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                  UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
                INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA
               FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
                 DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS




   Ensaios de
  Usinabilidade
   dos Metais
Professora: Maria Adrina Paixão de Souza da Silva, Dra. 1
                                                        Eng.
 
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       DEFINIÇÃO

Usinabilidade - De um modo geral, é o grau de
dificuldade de se usinar um determinado material.




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       DEFINIÇÃO
       As propriedades do material que podem
afetar a usinabilidade de um material são:

• Dureza

• Taxa de encruamento

• Resistência a tração

• Ductilidade

• Condutividade térmica                         3
 
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       DEFINIÇÃO
      Dureza / Resistência a tração ↑

• Dificulta a usinabilidade
• Aumenta os esforços de corte

      Ductilidade ↑

• Melhora a usinabilidade
• Favorece a formação dos cavacos
• Diminui os esforços de corte
• Tendências a formação de aresta postiça
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       DEFINIÇÃO
      Condutividade térmica ↑

• Melhora a usinabilidade
• Diminui o calor gerado na região de corte

Dentre os tipos de materiais mais usinados, os que
têm maior condutividade térmica são:
1. Os alumínios
2. Os aços não ligados
3. Os aços ligados
4. Os aços inoxidáveis
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        DEFINIÇÃO
      Taxa de encruamento ↑

Dificulta a usinagem
•Dificulta a formação de cavacos
• Aumenta os esforços de corte
• Tendências a formação de aresta postiça

Nota: Quando metais são deformados plasticamente,
eles aumentam sua resistência. A esse fenômeno dá-
se o nome de encruamento.
Aços carbono têm baixa taxa de encruamento.
Aços inox. Austeníticos têm alta taxa de encruamento.
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         OUTROS FATORES IMPORTANTES DE
           INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE
            A usinabilidade não depende somente
das condições intrínsecas do material (fatores
metalúrgicos), mas depende também de:

• Condições de usinagem
• Características da ferramenta
• Condições de refrigeração
• Rigidez do sistema máquina-ferramenta
• Tipo de operação (corte intermitente ....)
• Etc....
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        OUTROS FATORES IMPORTANTES DE
          INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE

             É comum de se pensar no meio
produtivo, que a usinabilidade é uma propriedade
intrinsecamente ligada à dureza do material da peça
e à sua resistência mecânica.

Assim, segundo este raciocínio, um material mole é
de boa usinabilidade e um material duro de baixa
usinabilidade.

Verdadeiro ou falso ?
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       OUTROS FATORES IMPORTANTES DE
         INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE

    Exemplo:
Comparando os dois aços inox:

- Aço 303
               Mesma dureza
- Aço 316

Porém o aço 303 tem maior usinabilidade que o
316 porque ele possui sulfeto de managanês,
que melhora a usinabilidade.
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           ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU)
       É um valor numérico que serve de
comparação.

Assim comparando dois materiais, diremos que
aquele que tiver um índice de usinabilidade mais
alto é o material mais fácil de se usinar.

Um material pode ter um valor de usinabilidade
baixo em certas condições de usinagem e um
valor maior em outras condições, por exemplo.

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           ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU)
       Com relação aos critérios de usinabilidade
      baseados na rugosidade, pode-se dizer que
o alumínio tem uma usinabilidade alta?

Em condições normais de usinagem, o cavaco
formado é longo e o acabamento superficial
obtido é insatisfatório.

Porém, bons acabamento superficiais podem ser
obtidos se a velocidade de corte for
suficientemente alta e a geometria da ferramenta
adequada.                                   11
 
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ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU)




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          ENSAIO DE USINABILIDADE
        Existem diversos métodos para medir a usinabilidade de
       um material.

O método mais aceito é um ensaio chamado de longa duração,
onde o material ensaiado e o material tomado como padrão são
usinados até o fim da vida da ferramenta ou até um determinado
valor de desgaste da ferramenta (VB ou KT).




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       ENSAIO DE USINABILIDADE
        Existem também os ensaios de curta
        duração que são utilizados para avaliar
outros fatores como:

• Rugosidade
• Força de usinagem
• Etc.

Nestes casos normalmente as condições de
usinagem são forçadas para justamente para obter
o resultado em pouco tempo de ensaio.
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       USINABILIDADE DAS LIGAS
            DE ALUMÍNIO
      O alumínio puro é muito fácil de se usinar,
mas quando ele é ligado a sua usinabilidade se
torna baixa.

Por exemplo, a liga de alumínio-silício contém
partículas de silício altamente abrasivas e
desgastam rapidamente a ferramenta de metal
duro.



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       USINABILIDADE DAS LIGAS
            DE ALUMÍNIO
      Importante saber que:

      As propriedades mecânicas e térmicas do
alumínio puro são fatores decisivos nas
características de usinagem de suas ligas.

      Você sabia que EAÇO= 3EAlumínio ?

Isto significa que, sob a mesma força de corte, o
alumínio se deforma 3 vezes mais do que o aço.

          Condutibilidade do Al = 2 Aço         16
 
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       USINABILIDADE DAS LIGAS
            DE ALUMÍNIO
       Embora algumas ligas de alumínio
apresentem uma resistência equivalente à do aço
com baixo carbono em temperatura ambiente, em
temperaturas elevadas a sua resistência é bastante
reduzida.

O alumínio tem uma elevada condutividade térmica o
que faz com que boa parte do calor vá para a peça.

