LIBRAS
Hoje vou a sua casa. HOJE CASA SUA EU-IR ou V-O-U
Ela comprou uma casa. CASA EL@ COMPRAR (JÁ)
Amanhã irei comprar chocolate. AMANHÃ CHOCOLATE EU COMPRAR
3.3 – Vocabulário Básico da LIBRAS
Agora sim vamos FINALMENTE aprender alguns sinais da LIBRAS, a começar pela Datilologia
(Alfabeto Datilológico):
A LIBRAS não possui as
mesmas regras da
Língua Portuguesa,
assim, não são usados
artigos, preposições,
conjunções, entre
outros elementos.
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SAIBA MAIS:
De acordo com a história da educação dos surdos, o primeiro alfabeto em língua de
sinais foi na França.
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As línguas de sinais, em sua maioria, derivaram deste alfabeto e da língua de sinais da
França, criada logo após.
A Datilologia, Alfabeto Manual da língua de sinais não pertence diretamente à
LIBRAS, é na realidade uma ponte entre a língua de sinais e as línguas orais auditivas.
IDENTIDADE PESSOAL
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
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CUMPRIMENTOS / BOAS MANEIRAS
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
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OI (juntar os dois sinais: o + i) BOM DIA
BOA TARDE BOA NOITE
TUDO BEM (pergunta ou resposta) COM LICENÇA
OBRIGADO DE NADA
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DESCULPA TCHAU
PRAZER EM CONHECER
CALENDÁRIO – NOÇÕES DE TEMPO
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
DIA SEMANA
SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA
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QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA
SEXTA-FEIRA SÁBADO
DOMINGO MÊS
JANEIRO FEVEREIRO
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MARÇO ABRIL
MAIO JUNHO
JULHO AGOSTO
SETEMBRO OUTUBRO
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NOVEMBRO DEZEMBRO
PASSADO PRESENTE
FUTURO ANTEONTEM
ONTEM HOJE
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AMANHÃ
ANTES DEPOIS
ANO
PESSOAS E FAMÍLIA
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
HOMEM MULHER
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JOVEM CRIANÇA
MENIN@
BEBE
VELHO / IDOSO AMIG@
FAMÍLIA
ESPOS@
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MÃE PAI
FILH@ IRM@
TI@ AV@
CASA E OUTROS
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
BANHEIRO CADEIRA
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CASA COLHER
COPO COZINHA
FACA GARAGEM
GARFO JANELA
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GELADEIRA
MESA PORTA
QUADRO QUARTO
SALA SOFÁ
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TELEVISÃO TIJELA
XÍCARA
ESCOLA E OUTROS
(Fonte adaptada de: LOURENÇO; MEIRELES; MENDONÇA – 2012)
Material Escolar:
MATERAIS ESTUDO RÉGUA TESOURA
CANETA BORRACHA
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PAPEL APOSTILA
LÁPIS ESCREVER COMPASSO COMPUTADOR
QUADRO LIVRO ATIVIDADE
PROVA NOTA LIXO
Algumas Profissões:
PROFESSOR@ COORDENADOR SUPERVISOR
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ORIENTADOR DIRETOR
Alguns lugares da Escola:
Sala de Informática Secretaria Cozinha Banheiro
Sala Esportes (Quadra) Brinquedoteca Refeitório
Biblioteca
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Disciplinas escolares
HISTÓRIA EDUCAÇÃO FÍSICA QUÍMICA CIÊNCIAS
BIOLOGIA LIBRAS INGLÊS PORTUGUÊS
MATEMÁTICA GEOGRAFIA – 01
Graus de escolaridade
PRIMEIRO ANO SEGUNDO ANO TERCEIRO ANO QUARTO ANO
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QUINTO ANO SEXTO ANO SÉTIMO ANO OITAVO ANO
NONO ANO 1º ENSINO MÉDIO 2º ENSINO MÉDIO 3º ENSINO MÉDIO
FACULDADE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
FORMATURA
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CORES
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
CORES AMARELO
AZUL
BRANCO
CINZA MARROM
PRETO ROSA
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ROXO VERDE
VERMELHO
VERBOS
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
ABENÇOAR ABRAÇAR
ACONTECER ACORDAR
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AFASTAR AGRADECER
AJUDAR ALEGRAR
ALUGAR AMAR
APLAUDIR APRESENTAR
ARREPENDER ARRUMAR
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BEBER BEIJAR
BRIGAR BRILHAR
CANSAR CASAR
CHAMAR CHORAR
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COMEÇAR COMEÇAR (abertura)
COMER COMPRAR
CONCORDAR CONFIAR
CONHECER CONSEGUIR
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CONVERSAR COPIAR
COZINHAR CRESCER
CUIDAR DEMORAR
DESCONFIAR DESPREZAR
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DORMIR ENCONTRAR
ERRAR ESCOLHER
ESCONDER ESCREVER
ESPERAR FALAR
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FALAR COM AS MÃOS FAZER
FINGIR FUGIR
GOSTAR GRITAR
INTERPRETAR LEMBRAR
39. Acesse: www.acessolibras.com 52
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LER MANDAR
MARCHAR MEMORIZAR / DECORAR
MENTIR MORRER
MOSTRAR MUDAR
40. Acesse: www.acessolibras.com 53
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NAMORAR NASCER
OBEDECER OLHAR
ORGANIZAR OUVIR
PAGAR PARECER
41. Acesse: www.acessolibras.com 54
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PENSAR PERCEBER
PERDOAR PERGUNTAR
PROCURAR PROGREDIR
PROIBIR PULAR
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QUEBRAR QUERER
RIR ROUBAR
SABER SENTAR
SENTIR TENTAR / EXPERIMENTAR
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TER
TRABALHAR
TREINAR TROCAR
VENDER VER
VIAJAR VIVER
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OUTROS
(Fonte adaptada de: CAPOVILLA; RAPHAEL – 2011)
ALTO BAIXO
BOM MAU
BONITO FEIO
LEGAL CHATO
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IGUAL DIFERENTE
FÁCIL DIFÍCIL
GROSSO FINO
MAGRO GORDO
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LIMPO SUJO
VERDADE MENTIRA
QUENTE FRIO
PEQUENO GRANDE
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NOVO VELHO
AVIÃO CARRO
HELICÓPTERO MOTO
NAVIO ÔNIBUS
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TREM
PROFISSÕES
BOMBEIRO DENTISTA
FONOAUDIÓLOGA MÉDICO
POLICIAL