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        CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO       í
      MANOEL MARCONDES MACHADO NETO

             Professor Adjunto - FAF/UERJ

      Doutor em Ciências da Comunicação - ECA/USP

           Coordenador do Grupo de Pesquisa
     “GESTÃO E MARKETING NA CULTURA” (CNPq)

             Consultor Empresarial desde 1980

Autor de “MARKETING CULTURAL: DAS PRÁTICAS À TEORIA”

 Co-autor de “ECONOMIA DA CULTURA” (c/ Lusia Angelete)

         Editor do Site marketing-e-cultura.com.br
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1. Filantropia, mecenato e a “pré-história” do patrocínio.

• Patrocínio e filantropia são termos bem díspares.

• Patrocínio liga-se às iniciativas deliberadas e assinadas
enquanto que a filantropia dá-se em anonimato.

• As leis federais de cultura (Sarney e Rouanet)
diferenciam benefícios com patamares distintos de
renúncia fiscal: na Lei Sarney (1986), o doador podia
abater até 100% da quantia investida na ação e o
patrocinador, 80%. Na Lei Rouanet (1991), o doador pode
abater até 40% e o patrocinador, 30%.
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• Constatando que as ações empresariais (e
mesmo de algumas pessoas físicas) tem-se dado
na atualidade sempre mediante algum tipo de
contra-prestação, ou contra-partida – o chamado
retorno de imagem –, Pares i Maicas engloba
tanto mecenato como patrocínio debaixo de um
mesmo “guarda-chuva”, o da filantropia, termo,
aliás, largamente utilizado nos Estados Unidos,
mas de muito pouco uso em seu país-natal, a
Espanha.
MAICAS, Manuel Parés I. La nueva filantropía y la comunicación
social: mecenazgo, fundación y patrocinio. Barcelona. PPU. 1994.
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O patrocínio, de acordo com o mesmo autor:

“Do ponto-de-vista da empresa, as principais
  motivações para a atuação em apoio à arte são:

1.    Satisfação em servir à comunidade;
2.    Melhora da imagem institucional na
       comunidade;
3.    Promoção da cultura;
4.    Obtenção de benefícios comerciais;
5.    Contribuição à educação em geral;
6.    Melhora do ambiente organizacional”.
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       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


Enquanto que as razões para o mecenato seriam:

“1. A proteção dos artistas;

 2. A proteção do patrimônio cultural e artístico;

 3. A montagem de acervos;

 4. A doação de obras de arte;

 5. As fundações”.
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Ainda em Pares i Maicas:

“Jacques de Challendar e Guy de Brebison (1987, P. 31-32)
    distinguem três tipos de ação do Estado na questão da
    cultura:

1.      Estado tutor: com uma política de subvenção para as
     iniciativas privadas. Este modelo pode causar dependência
     dessas iniciativas particulares aos recursos estatais;

2.       Estado censor: através do fisco e da criação de fundações
     privadas de utilidade pública. Proporciona o mecenato
     cultural;

3.      Estado depredador: arroga-se como único ator no
     interesse geral”.
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    CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO  í

Mecenato

“Historicamente, a expressão remete ao final da era
 antes de Cristo. Mecenas, ministro e fonte de
 inspiração de Caio Júlio Augusto, imperador de
 Roma, estrategista de talentos múltiplos, é o
 responsável por uma política inédita de
 relacionamento entre governo e sociedade dentro
 do império. Para Mecenas, as questões do poder e
 da cultura são indissociáveis e cabe ao governo a
 proteção às diversas manifestações da arte. Na
 equação de trocas, cabe às artes um papel no
 âmbito deste poder...
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       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO   í

   ... e Mecenas entende que o poder necessita
    cercar-se da criação artística e do pensamento, na
    busca de sua legitimidade. Através de sua
    influência e prestígio junto aos cidadãos, os
    eruditos emprestam credibilidade, ao mesmo
    tempo em que disseminam a política imperial.
    Nesse cenário, a Itália desempenha um papel
    privilegiado, e o desenvolvimento arquitetônico
    de inúmeras cidades, como Florença, tem, no
    mecenato, sua causa principal”.

LISBOA, Simone Marília. Razão e paixão dos mercados.
Belo Horizonte, Editora C/Arte. 1999.
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   Mecenato e patrocínio segundo Philip Kotler:

   “O marketing, entendido como uma maneira
   eficiente de administrar, pode ser plenamente
   aplicado na área cultural, inclusive por instituições
   que não objetivam lucro”.

• Embora datado o modo de pensar que relacionou
  as coisas da cultura a instituições não-lucrativas, o
  pensamento, atualmente bastante difundido no
  meio empresarial, de que à empresa também deve
  caber a busca de um “lucro social”, incorpora, ao
  discurso institucional, o marketing cultural.
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• Tal mudança de paradigma – que quer fazer do
  empresário um mecenas – enquadra-se no
  conceito de mudança social de Kotler e Roberto.

• Pode-se estendê-lo à consciência e à ação, pela
  empresa, de um papel na manutenção e no
  desenvolvimento dos valores da vida em
  sociedade, entre os quais os valores culturais das
  comunidades em que se instala.

KOTLER, P. e ROBERTO, E. Marketing social. Estratégias
para alterar o comportamento público. Rio de Janeiro, Campus, 1992.
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• As organizações culturais, ou seja, aquelas que
  tem como fim a produção e a difusão da cultura –
  sejam públicas, privadas ou do 3º. setor – não mais
  podem prescindir de uma visão mercadológica.