Isto favorece a usinabilidade destas ligas já que a
elevação da temperatura é inerente ao processo.
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       USINABILIDADE DAS LIGAS
            DE ALUMÍNIO
        Propriedade positiva: alta condutividade
térmica; Melhora a usinabilidade.

Propriedade negativa: Baixa dureza; Favorece a
formação da APC.
Prejudica o acabamento da peça e provoca desgaste
frontal da ferramenta

A alta condutividade térmica favorece a
usinabilidade destas ligas já que a elevação da
temperatura é inerente ao processo.
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USINABILIDADE DAS LIGAS
     DE ALUMÍNIO




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        USINABILIDADE DAS LIGAS
             DE ALUMÍNIO

        O material de ferramenta típico para a
usinagem de ligas de alumínio (com exceção das
ligas de silício) é o metal duro de classe K sem
cobertura.

- Temperaturas de corte baixos.
- Não há desgaste de cratera incentivado pela difusão.


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CLASSES – NORMA
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      ISO




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              ISO
       A classe K é recomendada pois as
temperaturas de corte são mais baixas, e por isso
a formação do desgaste de cratera via processo
difusivo não é um problema.




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  ELEMENTOS DE LIGAS E SUAS
INFLUÊNCIAS NA USINABILIDADE
        DO ALUMÍNIO




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         USINABILIDADE DO
               AÇO
Fatores que afetam a usinabilidade dos Aços:

• Dureza
• Microestrutura
• Presença de Inclusões
• Presença de elementos de liga



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         FATORES QUE AFETAM A
        USINABILIDADE DOS AÇOS
      • Dureza
O fator que predominantemente                   afeta   a
usinabilidade é sem dúvida a dureza.




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          FATORES QUE AFETAM A
         USINABILIDADE DOS AÇOS
      • Dureza
      200 HB é um bom valor referencial em termo
de dureza.
No entanto

Dureza > 200HB                       Dureza < 200 HB
• Aumenta os esforços               • Aumenta a dutilidade
 de corte
• Aumenta o desgaste                • Tendências APC
 via abrasão e difusão
                                                        26
 
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         FATORES QUE AFETAM A
        USINABILIDADE DOS AÇOS
      • Microestrutura
A variação da microestrutura ocasionada pelo
tratamento térmico afeta a usinabilidade.

Cementita = Ferrita + Perlíta.
É uma fase extremamente abrasiva.

Martensita = Carboneto de ferro que se forma na
têmpera do aço. (O nome provém de Adolf Martens,
engenheiro alemão [1850-1914].)
É uma fase extremamamente dura.           27
 
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         FATORES QUE AFETAM A
        USINABILIDADE DOS AÇOS
     • Microestrutura

1. Quando o material tem uma microestrutura
predominantemente    martensítica, que    é
extremamente dura, a vida da ferramenta é
reduzida.

2. Quando o teor de cementita, que é uma fase
extremamente abrasiva - pois é cheia de
carbonetos que são partículas extremamente
duras - é predominante, a vida da ferramenta
também é reduzida.                       28
 
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            FATORES QUE AFETAM A
           USINABILIDADE DOS AÇOS
       • Presença de Inclusões
         São partículas duras presentes no material (óxidos de
ferro, Mn, Si etc.).
- Macro inclusões:
Presentes em aços de baixa qualidade. São geradas durante a
fabricação no forno. São indesejáveis.
- Micro inclusões:
Presentes em todos os aços.
São desejáveis quando ajudam na remoção rápida do material e
na formação do cavaco curto, que retarda o desgaste da
ferramenta.
São indesejáveis quando são duras e abrasivas provocando o
desgaste rápido da ferramenta.                           29
 
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            FATORES QUE AFETAM A
           USINABILIDADE DOS AÇOS
       • Presença de elementos de liga

- Alguns elementos de liga têm efeito positivo na usinabilidade
Chumbo, Fósforo, Enxofre.
- Alguns outros têm efeito negativo na usinabilidade (duros e
abrasivos)
Vanádio, Molibdênio, Tungstênio, Manganês, Níquel, Cobalto,
Cromo etc
- O carbono quando presente em teor entre 0.3 e 0.6% tende a
melhorar a usinabilidade.
Quando C< 0.3%: material dúctil, formação APC+dificuldade de
quebra do cavaco
Quando C> 0.6: material duro e abrasivo, desgaste rápido da  30
ferramenta.
 
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                     AÇO INOX
      São ligas ferrosas que possuem um mínimo
de 12% Cr para aumentar a resistência à corrosão.
Eles contém também outros elementos de liga
como o Ni, Cu, Al,Si e Mo.

Três classes: • Ferrítico (cromo principal elemento)
                  • Austenítico (série 300) (presença da
austenita à Temp. ambiente faz que tenha maior
deformabilidade, podendo ser conformado a frio e a quente)
                  • Martensítico (400) (presença da austenita a
Temp > 723°C)
                                                           31
 
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                 AÇO INOX
      Características

Aço Martensítico
- Muito duro
- Alto teor de carbono
- Formação de partículas
duras e abrasivas de
carbonetos de cromo
- Gera elevados esforços
de corte
                                                32
 
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                    AÇO INOX
       Características

Aço Austenítico
-Não muito duro                                    - Baixa cond. Térmica
-Alta taxa de encruamento                           (retém calor na região
- Grande zona de plasticidade                      de corte)
-Formação de cavacos longos                        - Alto coeficiente de
que tendem a empastar sobre                        atrito (aumenta os
a superfície de saída                              esforços de corte)
- Formação da APC                                  - Alto coeficiente de
                                                   dilatação térmica
                                                   (dificuldade de
                                                   obtenção de        33
                                                   tolerâncias apertadas)
 
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                 AÇO INOX
      Os aços inox normalmente têm uma
usinabilidde baixa, no entanto a usibilidade pode
ser melhorada adicionando elementos de liga
como o Manganês e o Enxofre, que combatem o
encruamento do material durante a usinagem




                                                34
 
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                 AÇO INOX
    ESTUDO DE CASO

Influência da Microestrutura na Usinabilidade dos
 Aços Inoxidáveis AISI 630 com e sem Adição de
                      Cálcio
    H. Matsumoto , J. Minatogawa , J. Gallego .




