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A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL:
ANÁLISE POR MEIO DAS OBRAS DE
JOHANN MORITZ RUGENDAS E
JEAN BAPTISTE DEBRET
1-Rugendas e Debret:
retratos da escravidão no Brasil
Debret
Jean-Baptiste Debret (1768 -1848) integrou a Missão Artística
Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de
Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde
lecionou pintura.
De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e
Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos
da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século
XIX.
O alemão Johann Moritz
Rugendas (1802-1858) é conhecido por
suas pinturas de cenas brasileiras,
inspiradas por uma viagem feita ao
Brasil entre 1821 e 1823, na qual
integrou, como desenhista, a equipe de
investigação científica do barão de
Langsdorff. Suas principais obras estão
no livro Viagem Pitoresca ao Brasil.
RUGENDAS
Contexto Histórico
•Fim Do Governo Napoleao na Franca;
•Vinda da Família Real ao Brasil-1808/1821;
•Inicio do processo de Independência do Brasil.
Rugendas e Debret vieram ao Brasil na primeira metade do século XIX,
momento em que o pais deixava de ser colônia para se tornar império.
Economicamente, o Brasil colônia era dependente da Inglaterra, assim como
a metrópole portuguesa, de quem herdou tal condição. Assim, mantinha
relações comerciais desfavoráveis com a Inglaterra, vendendo-lhe matéria-
prima a baixos preços e comprando seus manufaturados a preços exultantes.
Portanto, as estruturas internas estavam baseadas na produção agrícola
voltada pra a exportação e no trabalho escravo.
Neste momento, há também uma efervescência cultural proporcionada pelas
missões artísticas estrangeiras que chegaram ao país a fim de
desenvolverem aqui atividades culturais.
Quanto à sociedade dessa época, pode ser caracterizada como patriarcal e
escravista.
Rugendas e Debret dedicaram ao negro a
quase totalidade de suas pinturas. A simples
observação delas nos faz perceber o papel
desempenhado pelos negros na sociedade da
época, visto que os escravos representaram a
principal força de trabalho no Brasil até 1888.
2-ETNIAS
A diversidade de povos africanos que
foram trazidos para o Brasil como
Escravos.
A seguir, observe a diversidade de povos africanos
que foram trazidos para o Brasil como escravos e as
diferentes formas que os povos tinham de singularizar-
se, por meio de seus adornos e marcas corporais.
Debret, escravas negras de diferentes nações, 1816-1831.
(1) Angola, (2) Congo, (3) Bengüela, (4) Monjolo, (5) Cabinda, (6) Quiloa, (7) Rebolo, (8) e (9)
Moçambique, (10) Mina. As etnias de 1-5 e 7 são da África central, 8-9 são do sudeste africano e 10
é da África ocidental. A presença de um escravo Quiloa é peculiar, pois essa é uma etnia da África
Oriental, região da qual vieram muito poucos escravos para o Brasil. Todos, com exceção da
escrava da Mina, falavam dialetos da família Bantu.
Rugendas, diferentes etnias, 1820.
Jean-Baptiste Debret, Diferentes Nações Negras de escravos no Brasil,
1831.+
Rugendas, Etnias Negras, 1920.
Rugendas - Escravos de Moçambique, 1822.
3-A VIAGEM
ESTANTE HUMANA-Os traficantes dividiam o porão em três patamares, com
altura de menos de meio metro cada um. Presos pelos pés, mais de 500 escravos
se espremiam deitados ou sentados. "Ficavam como livros numa estante", disse o
traficante Joseph Cliffer.
O interior desses porões era de uma altura muito baixa, cerca de cinco pés, e
que fazia-se necessário fazer “prateleiras” para a acomodação de tantos
escravos. Eles ainda eram transportados seminus e se alimentavam de farinha e
água. outra forma de aprisionamento e de manutenção da ordem: algemas e
correntes nos pés e nas mãos, que prendiam uns aos outros.
Negros no Porão de Navio,Rugendas
Rugendas relata-nos o momento da travessia dos negros da África
para a América, mostrando-nos o amontoamento deles nos porões dos
navios. Eram cerca de duzentos a trezentos, variando entre homens,
mulheres e crianças.
Desembarque de escravos no Rio, Rugendas
Entretanto, depois de chegarem e serem liberados para o desembarque, os
negros eram colocados na alfândega, onde eram registrados depois do
pagamento dos direitos de entrada, sendo, em seguida, conduzidos ao
mercado. Os negros recém-chegados continuam seminus e são vistoriados
por um médico, sendo vigiados por capatazes para que não haja fuga ou
revolta.
