1. Afinal, o que é Marketing Olfativo?
Por Rubens Valentim
16/10/2007
Imagine a seguinte cena: uma pessoa passa pelo corredor do shopping e sente
um irresistível cheiro de chocolate, ao virar-se ela descobre uma loja de doces.
Ela entra no estabelecimento e sai com uma sacola cheia de guloseimas. Essa
é apenas uma das estratégias que o marketing olfativo possui para “fisgar” o
cliente.
O marketing olfativo é muito utilizado na Europa, Ásia e nos EUA, contudo para
muitos no Brasil este conceito ainda é uma novidade. Os primeiros que
perceberam todo o seu potencial foram as grandes marcas, não apenas
usando o marketing olfativo para atrair os clientes até o ponto-de-venda, mas
também como forma de agregar valor à marca, fidelizar o cliente, criar uma
atmosfera olfativa em conjunto com a arquitetura, etc. Outra estratégia que está
sendo muito abordada pelas empresas é a criação de um logo olfativo, assim
como uma logo marca.
Esse espaço nas estratégias empresariais só foi conquistado porque as
empresas perceberam que a comunicação através do sentido mais usado pelo
homem, a visão, precisava de algo que a completasse e o olfato conseguiu
preencher perfeitamente esse espaço.
No Brasil o segmento que mais se identificou com o marketing olfativo foi o
varejista, seja ele do ramo alimentício, moda, eletro-eletrônico, etc. Além disso,
muitas empresas, consultórios médicos, escritórios já usam o marketing olfativo
em seus negócios.
Sua principal ferramenta é a aromatização de ambientes, que é feita através de
aparelhos eletrônicos ou ar-condicionado, que são instalados nas lojas,
escritórios, etc. Por serem muitos discretos os clientes acabam achando que
aquele cheiro é natural da loja.
Outra novidade é a aromatização de impressos em anúncios de revista,
cartões, folders, etc. Isso faz com que o cheiro da empresa vá até a casa do
cliente, além de causar um maior impacto nas campanhas publicitárias.
2. Hoje no mercado brasileiro, poucas empresas prestam uma consultoria
completa em termos de marketing olfativo, desde a aromatização até o
desenvolvimento do logo olfativo. Contudo é natural que se encontrem outras
empresas que vendam ou aluguem aparelhos que aromatizam o ambiente,
mas vale lembrar que o marketing olfativo só alcança o objetivo quando se tem
um planejamento desde como o cliente vai sentir a fragrância, seja ela no ar,
ou no impresso, até a escolha e o desenvolvimento de uma fragrância que
tenha o perfil da marca e do seu público-alvo. Caso a empresa que for prestar
este serviço não tenha esse know-how, o cliente vai pagar por um serviço
(marketing olfativo), mas na verdade vai colocar na sua empresa apenas um
“cheirinho”, neste caso seria melhor aromatizar o local com incenso ou velas
perfumadas, pois o objetivo da empresa não será alcançado, mas pelo menos
o custo será menor.
Rubens Valentim é Analista de Marketing da Biomist. Formado em
Gerenciamento da Comunicação Empresarial e em Publicidade e Propaganda.