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       ESTUDO DE CASO
      Motivação

• Redução de custo de fabricação
- Maior taxa de remoção de material
- Maior vida útil da ferramenta

Nota: Sem acarretar prejuízo nas propriedades
mecânicas.


                                                 36
 
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        ESTUDO DE CASO
       A adição de cálcio provoca uma modificação da
natureza e da morfologia das inclusões e é uma técnica já
conhecida pelas aciarias modernas.

O cálcio é adicionado geralmente em forma de fios de Ca-Si
durante o refino do aço líquido, transformando as inclusões de
alumina em aluminatos de cálcio.

Enquanto as inclusões de alumina são duras e abrasivas, com
ponto de fusão de 2045oC, compostos do sistema SiO2-CaO-
Al2O3, apresentam ponto de fusão bem mais baixo, de até
cerca de l300oC.
                                                       37
 
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      ESTUDO DE CASO
      A formação de tais compostos gera inclusões
globulares, geralmente envolvida por uma camada
de sulfetos de cálcio e de manganês e conferem
melhoria de usinabilidade, principalmente a altas
velocidades de corte.




                                                38
 
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        ESTUDO DE CASO
       MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização dos ensaios de usinabilidade foi utilizado um
torno CNC de 5,6 kW de potência e rotação máxima de 4000
rpm. A ferramenta de corte utilizada foi um inserto de metal
duro, intercambiável, ISO WNMG-06T308-TF-IC907, com
cobertura PVD de TiAlN, comprimento da aresta de corte de
6,52 mm, espessura de 3,9 mm;raio de ponta de 0,8 mm e
ângulo de saída de 13°. Porta ferramenta ISO PWLNR 20X20-K-
08, ângulo de posição 90° e ângulo de folga 6°.


                                                       39
 
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        ESTUDO DE CASO
       MATERIAIS E MÉTODOS

A rugosidade da peça usinada foi medida com um rugosímetro
Taylor/Robson “Surtronic 3”, digital de 0,01μm e o desgaste da
ferramenta foi medido com o auxílio de um microscópio.

Os materiais ensaiados foram os aços inoxidáveis AISI 630
convencional e modificado com adição de cálcio (AISI 630UF),
não endurecidos, ambos com dureza aproximada de 33 HRC,
com as principais composições químicas apresentadas na
tabela.

                                                       40
 
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ESTUDO DE CASO




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         ESTUDO DE CASO
               MATERIAIS E MÉTODOS

       Parâmetros de corte
Vc = 250 m/min, ap = 1,0 mm, avanço f = 0,25 mm.

Em cada caso, após duas passadas da ferramenta ao longo da
peça, foi retirada a pastilha para avaliação e medição do desgaste
máximo de flanco (VBBmáx) e da rugosidade.

Como critério de fim de vida foi adotado VBBmáx = 0,3 mm ou tempo
de corte = 25 minutos, prevalecendo o que ocorresse primeiro, ou
seja, os ensaios eram finalizados quando ocorresse qualquer um
dos casos, salvo acidentes de percurso como trincas ou
lascamento da pastilha, os quais finalizaram automaticamente o
                                                          42
ensaio.
 
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       ESTUDO DE CASO
      RESULTADOS

Os resultados serão apresentados em dois
subtítulos:

- a usinabilidade dos aços em relação ao desgaste
da ferramenta de corte e acabamento superficial.
- a microestrutura dos materiais ensaiados.


                                                 43
 
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        ESTUDO DE CASO
        RESULTADOS

       Até o fim de vida da aresta de corte, preestabelecida
em VB=0.30 mm, o aço modificado proporcionou um aumento
de produtividade de 15 a 20%.




                                                     44
 
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 ESTUDO DE CASO
       O acabamento superficial do aço modificado foi
cerca de 30% melhor.




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ESTUDO DE CASO




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ESTUDO DE CASO




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        ESTUDO DE CASO
        CONCLUSÕES DO ESTUDO

        Após usinagem, não houve alteração nas propriedades
mecânicas dos 2 materiais que pudesse ser atribuída à
presença de Calcio e Enxofre.
        A melhoria da usinabilidade observada no aço
modificado foi promovida pela presença de um maior número
de inclusões bem próximas entre elas e que contribuiram para
a propagação das microfissuras responsáveis pela quebra do
cavaco.
        A formação de cavacos descontínuos (curtos) no aço
modificado, proporcionou um menor desgaste da ferramenta e
contribui para a melhoria do acabamento superficial
(rugosidade).                                         48
 
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          USINABILIDADE DO
           FERRO FUNDIDO
       Ferros fundidos são ligas ferro-carbono
com porcentagem de carbono entre 2 e 4%,
contendo ainda outros elementos de liga como
o silício, o manganês, o fósforo e o enxofre,
além do níquel, cromo, molibdênio e cobre.




