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6a
SÉRIE 7o
ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Volume2
EDUCAÇÃO
FÍSICA
Linguagens
CADERNO DO PROFESSOR
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
6a
SÉRIE/7o
ANO
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Os materiais de apoio à implementação
do Currículo do Estado de São Paulo
são oferecidos a gestores, professores e alunos
da rede estadual de ensino desde 2008, quando
foram originalmente editados os Cadernos
do Professor. Desde então, novos materiais
foram publicados, entre os quais os Cadernos
do Aluno, elaborados pela primeira vez
em 2009.
Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do
Professor e do Aluno foram reestruturados para
atender às sugestões e demandas dos professo-
res da rede estadual de ensino paulista, de modo
a ampliar as conexões entre as orientações ofe-
recidas aos docentes e o conjunto de atividades
propostas aos estudantes. Agora organizados
em dois volumes semestrais para cada série/
ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e
série do Ensino Médio, esses materiais foram re-
vistos de modo a ampliar a autonomia docente
no planejamento do trabalho com os conteúdos
e habilidades propostos no Currículo Oficial
de São Paulo e contribuir ainda mais com as
ações em sala de aula, oferecendo novas orien-
tações para o desenvolvimento das Situações de
Aprendizagem.
Para tanto, as diversas equipes curricula-
res da Coordenadoria de Gestão da Educação
Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo reorganizaram os Cader-
nos do Professor, tendo em vista as seguintes
finalidades:
incorporar todas as atividades presentes
nos Cadernos do Aluno, considerando
também os textos e imagens, sempre que
possível na mesma ordem;
orientar possibilidades de extrapolação
dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do
Aluno, inclusive com sugestão de novas ati-
vidades;
apresentar as respostas ou expectativas
de aprendizagem para cada atividade pre-
sente nos Cadernos do Aluno – gabarito
que, nas demais edições, esteve disponível
somente na internet.
Esse processo de compatibilização buscou
respeitar as características e especificidades de
cada disciplina, a fim de preservar a identidade
de cada área do saber e o movimento metodo-
lógico proposto. Assim, além de reproduzir as
atividades conforme aparecem nos Cadernos
do Aluno, algumas disciplinas optaram por des-
crever a atividade e apresentar orientações mais
detalhadas para sua aplicação, como também in-
cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do
Professor (uma estratégia editorial para facilitar
a identificação da orientação de cada atividade).
A incorporação das respostas também res-
peitou a natureza de cada disciplina. Por isso,
elas podem tanto ser apresentadas diretamente
após as atividades reproduzidas nos Cadernos
do Professor quanto ao final dos Cadernos, no
Gabarito. Quando incluídas junto das ativida-
des, elas aparecem destacadas.
ANOVA EDIÇÃO
Leitura e análise
Lição de casa
Pesquisa em grupo
Pesquisa de
campo
Aprendendo a
aprender
Roteiro de
experimentação
Pesquisa individual
Apreciação
Você aprendeu?
O que penso
sobre arte?
Ação expressiva
!
?
Situated learning
Homework
Learn to learn
Além dessas alterações, os Cadernos do
Professor e do Aluno também foram anali-
sados pelas equipes curriculares da CGEB
com o objetivo de atualizar dados, exemplos,
situações e imagens em todas as disciplinas,
possibilitando que os conteúdos do Currículo
continuem a ser abordados de maneira próxi-
ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades
de aprendizagem colocadas pelo mundo con-
temporâneo.
Para saber mais
Para começo de
conversa
Seções e ícones
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 8
Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: ginástica rítmica (GR) 10
Situação de Aprendizagem 1 – Exploração de diferentes movimentos 15
Situação de Aprendizagem 2 – Os movimentos e as relações com os aparelhos da GR 20
Atividade Avaliadora 25
Proposta de Situações de Recuperação 26
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 26
Tema 2 – Ginástica – Ginástica geral (GG) 28
Situação de Aprendizagem 3 – Compreendendo as características da ginástica 31
Situação de Aprendizagem 4 – A GG e outras manifestações da Cultura de Movimento 34
Atividade Avaliadora 37
Proposta de Situações de Recuperação 41
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 42
Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: voleibol 44
Situação de Aprendizagem 5 – O voleibol já é do conhecimento de todos os alunos 46
Situação de Aprendizagem 6 – Para jogar é preciso saber as técnicas? 49
Atividade Avaliadora 54
Proposta de Situações de Recuperação 57
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 57
Tema 4 – Luta: judô 59
Situação de Aprendizagem 7 – Reconhecendo as lutas 61
Situação de Aprendizagem 8 – Lutando com os amigos 68
Atividade Avaliadora 72
Proposta de Situações de Recuperação 75
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 75
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 77
8
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Professor, este Caderno foi elaborado para
servir de apoio ao seu trabalho pedagógico
cotidiano com a 6a
série/7o
ano do Ensino
Fundamental. Os temas deste volume são
enfocados a partir da concepção teórica da
disciplina, já explicitada anteriormente, fun-
damentada nos conceitos de Cultura de Movi-
mento e Se-Movimentar.
Assim, pretende-se que as Situações de
Aprendizagem aqui sugeridas para os temas
Esporte, Ginástica e Luta possibilitem aos
alunos diversificar, sistematizar e aprofundar
suas experiências do Se-Movimentar no âm-
bito das culturas lúdica, esportiva, gímnica
e de luta, tanto para proporcionar novas ex-
periências (permitindo aos alunos novas sig-
nificações), como ressignificar experiências já
vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado
para o desenvolvimento dos conteúdos deste
volume seja compatível com as intencionali-
dades do projeto político-pedagógico de cada
escola.