Rugendas, Mercado de Escravos , 1835
4-A imagem retrata o local onde os escravos ficavam expostos, como mercadorias,
para serem examinados pelos compradores.
mercado do Valongo, Rugendas
O Cais do Valongo, porta de entrada no Brasil para cerca de meio milhão de africanos entre
1811 e 1831, dos 4 milhões que aqui chegaram até 1850 ,foi redescoberto há pouco mais de
um ano durante obras de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, após ficar 168
anos soterrado. O ancoradouro traz com ele memórias da escravidão no país e faz parte do
Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana.
Cada "peça" tinha um preço. Um africano novo e saudável, em 1811, podia chegar a algo
em torno de cem mil réis, mas podia alcançar 200 mil se tivesse alguma habilidade especial,
como a carpintaria. Como comparação, uma casa pequena no Rio de Janeiro custava cerca
de um conto de réis, o que daria para comprar dez escravos normais ou cinco habilidosos.
Habitação dos Negros, Rugendas
5-Moradia
A imagem retrata a moradia dos negros nas fazendas no interior do país, tanto
nos engenhos quanto naquelas destinadas apenas à agricultura. Nem todas as fazendas
possuíam senzalas, porém, as moradias não eram desvinculadas da dominação exercida
pelos senhores de escravos. Como pode ser percebido no canto superior esquerdo da
pintura, o senhor observa da sacada da casa grande.
6-O trabalho
Economia colonial:
•Açúcar;
•Mineração- a partir do séc. XVII;
•Café.
Engenho de Açúcar (Rugendas)
Percebe-se nitidamente a formação do engenho: A moenda - o centro de toda
produção; os negros no trabalho com a cana-de-açúcar; o capataz
orientando e dando ordens e os animais que participam do processo de moer a
cana, como os burros e os bois.
Engenho de cana de açúcar - Debret
O trabalho dos escravos
negros na América não se
restringia à agricultura e
aos engenhos, sendo eles
também incorporados à
mineração. A imagem,
representa a região
montanhosa de Minas
Gerais, principal ponto de
extração de ouro e pedras
preciosas. Todo o ouro se
destinava aos donos das
terras, sendo uma quinta parte
de toda a produção, destinada
ao pagamento de imposto
para a coroa portuguesa.
Lavagem do Ouro no Itacolomi (Rugendas)
Comboio de café rumo à cidade - Debret
O café, produto conhecido no Brasil neste período há uns 60 anos, era
algo lucrativo na província do Rio de Janeiro. Para uma produção de
qualidade, era necessário um negro para cada mil pés de café. Quanto ao
transporte, era feito por escravos que carregavam sacos de 128 libras.
Rugendas, Colheita de Café na Tijuca
Preparação da Raiz de Mandioca (Rugendas)
Além do trabalho no engenho, também havia o trabalho da agricultura, para o
qual muitos negros também eram destinados. Depois da labuta
diária, ainda voltavam-se para a produção de farinha de mandioca,
principal produto de sua alimentação. Para isso, dispunham de quatro horas
semanais para a preparação da mesma.
Jean-Baptiste Debret, Negros cangueiros. Escravos urbanos no Brasil, de 1830
O trabalho braçal no Brasil Colonial dependia inteiramente da mão de obra
escrava. O trabalho humano era realizado sem a intervenção de máquinas, pois a
Rainha Maria I havia banida qualquer indústria.
Negros serradores de tábuas - Debret
Loja de Sapateiro,Debret
Debret espantou-se com o número considerável de pequenas fábricas de
sapatos no Rio de Janeiro. Na loja representada, um sapateiro português
castiga o seu escravo com a palmatória, enquanto sua mulher, uma mulata, o
espreita com prazer, ao mesmo tempo em que amamenta um bebê. À direita,
outros dois escravos prosseguem, amedrontados, no serviço.
Rugendas, Lavadeiras do Rio de Janeiro ,
Debret, Negra tatuada vendendo cajus, aquarela, 1827
Escravos de ganho
Debret, Negros vendedores de palmito
Debret - Negros vendedores de aves
Jean Baptiste Debret - Loja de barbeiros, 1821
J. B. DEBRET. Barbeiros ambulantes. 1826
7-CASTIGOS
Os escravos não eram considerados seres humanos, mas mercadoria. Nas
lavouras o escravos trabalhavam de sol a sol e sem descanso, pois aos
domingos cuidavam dos seus roçados, do qual obtinham o seu sustento.
Moravam em senzalas, habitação coletiva quase sem janelas. Devido a dureza do
trabalho e a má alimentação, sua vida útil não ultrapassava os dez anos.
Para repreensão dos escravos considerados criminosos, havia duas justiças
paralelas: a oficial e a privada.