                                               49
 
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           USINABILIDADE DO
            FERRO FUNDIDO
      Principais propriedades:

• Boa rigidez

• Resistência à compressão

• Baixo ponto de fusão


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USINABILIDADE DO
 FERRO FUNDIDO




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   USINABILIDADE DOS
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DIVERSOS TIPOS DE FERRO
        FUNDIDO




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      USINABILIDADE DO FoFo

      O Silício influencia significativamente a
usinabilidade.

FoFo com 12% de Silício ou mais são
praticamente impossíveis de serem usinados.




                                               53
 
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      USINABILIDADE DO FoFo
      Além da influência do silício na
usinabilidade, outros elementos de liga também
influem na usinabilidade dos ferros fundidos

A influência dos elementos pode ser dividida
em 2 tipos:
Os formadores de carboneto (cromo, cobalto,
manganês, molibdênio e vanádio), que
prejudicam a usinabilidade devido ao fato de
que os carbonetos são partículas muito duras e
abrasivas.
                                               54
 
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      USINABILIDADE DO FoFo
      Os grafitizantes (silício, níquel, alumínio
      e cobre) auxiliam na usinabilidade.

O sulfeto de manganês também é utilizado nos
ferros fundidos para melhorar a usinabilidade.




                                               55
 
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      USINABILIDADE DO FoFo
      Conclusão:

Em termos gerais podemos dizer que quanto
maior a dureza e a resistência de um tipo de
ferro fundido pior é a sua usinabilidade.




                                               56
 
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        USINABILIDADE DO FoFo
              CINZENTO
      O FoFo Cinzento pode conter até 3% de Si.

No ferro fundido cinzento com alto teor de silício
apresentará muito carbono livre e quase nenhuma
cementita (O silício é um poderoso grafitizante).

               É de boa usinabilidade.

O FoFo cinzento forma cavacos de ruptura, enquanto
que os maleáveis e nodulares formam cavacos
longos.
                                               57
 
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          USINABILIDADE DO FoFo
                BRANCO
         O FoFo Branco contém de 2.5 a 3.5% C apresenta
baixo teor de Silício, alto teor de carbeto de ferro e pouco
grafite livre.

O resultado é uma estrutura muito dura, resistente,
quebradiça e sua usinabilidade é dificílima.

Quando a sua dureza é da ordem de 300 HB, a usinagem é
praticamente impossível.

Ele é utilizado para a moldagem de peças que não devem
ser usinadas como:
Tubos para abastecimento de água ou gás.          58
 
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        USINABILIDADE DO FoFo
              MALEÁVEL
      O FoFo Maleável é um FoFo recozido.
Esse tratamento reduz a quantidade de grafite
lamelar   e     transforma  uma    quantidade
considerável de carbeto de ferro em ferro dútil,
mole e grafite esferoidal.

O resultado é uma estrutura com uma certa
ductilidade e tenacidade, de boa usinabilidade.


                                               59
 
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           USINABILIDADE DO FoFo
                 NODULAR
       O FoFo Nodular também chamado às vezes de
       FoFo ductil é obtido pelo adição de pequena
quantidade de magnésio ou de cério no FoFo de alto
carbono em estado líquido.

A estrutura resultante após resfriamento da solução e
apresenta o carbeto de ferro e grafite em forma esferoidal
(nodular).

A normalização e o revenimento do FoFo nodular aumenta
sua resistência, mas o torna mais quebradiço.

Apesar de ser mais resistente, ele é usinável.         60
 
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                  UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
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                 DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS




           LIGAS RESISTENTES AO
                  CALOR
             Muitas aplicações industriais atuais, assim
como as construções aeronáuticas, requerem materiais mais
tenazes com maior resistência às altas temperaturas.

A esta demanda respondem os aços inox e uma grande
variedade de ligas resistentes ao calor, compostas de Ni,
Mo,
Co, W, Titânio, ferro e outros elementos.

Algumas dessas ligas eram tidas como impossíveis de
usinar-se.

Todavia as conquistas no domínio da teoria da usinagem e
                                                      61
dos fluídos de corte permitem hoje o uso extenso dessas
 
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          LIGAS RESISTENTES AO
                 CALOR
            Por exemplo, na usinagem do titânio,
o seguinte quadro é encontrado:

• grau de dificuldade da usinagem é muito grande
• vida da ferramenta curta
• calor desenvolvido muito alto




                                                 62
 
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         DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS




    Bibliografias
•   ABREU FILHO, Carlos. Tornearia Mecânica – Notas de
    Aula, Belém, 2007.

•   AGOSTINHO, Oswaldo Luis. VILELLa, Ronaldo Castro
    (In Memoriam), BUTTON, Sérgio Tonini. Processos de
    Fabricação e Planejamento de Processos. Universidade
    Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia
    Mecânica - Departamento de Engenharia de Fabricação -
    Departamento de Engenharia de Materiais. Campinas, SP.
    2004

•   BRAGA, Paulo Sérgio Teles, CPM - Programa de
    Certificação de Pessoal de Manutenção – Mecânica -
    Processos de Fabricação, SENAI/CST, Vitória, ES. 1999.

•   COSTA, Éder Silva & SANTOS, Denis Júnio. Processos
                                                  63
    de Usinagem. CEFET-MG. Divinópolis, MG. março de 2006
 
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         DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS




    Bibliografias
•   DINIZ, A. E., Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 3 ed.
    São Paulo: Artliber Editora, 2003.