Neste volume da 6a
série/7o
ano serão de-
senvolvidos os temas Esporte – Modalidade
individual e coletiva, Ginástica e Luta. No
primeiro caso, a ginástica rítmica (GR) será
tomada como exemplo de modalidade espor-
tiva individual, considerando os principais
gestos técnicos, as principais regras e o pro-
cesso histórico. Espera-se que os alunos sejam
capazes de identificar e compreender os prin-
cipais gestos técnicos e relacioná-los com as
regras e aparelhos específicos da GR.
Em relação ao segundo tema, a ginástica
geral (GG) será privilegiada como conteú-
do gímnico, com enfoque nos fundamentos
e gestos dos métodos ginásticos clássicos à
ginástica contemporânea. Pretende-se que
os alunos sejam capazes de identificar e re-
conhecer os movimentos característicos de
modalidades gímnicas esportivas e de moda-
lidades gímnicas de participação. Espera-se,
também, que eles possam criar movimentos
conforme os desejos, interesses, necessidades
e características de cada grupo.
Com relação ao terceiro tema, será abor-
dado o Voleibol como modalidade esportiva
coletiva, discutindo seus princípios técnicos
e táticos, suas regras e seu processo históri-
co. Espera-se que os alunos sejam capazes de
compreender as principais regras e o proces-
so histórico de desenvolvimento dessa moda-
lidade, aplicar os princípios técnicos e táticos
e analisar as diferentes possibilidades de vi-
venciar o voleibol.
No último tema, o Judô será tomado
como exemplo para a discussão dos princí-
pios de confronto e oposição, de classificação
e de organização das lutas. Esse tema tam-
bém tratará da questão da violência atribuí-
da e associada às lutas. Cabe ressaltar que
outras lutas serão mencionadas, de modo a
ampliar a abordagem geral do tema. Espera-
-se com isso que os alunos possam valorizar
e reconhecer a importância das condutas res-
peitosas e colaborativas nas lutas.
As estratégias escolhidas – que incluem
a realização de gestos/movimentos, como a
busca de informações, a projeção de vídeos,
a resolução de situações-problema etc. – pos-
sibilitam aos alunos a reflexão com base no
confronto de suas próprias experiências de
Se-Movimentar com a sistematização e o
aprofundamento dos conhecimentos no âm-
bito da Cultura de Movimento.
Os procedimentos propostos para a avalia-
ção caminham na direção de uma avaliação
9
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
integrada ao processo de ensino e aprendiza-
gem, sem estabelecer procedimentos isolados
e formais. As Atividades Avaliadoras devem
favorecer a geração, por parte dos alunos,
de informações ou indícios, qualitativos e
quantitativos, verbais e não verbais, que se-
rão interpretados pelo professor, nos termos
das competências e habilidades que se pre-
tende desenvolver em cada tema/conteúdo.
Privilegia-se a proposição de Situações de
Aprendizagem que favoreçam a aplicação dos
conhecimentos em situações reais e a elabora-
ção de textos-síntese relacionados aos temas
abordados. São também priorizados os ques-
tionamentos dirigidos aos alunos ao longo
das aulas, para que se verifique a compreen-
são dos conteúdos e a aquisição das compe-
tências e habilidades propostas.
A quadra é o tradicional espaço de aula de
Educação Física, mas algumas Situações
de Aprendizagem aqui sugeridas poderão
ser desenvolvidas no espaço convencional da
sala de aula, no pátio externo, na biblioteca,
na sala de informática ou de vídeo, bem como
em espaços da comunidade local, desde que
compatíveis com as atividades programadas.
Algumas etapas podem ser também realiza-
das pelos alunos como atividade extra-aula
(pesquisas, produção de textos etc.).
As orientações e sugestões a seguir têm
por objetivo oferecer-lhe subsídios para o de-
senvolvimento dos temas apresentados. Não
pretendem apresentar as Situações de Apren-
dizagem como as únicas a serem realizadas,
nem restringir sua criatividade, como profes-
sor, para outras atividades ou variações de
abordagem dos mesmos temas.
Nesse mesmo sentido, o Caderno do Alu-
no é mais um instrumento para servir de
apoio ao seu trabalho e ao aprendizado dos
alunos. Elaborado a partir do Caderno do
Professor, esse material adicional não tem a
pretensão de restringir ou limitar as possibi-
lidades do seu fazer pedagógico.
De acordo com o projeto político-pedagó-
gico da escola e do planejamento do compo-
nente curricular, é possível que os temas nele
elencados, selecionados dentre os propostos
no Caderno do Professor, não coincidam
com as atividades que vêm sendo desenvol-
vidas na escola. Neste caso, a expectativa é
subsidiar o seu trabalho para que as compe-
tências e habilidades propostas, tanto no Ca-
derno do Professor quanto no Caderno do
Aluno, sejam alcançadas.
Para otimizar o tempo pedagogicamente
necessário para a aula, o Caderno do Aluno
apresenta as Situações de Aprendizagem de
caráter teórico, também propostas no Cader-
no do Professor, como sugestões de pesquisa e
atividades de lição de casa. Além disso, traz,
em todos os volumes, dicas sobre nutrição e
postura, a fim de contribuir para a construção
da autonomia dos alunos, um dos princípios
do Currículo da disciplina.