Instrumentos utilizados para a tortura
açoite - chicote feito de cinco tiras de couro retorcido com
nós; era utilizado para punir pequenas faltas ou acelerar o
ritmo de trabalho;
tronco - instrumento de tortura e humilhação, onde os
escravos permaneciam presos, indefesos aos
ataques de insetos e ratos, em contato com sua urina
e fezes, isolados na senzala...
o cepo - tronco grosso de madeira
que o escravo carregava na cabeça
preso por uma longa corrente e
uma argola que trazia no tornozelo);
anjinhos - eram instrumentos de
suplício que prendia os dedos dos
polegares das vitimas em dois anéis
que comprimia gradualmente por
intermédio de uma pequena chave
ou parafuso.
máscara de flandres - usado para
punição por furto de alimentos,
alcoolismo e na mineração de
diamantes. As máscaras podiam
cobrir todo o rosto ou só a boca;
Execução do Castigo de Açoite (Debret)
O açoite era aplicado a todo escravo negro culpado de falta grave: deserção, roubo,
ferimentos recebidos em brigas, etc. O senhor que requerer a aplicação da pena obtém uma
autorização do intendente da polícia, que lhe dá o direito de determinar o número de
chibatadas, de 50 a 200, que podem ser administradas em 2 dias. O horário mais
comum era entre nove e dez da manhã nas praça públicas, onde se localizavam os
pelourinhos. Após sair do açoite, o escravo era submetido à lavagem do ferimentos com
vinagre e pimenta para que não infeccionasse.
Rugendas, Castigo Público
Rugendas, Castigos Domésticos
Negros no Tronco. Debret
A tela mostra uma das formas de castigo e tortura impostas aos negros. Além do comum açoite, era
comum nas fazendas o suplício do tronco, onde os escravos enfiavam os punhos ou as pernas
e, até mesmo o pescoço, permanecendo por vários dias nessa mesma posição. Era comum
encontrar em cada fazenda ou casa, esse tipo de tronco, formado por duas peças de madeira presas por
um cadeado, cuja chave ficava com o feitor. Também se costumava prender assim o negro
indisciplinado, até que se conseguisse rendê-lo.
, Feitores Corrigindo Negros(Debret
Os feitores fiscalizavam constantemente o trabalho dos escravos, sua comida e sua disciplina.
As faltas mais graves eram a embriaguez, o roubo, a fuga e a preguiça. O castigo mais
usual consistia numa série de chicotadas que deixavam o escravo gravemente ferido.
Esses feitores eram, em sua maioria, portugueses. Essa tela mostra um escravo que foi
derrubado e está imobilizado, sendo castigado. Ao fundo, outro negro está sendo
castigado por um segundo escravo, comandado pelo feitor. A cena mostra também uma
roça ao fundo e um riacho. À esquerda, canaviais e cafezais.
Debret,
O Colar de Ferro,
castigo dos negros
fugitivos
Capitão do mato. Rugendas.
Negro com máscara - Debret
8-Cultura: danças, festas, religiosidade e costumes
"Dir-se-ia que após os trabalhos do dia, os mais barulhentos prazeres produzem sobre o
negro o mesmo efeito que o repouso. À noite, é raro encontrarem-se escravos reunidos que
não estejam animados por cantos e danças; dificilmente se acredita que tenham executado,
durante o dia, os mais duros trabalhos, e não conseguimos nos persuadir de que são
escravos que temos diante dos olhos". Rugendas, Viagem pitoresca através do Brasil, obra
editada em Paris, 1835.
Entrudo, Debret
Rugendas, Lundu. Viagem Pitoresca através do Brasil
Jogar capoeira - Rugendas
Rugendas, Batuque
Debret, Marimba - o desfile de domingo de carnaval, após o meio dia.
As simpatias e benzeduras também eram condenadas; eram consideradas
feitiçaria porque apelavam para o poder mágico.
As práticas religiosas de negros eram proibidas na colônia, mas não desapareceram,
conviveram com o pensamento cristão.
Para os portugueses, essas práticas religiosas eram atos de bruxaria,
manifestações ligadas ao demônio, que deveriam ser condenadas. Por isso, essas
religiões foram proibidas. Se índios e negros fossem pegos praticando-as, seriam
considerados bruxos e condenados à morte; se colonos, homens brancos
europeus, fossem surpreendidos durante esses cultos, poderiam ser multados,
excomungados, degredados para a África ou processados e condenados à morte.
Apesar das punições, essas práticas religiosas foram mantidas.
Judas Queimado no Sábado de Aleluia (Debret
No canto superior direito da imagem encontra-se uma igreja, onde em sua porta estão
seus fiéis brancos católicos, enquanto que, ao centro, temos a malhação do Judas pelos
negros que não se misturavam com os brancos para certas comemorações visto que, esta
malhação era considerada, na verdade, uma comemoração pagã. Porém, era ela europeia
e foi incorporada pelos negros vindos para a América. Percebe-se o sincretismo existente
entre as crenças africanas e a religião católica.
