2. AQUILINO RIBEIRO
1885 - 13 de Setembro: Carregal de Tabosa,
concelho de Sernacelhe - nasce Aquilino
Gomes Ribeiro, filho de Joaquim Francisco
Ribeiro e de Mariana do Rosário Gomes.
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3. AQUILINO RIBEIRO
No ano em que Aquilino chega ao mundo…
• Émile Zola escreve Germinal;
• Mark Twain publica Huckleberry Finn;
• Guy de Maupassant publica Belami;
• Guerra Junqueiro dá à estampa A Velhice do Padre Eterno;
• Oliveira Martins publica a sua História da República Romana;
• Ramalho Ortigão publica A Holanda;
• Louis Pasteur inocula pela primeira vez o soro contra a raiva;
• Circula o primeiro automóvel …
3PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
4. AQUILINO RIBEIRO
• 1906: Passa a viver na capital iniciando a
sua vida de escritor e jornalista.
• 1907: Adere à Carbonária. É preso.
• 1908: 12 de Janeiro: evade-se da prisão.
Em Maio, refugia-se em Paris.
• 1910: Proclamada a República, no final do
ano vem a Portugal, regressando depois a
França para continuar os estudos.
4PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
5. AQUILINO RIBEIRO
• 1913: Publica o livro de contos Jardim
das Tormentas.
• 1914: Eclode a I Grande Guerra; em
Agosto, regressa a Portugal com a mulher
e o filho que nascera em Fevereiro.
• 1915: Irá, durante três anos, dar aulas no
Liceu Camões, em Lisboa.
• 1918: É publicado o romance A Via
Sinuosa.
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6. AQUILINO RIBEIRO
• 1919: Entra como bibliotecário na
Biblioteca Nacional; publica o romance
Terras do Demo.
• 1924: Edição do livro infantil Romance da
Raposa.
• 1927: Envolve-se numa conspiração
política e, perseguido, refugia-se de novo
em Paris.
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7. AQUILINO RIBEIRO
• 1928: Adere ao movimento militar do
Regimento de Pinhel. Abortado este, é
preso e internado no presídio do Fontelo,
em Viseu de onde se evade. Novo refúgio
em Paris.
• 1929: Em Junho casa de novo em Paris.
Em Portugal, é julgado e condenado à
revelia.
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8. AQUILINO RIBEIRO
• 1932: É amnistiado e instala-se na Cruz Quebrada.
Publica o livro de novelas As Três Mulheres de
Sansão, pelo qual lhe é atribuído em 1933 o Prémio
Ricardo Malheiros.
• 1935: É eleito sócio correspondente da Academia das
Ciências de Lisboa.
• 1949: São publicados os textos de crítica literária
Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais; publica em
separata o comentário à Editio Princeps de Os
Lusíadas; é ainda publicada uma edição de luxo de O
Malhadinhas; colabora na propaganda da candidatura
do general Norton de Matos à Presidência da
República.
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9. AQUILINO RIBEIRO
• 1952: Entre Março e Junho, vai de visita ao
Brasil, onde é homenageado.
• 1956: É fundada em Lisboa a Sociedade
Portuguesa de Escritores, sendo Aquilino
eleito como seu presidente.
• 1957: A Bertrand inicia a colecção Obras
Completas de Aquilino Ribeiro; sai a
crónica romanceada A Casa Grande de
Romarigães e edita-se a sua tradução do
D. Quixote de la Mancha, de Cervantes.
9PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
10. AQUILINO RIBEIRO
• 1958: É eleito sócio efectivo da
Academia das Ciências de Lisboa.
Publica o romance Quando Os Lobos
Uivam, obra que viria a ser proibida pela
censura. É membro da Comissão de
Candidatura do general Humberto
Delgado.
• 1959: Prefacia a tradução do romance
de Pasternak, Dr. Jivago.
10PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
11. AQUILINO RIBEIRO
• 1963: 27 de Maio - no Hospital da CUF,
em Lisboa, morre Aquilino.
• 1986: É criado em Viseu o Centro de
Estudos Aquilino Ribeiro.
• 2007: É oficialmente decidida a
trasladação dos restos mortais de Aquilino
para o Panteão Nacional de Santa
Engrácia (o que ocorrerá em 19 de
Setembro).
11PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
12. AQUILINO RIBEIRO
[...] Aquilino Ribeiro, nado, criado e afincado no
pesponto de três concelhos e em três aldeias (Carregal
da Tabosa, onde nasceu; paga as décimas em
Sernancelhe; Alhais onde foi baptizado; vai para Vila
Nova de Paiva; e Soutosa onde estabeleceu casa e
vivia, pertence ao concelho e comarca de Moimenta da
Beira) depois de ter corrido meio mundo e de ter
estudado em seminários, liceus, colégios e
universidades, desde o dito colégio da Lapa à Sorbonne,
onde esteve para defender tese, pode bem dizer-se o
escritor mais representativo do Portugal do nosso
tempo. Escritor popular no sentido de andar em todas as
mãos, não o foi. [...]
in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5
12PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
14. AQUILINO RIBEIRO
[...] Mas foi sem dúvida o mais lídimo representante dos
escritores da primeira metade deste século,
acompanhando a onda de insatisfação contra a
monarquia, na sua juventude, participando activamente
na vida intelectual e política, na República, e
conspirando contra a ditadura, sofrendo-a e
recalcitrando contra ela, em quase metade da sua vida.
[...]
in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5
14PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
15. AQUILINO RIBEIRO
[...] Na obra de Aquilino Ribeiro vivem os camponeses e os
citadinos, os frades maganões e os arrieiros, os mestres de obras e
os homens do foro ou da arte de curar, os políticos trocatintas e os
jornalistas de nariz no ar a farejar a notícia só pelo prazer de meter
a colherada em seara alheia; mas essa obra sólida, viva, duradoira
só é possível ter a vida que tem e as formas que lhe deram graças
ao lastro da cultura que o seu autor absorveu e foi sempre
aumentando, à medida que os anos passavam e que as ciências e
as letras iam avançando. [...]
15PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
16. AQUILINO RIBEIRO
• Danado aquele Malhadinhas de Barrelas, homem sobre
o meanho, reles de figura, voz tão untuosa e tal ar de
sisudez que nem o próprio Demo o julgaria capaz de,
por um nonada, crivar à naifa o abdómen dum cristão.
Desciam-lhe umas farripas ralas, em guisa de suíças, á
borda das orelhas pequeninas e carnudas como cascas
de noz; trajava jaleca de montanhaque; sapato de
tromba erguida; faixa preta de seis voltas a aparar as
volutas dobradas da corrente de muita prata – e Aveiro
vai, Aveiro vem, no ofício de almocreve, os olhos
sempre frios mas sem malícia, apenas as mandíbulas
de dogue a atraiçoar o bom-serás, as suas façanhas
deixaram eco por toda aquela corda de povos que anos
e anos recorreu. […]
16PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
17. AQUILINO RIBEIRO
[...] Interveniente na vida pública não mais deixaria de o ser. Professor do
liceu, funcionário da Biblioteca Nacional, fez parte do grupo de fundadores
da «Seara Nova», revista de política e crítica que marcava pela
independência. Ao cair o tampão do 28 de Maio sobre a vida portuguesa,
Aquilino sentiu de novo o sangue subir-lhe às fontes. Entraria no 7 de
Fevereiro de 1927, em Lisboa, comandando os grupos civis que atacaram
o Arsenal. Depois, novo exílio, entrada clandestina em Portugal, a Serra da
Nave por dormitório e a Revolta de Pinhel, em 1928. Novo exílio [...]. Em
terras de França, novamente, casaria segunda vez e lá lhe nasceu também
o segundo filho. [...]
17PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
18. AQUILINO RIBEIRO
[…] Sendo antes de tudo um escritor, mais do
que um ficcionista, pois que lhe faltam os dotes de
imaginação de que Camilo era altamente provido,
Aquilino acreditou a vida toda no ofício de escrever
como vocação e como realização da sentença
buffoniana de que "o estilo é o homem". Para atingir
seu objectivo, teve de levantar um impressionante
vocabulário e uma rica sintaxe, e não duvidou em
fazer uso de arcaísmos e tipismos regionais de sua
província natal, a Beira Alta.[…]
in A Literatura Portuguesa (Massaud Moisés)
18PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
19. AQUILINO RIBEIRO
Foi o escritor de todos os superlativos. Chamaram-lhe mestre, "o poderoso
Aquilino", "um dos maiores prosadores da língua portuguesa", "dos mais bem
situados nas nossas estantes, de Gil Vicente e Fernão Lopes a Vieira e
Camilo", "figura de encruzilhada cultural, entre o primitivismo rural e o amor
gratuito da erudição livresca", "de estilo assente na miúda reticulação das
fibras que conjuga um mundo recôndito de coisas vindas das retinas, dos
tímpanos, das papilas sensitivas à flor da pele e das mucosas"... e toda a
adjetivação se torna penosamente frouxa e pleonástica perante o autor de
setenta títulos, que viu na sua vida ( sinuosa como no título do seu romance)
um inesgotável alforge para as suas aventuras literárias - e que o trazia
sempre preso à ilharga, cheio de campo e seiva e o bichedo das serranias
beirãs lá dentro, mesmo quando se viu citadino, "emigrado" em Lisboa,
enjaulado em calabouços (por duas vezes), cosmopolita, exilado em Paris
(também por duas vezes), e na Alemanha... Era um cidadão do mundo, mas as
raízes da terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua obra cabe quase um
século inteiro, com as suas vezes e revezes. […]
19PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
21. AQUILINO RIBEIRO
É uma casa de traça antiga, toda em pedra e
rodeada de terra de cultura, onde viveram os avós
de Aquilino.
