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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Polo Vila Mariana/SP.
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 8º SEMESTRE
DISCIPLINA: Projeto Integrador II
TEMA: Plano de Controladoria – Parte Inicial
INSTRUTORA: Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares.
ALUNOS:
Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584
Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192
Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805
Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984
Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131
São Paulo, maio de 2016.
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ALUNOS:
Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584
Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192
Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805
Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984
Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131
TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial
Trabalho apresentado como requisito de
avaliação final para obtenção de nota na
disciplina de Projeto Integrador II, do Curso
de Ciências Contábeis - 8º Semestre da
Faculdade Anhanguera Educacional, sob a
orientação da Professora Anna Daphne
Josephine Morais Tavares.
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São Paulo, maio de 2016.
ALUNOS:
Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584
Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192
Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805
Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984
Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131
TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial
Trabalho apresentado como requisito de
avaliação final para obtenção de nota na
disciplina de Projeto Integrador II, do Curso
de Ciências Contábeis - 8º Semestre da
Faculdade Anhanguera Educacional, sob a
orientação da Professora Anna Daphne
Josephine Morais Tavares.
Aprovada em ______de____________2016.
EXAMINADOR (A)
______________________________________
Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Polo Vila Mariana/SP.
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RESUMO
Este trabalho consiste na apresentação parcial de um Plano de Controladoria, o qual a
nossa equipe decidiu utilizar como modelo a empresa LAGE CONSULTORIA CONTÁBIL
LTDA - ME que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis. Desta forma,
buscamos de forma sucinta descrever o cenário em que se encontram imersas as Prestadoras
de Serviços Contábeis (PSC´s) no Brasil, e a partir disto, propor um modelo conceitual de
controladoria para a empresa supramencionada.
A abertura dos mercados, no Brasil especialmente a partir do ano de 1990,
desencadeou um cenário distinto nas relações comerciais. O crescimento, dia após dia, da
concorrência, aliada ao aumento contínuo das obrigações acessórias na área tributária,
estabeleceram um novo desafio as PSC’s: contribuir com a competitividade dos seus clientes
e propiciar segurança na área fiscal. Tais fatores impulsionaram o crescimento de tais
organizações, e estas, viram-se obrigadas a criar mecanismos facilitadores à sua continuidade
e vida longa. Assim o modelo conceitual de controladoria proposto, busca a partir da
realidade de tais entidades, identificar os principais requisitos necessários a este modelo.
Dentro da visão de empresa como sistema em constante construção e fruto das relações
endógenas e exógenas, apresentaremos um modelo de processo e de gestão, com as premissas
e os requisitos, para chegar à formatação do modelo proposto.
Palavra Chave: Serviços Contábeis, controladoria, Modelo e Processo de Gestão.
5
ABSTRACT
This work consists of partial presentation of a Controlling Plan, which our team has
decided to use as a model the company LAGE CONSULTING ACCOUNTING LTDA -
ME has its segment in providing accounting services. In this way, we seek to briefly describe
the scenario in which they are immersed in the Accounting Services Providers (PSC's) in
Brazil, and from this, propose a conceptual model of controlling for the above-mentioned
company.
The opening of markets, especially in Brazil from 1990, triggered a different scenario
in trade relations. Growth, day after day, competition, coupled with the continued increase in
ancillary obligations in the tax area, set a new challenge the PSC's: contribute to the
competitiveness of its customers and provide security in the fiscal area. These factors boosted
the growth of such organizations, and these were forced to create mechanisms to facilitate the
continuity and long life. Thus the conceptual model proposed controllership, search from the
reality of such entities, identify key requirements for this model. Within the company's vision
as a system in constant construction and the result of endogenous and exogenous relations, we
will present a process model and management, with the assumptions and requirements, to get
the formatting of the proposed model.
Keyword: Financial Services, controllership, Model and Process Management.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................7
CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO...................................................9
1.1 – Problema de Pesquisa...................................................................................9
1.2 – Objetivos......................................................................................................9
1.3 – Justificativa................................................................................................10
CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO............................11
2.1 – Apresentação da Empresa..........................................................................13
2.2 – Principais serviços da Empresa..................................................................14
2.3 – Organograma da Empresa..........................................................................15
2.4 – Metas e Objetivos.......................................................................................16
2.5 – Sistema de Informação Contábil................................................................16
2.6 – A Controladoria..........................................................................................16
CAPÍTULO 3 – A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS
ORGANIZAÇÕES....................................................................................................................18
3.1 – O objetivo da Auditoria Interna.................................................................19
CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (Valor Econômico Adicionado)........20
4.1- A origem do EVA........................................................................................21
4.2 - Objetivos do EVA.......................................................................................21
4.3 – Fatores........................................................................................................21
4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA...............................................................22
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................26
7
INTRODUÇÃO
Em tempos de mudanças sociais cada vez mais velozes, as empresas buscam evoluir
na mesma proporção imposta pelo ambiente externo em que estão inseridas, uma vez que
interagem com as mesmas variáveis.
A evolução da tecnologia, a necessidade de informações mais precisas, a mudança da
economia que compõem cenários cada vez mais complexos demonstram esse
desenvolvimento empresarial. Diante dessa conjuntura, aumenta significativamente a
necessidade das empresas em adotar ferramentas que permitam a correta gestão de seus
recursos.
Nesse contexto, a controladoria surge com ferramentas adequadas para assessorar o
meio empresarial. Para sugerir melhorias no processo de gestão é indispensável saber de que
forma as ferramentas da controladoria podem ser utilizadas e quais benefícios a utilização de
modelo de gestão proposto após o estudo pode trazer para a empresa observada.
A controladoria tem o papel de contribuir no assessoramento das informações. A
importância da informação adequada e mensurada do processo decisório direciona a
controladoria como uma ferramenta essencial ao processo de gestão. A controladoria deve
assessorar no sentido de contribuir para o aprimoramento da empresa.
O presente trabalho foi realizado através de estudo de caso que possibilitou um
diagnóstico e permitiu identificar que a empresa objeto da pesquisa nunca se preocupou
efetivamente em desenvolver e utilizar um modelo de gestão com base em informações
contábeis e gerenciais para a obtenção de seus resultados. Esse posicionamento que pode se
explicado em decorrência da desinformação da própria administração. A partir deste contexto,
busca-se saber quais os benefícios que a empresa em estudo pode obter com a implantação de
um modelo de gestão adequado a sua realidade. O objetivo geral do estudo consiste em
diagnosticar quais os benefícios que a empresa pesquisada poderá obter com a implantação de
um modelo de gestão adequado a sua realidade. Por meio dos objetivos específicos pretende-
se: Apresentar um modelo de gestão que seja adequado e eficaz à realidade da empresa, bem
como demonstrar a importância da controladoria para a gestão empresarial, identificando os
benefícios obtidos com a implantação do modelo.
8
CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO
Neste projeto, iremos utilizar como modelo a empresa Zanata Assessoria Contábil S/S
Ltda. que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis, onde um dos integrantes do
grupo desenvolve suas atividades profissionais.
As prestadoras de serviços contábeis são inúmeras no Brasil. Com o passar dos anos
surge um enorme obstáculo no sentido de dar vida longa e fazer crescer tais organizações.
Pela própria especificidade, que exige continuamente estarem atualizadas nos mais diversos
ramos do conhecimento, muitas organizações contábeis não conseguem evoluir, adquirir e
manter as características e diferenciais competitivos. Um grande percentual não atinge os
objetivos pelas dificuldades em acompanhar as exigências do mercado. Diante desta realidade
torna-se vital fazer uso de instrumentos facilitadores ao crescimento e à continuidade de tais
entidades. A Controladoria, desenvolvida nos moldes existentes nas grandes entidades, pode
tornar-se ferramenta indispensável à tarefa de impulsionar estas organizações.
O foco deste trabalho é desenvolver um modelo conceitual de Controladoria para a
empresa que está sendo objeto deste estudo.
9
Os principais serviços ofertados pelas Prestadoras de Serviços Contábeis, doravante
PSC’s, geralmente, são:
Constituições de empresas,
Contabilidade Gerencial e Fiscal,
Recursos Humanos,
Legalização de Empresas,
Consultoria Fiscal,
Gestão Tributária,
Arquivos de documentos fiscais e contábeis,
Cursos ligados à área empresarial,
Auditoria e Perícia Contábil.
O modelo proposto poderá ser utilizado por qualquer PSC’s, desde que compreenda o
rol dos referidos serviços ou pelo menos parte destes.
A parametrização do modelo conceitual de controladoria será de acordo com as
seguintes bases:
 Sociedade Simples,
 Estrutura interna departamentalizada, aproximadamente cinquenta colaboradores
diretos e tributadas pelo Simples Nacional e enquadrada na categoria de EPP – Empresa de
Pequeno Porte.
Por meio da Controladoria, buscar-se alcançar melhores serviços e consequentemente
melhores indicadores de rentabilidade e ainda propiciando o que preconiza um dos mais
importantes princípios contábeis: a continuidade.
1.1 – Problema de pesquisa
A Contabilidade tem contribuído ao longo de milênios com o crescimento do ser
humano. Com o desenvolvimento do sistema comercial, como concebido hoje, especialmente
no final da Idade Média, a ciência em formação, ocupou lugar de destaque na expansão e
crescimento das empresas. Com o advento de novas técnicas contábeis, foi possível
aperfeiçoar cada vez mais, o método utilizado para controlar o patrimônio, objeto de estudo
da Contabilidade. Percebe-se que com a enorme expansão das empresas, especialmente as
multinacionais, a Contabilidade, especificamente a Controladoria, ficou muito restrita às
empresas de grande porte. A diretiva acima exposta, de certa forma, deixou as empresas de
pequeno porte sem ter acesso por completo a todos os recursos e benefícios possíveis no
campo da Controladoria, situação esta, que precisa ser resgatada, para tornar possível à sua
10
ação nas empresas por menor que sejam, aqui especialmente as prestadoras de serviços
contábeis.