Negras novas a caminho da igreja para o batismo, Debret
Três orixás, Rugendas
Dentre as diversas formas de resistência à escravidão eram as organizações
religiosas (irmandades, confrarias, devoções), que lhes permitiam organizar-se
para auxílio mútuo. A maioria dessas organizações agrupavam membros da
mesma nação, assim, os minas, rebolos, cabindas,, quiloas e outros povos
constituíam irmandades entre si para melhor resistir à crueldade da escravidão.
Entre as necessidades, estavam a construção de igrejas e capelas onde
pudessem enterrar seus mortos com dignidade, coletar dinheiro para comprar a
liberdade de seus membros, organizar suas festas e se organizar politicamente
coroando seus reis.
Elegiam eles próprios seus reis, a quem obedeciam e a quem dedicavam seus
esforços para comprar a alforria. As cerimônias de coroação aconteciam nas
festas de N.S. do Rosário, no Ciclo do Natal, quando os escravos tinham os dias
livres para realizar suas festividades. Como soberano de uma nação, o rei
coroado recebia os cumprimentos de membros de outras nações africanas da
cidade, as Embaixadas.
Atualmente estas festas são o Maracatu, Afoxé ou Congada.
Religiosidade
Rei, rainha, princesa e mestre-sala, membros da Irmandade de N. S. do Rosário, recolhem donativos dos
escravos .
Jean-Baptiste Debret. Coleta para a manutenção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Johann Moritz Rugendas. Festa de Nossa Senhora do Rosário, Patrona dos negros
Jean Baptiste Debret. Cortejo fúnebre do filho de um rei negro
Johann Morittz Rugendas. Enterro de um
negro na Bahia
Jean Baptiste Debret. Enterro de uma mulher negra
Cirurgião negro colocando ventosas, Debret
Costumes
Debret em seus quinze anos de Brasil (1816- 1831) apresentou as cenas cotidianas
do Brasil do século XIX. A imagem reproduz uma prática comum à maioria das
cidades brasileiras do século XIX, legado da estrutura escravista colonial
portuguesa. Um negro, provavelmente forro, desenvolve seu ofício na busca da cura
dos pacientes, utilizando a técnica do sangramento, via ventosas, na busca de
devolver o equilíbrio do corpo. Para o africano os males do corpo eram fruto dos
espíritos ou feitiçarias, que provocavam o desequilíbrio entre o corpo e a alma,
sendo o sangue o transmissor da doença, sangrar era devolver o equilíbrio ao corpo,
eliminando o mal.
Curiosidade: a “consulta” era sem custos, já os remédios e a sangria deveriam ser
pagos pelo paciente; a cena é tão comum que crianças brincam à porta da casa
enquanto os pacientes são tratados.
Um funcionário do governo sai a passeio com a família, Debret
Um jantar brasileiro, Jean Baptiste Debret
DEBRET Jean Baptiste,
Costume
Negro e Negra na Bahia,
Rugendas
Rugendas
Típica cena do cotidiano doméstico. A senhora costurando, a filha estudando
e os escravos na lida diária.
RUGENDAS- UMA SENHORA BRASILEIRA EM SEU LAR
VOLTA Á CIDADE DE UM PROPRIETÁRIO DE CHÁCARA, Debret
Negras cozinheiras, vendedoras de angu - Debret
Rugendas, VENDA no RECIFE
História e Arte sempre caminharam juntas. Se por um lado
a arte é sempre a expressão de seu próprio tempo, de um
contexto histórico específico, ela, por isso mesmo, muitas
vezes ajuda a entender o contexto em que é produzida.
“Cabia-me, pois, como testemunha estrangeira e como
pintor de história, colher dados exatos e de primeira
ordem para uma parte dignamente consagrada a salvar a
verdade do esquecimento” Debret
1826 - Brasil compromete em acabar com o tráfico dentro de 3 anos;
1831 - Lei Feijó, que abolia o tráfico negreiro. Foi uma lei feita por pressão
da Inglaterra e para agradá-la. Daí a expressão "para inglês ver" existente até
hoje.
1845 - A Inglaterra aprova o Bill Abeerden, que dá a Inglaterra o poder de
apreender os navios negreiros com destino ao Brasil;
1850 - É aprovada sob pressão inglesa a lei Eusébio de Queirós, que
proíbe o tráfico negreiro em definitivo no Brasil. Esta lei é a REEDIÇÃO
da Lei de 1831.
1871 - Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco
1885 - Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe
1888 - Lei Áurea.
Leis abolicionistas

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Rugendas e Debret: retratos da escravidão no Brasil

  • 1.