Isto posto, professor, bom trabalho!
10
TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL:
GINÁSTICA RÍTMICA (GR)
A ginástica faz parte das manifestações
humanas há muito tempo, algo que já apon-
tamos em outros Cadernos.
Apropriar-se de experiências significativas
do Se-Movimentar coloca-nos diante de difíceis
desafios pedagógicos, dada a complexidade
de como alguns elementos da Cultura de Mo-
vimento nos são apresentados. O universo da
Cultura de Movimento da ginástica e suas dife-
rentes modalidades não foge à regra.
Sabemos que a ginástica como elemento
da Cultura de Movimento, historicamente,
constituiu as mais diversas modalidades es-
portivas que conhecemos no mundo con-
temporâneo. As corridas, os saltos, as lutas,
dentre outros exercícios físicos, eram sinôni-
mos de ginástica.
A GR constituiu-se a partir da Segunda
Guerra Mundial como modalidade esportiva,
mas já era praticada desde o final da Primeira
Guerra. Não possuía nome específico nem códi-
go de regras. Foram os russos, por volta de 1946,
que introduziram a música nessa manifestação,
e o termo “rítmica” passou a ser incorporado.
Ela foi reconhecida pela Federação Inter-
nacional de Ginástica (FIG), na década de
1960, como modalidade esportiva individual
feminina e teve diferentes denominações: gi-
nástica moderna, ginástica rítmica moderna,
ginástica rítmica desportiva e, desde 1998, gi-
nástica rítmica.
AestreiadaGRemOlimpíadasaconteceuem
1984, em Los Angeles. No Brasil, a GR foi intro-
duzida na década de 1950 e começou a se desen-
volver como modalidade esportiva em meados
de1960.RiodeJaneiroeLondrinasãoascidades
brasileiras que tiveram atuação importante para
o desenvolvimento dessa modalidade esporti-
va. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg,
no Canadá, em 1999, o conjunto brasileiro en-
cantou os espectadores com uma apresentação
fantástica e com a conquista da medalha de
ouro. Em 2011, o conjunto brasileiro tornou-se
tetracampeão nos jogos Pan-Americanos.
As manifestações gímnicas do esporte
são conhecidas ou tornam-se mais “popula-
res” sempre que há um calendário esportivo
amplamente divulgado ou quando um atleta se
destaca em um evento nacional ou internacio-
nal (como por ocasião dos Jogos Olímpicos) e
passa a ser objeto de ampla atenção das mídias.
A GR caracteriza-se no cenário esportivo
como uma modalidade exclusivamente femini-
na, mas há um forte movimento internacional
para difundir a prática da GR masculina. Ele
está concentrado em países como Japão, Rússia,
Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi-
co, onde as competições masculinas de GR já
são comuns. Nessa modalidade, os exercícios
são realizados com acompanhamento musical.
No universo escolar, a GR como modali-
dade esportiva individual, entre outras ma-
nifestações gímnicas, tem sido preterida em
relação a outras manifestações da Cultura
de Movimento. Como essa situação pode ser
explicada? A GR na escola não é contempla-
da por ser uma modalidade esportiva femi-
nina, de acordo com as regras da FIG? Por
necessitar de aparelhos oficiais que pressu-
põem gestos técnicos perfeitos? Por ter um
código de pontuação específico que avalia a
dificuldade técnica, o valor artístico e a exe-
cução dos exercícios obrigatórios? Por ser
formada por movimentos complexos?
11
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
As respostas a tais questionamentos são
muito particulares e requerem uma reflexão a
respeito de quais conhecimentos e estratégias
de ensino estão sendo colocados à disposição
dos alunos a respeito da GR nas aulas de Edu-
cação Física.
A GR como modalidade esportiva possibi-
lita inúmeras experiências para que os alunos
possam desenvolver suas competências e ha-
bilidades no sentido de identificar e relacionar
os conteúdos específicos com outras manifes-
tações da Cultura de Movimento.
A GR apresenta características esportivas
que podem torná-la compatível com o cotidiano
escolar quando identificadas suas possibilidades
gímnicas e lúdicas. Para isso, algumas reflexões
podem ser realizadas, tais como:
As representações que fazemos dos gêne-
ros feminino e masculino na ginástica têm
relação com o processo histórico de desen-
volvimento da modalidade?
Quais são os elementos que permitem ca-
racterizá-la como uma modalidade esporti-
va exclusivamente feminina: as sequências
de movimentos obrigatórios? A presença
da música?
Quais os motivos dos homens não partici-
parem de competições esportivas oficiais
dessa modalidade?
Os elementos que constituem o Se-Movi-
mentar significativo na GR são fundamen-
tais para os exercícios individuais e coletivos
(conjuntos). Tais elementos podem ser vi-
venciados em várias direções, planos, ní-
veis com ou sem deslocamento, com apoio
de um ou dois pés, uma ou duas mãos, cuja
coordenação consensual de condutas possi-
bilitará movimentos gímnicos harmoniosos,
dinâmicos e lúdicos. Andar e correr, saltar
e saltitar, balancear e circunduzir, girar, ro-
lar e equilibrar-se, flexionar-se e estender-se,
lançar e receber diferentes aparelhos, enfim,
tudo isso compõe a Cultura de Movimento
da GR.
Figura 1 – GR: attitude (postura) – equilíbrio.