1.2 – Objetivos
A seguir, serão elencados o objetivo geral e os objetivos específicos a serem
alcançados no final deste projeto.
 Objetivo Geral
Caracterizar um modelo conceitual de Controladoria para a empresa prestadora de
serviços contábeis denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.
 Objetivos Específicos:
 Caracterizar as atividades da Prestação de Serviços Contábeis;
 Desenvolver a estrutural conceitual de modelo de Controladoria;
 Identificar os requisitos que devem ser considerados na formulação de um modelo
conceitual de Controladoria;
 Mensurar quais os produtos da Controladoria são aplicáveis na Prestação de Serviços
Contábeis.
1.3 – Justificativa
As empresas atuam em um ambiente de incertezas e sua sobrevivência depende da
forma como ela age e se relaciona com este meio. Portanto, a empresa necessita de ser
estruturada e organizada, de acordo com as condições e variáveis que possam impactar suas
atividades e resultados. Para que a empresa possa se relacionar e ser bem sucedida utiliza-se
da contabilidade para fornecer informações úteis aos usuários. No entanto, a contabilidade
ainda não fornece todas as informações necessárias para supri-las. Com o objetivo de projetar
os dados obtidos, pode-se utilizar o planejamento, a implantação e a manutenção de um
sistema de informação que permita agregar várias funções existentes dentro de uma empresa,
para isso, é necessário a intervenção da controladoria, que é uma ferramenta importante para
os gestores no processo de tomada de decisão.
As transformações de cenários obrigam as prestadoras de serviços contábeis, (PSC’s)
a atualização constante, bem como, uma organização estrutural cada vez maior para atender as
conjunturas implantadas pela própria concorrência. “As organizações, visando à continuidade
11
em um mercado cada vez mais disputado, tendem a ajustar seus produtos e serviços às
exigências do ambiente”.
De um lado, existem as questões competitivas e de mercado, e, de outro, a própria
responsabilidade social ligada a tais organizações, uma vez que de acordo com o
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) no início do ano de 2015, só no
Brasil, existiam 491 mil profissionais registrados e 82 mil escritórios ativos. A região Sudeste
é destaque e concentra mais da metade dos contadores, seguida do Sul, Nordeste, Centro-
Oeste e Norte. Nos últimos cinco anos, houve aproximadamente 170 mil novos registros de
profissionais da Contabilidade. Do total de contadores e técnicos em contabilidade registrados
nos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), cerca de 140 mil estão na faixa etária
de até 35 anos, e, essas organizações contábeis empregam milhares de pessoas. A
complexidade cada vez maior das atividades das empresas prestadoras de serviços contábeis,
(PSC’s) bem como o consequente crescimento destas, torna necessária a implantação de
controles internos cada vez mais eficazes para atender as necessidades existentes.
Diante de tal panorama, torna-se importante avaliar a contribuição que a Controladoria
pode dar ao segmento em estudo, especialmente no sentido de levar as organizações a
conquistarem e manterem-se no mercado, alcançando assim, os objetivos propostos.
CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO
O modelo de gestão é oriundo de um conjunto de especificidades, com destaque as
crenças e valores presentes na formação conceitual dos administradores ou gestores,
responsáveis pela área estratégica da empresa. Tal relevância é demonstrada por Schmidt e
Santos (2007, p. 10) “As crenças e valores são os elementos geradores da real missão da
entidade, por isso, é fundamental que eles façam parte da cultura organizacional”. Tudo isto
torna a empresa única com suas especificidades, que segundo Stadler (2007, p. 69) “cada
Organização possui uma cultura única”. Outro fator importante é destacado por Figueiredo e
Caggiano (2006, p. 30) “As mudanças no modelo de gestão dão-se por mudanças nas pessoas
e não no ambiente”. A gestão empresarial precisa mostrar-se essencialmente dinâmica frente à
realidade. Para Ribeiro et al (2008, p. 50) “este cenário requer pessoas que sejam capazes de
fazer constantes ajustes nos planejamentos estratégico, tático e operacional das empresas”.
O processo de gestão possui como principal finalidade balizar e manter a empresa
dentro dos limites que propiciem a alcançar o cumprimento da missão proposta. Este processo
precisa preocupar-se em manter a empresa aberta ao novo, e, dele possa fazer instrumento de
12
crescimento e da própria continuidade da organização. Conforme Oliveira, Perez Jr e Silva
(2007, p. 56) “um dos maiores desafios para os responsáveis pela gestão das empresas é a
criação de um clima organizacional para antecipar tendências”.
A gestão necessita estar alicerçada na coerência lógica e identificar constantemente as
melhores alternativas aplicáveis à realidade da empresa, não esquecendo do processo como
um todo, especialmente voltado ao planejamento, execução e controle, amparados e
suportados por um sistema de informações que possa nortear as tomadas de decisões. É
preciso visualizar os cenários, estabelecer os possíveis parâmetros presentes, inclusive as
prováveis ameaças e oportunidades, maximizar os pontos fortes e controlar os pontos fracos,
lembrando que “os pontos fortes e fracos são elencados para apreciação das áreas
competentes” (JUND, 2002, p. 236). Quanto às estratégias Schmidt e Santos (2006, p. 33)
ensinam que “na formulação das estratégias, deverão ser analisados fatores externos e internos
à entidade”.
O Planejamento Operacional tem por finalidade estabelecer os objetivos e metas
operacionais, buscando as melhores alternativas de ação. Para Chiavenato (2003, p. 654)
“cada organização requer um sistema básico de controles para aplicar seus recursos
financeiros, desenvolver pessoas, analisar o desempenho financeiro e avaliar a produtividade
operacional”. Quanto aos controles é tarefa da Controladoria atentar-se a sua real
aplicabilidade, como bem lembra Almeida (1996, p. 60) “Acontece com frequência que uma
empresa tem um excelente sistema de controle interno descrito em seu manual de
procedimentos; entretanto, na prática, a situação é totalmente diferente”. É mister lembrar
que: “as atividades de controle servem de mecanismo para gerenciar o alcance do objetivo”
(OLIVEIRA; D’AVILA, 2002, p. 85).
Ainda quanto à gestão é coerente relembrar: “a maior parte do trabalho gerencial
envolve a necessidade de resolver problemas e tomar decisões” (MAXIMIANO, 1991, p. 92).
A controladoria está profundamente envolvida com a busca da eficácia organizacional,
para alcançá-la é preciso que sejam definidos modelos que eficientemente conduzam ao
cumprimento de sua missão. Quando são observados os modos de operação e as
características da administração das diversas organizações, nota-se as mais diferenciadas
preocupações em relação aos elementos e variáveis empresariais. Deste modo é possível
observar inúmeras diferenças em relação ao enfoque dado ao processo de planejamento e
controle e à utilização dos recursos organizacionais: humanos, físicos e financeiros, e o
posicionamento em relação às variáveis ambientais. A causa destes diferentes
posicionamentos fundamenta-se nas crenças, valores, convicções e expectativas dos
13
empreendedores e administradores da empresa, e são estas que determinam o conjunto de
regras que compõem as diretrizes básicas da empresa, portanto, seu modelo de gestão. Um
modelo de gestão pode ser definido como um conjunto de princípios e definições que
decorrem de crenças específicas e traduzem o conjunto de ideias, crenças e valores dos
principais executivos, impactando assim todos os demais subsistemas empresariais, sendo, em
síntese, nada mais que um grande modelo de controle, pois, nele são definidas as diretrizes de
como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como a empresa vai ser administrada.
As mudanças no modelo de gestão se dão por mudanças nas pessoas e não no ambiente. Nem
sempre o modelo é devidamente definido e explicitado gerando por isso conflitos e
indefinições entre os gestores, ocasionando muitas vezes que sejam tomadas decisões que
conduzem ações que não estão de acordo com os objetivos principais da empresa. Por esta
razão é que um dos princípios básicos da gestão é uma clara definição do seu modelo de
gestão e a integração deste com os modelos de decisão, informação e mensuração que serão
discutidos posteriormente.
Na definição do modelo de gestão são contemplados conceitos de:
 Estilo de Gestão
 Processo de Gestão
 Os Princípios da Organização
 Os Princípios de Comunicação/Informação
 Os Conceitos e Critérios de Avaliação dos Gestores.
 Avaliação de Resultados (com finalidades específicas de otimização)
 Avaliação de Desempenho
 Conceitos de “Accountability”
2.1– Apresentação da Empresa
Conforme já mencionado anteriormente, a empresa modelo que está sendo objeto
deste estudo é o Escritório de contabilidade denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.
Cujos dados seguem abaixo:
LOGOTIPO:
RAZÃO SOCIAL: Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.
ENDEREÇO: Rua Vinte e Quatro de Maio, 35 – Salas 614/615 – Centro.
CIDADE: São Paulo/SP.
14
CEP: 01041-001
TELEFONE: (11) 3223-5615 / 3337-1274
CNPJ: 01.226.049/0001-20
E-MAIL zanata@zanatacontabilidade.com.br
WEBSITE: www.zanatacontabilidade.com.br
RAMO DE ATIVIDADE: Assessoria e Consultoria Contábil
PORTE DA EMPRESA: Pequeno
Nº DE EMPREGADOS: 13, sendo 12 funcionários efetivos e 01 estagiária.
 Histórico da empresa
A Zanata Assessoria Contábil é um escritório de contabilidade situada na Rua Vinte e
Quatro de Maio, 35, salas 614/615 no centro da cidade de São Paulo/SP.