  • 2. A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL: ANÁLISE POR MEIO DAS OBRAS DE JOHANN MORITZ RUGENDAS E JEAN BAPTISTE DEBRET 1-Rugendas e Debret: retratos da escravidão no Brasil
  • 3. Debret Jean-Baptiste Debret (1768 -1848) integrou a Missão Artística Francesa (1816), que fundou, no Rio de Janeiro, uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, onde lecionou pintura. De volta à França (1831) publicou Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839), documentando aspectos da natureza, do homem e da sociedade brasileira no início do século XIX.
  • 4. O alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) é conhecido por suas pinturas de cenas brasileiras, inspiradas por uma viagem feita ao Brasil entre 1821 e 1823, na qual integrou, como desenhista, a equipe de investigação científica do barão de Langsdorff. Suas principais obras estão no livro Viagem Pitoresca ao Brasil. RUGENDAS
  • 5. Contexto Histórico •Fim Do Governo Napoleao na Franca; •Vinda da Família Real ao Brasil-1808/1821; •Inicio do processo de Independência do Brasil. Rugendas e Debret vieram ao Brasil na primeira metade do século XIX, momento em que o pais deixava de ser colônia para se tornar império. Economicamente, o Brasil colônia era dependente da Inglaterra, assim como a metrópole portuguesa, de quem herdou tal condição. Assim, mantinha relações comerciais desfavoráveis com a Inglaterra, vendendo-lhe matéria- prima a baixos preços e comprando seus manufaturados a preços exultantes. Portanto, as estruturas internas estavam baseadas na produção agrícola voltada pra a exportação e no trabalho escravo. Neste momento, há também uma efervescência cultural proporcionada pelas missões artísticas estrangeiras que chegaram ao país a fim de desenvolverem aqui atividades culturais. Quanto à sociedade dessa época, pode ser caracterizada como patriarcal e escravista.
  • 6. Rugendas e Debret dedicaram ao negro a quase totalidade de suas pinturas. A simples observação delas nos faz perceber o papel desempenhado pelos negros na sociedade da época, visto que os escravos representaram a principal força de trabalho no Brasil até 1888.
  • 7. 2-ETNIAS A diversidade de povos africanos que foram trazidos para o Brasil como Escravos. A seguir, observe a diversidade de povos africanos que foram trazidos para o Brasil como escravos e as diferentes formas que os povos tinham de singularizar- se, por meio de seus adornos e marcas corporais.
  • 8. Debret, escravas negras de diferentes nações, 1816-1831.
  • 9. (1) Angola, (2) Congo, (3) Bengüela, (4) Monjolo, (5) Cabinda, (6) Quiloa, (7) Rebolo, (8) e (9) Moçambique, (10) Mina. As etnias de 1-5 e 7 são da África central, 8-9 são do sudeste africano e 10 é da África ocidental. A presença de um escravo Quiloa é peculiar, pois essa é uma etnia da África Oriental, região da qual vieram muito poucos escravos para o Brasil. Todos, com exceção da escrava da Mina, falavam dialetos da família Bantu. Rugendas, diferentes etnias, 1820.
  • 10. Jean-Baptiste Debret, Diferentes Nações Negras de escravos no Brasil, 1831.+
  • 12.
  • 13. Rugendas - Escravos de Moçambique, 1822.
  • 14.
  • 15. 3-A VIAGEM ESTANTE HUMANA-Os traficantes dividiam o porão em três patamares, com altura de menos de meio metro cada um. Presos pelos pés, mais de 500 escravos se espremiam deitados ou sentados. "Ficavam como livros numa estante", disse o traficante Joseph Cliffer. O interior desses porões era de uma altura muito baixa, cerca de cinco pés, e que fazia-se necessário fazer “prateleiras” para a acomodação de tantos escravos. Eles ainda eram transportados seminus e se alimentavam de farinha e água. outra forma de aprisionamento e de manutenção da ordem: algemas e correntes nos pés e nas mãos, que prendiam uns aos outros.
  • 16. Negros no Porão de Navio,Rugendas Rugendas relata-nos o momento da travessia dos negros da África para a América, mostrando-nos o amontoamento deles nos porões dos navios. Eram cerca de duzentos a trezentos, variando entre homens, mulheres e crianças.
  • 17. Desembarque de escravos no Rio, Rugendas Entretanto, depois de chegarem e serem liberados para o desembarque, os negros eram colocados na alfândega, onde eram registrados depois do pagamento dos direitos de entrada, sendo, em seguida, conduzidos ao mercado. Os negros recém-chegados continuam seminus e são vistoriados por um médico, sendo vigiados por capatazes para que não haja fuga ou revolta.