• Museus, galerias, centros de cultura e teatros
  precisam analisar o mercado em que se inserem e
  pesquisar as razões (e emoções) de seus públicos.

• É preciso ver-se em concorrência permanente com
  outras manifestações que exigem a atenção (a
  disposição para a ida e para o gasto) das plateias.
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   O papel do marketing para as artes é antigo.

• Detentores de grandes fortunas se tornaram os
  grandes mecenas da era moderna. Homens como
  Guggenheim, Carnegie e Smithson marcaram sua
  passagem criando instituições cuja contribuição à
  causa do enriquecimento cultural da sociedade é a
  meta.

• São patronos, patrocinadores.

• Castro Maia, Assis Chateaubriand, Roberto Marinho
  e Moreira Salles: raros exemplos brasileiros.
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    CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO             í

“Teatros, museus e organizações dedicadas à
música sempre viram (e se favoreceram de)
donativos como um vício, então é inoportuno
que os maiores filantropos da arte agora os
vejam/vissem como uma virtude. Eu digo
‘favoreceram’, que é o termo agora mais usado em
artes, é claro. Os filantropos, que trouxeram sua
conduta e seu jargão para a comunidade de
negócios, têm uma outra palavra para isso.
Chamam de marketing”.

KOTLER, P. e SCHEFF, J. Harvard Business Press.
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    CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO  í

Mecenato na visão do maior player brasileiro
no campo do marketing cultural:

“Há empresas em que a ‘cultura de fazer cultura’ já
está consolidada, mas hoje há muito interesse
financeiro.

 Temo por um retrocesso e me pergunto se hoje as
leis de incentivo acabassem, o que sobraria ? Talvez
não tenhamos mais o “mecenas”. Nos Estados
Unidos a cultura é tida como um bom negócio.
Existem diversos graus de eficiência e retorno para
os investimentos.
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    CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO   í

 Investir em cultura, lá, é uma decisão similar a se
escolher anunciar no intervalo da novela das oito,
aqui. É um veículo de retorno assegurado.

 No Brasil, de certa maneira o mercado do
patrocínio involuiu, porque involuiu o impulso
sadio de investimento de recursos próprios. Antes
das leis havia, nas empresas, verbas orçadas para o
patrocínio cultural. Agora o grande mote é o
incentivo fiscal. Depois é que se vai analisar a
adequação de projetos à estratégia de
comunicação”.
                       Steffen Dauelsberg, Dell’Arte
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  CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIOí

2. As bases do empreendimento.


      Administração por objetivos

               VERSUS

       Administração tradicional
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      CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


• Enquanto a grande maioria das escolas
  administrativas ainda pensa e forma perfis em
  torno da administração tradicional, suas
  funções e especialidades, a administração por
  objetivos e seus métodos decorrentes
  (contratação temporária, terceirização,
  gestão por resultados, ênfase na operação,
  nos processos e no gerenciamento de
  projetos) são cada vez mais utilizados pelas
  organizações públicas, privadas e do terceiro
  setor.
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      CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


3. Empreendedorismo.

   Em um mundo que desemprega frente ao
  encolhimento do Estado e às fusões e
  aquisições de empresas, o caminho
  alternativo é o do empreendimento próprio.

   Quais são as suas bases ?

   - Oportunidades (mercado)
   - Habilidades e competências (no ramo-fim
  e na própria administração)
   - Investimento de risco (venture capital)
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4. O desafio da auto-sustentabilidade.

        - Do ponto de equilíbrio (break even
   point) à lucratividade que remunere o
   capital.


5. Apoio do Estado (e suas agências).

       - O papel do Estado como indutor do
   desenvolvimento (FINEP, BNDES, FAPs).
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6. Apoio da iniciativa privada (parcerias).

       - Joint ventures e cadeias produtivas
   (conceito de QT).


7. O conceito de arranjos produtivos locais.

        - Cooperativismo, clusters.
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8. Financiamento X Incentivo.

       - Em cultura, por exemplo, há dificuldade
  em determinar-se o que é show business
  e o que é produção cultural necessitada de
  incentivos; entre o que é produto da indústria
  cultural e o que não é.

  Risco X Fundo perdido.

      - Empreendedorismo X Políticas públicas
  (exemplo: BNDES para preservação de acervos
  históricos).
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       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO     í

Para Teixeira Coelho, já em 1986, “promover a cultura
   não é, apenas, financiar o artista, o produtor
   individual, como (mal) vem fazendo o Estado no
   Brasil, há décadas: é, antes, criar as condições para
   que o maior número possível de pessoas tenha
   acesso ao sistema de produção cultural, senão
   como produtores, pelo menos como
   consumidores efetivos.
E cultura não é a simples soma, o estoque de produtos
   culturais acabados, prontos, mas um ‘modo de
   vida’ entre esses produtos: no primeiro caso o que
   se tem é a cultura-inerte; apenas no segundo é que
   surge a cultura-ação. Mal ou bem, mais mal do
   que bem, o Brasil já tem seu estoque de cultura-
   inerte; trata-se agora de fazê-lo circular, de torná-
   lo ação.”
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        CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO       í

Política cultural se faz com recursos humanos e financeiros.
    As dotações para a cultura têm que atingir patamares
    mínimos recomendáveis sob pena de total inação
    (1% dos orçamentos nacionais é o patamar mínimo
    recomendado pela Unesco).