Fundada em 28 de maio de 1996 pelo seu sócio administrador José Augusto Zanata,
devidamente registrado no CRC sob o registro 1-SP 152.902/O-8, com o intuito de uma
prestação de serviços contábeis diferenciadas para Pessoa Física e Pessoa Jurídica nos mais
diversos ramos de atividade e formas de tributação. Ao longo de sua trajetória, a Zanata
Assessoria Contábil expandiu juntamente com os seus clientes, sempre prezando pela
excelência na prestação de seus serviços e conquistando a satisfação e confiança.
O escritório conta com uma forte equipe nas áreas contábil, tributária, trabalhista e
societária e com uma ampla estrutura física e tecnológica para cuidar dos aspectos
burocráticos de seus clientes.
 Missão da empresa
Desenvolver um trabalho sério, com ética e compromisso, fidelizando o cliente e
tornando-se um referencial de qualidade em serviços contábeis.
 Visão da empresa
Empresa voltada a todos os segmentos empresariais, buscando novas parcerias e
soluções, sintonizada com as mudanças no universo empresarial.
 Valores da empresa
Ética profissional e pessoal, respeito, profissionalismo, pontualidade, trabalho em
equipe, integridade, segurança e transparência.
 Política da Empresa
 Operar de acordo com a legislação pertinente promulgada pelos órgãos públicos
oficiais;
15
 Contar com o quadro de funcionários altamente profissionais para a realização das
atividades a serem desempenhadas.
2.2 - Principais serviços da empresa
Serviços Prestados: Transformação de sociedades: anônimas em limitadas e vice-
versa e demais tipos societários, Cisão, fusão e incorporação de empresas; Constituição de
companhias e manutenção do controle operacional; Consultoria em geral nas áreas contábil,
administrativa e tributária.
Serviços a Repartições Públicas: Orientação completa para a constituição e
legalização de empresa; Preparação e encaminhamento de processos de constituição; alteração
ou encerramento de empresas, junto a JUCESP e Cartórios; Certidões e certificados para
processos em geral; Certidões Negativas: Federal, Estadual, Municipal, INSS, FGTS,
Procuradoria e as demais previstas em lei; Certidões e certificados da JUCESP;
Assessoria Contábil: Sistema de contabilidade totalmente informatizado e integrado
em rede, atendendo a qualquer tipo de empresa; Elaboração de balancetes mensais; Balanço
mensal, trimestral ou anual, elaborado de acordo com as normas legais vigentes; Elaboração
do Diário Geral e do Razão Analítico; Acompanhamento e análise da situação contábil e
fiscal, inclusive do movimento de compras, vendas, origens e aplicações dos recursos
monetários, visando prevenir descontroles econômicos, financeiros e riscos fiscais, através de
relatórios, gráficos e índices; Relatórios gerenciais de acordo com as necessidades do cliente;
Controle analítico dos bens que integram o ativo permanente e das depreciações; Apuração,
controle dos cálculos e emissão de guias dos tributos em geral devidos pelas empresas;
Elaboração e entrega anual da DIRF; Elaboração e entrega trimestral da DCTF; Elaboração e
entrega anual da DIPJ; Fcont, PER/DCONT, entre outros; Completa assessoria e orientação
para aplicação das disposições legais vigentes, tanto para pessoas jurídicas, como para
pessoas físicas.
Assessoria Fiscal: Orientação e controle de aplicação dos dispositivos legais em vigor
sejam: Federal (IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, SIMPLES); Estadual (ICMS) e Municipal
(ISS); Escrituração dos registros fiscais (Contabilidade tributária) e emissão das guias dos
impostos a recolher; Atendimento das obrigações acessórias previstas nos Regulamentos;
Planejamento tributário para o adequado aproveitamento das disposições legais que
beneficiam as empresas; Orientação e assessoria para o encaminhamento de consultas,
regimes especiais e outros assuntos, junto as Repartições Públicas; Atendimento completo aos
Auditores Fiscais, nos casos de fiscalização.
16
Assessoria Trabalhista: Orientação e controle da aplicação dos dispositivos da
Legislação Trabalhista (CLT), Previdência Social, FGTS, Sindical e outras; Manutenção do
Registro de Empregados e serviços correlatos; Confecção da Folha de Pagamento dos
empregados e dos Sócios (Pró- Labore) e emissão das guias de recolhimento dos encargos
sociais: Previdência Social; FGTS e outros devidos pelas empresas; Controle dos pagamentos
a Estagiários e Autônomos; Atendimento das demais obrigações acessórias previstas nos
Regulamentos, bem como de eventuais visitas de Auditores Fiscais; Completo atendimento a
fiscalização do Trabalho e da Previdência Social.
2.3 – Organograma da Empresa
A empresa conta com uma estrutura muito bem dividida e planejada, que embora
simples, é de grande importância, pois é ela que será responsável por organizar as
informações, as atividades, relacionamentos e escala hierárquica, conforme organograma
apresentado abaixo:
2.4 – Metas e Objetivos
Atenta ao mercado, a empresa espera cada vez mais expandir seus negócios, e espera
em pouco tempo atingir um patamar de uma organização cada vez mais qualificada, prestando
serviços de qualidade aos seus clientes, acompanhando as mudanças impostas para a
contabilidade, gerando assim, informações úteis a tomada de decisões, buscando o sucesso e o
diferencial baseado na confiança mútua.
2.5 – Sistema de informação Contábil
O Sistema de Informação Contábil ou o Sistema de Informação de Controladoria é o
meio que o contador geral, contador gerencial ou o controller utiliza para efetivar a
contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que esta seja utilizada em
toda a sua plenitude. Para tanto, há necessidade de se aplicar à estruturação do sistema de
DIRETORIA
DEPTº
CONTÁBIL
DEPTº
FISCAL
DEPTº
PESSOAL
ASSESSORIA
E
CONSULTORIA
17
informação contábil o enfoque sistêmico, pois, além de ser um sistema de informação, a
contabilidade, como um sistema aberto, está inserida dentro do ambiente do sistema empresa.
Mesmo que a Ciência Contábil propugne uma sistematização única para a informação
contábil, as empresas têm, de um modo geral, partilhado os sistemas de informação contábil
em duas grandes áreas:
 A área societária e fiscal, a área legal, que é denominada de escrituração,
 A área gerencial, que é denominada de planejamento e controle.
Dentro da parte considerada legal, existem alguns subsistemas de informação para o
primeiro gerenciamento da empresa, que, mesmo tendo conotação gerencial, são análises de
elaboração rotineira, tal como análise de balanço e de caixa, e gestão dos impostos.
Em nosso entendimento, não é necessário que as duas áreas sejam operacionalizadas
de forma diferente ou por setores diferentes. Todo o sistema de informação contábil, seja a
parte denominada legal, seja a parte denominada gerencial, deve ser operacionalizada como
um todo, sem dar maior ou menor importância à determinada área ou subsistema. A
escrituração dos lançamentos é tão importante como a mais profunda análise de custo, ou
projeção de resultados.
2.6 – A Controladoria
O aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de
interferência governamental através de políticas fiscais, a diferenciação nas fontes de
financiamentos das atividades, a percepção das necessidades de consideração dos padrões
18
éticos na condução dos negócios, e principalmente a demanda por melhores práticas de
gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle
gerencial mais efetivo, tem sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade
com o gerenciamento das finanças das empresas tenha aumentado de importância dentro do
processo de condução dos negócios. Consequentemente, a função e as responsabilidades do
executivo financeiro, individualmente, têm mudado. Considerando essas razões, a separação
entre a função contábil e a função financeira foi o caminho lógico a ser tomado e neste
período, ocorreu o nascimento e desenvolvimento de uma função diferenciada de
Controladoria. A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos
a gestão econômica.
Pode ser visualizada sob dois enfoques:
 Como um órgão administrativo com uma missão, função e princípios norteadores
definidos no modelo de gestão do sistema empresa.
 Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e
métodos oriundos de outras ciências.
CAPÍTULO 3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS
ORGANIZAÇÕES
A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo
examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas
contábeis, financeiras e operacionais da entidade.
A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que
se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um
controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de outros
controles.
O mundo dos negócios é dinâmico, as mudanças se processam em todos os setores
sociais e econômicos. A globalização da economia e o surgimento de mercados comuns
fazem com que a Auditoria Interna deixe de ter uma função com conotação Policialesca e
Repressiva para ter uma função de assessoramento à Alta Administração e Gestores para o
cumprimento da missão empresarial e, para isso a Auditoria Interna precisa estar preparada e
com suporte adequado para que possa cumprir sua missão com eficácia e eficiência.
Empregada como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos Empresariais, a
Auditoria Interna estará contribuindo com seu trabalho de forma eficaz na condução dos
negócios pelos Gestores.
19
Neste cenário, a Auditoria Interna desempenha um papel de importância fundamental
para as empresas quando identifica riscos e falhas de controles em seus trabalhos.
Os resultados do trabalho da Auditoria Interna, além de se constituírem em algo
precioso para a tranquilização dos Gestores do alto comando, fornecem recomendações
corretivas e preventivas à exposição da organização face aos riscos empresariais que podem
ser de natureza; sistêmica, operacional, financeira, tecnologia da informação, recursos
humanos, mercadológicas e de fatores externos que podem impactar os resultados e
estratégias globais da empresa.
Assim, adicionalmente, o trabalho eficaz da Auditoria Interna libera os Gestores para a
condução e o gerenciamento dos negócios, permitindo-lhes exercer com segurança o processo
decisório sobre as importantes transações Empresariais.
3.1 – O objetivo da Auditoria Interna
O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises,
apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas.