  • 18. Rugendas, Mercado de Escravos , 1835 4-A imagem retrata o local onde os escravos ficavam expostos, como mercadorias, para serem examinados pelos compradores.
  • 19. mercado do Valongo, Rugendas O Cais do Valongo, porta de entrada no Brasil para cerca de meio milhão de africanos entre 1811 e 1831, dos 4 milhões que aqui chegaram até 1850 ,foi redescoberto há pouco mais de um ano durante obras de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, após ficar 168 anos soterrado. O ancoradouro traz com ele memórias da escravidão no país e faz parte do Circuito Histórico e Arqueológico da Herança Africana. Cada "peça" tinha um preço. Um africano novo e saudável, em 1811, podia chegar a algo em torno de cem mil réis, mas podia alcançar 200 mil se tivesse alguma habilidade especial, como a carpintaria. Como comparação, uma casa pequena no Rio de Janeiro custava cerca de um conto de réis, o que daria para comprar dez escravos normais ou cinco habilidosos.
  • 20. Habitação dos Negros, Rugendas 5-Moradia A imagem retrata a moradia dos negros nas fazendas no interior do país, tanto nos engenhos quanto naquelas destinadas apenas à agricultura. Nem todas as fazendas possuíam senzalas, porém, as moradias não eram desvinculadas da dominação exercida pelos senhores de escravos. Como pode ser percebido no canto superior esquerdo da pintura, o senhor observa da sacada da casa grande.
  • 22. Engenho de Açúcar (Rugendas) Percebe-se nitidamente a formação do engenho: A moenda - o centro de toda produção; os negros no trabalho com a cana-de-açúcar; o capataz orientando e dando ordens e os animais que participam do processo de moer a cana, como os burros e os bois.
  • 23. Engenho de cana de açúcar - Debret
  • 24. O trabalho dos escravos negros na América não se restringia à agricultura e aos engenhos, sendo eles também incorporados à mineração. A imagem, representa a região montanhosa de Minas Gerais, principal ponto de extração de ouro e pedras preciosas. Todo o ouro se destinava aos donos das terras, sendo uma quinta parte de toda a produção, destinada ao pagamento de imposto para a coroa portuguesa. Lavagem do Ouro no Itacolomi (Rugendas)
  • 25. Comboio de café rumo à cidade - Debret O café, produto conhecido no Brasil neste período há uns 60 anos, era algo lucrativo na província do Rio de Janeiro. Para uma produção de qualidade, era necessário um negro para cada mil pés de café. Quanto ao transporte, era feito por escravos que carregavam sacos de 128 libras.
  • 26. Rugendas, Colheita de Café na Tijuca
  • 27. Preparação da Raiz de Mandioca (Rugendas) Além do trabalho no engenho, também havia o trabalho da agricultura, para o qual muitos negros também eram destinados. Depois da labuta diária, ainda voltavam-se para a produção de farinha de mandioca, principal produto de sua alimentação. Para isso, dispunham de quatro horas semanais para a preparação da mesma.
  • 28. Jean-Baptiste Debret, Negros cangueiros. Escravos urbanos no Brasil, de 1830 O trabalho braçal no Brasil Colonial dependia inteiramente da mão de obra escrava. O trabalho humano era realizado sem a intervenção de máquinas, pois a Rainha Maria I havia banida qualquer indústria.
  • 29. Negros serradores de tábuas - Debret
  • 30. Loja de Sapateiro,Debret Debret espantou-se com o número considerável de pequenas fábricas de sapatos no Rio de Janeiro. Na loja representada, um sapateiro português castiga o seu escravo com a palmatória, enquanto sua mulher, uma mulata, o espreita com prazer, ao mesmo tempo em que amamenta um bebê. À direita, outros dois escravos prosseguem, amedrontados, no serviço.
  • 31. Rugendas, Lavadeiras do Rio de Janeiro ,
  • 32. Debret, Negra tatuada vendendo cajus, aquarela, 1827 Escravos de ganho
  • 34. Debret - Negros vendedores de aves
  • 35.
  • 36. Jean Baptiste Debret - Loja de barbeiros, 1821
  • 37. J. B. DEBRET. Barbeiros ambulantes. 1826
  • 38. 7-CASTIGOS Os escravos não eram considerados seres humanos, mas mercadoria. Nas lavouras o escravos trabalhavam de sol a sol e sem descanso, pois aos domingos cuidavam dos seus roçados, do qual obtinham o seu sustento. Moravam em senzalas, habitação coletiva quase sem janelas. Devido a dureza do trabalho e a má alimentação, sua vida útil não ultrapassava os dez anos. Para repreensão dos escravos considerados criminosos, havia duas justiças paralelas: a oficial e a privada. Instrumentos utilizados para a tortura açoite - chicote feito de cinco tiras de couro retorcido com nós; era utilizado para punir pequenas faltas ou acelerar o ritmo de trabalho; tronco - instrumento de tortura e humilhação, onde os escravos permaneciam presos, indefesos aos ataques de insetos e ratos, em contato com sua urina e fezes, isolados na senzala...