Ora, se a cultura representa 0,8% do PIB brasileiro (conforme
   mostrou a pesquisa ‘Economia da Cultura’, do MinC,
   publicada em 1998); em 2012, para um PIB de R$ 3 trilhões
   e orçamento de R$ 1,5 trilhão, isso deveria significar a
   inversão de R$ 12 bilhões na cultura – o que encontra-se a
   anos-luz da realidade (em 2007 chegou-se ao aporte de
   cerca de R$ 750 milhões via leis de incentivo mais R$ 240
   milhões – descontados os 50% do contingenciamento – via
   orçamento do MinC).
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      CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


9. Marketing Social

Segundo Philip Kotler

    Conjunto de atividades que visam
   ensejar ou aumentar a aceitação de uma
   ideia ou prática social no seio de um
   determinado segmento social, utilizando
   instrumentos de marketing como
   pesquisa de mercado, marketing mix
   e a mídia.
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      CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


9. Marketing Social

Segundo Kotler e Roberto:

   Toda nação do mundo está passando
   por problemas sociais que seus cidadãos
   e seus governos estão procurando
   resolver. A solução desses problemas
   sociais envolve mudança social.
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      CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


9. Marketing Social

Segundo Kotler e Zaltman:

    Marketing Social é a modalidade de ação
   mercadológica institucional que tem por
   objetivo atenuar ou eliminar problemas
   sociais, carências da sociedade relacionadas
   principalmente com questões de higiene
   e saúde pública, trabalho, educação,
   habitação, transporte e nutrição.
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     CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO


 Marketing para Causas Sociais.

Segundo Pringle e Thompson:

  O MCS é uma ferramenta estratégica
  de marketing e de posicionamento que
  associa uma empresa ou marca a uma
  questão ou causa social relevante, em
  benefício mútuo.
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    CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í

Marketing para Causas Sociais.

O MCS é uma forma efetiva de
melhorar a imagem corporativa,
diferenciando produtos e aumentando
tanto as vendas quanto a fidelidade.
       (Sir Dominic Cadbury, Cadbury Schweppes)
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10. Fundações, ONGs e Institutos.

   Formas societárias clássicas do terceiro setor.

   A sociedade civil organizada tem-se constituído no
   mais promissor segmento em termos de mercado de
   trabalho para a Comunicação Social.

   Segmentos e fragmentos de público buscam seu
   reconhecimento e querem ter uma “cara” e uma voz
   na sociedade.

   O Ministério Público – instância à qual as fundações
   se submetem – ganha força no contexto social.
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Do marketing social para outras especialidades

   O marketing cultural, o marketing “ecológico” e o
   marketing esportivo podem ser considerados formas
   derivadas do marketing social.

   Além do aspecto “mudança social”, a adoção de tais
   estratégias pode trazer, efetivamente, um avanço
   social.

   Nesse contexto é que cada vez mais organizações
   traduzem suas ações de responsabilidade social e de
   cidadania corporativa pelo emprego desse tipo de
   política.
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O conceito de marketing cultural:

   Marketing cultural é a atividade deliberada
  de viabilização físico-financeira de produtos e
  serviços que, comercializados ou
  franqueados, vem atender às demandas de
  fruição e enriquecimento cultural da
  sociedade.

   Nunca é demais lembrar que marketing
  cultural nada tem a ver, em essência,
   com incentivos fiscais à cultura.
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11. Modalidades de marketing cultural.

• Marketing Cultural de Fim

• Marketing Cultural de Meio

• Marketing Cultural de Agente

• Marketing Cultural Misto
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12. Marketing Cultural (1a, 2a e 3a Gerações).

• Primeira Geração (Lei Sarney, 1986)

        - Ênfase na organização produtora

• Segunda Geração (Lei Rouanet, 1991 e do
  Audiovisual, 1993)

        - Ênfase no projeto

• Terceira Geração (após as reformulações em curso)

        - Hipótese: era pós-incentivos fiscais
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13. Negociação. Papel avançado das Relações Públicas.

    De acordo com Roberto Porto Simões (“Informação,
   Inteligência e Utopia: contribuições à teoria de relações
   públicas”), a principal função das relações públicas é o
   exercício de uma micro-política organizacional.

    Uma vez que as RRPP responsabilizam-se pela mediação
   do relacionamento entre as organizações e seus públicos
   diversos (entorno circunvizinho, agências governamentais
   nas três esferas, poderes republicanos, entidades de classe,
   trabalhadores, famílias de seus trabalhadores, acionistas,
   fornecedores, corpo executivo, imprensa e clientes, trata-
   se de encarar esse seu papel como um exercício político no
   nível micro, uma micro-política real.
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13. Negociação. Papel avançado das Relações Públicas.

O Issue Management (Public Affairs) e o novo conceito
   do termo “público”

• Técnica que consiste em admitir, analisar e gerenciar
  temas de interesse institucional;

• Tudo o que potencialmente afeta a organização
  admite um gerenciamento quotidiano;

• Transparência: o relações públicas deve – mesmo que
  informalmente – assumir o I. M. da organização.
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14. O código de ética do captador de recursos.

    A Associação Brasileira de Captadores de Recursos
   (ABCR) promove o desenvolvimento e o aprimoramento
   dos profissionais na obtenção de recursos para causas não
   lucrativas e busca preservar princípios éticos elevados na
   função de captação de recursos.

   Com esta finalidade, o presente Código declara os valores
   e princípios éticos da prática profissional, aos quais
   aderem os membros da ABCR, esforçando-se para
   sustentá-los e acatá-los nas suas responsabilidades para a
   obtenção de apoio filantrópico.

   www.captacao.org
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14. O código de ética do captador de recursos.