©RayMoller/DorlingKindersley/GettyImages
12
©CatherineIvill/Matthew
Ashton/AMASports
Photo/Corbis/Latinstock
Figura 2 – GR: conjunto de bolas.
É necessário compreender que, embora
as regras para avaliar a execução dos movi-
mentos sejam bastante rígidas no universo
esportivo competitivo da GR e de outras
modalidades gímnicas, nas aulas de Educa-
ção Física, a GR pode seguir regras adapta-
das pelo professor e pelos próprios alunos,
respeitando e valorizando as características
individuais e interpessoais.
É possível, também, que os alunos criem os
próprios movimentos e aparelhos, o que con-
tribui para tornar mais significativas as suas
vivênciasedescobrirdiferentesalternativasde
movimentos, relacionando-os com as várias
modalidades esportivas existentes. Enfim,
experiências que permitam ao aluno recon-
textualizar suas vivências, ampliando a sua
Quadro de possibilidades de adaptação dos aparelhos da GR
Aparelho original Material adaptado Descrição da adaptação
Bola Jornal.
Fita adesiva.
Sacolas de plástico.
Bolas de borracha de
iniciação esportiva.
As bolas são feitas com o jornal; ao re-
dor delas é colocada fita adesiva, dei-
xando seu formato mais arredondado.
Por fim, pode ser colocado um plástico
para colorir e melhorar a aparência do
material.
Bolas de borracha tamanho 10 ou 12,
utilizadas para a iniciação esportiva,
preenchem as necessidades da modalida-
de, e podem ser pintadas com tinta a óleo
não tóxica.
©SamuelSilva
comunicação com a Cultura de Movimento.
Assim, no decorrer das Situações de Apren-
dizagem da GR, caberá ao professor motivar
os alunos – tanto os meninos como as meninas
– para que percebam a necessidade de identi-
ficar os principais gestos técnicos e relacioná-
-los às possibilidades do Se-Movimentar com
os diferentes aparelhos, respeitando as carac-
terísticas individuais e interpessoais de cada
um, além de compreender as principais regras
e o processo histórico que envolve a GR.
A seguir, um quadro que visa a auxiliar o
professor nas Situações de Aprendizagem,
sugerindo-lhe algumas possibilidades de adap-
tação de aparelhos, em substituição aos apare-
lhos oficiais da GR.
13
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Aparelho original Material adaptado Descrição da adaptação
Corda Cordas de sisal, elástico
ou outro material.
Tiras de tecido.
As tiras podem ser entrelaçadas para au-
mentar o volume do material. Faça um
nó nas extremidades para que a trança
não se desfaça durante o manuseio.
Arco Bambolê.
Conduíte.
Arame.
Fita isolante.
O professor deverá moldar os conduítes
no formato de um arco, colocar o arame
pela parte interior e aplicar a fita isolan-
te (ou outra similar) pela parte exterior.
Deverá inserir uma rolha ou uma cavilha
na união das extremidades, para fixá-las.
O bambolê não precisa de nenhum ajus-
te para maiores adaptações (entre 80 cm
e 90 cm de diâmetro).
Fita Papel crepom ou faixas
de plástico (mais resis-
tentes).
Barbante.
Cola ou fita adesiva.
Palitos (churrasco ou
similar) ou bastões de
madeira de cabides (com
cerca de 50 centímetros
de comprimento).
“Pitão”, rodízio de pesca
e alfinete de pesca.
Faixas de demarcação de
trânsito(amareloepreto).
O papel crepom precisa ser cortado em
faixas de, aproximadamente, três metros;
em seguida, fixe as faixas em folha de pa-
pel jornal dobrada e amarrada com bar-
bante. É importante deixar um pedaço de
barbante para facilitar o manuseio.
Tiras de seis metros de faixa, com fixação
de um ilhós na extremidade próxima ao
estilete. Insira o alfinete de pesca no ilhós.
O rodízio de pesca (para evitar que a fita
enrole) é preso na outra extremidade do
alfinete. A outra argola do rodízio da
fita é fixada no “pitão” (peça em forma
de gancho, com uma rosca em uma das
extremidades para ser parafusada e que
é colocada em portas de armários ou ou-
tros objetos). O “pitão” deve ser fixado
em uma das extremidades do bastão.
Maça Pares de meia.
Bolapequenadeborracha.
Saquinhos de areia.
Garrafas PET, garrafi-
nhas de iogurte.
Bastãozinho de madeira
(cerca de 50 centímetros).
EVA.
Parafusos.
Colher de pau.
Fita adesiva transparen-
te ou colorida.
Coloque uma bola ou um saquinho de
areia no interior das meias, e, em segui-
da, amarre-as nas extremidades.
Abra um orifício na tampa da garrafa
PET e, por ele, insira o bastãozinho. Fi-
xe-o na extremidade oposta com um pa-
rafuso. A garrafa PET pode ser preenchi-
da com retalhos de EVA, tecidos ou outro
material para aumentar ligeiramente o
seu peso. No caso de serem utilizadas co-
lheres de pau, pode-se preencher a parte
da colher com bola de jornal encapada
com fita crepe ou fita adesiva colorida.
©SamuelSilva
©SamuelSilva©SamuelSilva©SamuelSilva
Quadro 1.
14
©DaniloMarques
Se a escola não tiver os aparelhos oficiais
mencionados, sugere-se que o professor anali-
se, com a classe, as possibilidades de adaptá-los
e utilizar os aparelhos construídos pelos alunos.