•   FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos
    Metais. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo, SP,
    1977

•   INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades – SI
    (tradução da 7ª edição do original francês “Le Système
    International d’Unités”, elaborada pelo Bureau International
    des Poids et Mesures - BIPM). 8ª edição Rio de Janeiro,
    2003. 116 p.

•   INMETRO. Vocabulário Internacional de Termos
    Fundamentais e Gerais de Metrologia – VIM – Portaria
    Inmetro 029 de 1995. 3ª edição, Rio de Janeiro, 2003. 75p.
                                                      64
•   reimpressão.
 
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    Bibliografias
•   PALMA, Flávio. Máquinas e Ferramentas. Apostila,
    SENAI-SC, Blumenau, 2005.

•   SECCO, Adriano Ruiz; VIEIRA, Edmur & GORDO, Nívia.
    Módulos Instrumentais – Metrologia. Telecurso 2000. São
    Paulo, SP, 2007

•   VAN VLACK, L. H., Princípios da Ciência e Tecnologia dos
    Materiais. Tradução Edson Carneiro. Rio de Janeiro:
    Elsevier, 1970 – 4ª reimpressão.




                                                    65

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Ensaios de usinabilidade dos metais

  • 1.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS Ensaios de Usinabilidade dos Metais Professora: Maria Adrina Paixão de Souza da Silva, Dra. 1 Eng.
  • 2.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DEFINIÇÃO Usinabilidade - De um modo geral, é o grau de dificuldade de se usinar um determinado material. 2
  • 3.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DEFINIÇÃO As propriedades do material que podem afetar a usinabilidade de um material são: • Dureza • Taxa de encruamento • Resistência a tração • Ductilidade • Condutividade térmica 3
  • 4.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DEFINIÇÃO Dureza / Resistência a tração ↑ • Dificulta a usinabilidade • Aumenta os esforços de corte Ductilidade ↑ • Melhora a usinabilidade • Favorece a formação dos cavacos • Diminui os esforços de corte • Tendências a formação de aresta postiça 4
  • 5.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DEFINIÇÃO Condutividade térmica ↑ • Melhora a usinabilidade • Diminui o calor gerado na região de corte Dentre os tipos de materiais mais usinados, os que têm maior condutividade térmica são: 1. Os alumínios 2. Os aços não ligados 3. Os aços ligados 4. Os aços inoxidáveis 5
  • 6.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DEFINIÇÃO Taxa de encruamento ↑ Dificulta a usinagem •Dificulta a formação de cavacos • Aumenta os esforços de corte • Tendências a formação de aresta postiça Nota: Quando metais são deformados plasticamente, eles aumentam sua resistência. A esse fenômeno dá- se o nome de encruamento. Aços carbono têm baixa taxa de encruamento. Aços inox. Austeníticos têm alta taxa de encruamento. 6
  • 7.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS OUTROS FATORES IMPORTANTES DE INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE A usinabilidade não depende somente das condições intrínsecas do material (fatores metalúrgicos), mas depende também de: • Condições de usinagem • Características da ferramenta • Condições de refrigeração • Rigidez do sistema máquina-ferramenta • Tipo de operação (corte intermitente ....) • Etc.... 7
  • 8.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS OUTROS FATORES IMPORTANTES DE INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE É comum de se pensar no meio produtivo, que a usinabilidade é uma propriedade intrinsecamente ligada à dureza do material da peça e à sua resistência mecânica. Assim, segundo este raciocínio, um material mole é de boa usinabilidade e um material duro de baixa usinabilidade. Verdadeiro ou falso ? 8
  • 9.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS OUTROS FATORES IMPORTANTES DE INFLUÊNCIA NA USINABILIDADE Exemplo: Comparando os dois aços inox: - Aço 303 Mesma dureza - Aço 316 Porém o aço 303 tem maior usinabilidade que o 316 porque ele possui sulfeto de managanês, que melhora a usinabilidade. 9
  • 10.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU) É um valor numérico que serve de comparação. Assim comparando dois materiais, diremos que aquele que tiver um índice de usinabilidade mais alto é o material mais fácil de se usinar. Um material pode ter um valor de usinabilidade baixo em certas condições de usinagem e um valor maior em outras condições, por exemplo. 10
  • 11.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU) Com relação aos critérios de usinabilidade baseados na rugosidade, pode-se dizer que o alumínio tem uma usinabilidade alta? Em condições normais de usinagem, o cavaco formado é longo e o acabamento superficial obtido é insatisfatório. Porém, bons acabamento superficiais podem ser obtidos se a velocidade de corte for suficientemente alta e a geometria da ferramenta adequada. 11
  • 12.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ÍNDICE DE USINABILIDADE (IU) 12
  • 13.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ENSAIO DE USINABILIDADE Existem diversos métodos para medir a usinabilidade de um material. O método mais aceito é um ensaio chamado de longa duração, onde o material ensaiado e o material tomado como padrão são usinados até o fim da vida da ferramenta ou até um determinado valor de desgaste da ferramenta (VB ou KT). 13
  • 14.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ENSAIO DE USINABILIDADE Existem também os ensaios de curta duração que são utilizados para avaliar outros fatores como: • Rugosidade • Força de usinagem • Etc. Nestes casos normalmente as condições de usinagem são forçadas para justamente para obter o resultado em pouco tempo de ensaio. 14