  • 39. o cepo - tronco grosso de madeira que o escravo carregava na cabeça preso por uma longa corrente e uma argola que trazia no tornozelo); anjinhos - eram instrumentos de suplício que prendia os dedos dos polegares das vitimas em dois anéis que comprimia gradualmente por intermédio de uma pequena chave ou parafuso. máscara de flandres - usado para punição por furto de alimentos, alcoolismo e na mineração de diamantes. As máscaras podiam cobrir todo o rosto ou só a boca;
  • 40. Execução do Castigo de Açoite (Debret) O açoite era aplicado a todo escravo negro culpado de falta grave: deserção, roubo, ferimentos recebidos em brigas, etc. O senhor que requerer a aplicação da pena obtém uma autorização do intendente da polícia, que lhe dá o direito de determinar o número de chibatadas, de 50 a 200, que podem ser administradas em 2 dias. O horário mais comum era entre nove e dez da manhã nas praça públicas, onde se localizavam os pelourinhos. Após sair do açoite, o escravo era submetido à lavagem do ferimentos com vinagre e pimenta para que não infeccionasse.
  • 43. Negros no Tronco. Debret A tela mostra uma das formas de castigo e tortura impostas aos negros. Além do comum açoite, era comum nas fazendas o suplício do tronco, onde os escravos enfiavam os punhos ou as pernas e, até mesmo o pescoço, permanecendo por vários dias nessa mesma posição. Era comum encontrar em cada fazenda ou casa, esse tipo de tronco, formado por duas peças de madeira presas por um cadeado, cuja chave ficava com o feitor. Também se costumava prender assim o negro indisciplinado, até que se conseguisse rendê-lo.
  • 44. , Feitores Corrigindo Negros(Debret Os feitores fiscalizavam constantemente o trabalho dos escravos, sua comida e sua disciplina. As faltas mais graves eram a embriaguez, o roubo, a fuga e a preguiça. O castigo mais usual consistia numa série de chicotadas que deixavam o escravo gravemente ferido. Esses feitores eram, em sua maioria, portugueses. Essa tela mostra um escravo que foi derrubado e está imobilizado, sendo castigado. Ao fundo, outro negro está sendo castigado por um segundo escravo, comandado pelo feitor. A cena mostra também uma roça ao fundo e um riacho. À esquerda, canaviais e cafezais.
  • 45. Debret, O Colar de Ferro, castigo dos negros fugitivos
  • 46. Capitão do mato. Rugendas.
  • 47. Negro com máscara - Debret
  • 48. 8-Cultura: danças, festas, religiosidade e costumes "Dir-se-ia que após os trabalhos do dia, os mais barulhentos prazeres produzem sobre o negro o mesmo efeito que o repouso. À noite, é raro encontrarem-se escravos reunidos que não estejam animados por cantos e danças; dificilmente se acredita que tenham executado, durante o dia, os mais duros trabalhos, e não conseguimos nos persuadir de que são escravos que temos diante dos olhos". Rugendas, Viagem pitoresca através do Brasil, obra editada em Paris, 1835. Entrudo, Debret
  • 49. Rugendas, Lundu. Viagem Pitoresca através do Brasil
  • 50. Jogar capoeira - Rugendas
  • 52. Debret, Marimba - o desfile de domingo de carnaval, após o meio dia.
  • 53. As simpatias e benzeduras também eram condenadas; eram consideradas feitiçaria porque apelavam para o poder mágico. As práticas religiosas de negros eram proibidas na colônia, mas não desapareceram, conviveram com o pensamento cristão. Para os portugueses, essas práticas religiosas eram atos de bruxaria, manifestações ligadas ao demônio, que deveriam ser condenadas. Por isso, essas religiões foram proibidas. Se índios e negros fossem pegos praticando-as, seriam considerados bruxos e condenados à morte; se colonos, homens brancos europeus, fossem surpreendidos durante esses cultos, poderiam ser multados, excomungados, degredados para a África ou processados e condenados à morte. Apesar das punições, essas práticas religiosas foram mantidas.
  • 54. Judas Queimado no Sábado de Aleluia (Debret No canto superior direito da imagem encontra-se uma igreja, onde em sua porta estão seus fiéis brancos católicos, enquanto que, ao centro, temos a malhação do Judas pelos negros que não se misturavam com os brancos para certas comemorações visto que, esta malhação era considerada, na verdade, uma comemoração pagã. Porém, era ela europeia e foi incorporada pelos negros vindos para a América. Percebe-se o sincretismo existente entre as crenças africanas e a religião católica.