O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio em que
possa ser útil à administração. Isto pressupõe sua incursão em campos além de contabilidade e
finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Testa a
qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda, enfim, assiste à administração e lhe fornece
informações periódicas principalmente no que tange:
 À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e operacionais,
revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os controles contábeis, financeiros e
outros de natureza operacional, propiciando controles eficazes a um custo razoável;
 À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos, determinando o
grau de atendimento;
 À salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de todas as espécies,
determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto à proteção contra perdas de
qualquer tipo;
 À avaliação da qualidade e desempenho na execução das responsabilidades delegadas
determinando a fidelidade dos dados administrativos originados na empresa;
20
 À recomendação de melhorias operacionais.
A auditoria interna presta ajuda à administração, com vistas à possibilidade de
eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão, por ser empregado da empresa, o auditor
interno perde sua independência profissional.
Pode ser muito zeloso e cumpre a ética, mas é evidente sua demasiada submissão aos
administradores. Servindo à empresa, a auditoria interna não se presta para informações. As
responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente determinadas
pelas políticas da empresa.
A autoridade correspondente deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os
registros, propriedades e pessoal da empresa que possam vir a ter importância para o assunto
em exame. O auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos,
procedimentos e registros. (CREPALDI, 2007, p.26).
CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (VALOR ECONÔMICO
ADICIONADO)
Valor econômico adicionado ou simplesmente valor adicionado ou, ainda, valor
agregado é uma noção que permite medir o valor criado por um agente econômico. É o valor
adicional que adquirem os bens e serviços ao serem transformados durante o processo
produtivo.
Auditoria
Interna
Assistência
Metodológica
Treinamentos
Suporte
técnico
Cartografias
de
riscos
Revisão
dos
Processos
avaliação
dos
controles
Plano
de
ação
21
Em uma empresa, o valor adicionado é a contribuição adicional de um recurso,
atividade ou processo para a fabricação de um produto ou prestação de um serviço.
Em termos macroeconômicos, é o valor dos bens produzidos por uma economia,
depois de deduzidos os custos dos insumos adquiridos de terceiros (matérias-primas, serviços,
bens intermediários), utilizados na produção.
A fórmula para o cálculo do EVA é composto por:
Lucro Operacional após o Imposto de Renda e Custo de Capital, desta forma:
EVA= Lucro Operacional após o Imposto de Renda - (Capital Investido x Custo de
Oportunidade).
4.1 – A origem do EVA
Há uma certa controvérsia quanto a origem do método, alguns autores afirmam que foi
introduzido pela General Motors em meados de 1920, outros estudos mostram que já era
utilizado por estudiosos alemães no início do século passado.
De qualquer forma ficou esquecido ou pouco utilizado até os anos 1980, quando foi
patenteado por Joel Stern e G. Bennett Stewart III, sendo posteriormente disseminado pela
Consultoria Stern Stewart Co, tornando-se a partir daí popular em muitas empresas como
medida de performance.
4.2 – Objetivos do EVA
Um dos objetivos principais do EVA, cuja metodologia principal está apoiada em
conceitos de Administração Financeira, é demonstrar se uma empresa está efetivamente
criando valor aos seus acionistas. Baseado neste ponto, o indicador permite a executivos,
acionistas e investidores, avaliar com, clareza se um capital empregado aplicado em um
determinado negócio está sendo bem remunerado.
Principais objetivos:
 Possibilita a avaliação das decisões tomadas pelos gestores da empresa bem como a
projeção de cenários futuros;
 Possibilita o conhecimento das causas da criação/destruição de valor e permite indicar
as alternativas que podem reverter a situação;
 Concentra os esforços de toda a empresa para incrementar operacionalmente os
negócios e aumentar a riqueza dos sócios/investidores no longo prazo;
22
 Torna transparente aos gestores o objetivo mínimo de remuneração aos sócios e
acionistas;
 Pela sua simplicidade, permite a gestores não financeiros o entendimento do método, o
qual permite seu acompanhamento e a aplicabilidade na busca dos resultados traçados.
4.3 – Fatores
Basicamente são três os meios de adicionar valor e uma empresa:
 Tentar lucrar mais sem usar mais capital: geralmente esta alternativa está associada à
redução de custos e cortes: porém é importante lembrar que existem diversas formas de elevar
o faturamento, explorando-se oportunidades de mercado e as necessidades dos clientes;
 Usar menos capital nas operações: neste caso, a empresa deve centrar ações na revisão
dos processos e das despesas e custos a eles atrelados;
 Investir em projetos de retorno elevado: a utilização de todo ou parte do capital, deve
ser extremamente criteriosa, de maneira que somente se busque selecionar e investir em
projetos de alto retorno.
Na figura abaixo vemos o conceito de Goodwill, onde o processo de mais valia, foi
adicionado e o mercado, se propõe a pagar mais pela empresa, devido a geração de valor. Em
contrapartida vemos também a destruição de valor, onde o valor de mercado proposto é menor
do que efetivamente vale seu capital.
4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA
O cálculo do EVA assume inúmeras variantes, porém no seu conceito básico pode ser
demonstrado abaixo:
23
Cálculo do EVA - Através da Teoria das Finanças
Cálculo do Capital Empregado
Capital Empregado R$ %
Passivo
Circulante/Exigível
60.000 60,00%
Patrimônio
Líquido
40.000 40,00%
Total do Passivo 100.000 100,00%
Custo do Capital Próprio 18,0%
Custo do Capital de Terceiros 20,0%
Alíquota do Imposto de Renda 25,0%
Cálculo do Custo do Capital de Terceiros
Taxa Bruta X (1 - IR) 20,0% x (1-0,25) = 15,0%
Cálculo médio ponderado de Capital
WACC3 = (0,60 x 15,0%) + (0,40 x 18,0%) WACC = 16,2%
Custo do Capital Próprio: Definido pelo acionista, ou seja, quando ele espera ganhar
comparando com o custo de oportunidade oferecido por outra fonte.
Custo do Capital de Terceiros: Definido pelo mercado (geralmente expresso por taxas de
financiamentos/empréstimos).
Cálculo do EVA
Estrutura do Balanço Patrimonial DRE Simplificado (R$) Cálculo da ROI
Ativo Total (Investimentos) R$ 100.000 Receitas 150.000 ROI = Lucro Oper (-) IR / Investimentos
(-) Custos (80.000)
Passivo Total = R$ 60.000 Lucro Bruto 70.000 ROI = R$ 40.000 - 25,0% / % 100.000
Patrimônio Líquido = R$ 40.000 (-) Despesas (30.000)
Lucro Operacional 40.000
Imposto de Renda (10.000) ROI = R$ 30.000 / R$ 100.000
ROI = 30,0%
NOPAT (Lucro Operacional - Imposto de Renda) 30.000
Lucro
Operacional
após os Impostos
(NOPAT)
EVA
Custo de Capital
24
R$ R$ 30.000 R$ 16.200 R$ 13.800
% 30,00% 16,20% 13,80%
Representação Gráfica do Valor Agregado
EVA R$ - EVA em valores Absolutos EVA % - EVA em valores percentuais
EVA R$ = (ROI - WACC) x Investimentos EVA% = ROI - WACC
EVA R$ = (30,0% - 16,2%) x 100.000 EVA% = 30,0% - 16,2%
EVA R$ = 13,80 % x 100.000 EVA% = 13,80% (ROI Residual)
EVA R$ = R$ 18.000
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No transcorrer deste trabalho, gradativamente, foi possível perceber a importância e a
aplicabilidade da Controladoria no quotidiano da empresa Prestadora de Serviços Contábeis
“Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda”. Partindo do pressuposto que as PSC’s nascem e
buscam crescer cada vez mais no universo empresarial competitivo, assume-se que a
Controladoria possui relação direta com a continuidade e o sucesso de uma empresa do
segmento de serviços contábeis.
A administração de qualquer empresa exige cuidados, assim para as PSC’s espera-se
do gestor soluções quotidianas às inúmeras realidades adversas encontradas. Após estabelecer
os parâmetros departamentais necessários, a gestão do negócio, entra em cena na tarefa fim da
Controladoria: estabelecer a sinergia entre as partes, envolvendo aspectos materiais e
humanos, buscando tornar o todo maior que o somatório das partes. Neste quesito é possível
deixar claramente evidenciada a contribuição da Controladoria, conforme o modelo
previamente proposto.
O modelo de Controladoria proposto a ser aplicado à empresa objeto deste estudo, é
projetado para atender as diversas atividades que formam o “mix” de serviços de tal
segmento.
Iniciou-se por estabelecer de forma clara todas as atividades realizadas pela PSC’s.
Em seguida com fulcro nas atividades foi possível propor a partir das necessidades detectadas
a estrutura conceitual do modelo de Controladoria. Diante da realidade dos departamentos
tornou-se mais fácil estabelecer os requisitos a serem considerados na formulação do referido
modelo. Por fim, já com o modelo conceitual estabelecido foi possível visualizar diante do
todo, que além de possível é imprescindível à tarefa da Controladoria na gestão das empresas
foco deste trabalho.
26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de Informação – Um Enfoque Gerencial. São Paulo: Atlas,
1993.
BRIMSON, James A. Contabilidade por atividade: uma abordagem de custeio baseado em
atividades. Tradução Antonio T. G. Carneiro, São Paulo: Atlas, 1996.
COGAN, Samuel. Activity based costing (ABC): a poderosa estratégica empresarial. São
Paulo: Pioneira, 1994.
KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e Desempenho: Administre seus custos para
ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 2000.
NAKAGAWA, Masayuki. ABC Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 1994.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação
contábil. São Paulo: Atlas, 1997.
ANDRÉ, Andrade Longaray et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade:
teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003.
CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: MAKRON Books, 1996.
CHIAVENATO, Idalberto. Vamos abrir UM NOVO negócio? São Paulo: Makron Books,
1995.
FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. v.1 – São Paulo: Atlas, 1997.