  • 15.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO O alumínio puro é muito fácil de se usinar, mas quando ele é ligado a sua usinabilidade se torna baixa. Por exemplo, a liga de alumínio-silício contém partículas de silício altamente abrasivas e desgastam rapidamente a ferramenta de metal duro. 15
  • 16.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO Importante saber que: As propriedades mecânicas e térmicas do alumínio puro são fatores decisivos nas características de usinagem de suas ligas. Você sabia que EAÇO= 3EAlumínio ? Isto significa que, sob a mesma força de corte, o alumínio se deforma 3 vezes mais do que o aço. Condutibilidade do Al = 2 Aço 16
  • 17.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO Embora algumas ligas de alumínio apresentem uma resistência equivalente à do aço com baixo carbono em temperatura ambiente, em temperaturas elevadas a sua resistência é bastante reduzida. O alumínio tem uma elevada condutividade térmica o que faz com que boa parte do calor vá para a peça. Isto favorece a usinabilidade destas ligas já que a elevação da temperatura é inerente ao processo. 17
  • 18.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO Propriedade positiva: alta condutividade térmica; Melhora a usinabilidade. Propriedade negativa: Baixa dureza; Favorece a formação da APC. Prejudica o acabamento da peça e provoca desgaste frontal da ferramenta A alta condutividade térmica favorece a usinabilidade destas ligas já que a elevação da temperatura é inerente ao processo. 18
  • 19.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO 19
  • 20.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DAS LIGAS DE ALUMÍNIO O material de ferramenta típico para a usinagem de ligas de alumínio (com exceção das ligas de silício) é o metal duro de classe K sem cobertura. - Temperaturas de corte baixos. - Não há desgaste de cratera incentivado pela difusão. 20
  • 21.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA CLASSES – NORMA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ISO 21
  • 22.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA CLASSES – NORMA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ISO A classe K é recomendada pois as temperaturas de corte são mais baixas, e por isso a formação do desgaste de cratera via processo difusivo não é um problema. 22
  • 23.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ELEMENTOS DE LIGAS E SUAS INFLUÊNCIAS NA USINABILIDADE DO ALUMÍNIO 23
  • 24.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO AÇO Fatores que afetam a usinabilidade dos Aços: • Dureza • Microestrutura • Presença de Inclusões • Presença de elementos de liga 24
  • 25.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Dureza O fator que predominantemente afeta a usinabilidade é sem dúvida a dureza. 25
  • 26.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Dureza 200 HB é um bom valor referencial em termo de dureza. No entanto Dureza > 200HB Dureza < 200 HB • Aumenta os esforços • Aumenta a dutilidade de corte • Aumenta o desgaste • Tendências APC via abrasão e difusão 26
  • 27.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Microestrutura A variação da microestrutura ocasionada pelo tratamento térmico afeta a usinabilidade. Cementita = Ferrita + Perlíta. É uma fase extremamente abrasiva. Martensita = Carboneto de ferro que se forma na têmpera do aço. (O nome provém de Adolf Martens, engenheiro alemão [1850-1914].) É uma fase extremamamente dura. 27
  • 28.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Microestrutura 1. Quando o material tem uma microestrutura predominantemente martensítica, que é extremamente dura, a vida da ferramenta é reduzida. 2. Quando o teor de cementita, que é uma fase extremamente abrasiva - pois é cheia de carbonetos que são partículas extremamente duras - é predominante, a vida da ferramenta também é reduzida. 28
  • 29.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Presença de Inclusões São partículas duras presentes no material (óxidos de ferro, Mn, Si etc.). - Macro inclusões: Presentes em aços de baixa qualidade. São geradas durante a fabricação no forno. São indesejáveis. - Micro inclusões: Presentes em todos os aços. São desejáveis quando ajudam na remoção rápida do material e na formação do cavaco curto, que retarda o desgaste da ferramenta. São indesejáveis quando são duras e abrasivas provocando o desgaste rápido da ferramenta. 29
  • 30.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS FATORES QUE AFETAM A USINABILIDADE DOS AÇOS • Presença de elementos de liga - Alguns elementos de liga têm efeito positivo na usinabilidade Chumbo, Fósforo, Enxofre. - Alguns outros têm efeito negativo na usinabilidade (duros e abrasivos) Vanádio, Molibdênio, Tungstênio, Manganês, Níquel, Cobalto, Cromo etc - O carbono quando presente em teor entre 0.3 e 0.6% tende a melhorar a usinabilidade. Quando C< 0.3%: material dúctil, formação APC+dificuldade de quebra do cavaco Quando C> 0.6: material duro e abrasivo, desgaste rápido da 30 ferramenta.
  • 31.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS AÇO INOX São ligas ferrosas que possuem um mínimo de 12% Cr para aumentar a resistência à corrosão. Eles contém também outros elementos de liga como o Ni, Cu, Al,Si e Mo. Três classes: • Ferrítico (cromo principal elemento) • Austenítico (série 300) (presença da austenita à Temp. ambiente faz que tenha maior deformabilidade, podendo ser conformado a frio e a quente) • Martensítico (400) (presença da austenita a Temp > 723°C) 31
  • 32.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS AÇO INOX Características Aço Martensítico - Muito duro - Alto teor de carbono - Formação de partículas duras e abrasivas de carbonetos de cromo - Gera elevados esforços de corte 32