  • 55. Negras novas a caminho da igreja para o batismo, Debret
  • 57. Dentre as diversas formas de resistência à escravidão eram as organizações religiosas (irmandades, confrarias, devoções), que lhes permitiam organizar-se para auxílio mútuo. A maioria dessas organizações agrupavam membros da mesma nação, assim, os minas, rebolos, cabindas,, quiloas e outros povos constituíam irmandades entre si para melhor resistir à crueldade da escravidão. Entre as necessidades, estavam a construção de igrejas e capelas onde pudessem enterrar seus mortos com dignidade, coletar dinheiro para comprar a liberdade de seus membros, organizar suas festas e se organizar politicamente coroando seus reis. Elegiam eles próprios seus reis, a quem obedeciam e a quem dedicavam seus esforços para comprar a alforria. As cerimônias de coroação aconteciam nas festas de N.S. do Rosário, no Ciclo do Natal, quando os escravos tinham os dias livres para realizar suas festividades. Como soberano de uma nação, o rei coroado recebia os cumprimentos de membros de outras nações africanas da cidade, as Embaixadas. Atualmente estas festas são o Maracatu, Afoxé ou Congada. Religiosidade
  • 58. Rei, rainha, princesa e mestre-sala, membros da Irmandade de N. S. do Rosário, recolhem donativos dos escravos . Jean-Baptiste Debret. Coleta para a manutenção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
  • 59. Johann Moritz Rugendas. Festa de Nossa Senhora do Rosário, Patrona dos negros
  • 60. Jean Baptiste Debret. Cortejo fúnebre do filho de um rei negro
  • 61.
  • 62. Johann Morittz Rugendas. Enterro de um negro na Bahia
  • 63. Jean Baptiste Debret. Enterro de uma mulher negra
  • 64. Cirurgião negro colocando ventosas, Debret Costumes
  • 65. Debret em seus quinze anos de Brasil (1816- 1831) apresentou as cenas cotidianas do Brasil do século XIX. A imagem reproduz uma prática comum à maioria das cidades brasileiras do século XIX, legado da estrutura escravista colonial portuguesa. Um negro, provavelmente forro, desenvolve seu ofício na busca da cura dos pacientes, utilizando a técnica do sangramento, via ventosas, na busca de devolver o equilíbrio do corpo. Para o africano os males do corpo eram fruto dos espíritos ou feitiçarias, que provocavam o desequilíbrio entre o corpo e a alma, sendo o sangue o transmissor da doença, sangrar era devolver o equilíbrio ao corpo, eliminando o mal. Curiosidade: a “consulta” era sem custos, já os remédios e a sangria deveriam ser pagos pelo paciente; a cena é tão comum que crianças brincam à porta da casa enquanto os pacientes são tratados.
  • 66. Um funcionário do governo sai a passeio com a família, Debret
  • 67. Um jantar brasileiro, Jean Baptiste Debret
  • 69. Negro e Negra na Bahia, Rugendas
  • 71. Típica cena do cotidiano doméstico. A senhora costurando, a filha estudando e os escravos na lida diária. RUGENDAS- UMA SENHORA BRASILEIRA EM SEU LAR
  • 72. VOLTA Á CIDADE DE UM PROPRIETÁRIO DE CHÁCARA, Debret
  • 73. Negras cozinheiras, vendedoras de angu - Debret
  • 75. História e Arte sempre caminharam juntas. Se por um lado a arte é sempre a expressão de seu próprio tempo, de um contexto histórico específico, ela, por isso mesmo, muitas vezes ajuda a entender o contexto em que é produzida. “Cabia-me, pois, como testemunha estrangeira e como pintor de história, colher dados exatos e de primeira ordem para uma parte dignamente consagrada a salvar a verdade do esquecimento” Debret
  • 76. 1826 - Brasil compromete em acabar com o tráfico dentro de 3 anos; 1831 - Lei Feijó, que abolia o tráfico negreiro. Foi uma lei feita por pressão da Inglaterra e para agradá-la. Daí a expressão "para inglês ver" existente até hoje. 1845 - A Inglaterra aprova o Bill Abeerden, que dá a Inglaterra o poder de apreender os navios negreiros com destino ao Brasil; 1850 - É aprovada sob pressão inglesa a lei Eusébio de Queirós, que proíbe o tráfico negreiro em definitivo no Brasil. Esta lei é a REEDIÇÃO da Lei de 1831. 1871 - Lei do Ventre Livre ou Lei Rio Branco 1885 - Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe 1888 - Lei Áurea. Leis abolicionistas