27
HENDRIKSEN, Eldon S. Teoria da contabilidade / Eldon S. Hendriksen, Michael F. Van
Breda; tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às
demais sociedades / FIPECAFI; diretor responsável Sérgio de Iudícibus; coordenador técnico
Eliseu Martins, supervisor de equipe de trabalho Ernesto Rubens Gelbcke. – 6. ed. ver. e
atual. – São Paulo: Atlas, 2003.

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Projeto integrador ii parte inicial

  • 1. 1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP Centro de Educação a Distância Polo Vila Mariana/SP. CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - 8º SEMESTRE DISCIPLINA: Projeto Integrador II TEMA: Plano de Controladoria – Parte Inicial INSTRUTORA: Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares. ALUNOS: Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584 Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192 Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805 Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984 Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131 São Paulo, maio de 2016.
  • 2. 2 ALUNOS: Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584 Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192 Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805 Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984 Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131 TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial Trabalho apresentado como requisito de avaliação final para obtenção de nota na disciplina de Projeto Integrador II, do Curso de Ciências Contábeis - 8º Semestre da Faculdade Anhanguera Educacional, sob a orientação da Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares.
  • 3. 3 São Paulo, maio de 2016. ALUNOS: Edna dos Santos Fuli - RA 1299116584 Felipe dos Santos Cardoso - RA 1299116192 Maria D’ajuda de Souza Carvalho - RA 1299116805 Maria da Conceição Fraga Alves - RA 1299118984 Mileide Ferreira Carvalho - RA 1299133131 TEMA: Projeto de Controladoria – Parte inicial Trabalho apresentado como requisito de avaliação final para obtenção de nota na disciplina de Projeto Integrador II, do Curso de Ciências Contábeis - 8º Semestre da Faculdade Anhanguera Educacional, sob a orientação da Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares. Aprovada em ______de____________2016. EXAMINADOR (A) ______________________________________ Professora Anna Daphne Josephine Morais Tavares UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP Centro de Educação a Distância Polo Vila Mariana/SP.
  • 4. 4 RESUMO Este trabalho consiste na apresentação parcial de um Plano de Controladoria, o qual a nossa equipe decidiu utilizar como modelo a empresa LAGE CONSULTORIA CONTÁBIL LTDA - ME que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis. Desta forma, buscamos de forma sucinta descrever o cenário em que se encontram imersas as Prestadoras de Serviços Contábeis (PSC´s) no Brasil, e a partir disto, propor um modelo conceitual de controladoria para a empresa supramencionada. A abertura dos mercados, no Brasil especialmente a partir do ano de 1990, desencadeou um cenário distinto nas relações comerciais. O crescimento, dia após dia, da concorrência, aliada ao aumento contínuo das obrigações acessórias na área tributária, estabeleceram um novo desafio as PSC’s: contribuir com a competitividade dos seus clientes e propiciar segurança na área fiscal. Tais fatores impulsionaram o crescimento de tais organizações, e estas, viram-se obrigadas a criar mecanismos facilitadores à sua continuidade e vida longa. Assim o modelo conceitual de controladoria proposto, busca a partir da realidade de tais entidades, identificar os principais requisitos necessários a este modelo. Dentro da visão de empresa como sistema em constante construção e fruto das relações endógenas e exógenas, apresentaremos um modelo de processo e de gestão, com as premissas e os requisitos, para chegar à formatação do modelo proposto. Palavra Chave: Serviços Contábeis, controladoria, Modelo e Processo de Gestão.
  • 5. 5 ABSTRACT This work consists of partial presentation of a Controlling Plan, which our team has decided to use as a model the company LAGE CONSULTING ACCOUNTING LTDA - ME has its segment in providing accounting services. In this way, we seek to briefly describe the scenario in which they are immersed in the Accounting Services Providers (PSC's) in Brazil, and from this, propose a conceptual model of controlling for the above-mentioned company. The opening of markets, especially in Brazil from 1990, triggered a different scenario in trade relations. Growth, day after day, competition, coupled with the continued increase in ancillary obligations in the tax area, set a new challenge the PSC's: contribute to the competitiveness of its customers and provide security in the fiscal area. These factors boosted the growth of such organizations, and these were forced to create mechanisms to facilitate the continuity and long life. Thus the conceptual model proposed controllership, search from the reality of such entities, identify key requirements for this model. Within the company's vision as a system in constant construction and the result of endogenous and exogenous relations, we will present a process model and management, with the assumptions and requirements, to get the formatting of the proposed model. Keyword: Financial Services, controllership, Model and Process Management.
  • 6. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................................................................7 CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO...................................................9 1.1 – Problema de Pesquisa...................................................................................9 1.2 – Objetivos......................................................................................................9 1.3 – Justificativa................................................................................................10 CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO............................11 2.1 – Apresentação da Empresa..........................................................................13 2.2 – Principais serviços da Empresa..................................................................14 2.3 – Organograma da Empresa..........................................................................15 2.4 – Metas e Objetivos.......................................................................................16 2.5 – Sistema de Informação Contábil................................................................16 2.6 – A Controladoria..........................................................................................16 CAPÍTULO 3 – A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES....................................................................................................................18 3.1 – O objetivo da Auditoria Interna.................................................................19 CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (Valor Econômico Adicionado)........20 4.1- A origem do EVA........................................................................................21 4.2 - Objetivos do EVA.......................................................................................21 4.3 – Fatores........................................................................................................21 4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA...............................................................22 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................26
  • 7. 7 INTRODUÇÃO Em tempos de mudanças sociais cada vez mais velozes, as empresas buscam evoluir na mesma proporção imposta pelo ambiente externo em que estão inseridas, uma vez que interagem com as mesmas variáveis. A evolução da tecnologia, a necessidade de informações mais precisas, a mudança da economia que compõem cenários cada vez mais complexos demonstram esse desenvolvimento empresarial. Diante dessa conjuntura, aumenta significativamente a necessidade das empresas em adotar ferramentas que permitam a correta gestão de seus recursos. Nesse contexto, a controladoria surge com ferramentas adequadas para assessorar o meio empresarial. Para sugerir melhorias no processo de gestão é indispensável saber de que forma as ferramentas da controladoria podem ser utilizadas e quais benefícios a utilização de modelo de gestão proposto após o estudo pode trazer para a empresa observada. A controladoria tem o papel de contribuir no assessoramento das informações. A importância da informação adequada e mensurada do processo decisório direciona a controladoria como uma ferramenta essencial ao processo de gestão. A controladoria deve assessorar no sentido de contribuir para o aprimoramento da empresa. O presente trabalho foi realizado através de estudo de caso que possibilitou um diagnóstico e permitiu identificar que a empresa objeto da pesquisa nunca se preocupou efetivamente em desenvolver e utilizar um modelo de gestão com base em informações contábeis e gerenciais para a obtenção de seus resultados. Esse posicionamento que pode se explicado em decorrência da desinformação da própria administração. A partir deste contexto, busca-se saber quais os benefícios que a empresa em estudo pode obter com a implantação de um modelo de gestão adequado a sua realidade. O objetivo geral do estudo consiste em diagnosticar quais os benefícios que a empresa pesquisada poderá obter com a implantação de um modelo de gestão adequado a sua realidade. Por meio dos objetivos específicos pretende- se: Apresentar um modelo de gestão que seja adequado e eficaz à realidade da empresa, bem como demonstrar a importância da controladoria para a gestão empresarial, identificando os benefícios obtidos com a implantação do modelo.
  • 8. 8 CAPÍTULO 1 – PROCESSO DE CRIAÇÃO DO PROJETO Neste projeto, iremos utilizar como modelo a empresa Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda. que tem o seu segmento na prestação de serviços contábeis, onde um dos integrantes do grupo desenvolve suas atividades profissionais. As prestadoras de serviços contábeis são inúmeras no Brasil. Com o passar dos anos surge um enorme obstáculo no sentido de dar vida longa e fazer crescer tais organizações. Pela própria especificidade, que exige continuamente estarem atualizadas nos mais diversos ramos do conhecimento, muitas organizações contábeis não conseguem evoluir, adquirir e manter as características e diferenciais competitivos. Um grande percentual não atinge os objetivos pelas dificuldades em acompanhar as exigências do mercado. Diante desta realidade torna-se vital fazer uso de instrumentos facilitadores ao crescimento e à continuidade de tais entidades. A Controladoria, desenvolvida nos moldes existentes nas grandes entidades, pode tornar-se ferramenta indispensável à tarefa de impulsionar estas organizações. O foco deste trabalho é desenvolver um modelo conceitual de Controladoria para a empresa que está sendo objeto deste estudo.