1. Respeitar a legislação e defendê-la nas instituições.

    - Acatar todas as leis federais, estaduais e municipais
   aplicáveis ao exercício da profissão.

   - Evitar qualquer delito ou imoralidade no exercício
   profissional.

    - Apoiar, dentro das próprias organizações, o
   respeito a todas as leis e regulamentos aplicáveis.
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14. O código de ética do captador de recursos.

2. Trabalhar em troca de remuneração pré-estipulada e
   não aceitar comissionamento.
-    Trabalhar por um salário ou honorários, e não em
    troca de comissão ou remuneração condicionada a
    resultados.

-    Pode-se aceitar uma retribuição baseada em
    desempenho, por exemplo, em bônus, quando estes
    estejam de acordo com as práticas seguidas pelas
    próprias organizações. Não aceitar retribuição
    baseada em porcentagem sobre os fundos
    filantrópicos obtidos.
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14. O código de ética do captador de recursos.

3. Respeitar o sigilo das informações sobre doadores. Estas
   são propriedade da organização para a qual trabalham.
   - Acatar o princípio de que toda informação sobre doadores
   ou doadores potenciais, obtida pela organização ou em
   nome dela, é propriedade da mesma e não deverá ser
   transferida ou subtraída.
   - Será fornecido aos doadores o direito de não participar e o
   de retirar seus nomes das listas ou diretórios que sejam
   vendidos, arrendados ou intercambiados com outras
   organizações.
   - Não revelar informação privilegiada a pessoas não
   autorizadas.
   - Manter como confidencial toda informação sobre os
   doadores.
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14. O código de ética do captador de recursos.

4.   Esforçar-se, na medida de suas possibilidades, para que haja o
     apropriado controle e uso dos recursos, transparência em sua
     administração e publicação de sua utilização, preferencialmente
     preparadas por entidade especializadas (auditores ou escritórios
     de contabilidade)
     - Tomar o cuidado de garantir que todos os materiais usados para a
     solicitação de donativos sejam exatos e reflitam corretamente a
     missão da organização e o uso dos fundos solicitados.
     - Garantir, na medida das suas possibilidades, que os donativos
     sejam utilizados de acordo com as intenções do doador.
     - Garantir, na medida das suas possibilidades, o apropriado
     controle dos donativos, incluindo o investimento cuidadoso de
     fundos, informações sobre o uso e administração dos recursos e o
     consentimento explícito do doador antes de alterar o uso ou as
     condições de uma doação.
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14. O código de ética do captador de recursos.

5.   Somente captar recursos para projetos que tenham
     qualidade para motivar doações.
     - Iniciar captação para um projeto somente quando,
     em seu julgamento (e/ou no julgamento de
     profissionais qualificados a quem as partes interessadas
     queiram consultar), exista razoável capacidade de
     convencimento para obter recursos.
     - Trabalhar com o potencial cliente no sentido de que
     o projeto atinja qualidade suficiente para motivar
     doações.
     - Realizar a avaliação do funcionamento da
     organização, da sua documentação e de suas propostas
     de captação de recursos anteriores.
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14. O código de ética do captador de recursos.

6.    Garantir, na medida das suas possibilidades, que os
     doadores recebam informação e conselho ético
     sobre o valor e as implicações fiscais de seus
     donativos potenciais.
     - Informar, quando houver, os benefícios fiscais que o
     potencial doador pode obter.
     - Detalhar os procedimentos para obtenção destes
     benefícios.
     - Respeitar questão ética quanto a orçamentos
     transparentes e fidedignos realizados pelas instituições.
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4. O código de ética do captador de recursos.

7.    Tornar conhecidos todos os conflitos de interesse.
     Tal notificação não exclui nem implica desonestidade
     ética.
     - Não atuar junto a instituições que solicitam nossos
     serviços profissionais caso tais serviços estejam sendo
     realizados para organização congênere.
     - Alertar a empresa doadora sobre concorrentes que já
     tenham efetuado doações para que esta possa decidir-
     se por doar ou não.
     - Não aceitar qualquer doação. Determinados recursos
     podem não condizer com o propósito da organização e
     esses casos devem ser discutidos e aprovados (ou não)
     entre a entidade e o profissional.
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14. O código de ética do captador de recursos.

8.   Respeitar e divulgar o "Estatuto dos Direitos do
     Doador".
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       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO      í

14. O Estatuto dos Direitos do Doador.

    A filantropia baseia-se em ação voluntária para o bem
   comum. A tradição de dar e compartilhar contribui
   para a qualidade da vida. Devemos assegurar que a
   filantropia mereça o respeito e o apoio do público em
   geral. Para que os doadores tenham plena confiança
   nas organizações sem fins lucrativos e nas causas que
   eles são chamados a apoiar, a ABCR declara que todos
   os doadores tem os seguintes direitos:

   I - Ser informado sobre a missão da organização, sobre
   como a organização pretende usar os recursos doados e
   sobre sua capacidade de usar as doações, de forma
   eficaz, para os objetivos pretendidos.
ã              $
       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO       í

14. O Estatuto dos Direitos do Doador.

   II - Ser informado sobre a identidade daqueles que
   pertencem ao Conselho Diretor e Diretoria da
   organização, contando que os mesmos exerçam
   julgamento prudente no desempenho de suas
   responsabilidades.

   III - Ter acesso à mais recente demonstração financeira
   anual da Organização.