Na GR, os programas das competições são
compostos por exercícios individuais e em
conjunto de cinco ginastas, realizados em um
tablado. As apresentações masculinas não com-
põem as competições oficiais da modalidade,
porém sugere-se que todos os alunos (meni-
nos e meninas) tenham acesso a esse conteúdo.
Nos programas individuais, cada partici-
pante se apresenta em quatro dos cinco apa-
relhos, com duração entre 1min15s e 1min30s
cada um. Nos programas em conjunto, cada
equipe se apresenta em dois exercícios, sendo
um com um aparelho e o outro com dois apa-
relhos. A duração das apresentações fica entre
2min15s e 2min30s. O final da apresentação
tem que coincidir com o final da música.
Os exercícios da GR são avaliados segundo
um código de pontuação a partir do qual os
árbitros observam a dificuldade (grau técni-
co), o valor artístico e a execução.
Os movimentos básicos da GR são reali-
zados com os diferentes aparelhos e apresen-
tam características nas quais são avaliados o
equilíbrio, a flexibilidade e a onda, os saltos e
os pivots. No equilíbrio, o participante/atleta
equilibra-se em uma das pernas enquanto a
outra é elevada. A attitude (postura) é uma
característica dos movimentos de equilíbrio
e pivot. Na flexibilidade e na onda, os movi-
mentos descrevem ondas combinadas com a
capacidade de flexionar o corpo. Os saltos
são avaliados conforme a altura da execu-
ção. Os pivots são movimentos caracteriza-
dos por um giro de 360o
sobre um dos pés.
Tais movimentos combinados com outros
constituem a beleza e a elegância caracterís-
ticas da GR.
Figura 3 – GR: apresentação com corda.
lançamentos, rolamentos, equilíbrios, movi-
mentos em oito, circunduções etc. Durante a
execução, a bola não pode ser agarrada, mas
apenas sustentada sobre ou sob o corpo.
As maças permitem a realização de mo-
linetes, rotações, rolamentos, circunduções
A corda permite a realização de saltos, salti-
tos, círculos, balanços e figuras no ar (movimen-
tos em oito), lançamentos (solturas) e pegadas,
envolvimento no corpo, circunduções, giros etc.
A bola une-se ao próprio corpo e à beleza
dos movimentos comuns de giros no chão, em
15
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
EXPLORAÇÃO DE DIFERENTES MOVIMENTOS
Os alunos são criativos quando desafia-
dos a propor novos movimentos. Nesta Si-
tuação de Aprendizagem, o professor deve
estimulá-los a realizar diferentes possibili-
dades de Se-Movimentar com e sem apa-
relhos, para que percebam e identifiquem
©DaniloMarques
Figura 4 – GR: apresentação com arco e bola.
(os círculos no ar), lançamentos e capturas
juntamente com as batidas rítmicas.
Os rolamentos e as rotações são caracterís-
ticos do arco, com o qual o participante usa
diferentes partes do corpo com as rotações rea-
lizadas nas pernas e na cintura, por exemplo.
A fita permite a realização de diferentes
figuras no ar, além de lançamentos, captu-
ras e espirais; é, visualmente, um dos mo-
mentos mais belos das apresentações.
suas habilidades individuais e coletivas
relacionando-as com as características da
modalidade esportiva GR. É importante
que todos os alunos, independentemente
do gênero, vivenciem os movimentos carac-
terísticos da GR.
Conteúdo e temas: a criatividade como elemento presente na GR; os gestos técnicos da moda-
lidade esportiva GR; o trabalho individual e coletivo presente na GR.
Competências e habilidades: identificar diferentes possibilidades de movimentos para compreen-
der a GR; identificar e relacionar as características individuais e interpessoais na composição
dos principais gestos da GR.
Sugestão de recursos: aparelhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
16
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 1
Etapa 1 – Descobrindo diferentes maneiras
de Se-Movimentar
Solicite aos alunos que falem sobre as di-
ferentes maneiras e locais de movimentar-se
do ser humano. Provavelmente, aparecerão
respostas criativas e inesperadas. Após uma
rodada, direcione as perguntas para uma rea-
lidade mais próxima de todos os alunos: quais
as possibilidades de movimento das pessoas
no cotidiano?
Na sequência, sugira aos alunos que esco-
lham diferentes possibilidades de movimen-
to e as demonstrem aos colegas da turma.
Procure vivenciar com eles: andar em quatro
apoios, andar em posições invertidas, rolar
sobre o chão, andar agachado, rastejar, an-
dar, correr e saltar, combinando ritmos e
intensidades diferentes, andar e transportar
outra pessoa etc.
Etapa 2 – Escolher, identificar e justificar
as escolhas de movimentos
Organize grupos de aproximadamente cinco
ou sete alunos e proponha que apresentem uma
maneira de movimentar-se em conjunto; se possí-
vel, registre as apresentações com uma filmadora.
Após as apresentações, sugira que cada
grupo identifique quais foram os movimentos
mais recorrentes. Solicite que registrem e jus-
tifiquem por escrito suas escolhas na elabora-
ção das apresentações.
Professor, neste momento, faça
uma reflexão com os alunos sobre
os conteúdos e temas apresentados
nas questões da seção “Para come-
ço de conversa”, no Caderno do Aluno.
Reúna-se com seus colegas para conver-
sar sobre o tipo de ginástica representado nas
imagens a seguir. Depois de conversarem, res-
ponda às questões.