  • 33.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS AÇO INOX Características Aço Austenítico -Não muito duro - Baixa cond. Térmica -Alta taxa de encruamento (retém calor na região - Grande zona de plasticidade de corte) -Formação de cavacos longos - Alto coeficiente de que tendem a empastar sobre atrito (aumenta os a superfície de saída esforços de corte) - Formação da APC - Alto coeficiente de dilatação térmica (dificuldade de obtenção de 33 tolerâncias apertadas)
  • 34.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS AÇO INOX Os aços inox normalmente têm uma usinabilidde baixa, no entanto a usibilidade pode ser melhorada adicionando elementos de liga como o Manganês e o Enxofre, que combatem o encruamento do material durante a usinagem 34
  • 35.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS AÇO INOX ESTUDO DE CASO Influência da Microestrutura na Usinabilidade dos Aços Inoxidáveis AISI 630 com e sem Adição de Cálcio H. Matsumoto , J. Minatogawa , J. Gallego . 35
  • 36.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO Motivação • Redução de custo de fabricação - Maior taxa de remoção de material - Maior vida útil da ferramenta Nota: Sem acarretar prejuízo nas propriedades mecânicas. 36
  • 37.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO A adição de cálcio provoca uma modificação da natureza e da morfologia das inclusões e é uma técnica já conhecida pelas aciarias modernas. O cálcio é adicionado geralmente em forma de fios de Ca-Si durante o refino do aço líquido, transformando as inclusões de alumina em aluminatos de cálcio. Enquanto as inclusões de alumina são duras e abrasivas, com ponto de fusão de 2045oC, compostos do sistema SiO2-CaO- Al2O3, apresentam ponto de fusão bem mais baixo, de até cerca de l300oC. 37
  • 38.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO A formação de tais compostos gera inclusões globulares, geralmente envolvida por uma camada de sulfetos de cálcio e de manganês e conferem melhoria de usinabilidade, principalmente a altas velocidades de corte. 38
  • 39.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização dos ensaios de usinabilidade foi utilizado um torno CNC de 5,6 kW de potência e rotação máxima de 4000 rpm. A ferramenta de corte utilizada foi um inserto de metal duro, intercambiável, ISO WNMG-06T308-TF-IC907, com cobertura PVD de TiAlN, comprimento da aresta de corte de 6,52 mm, espessura de 3,9 mm;raio de ponta de 0,8 mm e ângulo de saída de 13°. Porta ferramenta ISO PWLNR 20X20-K- 08, ângulo de posição 90° e ângulo de folga 6°. 39
  • 40.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO MATERIAIS E MÉTODOS A rugosidade da peça usinada foi medida com um rugosímetro Taylor/Robson “Surtronic 3”, digital de 0,01μm e o desgaste da ferramenta foi medido com o auxílio de um microscópio. Os materiais ensaiados foram os aços inoxidáveis AISI 630 convencional e modificado com adição de cálcio (AISI 630UF), não endurecidos, ambos com dureza aproximada de 33 HRC, com as principais composições químicas apresentadas na tabela. 40
  • 41.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO 41
  • 42.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO MATERIAIS E MÉTODOS Parâmetros de corte Vc = 250 m/min, ap = 1,0 mm, avanço f = 0,25 mm. Em cada caso, após duas passadas da ferramenta ao longo da peça, foi retirada a pastilha para avaliação e medição do desgaste máximo de flanco (VBBmáx) e da rugosidade. Como critério de fim de vida foi adotado VBBmáx = 0,3 mm ou tempo de corte = 25 minutos, prevalecendo o que ocorresse primeiro, ou seja, os ensaios eram finalizados quando ocorresse qualquer um dos casos, salvo acidentes de percurso como trincas ou lascamento da pastilha, os quais finalizaram automaticamente o 42 ensaio.
  • 43.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO RESULTADOS Os resultados serão apresentados em dois subtítulos: - a usinabilidade dos aços em relação ao desgaste da ferramenta de corte e acabamento superficial. - a microestrutura dos materiais ensaiados. 43
  • 44.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO RESULTADOS Até o fim de vida da aresta de corte, preestabelecida em VB=0.30 mm, o aço modificado proporcionou um aumento de produtividade de 15 a 20%. 44
  • 45.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO O acabamento superficial do aço modificado foi cerca de 30% melhor. 45
  • 46.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO 46
  • 47.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO 47
  • 48.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS ESTUDO DE CASO CONCLUSÕES DO ESTUDO Após usinagem, não houve alteração nas propriedades mecânicas dos 2 materiais que pudesse ser atribuída à presença de Calcio e Enxofre. A melhoria da usinabilidade observada no aço modificado foi promovida pela presença de um maior número de inclusões bem próximas entre elas e que contribuiram para a propagação das microfissuras responsáveis pela quebra do cavaco. A formação de cavacos descontínuos (curtos) no aço modificado, proporcionou um menor desgaste da ferramenta e contribui para a melhoria do acabamento superficial (rugosidade). 48
  • 49.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FERRO FUNDIDO Ferros fundidos são ligas ferro-carbono com porcentagem de carbono entre 2 e 4%, contendo ainda outros elementos de liga como o silício, o manganês, o fósforo e o enxofre, além do níquel, cromo, molibdênio e cobre. 49
  • 50.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FERRO FUNDIDO Principais propriedades: • Boa rigidez • Resistência à compressão • Baixo ponto de fusão 50
  • 51.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FERRO FUNDIDO 51