   IV - Ter assegurado que as doações serão usadas para os
   propósitos para os quais foram feitas.
ã              $
       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO      í

14. O Estatuto dos Direitos do Doador.

   V - Receber reconhecimento apropriado.

   VI - Ter assegurado que qualquer informação sobre sua
   doação será tratada com respeito e confidencialidade.
   Qualquer divulgação da mesma deverá ter aprovação
   prévia.

   VII - Ser informado se aqueles que solicitam recursos
   são membros da organização, solicitantes contratados
   ou voluntários.
ã               $
       CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO         í

14. O Estatuto dos Direitos do Doador.

   VIII - Ter a opção de ter seu nome retirado de relações
   de endereços que uma organização possa pretender
   compartilhar com outras.

   IX - Receber respostas rápidas, francas e verdadeiras às
   perguntas que fizer.

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Captação de recursos e patrocínio

  • 1. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í MANOEL MARCONDES MACHADO NETO Professor Adjunto - FAF/UERJ Doutor em Ciências da Comunicação - ECA/USP Coordenador do Grupo de Pesquisa “GESTÃO E MARKETING NA CULTURA” (CNPq) Consultor Empresarial desde 1980 Autor de “MARKETING CULTURAL: DAS PRÁTICAS À TEORIA” Co-autor de “ECONOMIA DA CULTURA” (c/ Lusia Angelete) Editor do Site marketing-e-cultura.com.br
  • 2. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 1. Filantropia, mecenato e a “pré-história” do patrocínio. • Patrocínio e filantropia são termos bem díspares. • Patrocínio liga-se às iniciativas deliberadas e assinadas enquanto que a filantropia dá-se em anonimato. • As leis federais de cultura (Sarney e Rouanet) diferenciam benefícios com patamares distintos de renúncia fiscal: na Lei Sarney (1986), o doador podia abater até 100% da quantia investida na ação e o patrocinador, 80%. Na Lei Rouanet (1991), o doador pode abater até 40% e o patrocinador, 30%.
  • 3. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í • Constatando que as ações empresariais (e mesmo de algumas pessoas físicas) tem-se dado na atualidade sempre mediante algum tipo de contra-prestação, ou contra-partida – o chamado retorno de imagem –, Pares i Maicas engloba tanto mecenato como patrocínio debaixo de um mesmo “guarda-chuva”, o da filantropia, termo, aliás, largamente utilizado nos Estados Unidos, mas de muito pouco uso em seu país-natal, a Espanha. MAICAS, Manuel Parés I. La nueva filantropía y la comunicación social: mecenazgo, fundación y patrocinio. Barcelona. PPU. 1994.
  • 4. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIOí O patrocínio, de acordo com o mesmo autor: “Do ponto-de-vista da empresa, as principais motivações para a atuação em apoio à arte são: 1. Satisfação em servir à comunidade; 2. Melhora da imagem institucional na comunidade; 3. Promoção da cultura; 4. Obtenção de benefícios comerciais; 5. Contribuição à educação em geral; 6. Melhora do ambiente organizacional”.
  • 5. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO Enquanto que as razões para o mecenato seriam: “1. A proteção dos artistas; 2. A proteção do patrimônio cultural e artístico; 3. A montagem de acervos; 4. A doação de obras de arte; 5. As fundações”.
  • 6. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Ainda em Pares i Maicas: “Jacques de Challendar e Guy de Brebison (1987, P. 31-32) distinguem três tipos de ação do Estado na questão da cultura: 1. Estado tutor: com uma política de subvenção para as iniciativas privadas. Este modelo pode causar dependência dessas iniciativas particulares aos recursos estatais; 2. Estado censor: através do fisco e da criação de fundações privadas de utilidade pública. Proporciona o mecenato cultural; 3. Estado depredador: arroga-se como único ator no interesse geral”.
  • 7. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Mecenato “Historicamente, a expressão remete ao final da era antes de Cristo. Mecenas, ministro e fonte de inspiração de Caio Júlio Augusto, imperador de Roma, estrategista de talentos múltiplos, é o responsável por uma política inédita de relacionamento entre governo e sociedade dentro do império. Para Mecenas, as questões do poder e da cultura são indissociáveis e cabe ao governo a proteção às diversas manifestações da arte. Na equação de trocas, cabe às artes um papel no âmbito deste poder...
  • 8. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í ... e Mecenas entende que o poder necessita cercar-se da criação artística e do pensamento, na busca de sua legitimidade. Através de sua influência e prestígio junto aos cidadãos, os eruditos emprestam credibilidade, ao mesmo tempo em que disseminam a política imperial. Nesse cenário, a Itália desempenha um papel privilegiado, e o desenvolvimento arquitetônico de inúmeras cidades, como Florença, tem, no mecenato, sua causa principal”. LISBOA, Simone Marília. Razão e paixão dos mercados. Belo Horizonte, Editora C/Arte. 1999.
  • 9. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Mecenato e patrocínio segundo Philip Kotler: “O marketing, entendido como uma maneira eficiente de administrar, pode ser plenamente aplicado na área cultural, inclusive por instituições que não objetivam lucro”. • Embora datado o modo de pensar que relacionou as coisas da cultura a instituições não-lucrativas, o pensamento, atualmente bastante difundido no meio empresarial, de que à empresa também deve caber a busca de um “lucro social”, incorpora, ao discurso institucional, o marketing cultural.
  • 10. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í • Tal mudança de paradigma – que quer fazer do empresário um mecenas – enquadra-se no conceito de mudança social de Kotler e Roberto. • Pode-se estendê-lo à consciência e à ação, pela empresa, de um papel na manutenção e no desenvolvimento dos valores da vida em sociedade, entre os quais os valores culturais das comunidades em que se instala. KOTLER, P. e ROBERTO, E. Marketing social. Estratégias para alterar o comportamento público. Rio de Janeiro, Campus, 1992.