©Blueduck/AsiaImages/GettyImages
17
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
1. A GR é:
( X ) uma modalidade esportiva.
( ) um espetáculo musical.
Obs.: pode ser que algum aluno responda “um espetáculo
musical”; valorize seus argumentos se estiverem coerentes,
porém procure diferenciar uma alternativa da outra. Um as-
pecto da GR, por exemplo, é o código de pontuação.
2. A GR é praticada:
( ) sobre aparelhos.
( X ) utilizando aparelhos.
3. A GR:
( X ) é um esporte olímpico.
( ) não é um esporte olímpico.
4. A GR, nos campeonatos mundiais, é prati-
cada:
( X ) apenas por mulheres.
( ) apenas por homens.
( ) por homens e mulheres.
No universo dos esportes, existem aqueles
que são coletivos e os que são individuais. A
ginástica rítmica (GR) é um esporte predomi-
nantemente individual. Ela é uma das versões
competitivas da ginástica, isto é, há um con-
junto de regras que precisa ser respeitado por
aqueles que querem competir nessa modalida-
de esportiva. Essas regras estão agrupadas em
um livro chamado Código de pontuação.
A prática da GR destaca-se pela beleza e
plasticidade dos movimentos, que aparecem
de forma combinada, sempre acompanhados
por música. Nas competições organizadas pela
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG)
e pela Federação Internacional de Ginástica
(FIG), apenas as mulheres praticam esse espor-
te. Mas há um forte movimento internacional
para difundir a prática da GR masculina. Ele
está concentrado em países como Japão, Rússia,
Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi-
co, onde as competições masculinas de GR já
são comuns.
Discuta com seus colegas sobre os apare-
lhos de competição da GR.
5. Na lista a seguir, assinale os aparelhos que
são utilizados na GR feminina.
( X ) Bola.
( X ) Maças.
( ) Bastões.
( X ) Arco.
( X ) Corda.
( ) Squizzy.
( ) Peteca.
( ) Barra fixa.
( ) Paralelas.
( ) Trave de equilíbrio.
( ) Malabares.
( X ) Fita.
6. Agora, assinale quais são os aparelhos uti-
lizados na GR masculina.
( X ) Bola.
( X ) Maças.
( X ) Bastões. (Este é o aparelho diferente que substi-
tui a fita).
( X ) Arco. (Este é o menor aparelho na GR masculina.)
( X ) Corda.
( ) Squizzy.
( ) Peteca.
( ) Barra fixa.
( ) Paralelas.
( ) Trave de equilíbrio.
( ) Malabares.
( ) Mesa de saltos.
A GR é classificada como esporte individual.
Nas competições, participam até três ginas-
tas nos exercícios individuais. Cada ginasta se
apresenta com quatro exercícios diferentes (co-
reografias). Cada exercício é feito com um apa-
relho. Como se trata de cinco aparelhos oficiais
18
(bola, corda, arco, fita e maças), um não será
escolhido. Cada apresentação dura de 1min15s
(um minuto e quinze segundos) a 1min30s (um
minuto e trinta segundos).
A competição também tem exercícios em
conjunto. Nesse caso, um grupo de cinco gi-
nastas apresenta duas coreografias diferentes,
que duram de 2min15s a 2min30s. Em um dos
exercícios, as cinco ginastas se apresentam com
o mesmo tipo de aparelho, por exemplo, cinco
fitas para o grupo. O outro exercício da compe-
tição é realizado sempre com dois aparelhos di-
ferentes, por exemplo, três cordas e duas bolas
ou três fitas e duas bolas etc.
Etapa 3 – Diferentes movimentos e o uso
de aparelhos
Apresente aos alunos os aparelhos da GR,
aparelhos adaptados e outros objetos, como
lenço pequeno, toalha de mesa, lençol, garra-
fas PET, bastões etc. Alguns objetos podem ser
solicitados aos alunos com antecedência.
Desafie-os a realizar individualmente, em
duplas ou em grupos maiores, os diferentes mo-
vimentos apresentados nas etapas anteriores.
Aproveite e proponha-lhes questões e desafios:
É possível andar em quatro apoios trans-
portando uma bola nas costas?
Como rolar no chão segurando com as
duas mãos duas garrafas PET?
É possível, sem se deslocar e em pé, rolar a
bola por todo o corpo?
E, em deslocamento, é possível rolar a bola
por todo o corpo?
É possível rolar um arco e saltá-lo?
É possível lançar uma bola ao ar, rolar e
recuperá-la antes que toque o chão?
É importante que todos os alunos explo-
rem todos os materiais.
Separe os aparelhos oficiais e os materiais
adaptados e pergunte aos alunos como foi
realizar os movimentos manuseando apare-
lhos. Solicite que registrem em uma folha o
nome de cada aparelho ou material adapta-
do e as facilidades e dificuldades encontra-
das durante as vivências. O registro pode ser
feito em grupo.
Professor, auxilie os alunos na
construção dos objetos apresen-
tados na seção “Pesquisa indivi-
dual”, no Caderno do Aluno.
Agora você já conhece um pouco dessa mo-
dalidade esportiva e sabe que ela é praticada
com aparelhos. A GR exige do praticante a
manipulação e o domínio de vários aparelhos.
Para começar as vivências, se for possível, você
pode utilizar vários materiais adaptados antes
de experimentar os aparelhos oficiais.