Situa-se em Soutosa, município de Tondela. Era
aqui que o escritor passava o verão e onde
escreveu algumas da suas obras. (…)
Desde 1988 esta casa abriga a Fundação Aquilino
Ribeiro.
(Adaptação)
21PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
22. AQUILINO RIBEIRO
• «O Malhadinhas» é, porventura, a obra mais
conhecida de Aquilino Ribeiro. Num longo
monólogo, menos registo de som que registo
psicológico e através duma linguagem filtrada na
sua vera substância popular, um almocreve dos
grandes caminhos, pícaro da meseta, desfia a sua
crónica aventurosa e recria o viver perdido duma
grossa e laboriosa aldeia isolada entre serras do
interior, gótica e intacta nos seus costumes,
imagem derradeira de um Portugal bárbaro e
forte que morreu.
- Livraria Bertrand -
22PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
23. AQUILINO RIBEIRO
Podemos dizer que a riqueza de linguagem em O Malhadinhas dispersa-se pela
narração e pela descrição, pelos diálogos e pelo monólogo interior, pela reflexão e
pela efusão lírica. Predomina a linguagem popular nos diálogos em que as
personagens falam os seus "dialectos", as suas falas, dando-nos assim a cor local.
Surgem algumas expressões de carácter retintamente popular, como:vossorias,
passando-lhe a manápula, a rês que eu era, sem tugir nem mugir, a tocar
berimbau, tem-te nas gâmbias, etc. Abundam as onomatopeias: chiu, trupe, trupe,
dobra que dobra, trota que trota, béu, béu, etc.; as aliterações: prato a tinir contra
prato, eram como pedra que caía num poço, etc.; as conotações; as comparações,
as metáforas e as imagens para exprimir os seus sentimentos e juízos de valor. Não
faltam os provérbios: ...mente Marta como sobrescrito de carta...; guarda-te de
homem que não fala e de cão que não ladra...; a homem ruivo e a mulher barbuda
de longe os saúda. Nem falta o calão:... você havia de engolir a bosteiral; o filho
duma grandessíssima reco; mas o machacaz pôs-se a abanar a cornadura...
23PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
24. AQUILINO RIBEIRO
Era um cidadão do mundo, mas as raízes da
terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua
obra cabe quase um século inteiro, com as
suas vezes e revezes. Na vida coube um
romantismo aventuroso à Victor Hugo, que
sempre mostrava peito feito às tiranias e aos
despotismos vários. Não se vergava nem às
sotainas da sua adolescência, nem aos
ferrolhos das prisões, nem a juízes, monarcas
ou ditadores. [...]
24PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
27. AQUILINO RIBEIRO
• Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas – raposeta matreira, fagueira,
lambisqueira – andava por aquelas brenhas, sempre a correr, sempre a bater, sem
conseguir por a unha em outra presa além duns míseros gafanhotos, nem atinar
com abrigo em que pudesse dormir um soninho descansado. Desesperada de tão
pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para a cova dos pais, onde a cama era
mais quente e segura que no castelo dum rei, e onde nunca faltava galinha,
quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar.