  • 52.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA USINABILIDADE DOS DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS DIVERSOS TIPOS DE FERRO FUNDIDO 52
  • 53.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo O Silício influencia significativamente a usinabilidade. FoFo com 12% de Silício ou mais são praticamente impossíveis de serem usinados. 53
  • 54.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo Além da influência do silício na usinabilidade, outros elementos de liga também influem na usinabilidade dos ferros fundidos A influência dos elementos pode ser dividida em 2 tipos: Os formadores de carboneto (cromo, cobalto, manganês, molibdênio e vanádio), que prejudicam a usinabilidade devido ao fato de que os carbonetos são partículas muito duras e abrasivas. 54
  • 55.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo Os grafitizantes (silício, níquel, alumínio e cobre) auxiliam na usinabilidade. O sulfeto de manganês também é utilizado nos ferros fundidos para melhorar a usinabilidade. 55
  • 56.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo Conclusão: Em termos gerais podemos dizer que quanto maior a dureza e a resistência de um tipo de ferro fundido pior é a sua usinabilidade. 56
  • 57.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo CINZENTO O FoFo Cinzento pode conter até 3% de Si. No ferro fundido cinzento com alto teor de silício apresentará muito carbono livre e quase nenhuma cementita (O silício é um poderoso grafitizante). É de boa usinabilidade. O FoFo cinzento forma cavacos de ruptura, enquanto que os maleáveis e nodulares formam cavacos longos. 57
  • 58.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo BRANCO O FoFo Branco contém de 2.5 a 3.5% C apresenta baixo teor de Silício, alto teor de carbeto de ferro e pouco grafite livre. O resultado é uma estrutura muito dura, resistente, quebradiça e sua usinabilidade é dificílima. Quando a sua dureza é da ordem de 300 HB, a usinagem é praticamente impossível. Ele é utilizado para a moldagem de peças que não devem ser usinadas como: Tubos para abastecimento de água ou gás. 58
  • 59.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo MALEÁVEL O FoFo Maleável é um FoFo recozido. Esse tratamento reduz a quantidade de grafite lamelar e transforma uma quantidade considerável de carbeto de ferro em ferro dútil, mole e grafite esferoidal. O resultado é uma estrutura com uma certa ductilidade e tenacidade, de boa usinabilidade. 59
  • 60.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS USINABILIDADE DO FoFo NODULAR O FoFo Nodular também chamado às vezes de FoFo ductil é obtido pelo adição de pequena quantidade de magnésio ou de cério no FoFo de alto carbono em estado líquido. A estrutura resultante após resfriamento da solução e apresenta o carbeto de ferro e grafite em forma esferoidal (nodular). A normalização e o revenimento do FoFo nodular aumenta sua resistência, mas o torna mais quebradiço. Apesar de ser mais resistente, ele é usinável. 60
  • 61.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS LIGAS RESISTENTES AO CALOR Muitas aplicações industriais atuais, assim como as construções aeronáuticas, requerem materiais mais tenazes com maior resistência às altas temperaturas. A esta demanda respondem os aços inox e uma grande variedade de ligas resistentes ao calor, compostas de Ni, Mo, Co, W, Titânio, ferro e outros elementos. Algumas dessas ligas eram tidas como impossíveis de usinar-se. Todavia as conquistas no domínio da teoria da usinagem e 61 dos fluídos de corte permitem hoje o uso extenso dessas
  • 62.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS LIGAS RESISTENTES AO CALOR Por exemplo, na usinagem do titânio, o seguinte quadro é encontrado: • grau de dificuldade da usinagem é muito grande • vida da ferramenta curta • calor desenvolvido muito alto 62
  • 63.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS Bibliografias • ABREU FILHO, Carlos. Tornearia Mecânica – Notas de Aula, Belém, 2007. • AGOSTINHO, Oswaldo Luis. VILELLa, Ronaldo Castro (In Memoriam), BUTTON, Sérgio Tonini. Processos de Fabricação e Planejamento de Processos. Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia Mecânica - Departamento de Engenharia de Fabricação - Departamento de Engenharia de Materiais. Campinas, SP. 2004 • BRAGA, Paulo Sérgio Teles, CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção – Mecânica - Processos de Fabricação, SENAI/CST, Vitória, ES. 1999. • COSTA, Éder Silva & SANTOS, Denis Júnio. Processos 63 de Usinagem. CEFET-MG. Divinópolis, MG. março de 2006
  • 64.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS Bibliografias • DINIZ, A. E., Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 3 ed. São Paulo: Artliber Editora, 2003. • FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo, SP, 1977 • INMETRO. SISTEMA Internacional de Unidades – SI (tradução da 7ª edição do original francês “Le Système International d’Unités”, elaborada pelo Bureau International des Poids et Mesures - BIPM). 8ª edição Rio de Janeiro, 2003. 116 p. • INMETRO. Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia – VIM – Portaria Inmetro 029 de 1995. 3ª edição, Rio de Janeiro, 2003. 75p. 64 • reimpressão.
  • 65.   SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA UFPA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: USINAGEM DOS METAIS Bibliografias • PALMA, Flávio. Máquinas e Ferramentas. Apostila, SENAI-SC, Blumenau, 2005. • SECCO, Adriano Ruiz; VIEIRA, Edmur & GORDO, Nívia. Módulos Instrumentais – Metrologia. Telecurso 2000. São Paulo, SP, 2007 • VAN VLACK, L. H., Princípios da Ciência e Tecnologia dos Materiais. Tradução Edson Carneiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 1970 – 4ª reimpressão. 65