  • 9. 9 Os principais serviços ofertados pelas Prestadoras de Serviços Contábeis, doravante PSC’s, geralmente, são: Constituições de empresas, Contabilidade Gerencial e Fiscal, Recursos Humanos, Legalização de Empresas, Consultoria Fiscal, Gestão Tributária, Arquivos de documentos fiscais e contábeis, Cursos ligados à área empresarial, Auditoria e Perícia Contábil. O modelo proposto poderá ser utilizado por qualquer PSC’s, desde que compreenda o rol dos referidos serviços ou pelo menos parte destes. A parametrização do modelo conceitual de controladoria será de acordo com as seguintes bases:  Sociedade Simples,  Estrutura interna departamentalizada, aproximadamente cinquenta colaboradores diretos e tributadas pelo Simples Nacional e enquadrada na categoria de EPP – Empresa de Pequeno Porte. Por meio da Controladoria, buscar-se alcançar melhores serviços e consequentemente melhores indicadores de rentabilidade e ainda propiciando o que preconiza um dos mais importantes princípios contábeis: a continuidade. 1.1 – Problema de pesquisa A Contabilidade tem contribuído ao longo de milênios com o crescimento do ser humano. Com o desenvolvimento do sistema comercial, como concebido hoje, especialmente no final da Idade Média, a ciência em formação, ocupou lugar de destaque na expansão e crescimento das empresas. Com o advento de novas técnicas contábeis, foi possível aperfeiçoar cada vez mais, o método utilizado para controlar o patrimônio, objeto de estudo da Contabilidade. Percebe-se que com a enorme expansão das empresas, especialmente as multinacionais, a Contabilidade, especificamente a Controladoria, ficou muito restrita às empresas de grande porte. A diretiva acima exposta, de certa forma, deixou as empresas de pequeno porte sem ter acesso por completo a todos os recursos e benefícios possíveis no campo da Controladoria, situação esta, que precisa ser resgatada, para tornar possível à sua
  • 10. 10 ação nas empresas por menor que sejam, aqui especialmente as prestadoras de serviços contábeis. 1.2 – Objetivos A seguir, serão elencados o objetivo geral e os objetivos específicos a serem alcançados no final deste projeto.  Objetivo Geral Caracterizar um modelo conceitual de Controladoria para a empresa prestadora de serviços contábeis denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda.  Objetivos Específicos:  Caracterizar as atividades da Prestação de Serviços Contábeis;  Desenvolver a estrutural conceitual de modelo de Controladoria;  Identificar os requisitos que devem ser considerados na formulação de um modelo conceitual de Controladoria;  Mensurar quais os produtos da Controladoria são aplicáveis na Prestação de Serviços Contábeis. 1.3 – Justificativa As empresas atuam em um ambiente de incertezas e sua sobrevivência depende da forma como ela age e se relaciona com este meio. Portanto, a empresa necessita de ser estruturada e organizada, de acordo com as condições e variáveis que possam impactar suas atividades e resultados. Para que a empresa possa se relacionar e ser bem sucedida utiliza-se da contabilidade para fornecer informações úteis aos usuários. No entanto, a contabilidade ainda não fornece todas as informações necessárias para supri-las. Com o objetivo de projetar os dados obtidos, pode-se utilizar o planejamento, a implantação e a manutenção de um sistema de informação que permita agregar várias funções existentes dentro de uma empresa, para isso, é necessário a intervenção da controladoria, que é uma ferramenta importante para os gestores no processo de tomada de decisão. As transformações de cenários obrigam as prestadoras de serviços contábeis, (PSC’s) a atualização constante, bem como, uma organização estrutural cada vez maior para atender as conjunturas implantadas pela própria concorrência. “As organizações, visando à continuidade
  • 11. 11 em um mercado cada vez mais disputado, tendem a ajustar seus produtos e serviços às exigências do ambiente”. De um lado, existem as questões competitivas e de mercado, e, de outro, a própria responsabilidade social ligada a tais organizações, uma vez que de acordo com o CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) no início do ano de 2015, só no Brasil, existiam 491 mil profissionais registrados e 82 mil escritórios ativos. A região Sudeste é destaque e concentra mais da metade dos contadores, seguida do Sul, Nordeste, Centro- Oeste e Norte. Nos últimos cinco anos, houve aproximadamente 170 mil novos registros de profissionais da Contabilidade. Do total de contadores e técnicos em contabilidade registrados nos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), cerca de 140 mil estão na faixa etária de até 35 anos, e, essas organizações contábeis empregam milhares de pessoas. A complexidade cada vez maior das atividades das empresas prestadoras de serviços contábeis, (PSC’s) bem como o consequente crescimento destas, torna necessária a implantação de controles internos cada vez mais eficazes para atender as necessidades existentes. Diante de tal panorama, torna-se importante avaliar a contribuição que a Controladoria pode dar ao segmento em estudo, especialmente no sentido de levar as organizações a conquistarem e manterem-se no mercado, alcançando assim, os objetivos propostos. CAPÍTULO 2 – MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO O modelo de gestão é oriundo de um conjunto de especificidades, com destaque as crenças e valores presentes na formação conceitual dos administradores ou gestores, responsáveis pela área estratégica da empresa. Tal relevância é demonstrada por Schmidt e Santos (2007, p. 10) “As crenças e valores são os elementos geradores da real missão da entidade, por isso, é fundamental que eles façam parte da cultura organizacional”. Tudo isto torna a empresa única com suas especificidades, que segundo Stadler (2007, p. 69) “cada Organização possui uma cultura única”. Outro fator importante é destacado por Figueiredo e Caggiano (2006, p. 30) “As mudanças no modelo de gestão dão-se por mudanças nas pessoas e não no ambiente”. A gestão empresarial precisa mostrar-se essencialmente dinâmica frente à realidade. Para Ribeiro et al (2008, p. 50) “este cenário requer pessoas que sejam capazes de fazer constantes ajustes nos planejamentos estratégico, tático e operacional das empresas”. O processo de gestão possui como principal finalidade balizar e manter a empresa dentro dos limites que propiciem a alcançar o cumprimento da missão proposta. Este processo precisa preocupar-se em manter a empresa aberta ao novo, e, dele possa fazer instrumento de
  • 12. 12 crescimento e da própria continuidade da organização. Conforme Oliveira, Perez Jr e Silva (2007, p. 56) “um dos maiores desafios para os responsáveis pela gestão das empresas é a criação de um clima organizacional para antecipar tendências”. A gestão necessita estar alicerçada na coerência lógica e identificar constantemente as melhores alternativas aplicáveis à realidade da empresa, não esquecendo do processo como um todo, especialmente voltado ao planejamento, execução e controle, amparados e suportados por um sistema de informações que possa nortear as tomadas de decisões. É preciso visualizar os cenários, estabelecer os possíveis parâmetros presentes, inclusive as prováveis ameaças e oportunidades, maximizar os pontos fortes e controlar os pontos fracos, lembrando que “os pontos fortes e fracos são elencados para apreciação das áreas competentes” (JUND, 2002, p. 236). Quanto às estratégias Schmidt e Santos (2006, p. 33) ensinam que “na formulação das estratégias, deverão ser analisados fatores externos e internos à entidade”. O Planejamento Operacional tem por finalidade estabelecer os objetivos e metas operacionais, buscando as melhores alternativas de ação. Para Chiavenato (2003, p. 654) “cada organização requer um sistema básico de controles para aplicar seus recursos financeiros, desenvolver pessoas, analisar o desempenho financeiro e avaliar a produtividade operacional”. Quanto aos controles é tarefa da Controladoria atentar-se a sua real aplicabilidade, como bem lembra Almeida (1996, p. 60) “Acontece com frequência que uma empresa tem um excelente sistema de controle interno descrito em seu manual de procedimentos; entretanto, na prática, a situação é totalmente diferente”. É mister lembrar que: “as atividades de controle servem de mecanismo para gerenciar o alcance do objetivo” (OLIVEIRA; D’AVILA, 2002, p. 85). Ainda quanto à gestão é coerente relembrar: “a maior parte do trabalho gerencial envolve a necessidade de resolver problemas e tomar decisões” (MAXIMIANO, 1991, p. 92). A controladoria está profundamente envolvida com a busca da eficácia organizacional, para alcançá-la é preciso que sejam definidos modelos que eficientemente conduzam ao cumprimento de sua missão. Quando são observados os modos de operação e as características da administração das diversas organizações, nota-se as mais diferenciadas preocupações em relação aos elementos e variáveis empresariais. Deste modo é possível observar inúmeras diferenças em relação ao enfoque dado ao processo de planejamento e controle e à utilização dos recursos organizacionais: humanos, físicos e financeiros, e o posicionamento em relação às variáveis ambientais. A causa destes diferentes posicionamentos fundamenta-se nas crenças, valores, convicções e expectativas dos
  • 13. 13 empreendedores e administradores da empresa, e são estas que determinam o conjunto de regras que compõem as diretrizes básicas da empresa, portanto, seu modelo de gestão. Um modelo de gestão pode ser definido como um conjunto de princípios e definições que decorrem de crenças específicas e traduzem o conjunto de ideias, crenças e valores dos principais executivos, impactando assim todos os demais subsistemas empresariais, sendo, em síntese, nada mais que um grande modelo de controle, pois, nele são definidas as diretrizes de como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de como a empresa vai ser administrada. As mudanças no modelo de gestão se dão por mudanças nas pessoas e não no ambiente. Nem sempre o modelo é devidamente definido e explicitado gerando por isso conflitos e indefinições entre os gestores, ocasionando muitas vezes que sejam tomadas decisões que conduzem ações que não estão de acordo com os objetivos principais da empresa. Por esta razão é que um dos princípios básicos da gestão é uma clara definição do seu modelo de gestão e a integração deste com os modelos de decisão, informação e mensuração que serão discutidos posteriormente. Na definição do modelo de gestão são contemplados conceitos de:  Estilo de Gestão  Processo de Gestão  Os Princípios da Organização  Os Princípios de Comunicação/Informação  Os Conceitos e Critérios de Avaliação dos Gestores.  Avaliação de Resultados (com finalidades específicas de otimização)  Avaliação de Desempenho  Conceitos de “Accountability” 2.1– Apresentação da Empresa Conforme já mencionado anteriormente, a empresa modelo que está sendo objeto deste estudo é o Escritório de contabilidade denominada Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda. Cujos dados seguem abaixo: LOGOTIPO: RAZÃO SOCIAL: Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda. ENDEREÇO: Rua Vinte e Quatro de Maio, 35 – Salas 614/615 – Centro. CIDADE: São Paulo/SP.