Mas temia-se da mãe, que, ao cabo duma semana de fome, depois do assalto à
capoeira dum lavrador, em que vira a morte a dois passos, tivera com ela esta fala:
• - Salta-Pocinhas, minha filha, de hoje em diante é preciso mudar de rumo. Sabes,
quando entrar a lua nova – e já não faltam grandes dias para chegar às portinhas
do céu – estás raposa feita: dezoito meses rijos e feros, dentes todos, boa saia de
peluche. Teus irmãos aí andam por esses matos, ganhado o pão como Deus é
servido. O Pé-Leve saiu um azougue de finura...
in ‘Romance da Raposa’ – Aquilino Ribeiro
27PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
30. AQUILINO RIBEIRO
• Pelo braço de estrada fora rompiam ranchos em algazarra, bestas
rinchonas caracolando e maltas de varapaus leva que leva. Lá
adiante, ao morrer da baixa, o melhor duma aldeia, harmónio
fungando, cores a bezerrar, avançava em animado passo de dança.
Sozinhos, chegados um ao outro, lá passavam dois casadinhos de
fresco; bem se lhes via nos olhos muito mexidos o regalo de se
mostrar. Tropicavam azeméis com velhos de capote e chapéu
braguês para a nuca, e éguas de alabarda com matronas de lenço
de seda, peito coberto de oiro e tamanquinha de Viseu no bico do
pé. Para aguentar o passo, outras mulheres tinham tirado as
chinelas e com elas na mão, a par do sombreiro, ou à cabeça sobre
o xaile, desinhavam-se todas, tep, tep. E lá seguia tudo a catrapós,
no frenesi de meter com sol à festa que o mês de Agosto c'os seus
santos ao pescoço não tinha melhor que a Senhora da Lapa, a rica
Senhora da Lapinha.
• in ‘Terras do Demo’ – Aquilino Ribeiro
30PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
31. AQUILINO RIBEIRO
• Depois de se evadir, ficou algum tempo em Lisboa a cometer imprudências, nas
barbas da polícia. O pai veio em seu auxílio, a reunir migalhas. Partiu para o exílio,
na manhã de 1 de Junho de 1908, apanhou o Sud-Express, no Entrocamento, de
valise na mão: "Ao Diabo a sisudez e o medo da vida!". Em Paris residiu seis anos,
em convivência com artistas e escritores. Regressou com a proclamação da
República mas retornou à Sorbonne, cursando letras e filosofia. Aí conhece a
primeira mulher, a alemã Grete Tiedermann. Passa por Berlim e Parchin, instala-se
em Paris, onde em 1913 escreve o seu primeiro livro de contos, Jardim das
Tormentas.
"O certo é que Paris, o Paris dos rapins, das porteiras, do beijo à boca farta, da
lâmpada de álcool para aquecer a refeição pronta da charcuterie, do modelo
pindérico e desnalgado, do cocuage dos amigos e pelos amigos, do Bal Bullier e do
Bal des Quat'z Arts, dum dia de fartura e de seis de lazeira, da tasca na fraterna
comensalidade de galdérias, rufiões, sábios, niilistas e poetas, tornara-se-lhe
imprescindível como a casca do caracol".
in ‘Por obra e graça’ - Aquilino Ribeiro
31PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
32. AQUILINO RIBEIRO
• La Closerie des Lilas era ponto de paragem obrigatória
para artistas e poetas. Era neste café de Montparnasse
que estabelecera a sua reputação com Émile Zola, Paul
Cézanne e Théophile Gautier no final do século XIX que
Aquilino Ribeiro parava muitas vezes no seu primeiro
exílio parisiense. [...]Ao lado do café havia um espaço
de bailes populares, os artistas andavam por ali, Lenine
jogava lá xadrez e é até possível que Aquilino o tenha
conhecido. Mas não sabemos ao certo.“
http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-
bacalhau-26062861#/0
32PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
33. AQUILINO RIBEIRO
Homem de convicções fortes que deixou para trás o seminário
para se tornar jornalista, Aquilino teve um vida cheia de
aventuras, que incluiu guardar dinamite que viria a explodir
no seu quarto, duas fugas da prisão, anos de exílio e
temporadas na clandestinidade, escondido na Beira e no
Minho, territórios que conhecia bem e cujas paisagens
descreve demoradamente em muitos dos seus livros.
http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-bacalhau-26062861#/0
33PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
34. AQUILINO RIBEIRO
• Já com um prestígio muito ancorado, o
escritor publica o famoso romance Quando os
lobos uivam, duplamente célebre pelo
conteúdo e pelo inacreditável processo
salazarento que se lhe moveu. É pronunciado
como arguido pelo crime de abuso de
liberdade de expressão, sujeito ao vexame dos
interrogatórios, à afronta das mesquinhas
diligências processuais.
34PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013