  • 11. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í • As organizações culturais, ou seja, aquelas que tem como fim a produção e a difusão da cultura – sejam públicas, privadas ou do 3º. setor – não mais podem prescindir de uma visão mercadológica. • Museus, galerias, centros de cultura e teatros precisam analisar o mercado em que se inserem e pesquisar as razões (e emoções) de seus públicos. • É preciso ver-se em concorrência permanente com outras manifestações que exigem a atenção (a disposição para a ida e para o gasto) das plateias.
  • 12. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í O papel do marketing para as artes é antigo. • Detentores de grandes fortunas se tornaram os grandes mecenas da era moderna. Homens como Guggenheim, Carnegie e Smithson marcaram sua passagem criando instituições cuja contribuição à causa do enriquecimento cultural da sociedade é a meta. • São patronos, patrocinadores. • Castro Maia, Assis Chateaubriand, Roberto Marinho e Moreira Salles: raros exemplos brasileiros.
  • 13. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í “Teatros, museus e organizações dedicadas à música sempre viram (e se favoreceram de) donativos como um vício, então é inoportuno que os maiores filantropos da arte agora os vejam/vissem como uma virtude. Eu digo ‘favoreceram’, que é o termo agora mais usado em artes, é claro. Os filantropos, que trouxeram sua conduta e seu jargão para a comunidade de negócios, têm uma outra palavra para isso. Chamam de marketing”. KOTLER, P. e SCHEFF, J. Harvard Business Press.
  • 14. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Mecenato na visão do maior player brasileiro no campo do marketing cultural: “Há empresas em que a ‘cultura de fazer cultura’ já está consolidada, mas hoje há muito interesse financeiro. Temo por um retrocesso e me pergunto se hoje as leis de incentivo acabassem, o que sobraria ? Talvez não tenhamos mais o “mecenas”. Nos Estados Unidos a cultura é tida como um bom negócio. Existem diversos graus de eficiência e retorno para os investimentos.
  • 15. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Investir em cultura, lá, é uma decisão similar a se escolher anunciar no intervalo da novela das oito, aqui. É um veículo de retorno assegurado. No Brasil, de certa maneira o mercado do patrocínio involuiu, porque involuiu o impulso sadio de investimento de recursos próprios. Antes das leis havia, nas empresas, verbas orçadas para o patrocínio cultural. Agora o grande mote é o incentivo fiscal. Depois é que se vai analisar a adequação de projetos à estratégia de comunicação”. Steffen Dauelsberg, Dell’Arte
  • 16. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIOí 2. As bases do empreendimento. Administração por objetivos VERSUS Administração tradicional
  • 17. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO • Enquanto a grande maioria das escolas administrativas ainda pensa e forma perfis em torno da administração tradicional, suas funções e especialidades, a administração por objetivos e seus métodos decorrentes (contratação temporária, terceirização, gestão por resultados, ênfase na operação, nos processos e no gerenciamento de projetos) são cada vez mais utilizados pelas organizações públicas, privadas e do terceiro setor.
  • 18. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO 3. Empreendedorismo. Em um mundo que desemprega frente ao encolhimento do Estado e às fusões e aquisições de empresas, o caminho alternativo é o do empreendimento próprio. Quais são as suas bases ? - Oportunidades (mercado) - Habilidades e competências (no ramo-fim e na própria administração) - Investimento de risco (venture capital)
  • 19. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 4. O desafio da auto-sustentabilidade. - Do ponto de equilíbrio (break even point) à lucratividade que remunere o capital. 5. Apoio do Estado (e suas agências). - O papel do Estado como indutor do desenvolvimento (FINEP, BNDES, FAPs).
  • 20. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 6. Apoio da iniciativa privada (parcerias). - Joint ventures e cadeias produtivas (conceito de QT). 7. O conceito de arranjos produtivos locais. - Cooperativismo, clusters.
  • 21. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIOí 8. Financiamento X Incentivo. - Em cultura, por exemplo, há dificuldade em determinar-se o que é show business e o que é produção cultural necessitada de incentivos; entre o que é produto da indústria cultural e o que não é. Risco X Fundo perdido. - Empreendedorismo X Políticas públicas (exemplo: BNDES para preservação de acervos históricos).
  • 22. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Para Teixeira Coelho, já em 1986, “promover a cultura não é, apenas, financiar o artista, o produtor individual, como (mal) vem fazendo o Estado no Brasil, há décadas: é, antes, criar as condições para que o maior número possível de pessoas tenha acesso ao sistema de produção cultural, senão como produtores, pelo menos como consumidores efetivos. E cultura não é a simples soma, o estoque de produtos culturais acabados, prontos, mas um ‘modo de vida’ entre esses produtos: no primeiro caso o que se tem é a cultura-inerte; apenas no segundo é que surge a cultura-ação. Mal ou bem, mais mal do que bem, o Brasil já tem seu estoque de cultura- inerte; trata-se agora de fazê-lo circular, de torná- lo ação.”
  • 23. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Política cultural se faz com recursos humanos e financeiros. As dotações para a cultura têm que atingir patamares mínimos recomendáveis sob pena de total inação (1% dos orçamentos nacionais é o patamar mínimo recomendado pela Unesco). Ora, se a cultura representa 0,8% do PIB brasileiro (conforme mostrou a pesquisa ‘Economia da Cultura’, do MinC, publicada em 1998); em 2012, para um PIB de R$ 3 trilhões e orçamento de R$ 1,5 trilhão, isso deveria significar a inversão de R$ 12 bilhões na cultura – o que encontra-se a anos-luz da realidade (em 2007 chegou-se ao aporte de cerca de R$ 750 milhões via leis de incentivo mais R$ 240 milhões – descontados os 50% do contingenciamento – via orçamento do MinC).