Então, a sua tarefa agora é pesquisar que
tipo de material pode ser usado no lugar dos
aparelhos oficiais. Talvez você possa cons-
truir um material parecido... Veja as ilus-
trações dos aparelhos oficiais apresentadas
a seguir e tente pensar em alternativas para
eles. Depois de construir o objeto, experi-
mente realizar alguns movimentos com ele
para confirmar se permite os movimentos
necessários. Faça a sua proposta nos espa-
ços a seguir. Se precisar, peça ajuda ao seu
professor ou professora de Educação Física e
aos seus colegas de turma.
1. Bola de borracha, de 18 a 20 centímetros
de diâmetro; peso mínimo de 400 gramas.
©SamuelSilva
19
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
4. Arco de madeira ou material sintético, com
80 a 90 centímetros de diâmetro; peso mí-
nimo de 300 gramas.
©SamuelSilva
Sugestões de material alternativo: De conduíte,
de jornal, de arame, pneu de bicicleta etc.
5. Maças: um par de maças de madeira ou
material sintético, de 40 a 50 centímetros
de comprimento e com peso mínimo de
150 gramas cada uma.
©SamuelSilva
Sugestões de material alternativo: Cascas de
coco, vassourinhas de sanitário, cabos de vassoura,
bolinhas de tênis em redinhas de fruta (de feira) ou
sacolinhas de plástico amarradas; garrafas PET etc.
6. Outros objetos que possam gerar a criativi-
dade e o interesse dos alunos e que permi-
tam apresentações de GR.
Sugestões: Almofadas, vassouras, bolas grandes, caixas,
bonecas, mochilas, chapéu, guarda-chuva, toalhas, can-
gas, latas etc. Qualquer objeto que permita manipulação e
diversidade de movimentos (lançar, rolar, rodar, girar etc.).
Sugestões de material alternativo: Qualquer
bola que seja diferente da bola de GR – bola de borra-
cha, de plástico, de meia (tamanho maior), de papel etc.
2. Fita de cetim, mínimo de 6 metros de com-
primento; peso de 35 gramas; largura de 4 a
6 centímetros; estilete (um tipo de bastãozi-
nho, objeto próprio da GR, e não um mate-
rial cortante) de 50 a 60 centímetros de com-
primento, base com no máximo 1 centímetro
de diâmetro, no qual se prende a fita.
©SamuelSilva
Sugestões de material alternativo: Tecidos,
fitas de delimitação de área, cordões de tecido etc.
3. Corda de sisal (ou material sintético), com
comprimento que pode variar de acordo
com a estatura do ginasta.
©SamuelSilva
Sugestões de material alternativo: Trançada
de pano, de cipó, de varal etc.
20
Conteúdo e temas: principais gestos técnicos da GR; principais regras: compreensão e elabo-
ração; processo histórico.
Competências e habilidades: identificar e compreender os principais gestos técnicos e relacio-
ná-los com as regras específicas da GR; reconhecer os gestos técnicos e relacioná-los com os
aparelhos específicos da GR; identificar, compreender e relacionar o processo histórico de
desenvolvimento da GR com outras modalidades esportivas.
Sugestão de recursos: aparelho de som, aparelho de vídeo ou DVD, CDs, filmadora, apare-
lhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
OS MOVIMENTOS E AS RELAÇÕES COM
OS APARELHOS DA GR
Esta Situação de Aprendizagem comple-
mentará as experiências da Situação anterior,
visto que o elemento musical não foi incorpo-
rado. É importante que os alunos se apropriem
e compreendam os elementos que constituem
a GR: movimentos, manuseio de aparelhos e
acompanhamento musical. É importante, tam-
bém, que identifiquem os gestos técnicos que
compõem os exercícios da GR e que conheçam
a necessidade das regras e o processo histórico
de desenvolvimento da modalidade.
Os grupos de alunos devem ser formados
por meninas e meninos. O professor deve estar
atento no sentido de estimular a participação
de todos os alunos, principalmente a dos me-
ninos, nas vivências da GR, uma vez que, por
ser uma modalidade esportiva feminina, os
alunos do sexo masculino podem apresentar
algum constrangimento. Estes devem ser mo-
tivados e desafiados a realizar os movimentos
complexos da GR.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 2
Etapa 1 – Identificando e reconhecendo a GR
Selecione com antecedência um vídeo ou
imagens para apresentar aos alunos e permita
que identifiquem, relacionem e compreendam
o nome “ginástica rítmica” dado à modalida-
de em questão.
A seguir, solicite que associem, em grupos,
alguns movimentos realizados com os movi-
mentos percebidos no vídeo ou nas imagens.
Se possível, solicite que descrevam, expliquem
ou registrem suas hipóteses em uma folha. O
professor poderá apresentar as informações
sobre o processo histórico e como a música foi
incorporada à GR.
Etapa 2 – Comparar e associar os
movimentos e os aparelhos da GR
Reserve com antecedência o aparelho de
som e CDs de músicas com diferentes ritmos
(se possível, solicite que cada grupo de alunos
traga os próprios CDs ou músicas gravadas
em aparelhos próprios).
21
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Organize os alunos em cinco grupos e
proponha que cada um escolha um apare-
lho oficial ou adaptado para ser utilizado (se
necessário sorteie o aparelho e/ou sugira sua
confecção com antecedência).
Solicite que explorem novamente os ma-
teriais e, na sequência, tentem relacionar os
movimentos com as músicas selecionadas e
elaborar coreografias. Oriente-os a criar for-
mações diversas, tais como círculos, colunas,
fileiras e outras. Nesse momento, é necessário
que associem os movimentos da GR com ou-
tras experiências rítmicas.