  • 14. 14 CEP: 01041-001 TELEFONE: (11) 3223-5615 / 3337-1274 CNPJ: 01.226.049/0001-20 E-MAIL zanata@zanatacontabilidade.com.br WEBSITE: www.zanatacontabilidade.com.br RAMO DE ATIVIDADE: Assessoria e Consultoria Contábil PORTE DA EMPRESA: Pequeno Nº DE EMPREGADOS: 13, sendo 12 funcionários efetivos e 01 estagiária.  Histórico da empresa A Zanata Assessoria Contábil é um escritório de contabilidade situada na Rua Vinte e Quatro de Maio, 35, salas 614/615 no centro da cidade de São Paulo/SP. Fundada em 28 de maio de 1996 pelo seu sócio administrador José Augusto Zanata, devidamente registrado no CRC sob o registro 1-SP 152.902/O-8, com o intuito de uma prestação de serviços contábeis diferenciadas para Pessoa Física e Pessoa Jurídica nos mais diversos ramos de atividade e formas de tributação. Ao longo de sua trajetória, a Zanata Assessoria Contábil expandiu juntamente com os seus clientes, sempre prezando pela excelência na prestação de seus serviços e conquistando a satisfação e confiança. O escritório conta com uma forte equipe nas áreas contábil, tributária, trabalhista e societária e com uma ampla estrutura física e tecnológica para cuidar dos aspectos burocráticos de seus clientes.  Missão da empresa Desenvolver um trabalho sério, com ética e compromisso, fidelizando o cliente e tornando-se um referencial de qualidade em serviços contábeis.  Visão da empresa Empresa voltada a todos os segmentos empresariais, buscando novas parcerias e soluções, sintonizada com as mudanças no universo empresarial.  Valores da empresa Ética profissional e pessoal, respeito, profissionalismo, pontualidade, trabalho em equipe, integridade, segurança e transparência.  Política da Empresa  Operar de acordo com a legislação pertinente promulgada pelos órgãos públicos oficiais;
  • 15. 15  Contar com o quadro de funcionários altamente profissionais para a realização das atividades a serem desempenhadas. 2.2 - Principais serviços da empresa Serviços Prestados: Transformação de sociedades: anônimas em limitadas e vice- versa e demais tipos societários, Cisão, fusão e incorporação de empresas; Constituição de companhias e manutenção do controle operacional; Consultoria em geral nas áreas contábil, administrativa e tributária. Serviços a Repartições Públicas: Orientação completa para a constituição e legalização de empresa; Preparação e encaminhamento de processos de constituição; alteração ou encerramento de empresas, junto a JUCESP e Cartórios; Certidões e certificados para processos em geral; Certidões Negativas: Federal, Estadual, Municipal, INSS, FGTS, Procuradoria e as demais previstas em lei; Certidões e certificados da JUCESP; Assessoria Contábil: Sistema de contabilidade totalmente informatizado e integrado em rede, atendendo a qualquer tipo de empresa; Elaboração de balancetes mensais; Balanço mensal, trimestral ou anual, elaborado de acordo com as normas legais vigentes; Elaboração do Diário Geral e do Razão Analítico; Acompanhamento e análise da situação contábil e fiscal, inclusive do movimento de compras, vendas, origens e aplicações dos recursos monetários, visando prevenir descontroles econômicos, financeiros e riscos fiscais, através de relatórios, gráficos e índices; Relatórios gerenciais de acordo com as necessidades do cliente; Controle analítico dos bens que integram o ativo permanente e das depreciações; Apuração, controle dos cálculos e emissão de guias dos tributos em geral devidos pelas empresas; Elaboração e entrega anual da DIRF; Elaboração e entrega trimestral da DCTF; Elaboração e entrega anual da DIPJ; Fcont, PER/DCONT, entre outros; Completa assessoria e orientação para aplicação das disposições legais vigentes, tanto para pessoas jurídicas, como para pessoas físicas. Assessoria Fiscal: Orientação e controle de aplicação dos dispositivos legais em vigor sejam: Federal (IPI, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, SIMPLES); Estadual (ICMS) e Municipal (ISS); Escrituração dos registros fiscais (Contabilidade tributária) e emissão das guias dos impostos a recolher; Atendimento das obrigações acessórias previstas nos Regulamentos; Planejamento tributário para o adequado aproveitamento das disposições legais que beneficiam as empresas; Orientação e assessoria para o encaminhamento de consultas, regimes especiais e outros assuntos, junto as Repartições Públicas; Atendimento completo aos Auditores Fiscais, nos casos de fiscalização.
  • 16. 16 Assessoria Trabalhista: Orientação e controle da aplicação dos dispositivos da Legislação Trabalhista (CLT), Previdência Social, FGTS, Sindical e outras; Manutenção do Registro de Empregados e serviços correlatos; Confecção da Folha de Pagamento dos empregados e dos Sócios (Pró- Labore) e emissão das guias de recolhimento dos encargos sociais: Previdência Social; FGTS e outros devidos pelas empresas; Controle dos pagamentos a Estagiários e Autônomos; Atendimento das demais obrigações acessórias previstas nos Regulamentos, bem como de eventuais visitas de Auditores Fiscais; Completo atendimento a fiscalização do Trabalho e da Previdência Social. 2.3 – Organograma da Empresa A empresa conta com uma estrutura muito bem dividida e planejada, que embora simples, é de grande importância, pois é ela que será responsável por organizar as informações, as atividades, relacionamentos e escala hierárquica, conforme organograma apresentado abaixo: 2.4 – Metas e Objetivos Atenta ao mercado, a empresa espera cada vez mais expandir seus negócios, e espera em pouco tempo atingir um patamar de uma organização cada vez mais qualificada, prestando serviços de qualidade aos seus clientes, acompanhando as mudanças impostas para a contabilidade, gerando assim, informações úteis a tomada de decisões, buscando o sucesso e o diferencial baseado na confiança mútua. 2.5 – Sistema de informação Contábil O Sistema de Informação Contábil ou o Sistema de Informação de Controladoria é o meio que o contador geral, contador gerencial ou o controller utiliza para efetivar a contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que esta seja utilizada em toda a sua plenitude. Para tanto, há necessidade de se aplicar à estruturação do sistema de DIRETORIA DEPTº CONTÁBIL DEPTº FISCAL DEPTº PESSOAL ASSESSORIA E CONSULTORIA
  • 17. 17 informação contábil o enfoque sistêmico, pois, além de ser um sistema de informação, a contabilidade, como um sistema aberto, está inserida dentro do ambiente do sistema empresa. Mesmo que a Ciência Contábil propugne uma sistematização única para a informação contábil, as empresas têm, de um modo geral, partilhado os sistemas de informação contábil em duas grandes áreas:  A área societária e fiscal, a área legal, que é denominada de escrituração,  A área gerencial, que é denominada de planejamento e controle. Dentro da parte considerada legal, existem alguns subsistemas de informação para o primeiro gerenciamento da empresa, que, mesmo tendo conotação gerencial, são análises de elaboração rotineira, tal como análise de balanço e de caixa, e gestão dos impostos. Em nosso entendimento, não é necessário que as duas áreas sejam operacionalizadas de forma diferente ou por setores diferentes. Todo o sistema de informação contábil, seja a parte denominada legal, seja a parte denominada gerencial, deve ser operacionalizada como um todo, sem dar maior ou menor importância à determinada área ou subsistema. A escrituração dos lançamentos é tão importante como a mais profunda análise de custo, ou projeção de resultados. 2.6 – A Controladoria O aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de interferência governamental através de políticas fiscais, a diferenciação nas fontes de financiamentos das atividades, a percepção das necessidades de consideração dos padrões
  • 18. 18 éticos na condução dos negócios, e principalmente a demanda por melhores práticas de gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle gerencial mais efetivo, tem sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade com o gerenciamento das finanças das empresas tenha aumentado de importância dentro do processo de condução dos negócios. Consequentemente, a função e as responsabilidades do executivo financeiro, individualmente, têm mudado. Considerando essas razões, a separação entre a função contábil e a função financeira foi o caminho lógico a ser tomado e neste período, ocorreu o nascimento e desenvolvimento de uma função diferenciada de Controladoria. A Controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos a gestão econômica. Pode ser visualizada sob dois enfoques:  Como um órgão administrativo com uma missão, função e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa.  Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências. CAPÍTULO 3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas contábeis, financeiras e operacionais da entidade. A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação da eficiência de outros controles. O mundo dos negócios é dinâmico, as mudanças se processam em todos os setores sociais e econômicos. A globalização da economia e o surgimento de mercados comuns fazem com que a Auditoria Interna deixe de ter uma função com conotação Policialesca e Repressiva para ter uma função de assessoramento à Alta Administração e Gestores para o cumprimento da missão empresarial e, para isso a Auditoria Interna precisa estar preparada e com suporte adequado para que possa cumprir sua missão com eficácia e eficiência. Empregada como ferramenta de Controle e Gestão de Riscos Empresariais, a Auditoria Interna estará contribuindo com seu trabalho de forma eficaz na condução dos negócios pelos Gestores.