  • 24. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO 9. Marketing Social Segundo Philip Kotler Conjunto de atividades que visam ensejar ou aumentar a aceitação de uma ideia ou prática social no seio de um determinado segmento social, utilizando instrumentos de marketing como pesquisa de mercado, marketing mix e a mídia.
  • 25. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO 9. Marketing Social Segundo Kotler e Roberto: Toda nação do mundo está passando por problemas sociais que seus cidadãos e seus governos estão procurando resolver. A solução desses problemas sociais envolve mudança social.
  • 26. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO 9. Marketing Social Segundo Kotler e Zaltman: Marketing Social é a modalidade de ação mercadológica institucional que tem por objetivo atenuar ou eliminar problemas sociais, carências da sociedade relacionadas principalmente com questões de higiene e saúde pública, trabalho, educação, habitação, transporte e nutrição.
  • 27. ã $ í CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO Marketing para Causas Sociais. Segundo Pringle e Thompson: O MCS é uma ferramenta estratégica de marketing e de posicionamento que associa uma empresa ou marca a uma questão ou causa social relevante, em benefício mútuo.
  • 28. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Marketing para Causas Sociais. O MCS é uma forma efetiva de melhorar a imagem corporativa, diferenciando produtos e aumentando tanto as vendas quanto a fidelidade. (Sir Dominic Cadbury, Cadbury Schweppes)
  • 29. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 10. Fundações, ONGs e Institutos. Formas societárias clássicas do terceiro setor. A sociedade civil organizada tem-se constituído no mais promissor segmento em termos de mercado de trabalho para a Comunicação Social. Segmentos e fragmentos de público buscam seu reconhecimento e querem ter uma “cara” e uma voz na sociedade. O Ministério Público – instância à qual as fundações se submetem – ganha força no contexto social.
  • 30. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í Do marketing social para outras especialidades O marketing cultural, o marketing “ecológico” e o marketing esportivo podem ser considerados formas derivadas do marketing social. Além do aspecto “mudança social”, a adoção de tais estratégias pode trazer, efetivamente, um avanço social. Nesse contexto é que cada vez mais organizações traduzem suas ações de responsabilidade social e de cidadania corporativa pelo emprego desse tipo de política.
  • 31. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIOí O conceito de marketing cultural: Marketing cultural é a atividade deliberada de viabilização físico-financeira de produtos e serviços que, comercializados ou franqueados, vem atender às demandas de fruição e enriquecimento cultural da sociedade. Nunca é demais lembrar que marketing cultural nada tem a ver, em essência, com incentivos fiscais à cultura.
  • 32. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 11. Modalidades de marketing cultural. • Marketing Cultural de Fim • Marketing Cultural de Meio • Marketing Cultural de Agente • Marketing Cultural Misto
  • 33. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 12. Marketing Cultural (1a, 2a e 3a Gerações). • Primeira Geração (Lei Sarney, 1986) - Ênfase na organização produtora • Segunda Geração (Lei Rouanet, 1991 e do Audiovisual, 1993) - Ênfase no projeto • Terceira Geração (após as reformulações em curso) - Hipótese: era pós-incentivos fiscais
  • 34. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 13. Negociação. Papel avançado das Relações Públicas. De acordo com Roberto Porto Simões (“Informação, Inteligência e Utopia: contribuições à teoria de relações públicas”), a principal função das relações públicas é o exercício de uma micro-política organizacional. Uma vez que as RRPP responsabilizam-se pela mediação do relacionamento entre as organizações e seus públicos diversos (entorno circunvizinho, agências governamentais nas três esferas, poderes republicanos, entidades de classe, trabalhadores, famílias de seus trabalhadores, acionistas, fornecedores, corpo executivo, imprensa e clientes, trata- se de encarar esse seu papel como um exercício político no nível micro, uma micro-política real.
  • 35. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 13. Negociação. Papel avançado das Relações Públicas. O Issue Management (Public Affairs) e o novo conceito do termo “público” • Técnica que consiste em admitir, analisar e gerenciar temas de interesse institucional; • Tudo o que potencialmente afeta a organização admite um gerenciamento quotidiano; • Transparência: o relações públicas deve – mesmo que informalmente – assumir o I. M. da organização.
  • 36. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. A Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) promove o desenvolvimento e o aprimoramento dos profissionais na obtenção de recursos para causas não lucrativas e busca preservar princípios éticos elevados na função de captação de recursos. Com esta finalidade, o presente Código declara os valores e princípios éticos da prática profissional, aos quais aderem os membros da ABCR, esforçando-se para sustentá-los e acatá-los nas suas responsabilidades para a obtenção de apoio filantrópico. www.captacao.org
  • 37. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 1. Respeitar a legislação e defendê-la nas instituições. - Acatar todas as leis federais, estaduais e municipais aplicáveis ao exercício da profissão. - Evitar qualquer delito ou imoralidade no exercício profissional. - Apoiar, dentro das próprias organizações, o respeito a todas as leis e regulamentos aplicáveis.
  • 38. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 2. Trabalhar em troca de remuneração pré-estipulada e não aceitar comissionamento. - Trabalhar por um salário ou honorários, e não em troca de comissão ou remuneração condicionada a resultados. - Pode-se aceitar uma retribuição baseada em desempenho, por exemplo, em bônus, quando estes estejam de acordo com as práticas seguidas pelas próprias organizações. Não aceitar retribuição baseada em porcentagem sobre os fundos filantrópicos obtidos.
  • 39. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 3. Respeitar o sigilo das informações sobre doadores. Estas são propriedade da organização para a qual trabalham. - Acatar o princípio de que toda informação sobre doadores ou doadores potenciais, obtida pela organização ou em nome dela, é propriedade da mesma e não deverá ser transferida ou subtraída. - Será fornecido aos doadores o direito de não participar e o de retirar seus nomes das listas ou diretórios que sejam vendidos, arrendados ou intercambiados com outras organizações. - Não revelar informação privilegiada a pessoas não autorizadas. - Manter como confidencial toda informação sobre os doadores.
  • 40. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 4. Esforçar-se, na medida de suas possibilidades, para que haja o apropriado controle e uso dos recursos, transparência em sua administração e publicação de sua utilização, preferencialmente preparadas por entidade especializadas (auditores ou escritórios de contabilidade) - Tomar o cuidado de garantir que todos os materiais usados para a solicitação de donativos sejam exatos e reflitam corretamente a missão da organização e o uso dos fundos solicitados. - Garantir, na medida das suas possibilidades, que os donativos sejam utilizados de acordo com as intenções do doador. - Garantir, na medida das suas possibilidades, o apropriado controle dos donativos, incluindo o investimento cuidadoso de fundos, informações sobre o uso e administração dos recursos e o consentimento explícito do doador antes de alterar o uso ou as condições de uma doação.
  • 41. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 5. Somente captar recursos para projetos que tenham qualidade para motivar doações. - Iniciar captação para um projeto somente quando, em seu julgamento (e/ou no julgamento de profissionais qualificados a quem as partes interessadas queiram consultar), exista razoável capacidade de convencimento para obter recursos. - Trabalhar com o potencial cliente no sentido de que o projeto atinja qualidade suficiente para motivar doações. - Realizar a avaliação do funcionamento da organização, da sua documentação e de suas propostas de captação de recursos anteriores.
  • 42. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 6. Garantir, na medida das suas possibilidades, que os doadores recebam informação e conselho ético sobre o valor e as implicações fiscais de seus donativos potenciais. - Informar, quando houver, os benefícios fiscais que o potencial doador pode obter. - Detalhar os procedimentos para obtenção destes benefícios. - Respeitar questão ética quanto a orçamentos transparentes e fidedignos realizados pelas instituições.
  • 43. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 4. O código de ética do captador de recursos. 7. Tornar conhecidos todos os conflitos de interesse. Tal notificação não exclui nem implica desonestidade ética. - Não atuar junto a instituições que solicitam nossos serviços profissionais caso tais serviços estejam sendo realizados para organização congênere. - Alertar a empresa doadora sobre concorrentes que já tenham efetuado doações para que esta possa decidir- se por doar ou não. - Não aceitar qualquer doação. Determinados recursos podem não condizer com o propósito da organização e esses casos devem ser discutidos e aprovados (ou não) entre a entidade e o profissional.
  • 44. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O código de ética do captador de recursos. 8. Respeitar e divulgar o "Estatuto dos Direitos do Doador".
  • 45. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O Estatuto dos Direitos do Doador. A filantropia baseia-se em ação voluntária para o bem comum. A tradição de dar e compartilhar contribui para a qualidade da vida. Devemos assegurar que a filantropia mereça o respeito e o apoio do público em geral. Para que os doadores tenham plena confiança nas organizações sem fins lucrativos e nas causas que eles são chamados a apoiar, a ABCR declara que todos os doadores tem os seguintes direitos: I - Ser informado sobre a missão da organização, sobre como a organização pretende usar os recursos doados e sobre sua capacidade de usar as doações, de forma eficaz, para os objetivos pretendidos.
  • 46. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O Estatuto dos Direitos do Doador. II - Ser informado sobre a identidade daqueles que pertencem ao Conselho Diretor e Diretoria da organização, contando que os mesmos exerçam julgamento prudente no desempenho de suas responsabilidades. III - Ter acesso à mais recente demonstração financeira anual da Organização. IV - Ter assegurado que as doações serão usadas para os propósitos para os quais foram feitas.
  • 47. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O Estatuto dos Direitos do Doador. V - Receber reconhecimento apropriado. VI - Ter assegurado que qualquer informação sobre sua doação será tratada com respeito e confidencialidade. Qualquer divulgação da mesma deverá ter aprovação prévia. VII - Ser informado se aqueles que solicitam recursos são membros da organização, solicitantes contratados ou voluntários.
  • 48. ã $ CAPTAÇ O DE RECUR OS E PATROC NIO í 14. O Estatuto dos Direitos do Doador. VIII - Ter a opção de ter seu nome retirado de relações de endereços que uma organização possa pretender compartilhar com outras. IX - Receber respostas rápidas, francas e verdadeiras às perguntas que fizer.