  • 19. 19 Neste cenário, a Auditoria Interna desempenha um papel de importância fundamental para as empresas quando identifica riscos e falhas de controles em seus trabalhos. Os resultados do trabalho da Auditoria Interna, além de se constituírem em algo precioso para a tranquilização dos Gestores do alto comando, fornecem recomendações corretivas e preventivas à exposição da organização face aos riscos empresariais que podem ser de natureza; sistêmica, operacional, financeira, tecnologia da informação, recursos humanos, mercadológicas e de fatores externos que podem impactar os resultados e estratégias globais da empresa. Assim, adicionalmente, o trabalho eficaz da Auditoria Interna libera os Gestores para a condução e o gerenciamento dos negócios, permitindo-lhes exercer com segurança o processo decisório sobre as importantes transações Empresariais. 3.1 – O objetivo da Auditoria Interna O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises, apreciações, recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas. O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do negócio em que possa ser útil à administração. Isto pressupõe sua incursão em campos além de contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das operações submetidas a exame. Testa a qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda, enfim, assiste à administração e lhe fornece informações periódicas principalmente no que tange:  À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e operacionais, revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os controles contábeis, financeiros e outros de natureza operacional, propiciando controles eficazes a um custo razoável;  À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos, determinando o grau de atendimento;  À salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de todas as espécies, determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto à proteção contra perdas de qualquer tipo;  À avaliação da qualidade e desempenho na execução das responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos dados administrativos originados na empresa;
  • 20. 20  À recomendação de melhorias operacionais. A auditoria interna presta ajuda à administração, com vistas à possibilidade de eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão, por ser empregado da empresa, o auditor interno perde sua independência profissional. Pode ser muito zeloso e cumpre a ética, mas é evidente sua demasiada submissão aos administradores. Servindo à empresa, a auditoria interna não se presta para informações. As responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser claramente determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade correspondente deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e pessoal da empresa que possam vir a ter importância para o assunto em exame. O auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar e avaliar diretrizes, planos, procedimentos e registros. (CREPALDI, 2007, p.26). CAPÍTULO 4 – EVA-ECONOMIC VALUE ADDED (VALOR ECONÔMICO ADICIONADO) Valor econômico adicionado ou simplesmente valor adicionado ou, ainda, valor agregado é uma noção que permite medir o valor criado por um agente econômico. É o valor adicional que adquirem os bens e serviços ao serem transformados durante o processo produtivo. Auditoria Interna Assistência Metodológica Treinamentos Suporte técnico Cartografias de riscos Revisão dos Processos avaliação dos controles Plano de ação
  • 21. 21 Em uma empresa, o valor adicionado é a contribuição adicional de um recurso, atividade ou processo para a fabricação de um produto ou prestação de um serviço. Em termos macroeconômicos, é o valor dos bens produzidos por uma economia, depois de deduzidos os custos dos insumos adquiridos de terceiros (matérias-primas, serviços, bens intermediários), utilizados na produção. A fórmula para o cálculo do EVA é composto por: Lucro Operacional após o Imposto de Renda e Custo de Capital, desta forma: EVA= Lucro Operacional após o Imposto de Renda - (Capital Investido x Custo de Oportunidade). 4.1 – A origem do EVA Há uma certa controvérsia quanto a origem do método, alguns autores afirmam que foi introduzido pela General Motors em meados de 1920, outros estudos mostram que já era utilizado por estudiosos alemães no início do século passado. De qualquer forma ficou esquecido ou pouco utilizado até os anos 1980, quando foi patenteado por Joel Stern e G. Bennett Stewart III, sendo posteriormente disseminado pela Consultoria Stern Stewart Co, tornando-se a partir daí popular em muitas empresas como medida de performance. 4.2 – Objetivos do EVA Um dos objetivos principais do EVA, cuja metodologia principal está apoiada em conceitos de Administração Financeira, é demonstrar se uma empresa está efetivamente criando valor aos seus acionistas. Baseado neste ponto, o indicador permite a executivos, acionistas e investidores, avaliar com, clareza se um capital empregado aplicado em um determinado negócio está sendo bem remunerado. Principais objetivos:  Possibilita a avaliação das decisões tomadas pelos gestores da empresa bem como a projeção de cenários futuros;  Possibilita o conhecimento das causas da criação/destruição de valor e permite indicar as alternativas que podem reverter a situação;  Concentra os esforços de toda a empresa para incrementar operacionalmente os negócios e aumentar a riqueza dos sócios/investidores no longo prazo;
  • 22. 22  Torna transparente aos gestores o objetivo mínimo de remuneração aos sócios e acionistas;  Pela sua simplicidade, permite a gestores não financeiros o entendimento do método, o qual permite seu acompanhamento e a aplicabilidade na busca dos resultados traçados. 4.3 – Fatores Basicamente são três os meios de adicionar valor e uma empresa:  Tentar lucrar mais sem usar mais capital: geralmente esta alternativa está associada à redução de custos e cortes: porém é importante lembrar que existem diversas formas de elevar o faturamento, explorando-se oportunidades de mercado e as necessidades dos clientes;  Usar menos capital nas operações: neste caso, a empresa deve centrar ações na revisão dos processos e das despesas e custos a eles atrelados;  Investir em projetos de retorno elevado: a utilização de todo ou parte do capital, deve ser extremamente criteriosa, de maneira que somente se busque selecionar e investir em projetos de alto retorno. Na figura abaixo vemos o conceito de Goodwill, onde o processo de mais valia, foi adicionado e o mercado, se propõe a pagar mais pela empresa, devido a geração de valor. Em contrapartida vemos também a destruição de valor, onde o valor de mercado proposto é menor do que efetivamente vale seu capital. 4.4 – Metodologia do Cálculo do EVA O cálculo do EVA assume inúmeras variantes, porém no seu conceito básico pode ser demonstrado abaixo:
  • 23. 23 Cálculo do EVA - Através da Teoria das Finanças Cálculo do Capital Empregado Capital Empregado R$ % Passivo Circulante/Exigível 60.000 60,00% Patrimônio Líquido 40.000 40,00% Total do Passivo 100.000 100,00% Custo do Capital Próprio 18,0% Custo do Capital de Terceiros 20,0% Alíquota do Imposto de Renda 25,0% Cálculo do Custo do Capital de Terceiros Taxa Bruta X (1 - IR) 20,0% x (1-0,25) = 15,0% Cálculo médio ponderado de Capital WACC3 = (0,60 x 15,0%) + (0,40 x 18,0%) WACC = 16,2% Custo do Capital Próprio: Definido pelo acionista, ou seja, quando ele espera ganhar comparando com o custo de oportunidade oferecido por outra fonte. Custo do Capital de Terceiros: Definido pelo mercado (geralmente expresso por taxas de financiamentos/empréstimos). Cálculo do EVA Estrutura do Balanço Patrimonial DRE Simplificado (R$) Cálculo da ROI Ativo Total (Investimentos) R$ 100.000 Receitas 150.000 ROI = Lucro Oper (-) IR / Investimentos (-) Custos (80.000) Passivo Total = R$ 60.000 Lucro Bruto 70.000 ROI = R$ 40.000 - 25,0% / % 100.000 Patrimônio Líquido = R$ 40.000 (-) Despesas (30.000) Lucro Operacional 40.000 Imposto de Renda (10.000) ROI = R$ 30.000 / R$ 100.000 ROI = 30,0% NOPAT (Lucro Operacional - Imposto de Renda) 30.000 Lucro Operacional após os Impostos (NOPAT) EVA Custo de Capital
  • 24. 24 R$ R$ 30.000 R$ 16.200 R$ 13.800 % 30,00% 16,20% 13,80% Representação Gráfica do Valor Agregado EVA R$ - EVA em valores Absolutos EVA % - EVA em valores percentuais EVA R$ = (ROI - WACC) x Investimentos EVA% = ROI - WACC EVA R$ = (30,0% - 16,2%) x 100.000 EVA% = 30,0% - 16,2% EVA R$ = 13,80 % x 100.000 EVA% = 13,80% (ROI Residual) EVA R$ = R$ 18.000
  • 25. 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS No transcorrer deste trabalho, gradativamente, foi possível perceber a importância e a aplicabilidade da Controladoria no quotidiano da empresa Prestadora de Serviços Contábeis “Zanata Assessoria Contábil S/S Ltda”. Partindo do pressuposto que as PSC’s nascem e buscam crescer cada vez mais no universo empresarial competitivo, assume-se que a Controladoria possui relação direta com a continuidade e o sucesso de uma empresa do segmento de serviços contábeis. A administração de qualquer empresa exige cuidados, assim para as PSC’s espera-se do gestor soluções quotidianas às inúmeras realidades adversas encontradas. Após estabelecer os parâmetros departamentais necessários, a gestão do negócio, entra em cena na tarefa fim da Controladoria: estabelecer a sinergia entre as partes, envolvendo aspectos materiais e humanos, buscando tornar o todo maior que o somatório das partes. Neste quesito é possível deixar claramente evidenciada a contribuição da Controladoria, conforme o modelo previamente proposto. O modelo de Controladoria proposto a ser aplicado à empresa objeto deste estudo, é projetado para atender as diversas atividades que formam o “mix” de serviços de tal segmento. Iniciou-se por estabelecer de forma clara todas as atividades realizadas pela PSC’s. Em seguida com fulcro nas atividades foi possível propor a partir das necessidades detectadas a estrutura conceitual do modelo de Controladoria. Diante da realidade dos departamentos tornou-se mais fácil estabelecer os requisitos a serem considerados na formulação do referido modelo. Por fim, já com o modelo conceitual estabelecido foi possível visualizar diante do todo, que além de possível é imprescindível à tarefa da Controladoria na gestão das empresas foco deste trabalho.
  • 26. 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de Informação – Um Enfoque Gerencial. São Paulo: Atlas, 1993. BRIMSON, James A. Contabilidade por atividade: uma abordagem de custeio baseado em atividades. Tradução Antonio T. G. Carneiro, São Paulo: Atlas, 1996. COGAN, Samuel. Activity based costing (ABC): a poderosa estratégica empresarial. São Paulo: Pioneira, 1994. KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e Desempenho: Administre seus custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 2000. NAKAGAWA, Masayuki. ABC Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 1994. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 1997. ANDRÉ, Andrade Longaray et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003. CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: MAKRON Books, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Vamos abrir UM NOVO negócio? São Paulo: Makron Books, 1995. FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. v.1 – São Paulo: Atlas, 1997.
  • 27. 27 HENDRIKSEN, Eldon S. Teoria da contabilidade / Eldon S. Hendriksen, Michael F. Van Breda; tradução de Antonio Zoratto Sanvicente. – São Paulo: Atlas, 1999. IUDÍCIBUS, Sérgio et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades / FIPECAFI; diretor responsável Sérgio de Iudícibus; coordenador técnico Eliseu Martins, supervisor de equipe de trabalho Ernesto Rubens Gelbcke. – 6. ed. ver. e atual. – São Paulo: Atlas, 2003.