Etapa 3 – As apresentações em conjunto
da GR
Proponha aos alunos uma apresentação
dos grupos com o acompanhamento mu-
sical (não é necessária uma apresentação
para toda a escola, somente para a própria
turma). Estabeleça antecipadamente com
os grupos o tempo de apresentação e a pre-
sença (obrigatória ou não) de alguns gestos.
O uso da criatividade no manuseio dos apa-
relhos como critério para avaliação das
coreografias dos grupos pode ser um impor-
tante elemento motivador.
Se possível, registre essa experiência dos alu-
nos em vídeo, permitindo que apreciem as pró-
prias imagens. Depois, solicite que registrem
ou relatem a experiência vivenciada: as difi-
culdades de manusear aparelhos com acom-
panhamento musical, os aparelhos preferidos
associados às características de cada grupo etc.
Professor, nas apresentações dos conjuntos
podem ser combinados diferentes materiais.
Outro ponto importante é que os alunos com-
preendam que há na GR exercícios individuais
para cada aparelho.
Se os alunos desejarem, outros poderão
assumir os papéis de “árbitros avaliadores”
para apreciar os conjuntos (se a escola tiver
alunos do Ensino Médio, alguns poderão ser
convidados a assumir essa função).
Professor, solicite aos alunos que
analisem as imagens e respondam
às questões da seção “Lição de
casa” e que, em seguida, façam a
leitura das considerações na seção “Você sa-
bia?”, no Caderno do Aluno.
Para compor um exercício (a coreografia), o
ginasta precisa manipular (manusear) os apa-
relhos. Esse manuseio vem combinado com
muitos movimentos corporais, como saltos,
giros, equilíbrios, circunduções dos braços etc.
Essas combinações também têm que ser feitas
dentro do ritmo de uma música, que é parte da
apresentação da GR.
Quando o exercício é realizado em conjun-
to, os integrantes do grupo (cinco ginastas)
manuseiam os aparelhos e realizam os movi-
mentos em diferentes posições no espaço, cha-
madas de formações (em círculos, em colunas
etc.). Lembre-se de que já fazemos muitas
formações em nosso dia a dia, mas sem nos
preocuparmos com o aperfeiçoamento dos
movimentos.
Agora você vai associar as imagens com
os tipos de situações que encontramos na
GR. Perceba quantos movimentos fazemos
que parecem os exercícios da GR.
1. Observe as imagens e coloque a letra cor-
respondente à situação no espaço ao lado
da figura. Considere o movimento que
predomina. Por exemplo: se estou corren-
do atrás de uma bola, assinale “manipu-
lação”, pois estou trabalhando com um
aparelho (bola).
22
2. Nas imagens a seguir, o desenho (diagrama) representa a formação em que o grupo se encontra.
( a ) Manipulação. ( b ) Movimento corporal. ( c ) Formação grupal.©PeterCade/TheImage
Bank/GettyImages
©BecParsons/Digital
Vision/GettyImages
( b )( a )
©TaylorS.Kennedy/National
Geographic/GettyImages
( c )
©Kuttig-People/Alamy/GlowImages
( a )
©dmac/Alamy/GlowImages
Coluna (fila – um atrás do outro) Fileira (um ao lado do outro)
©SamiSarkis/Photographer’s
Choice/GettyImages
Observe que o vértice (ponta) da seta indica a frente das pessoas.
23
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Imagem Diagrama
a)
b)
c)
©PeterCade/TheImageBank/GettyImages©BrianKenney/OxfordScientific/Latinstock©StockByte/Latinstock
Discuta o exercício a seguir com seus cole-
gas e depois complete os espaços com o dia-
grama solicitado.
Ao lado de cada imagem, faça um diagra-
ma (desenho) que corresponda à formação
em que o grupo se encontra. Lembre-se que
na GR, obrigatoriamente, são exigidas no
mínimo seis formações diferentes. Vamos
aprender um pouco das possibilidades de
variações dessas formações neste exercício.
Bom trabalho!
24
Você sabia?
Que as atividades circenses também incluem manuseio de apa-
relhos? As pessoas que fazem essas apresentações são os malabaris-
tas, e os objetos que utilizam podem ser malabares, bolas, argolas,
chapéus, pratos, bastões com ou sem fogo ou outros objetos que
demonstrem suas habilidades. Muitos fazem as apresentações no
solo, outros se equilibram sobre superfícies, como bolas, bicicletas
de uma roda só (monociclos), ou sobre cabos de aço.
Mas o que os malabaristas fazem no circo é um espetáculo ar-
tístico. Assim como os ginastas, os malabaristas também treinam
muito. Entretanto, têm finalidades diferentes, que envolvem outras
situações. Vejamos algumas dessas diferenças.
Os ginastas da GR treinam para ganhar um campeonato que tem regras específicas, como
a exigência de certos tipos de movimentos; a GR só pode ser realizada com os aparelhos que
a modalidade determina; é necessário o acompanhamento musical; as roupas também devem
seguir as regras; há tempo e espaços certos para as apresentações; árbitros dão uma nota.
Para participar de campeonatos, é preciso fazer parte de uma representação (escola, clube,
seleção de um estado ou de um país).
Já os malabaristas, profissionais de circo, são artistas. Vivem de suas apresentações e treinam
para elas. Escolhem os objetos que utilizam para se apresentar; não há um tempo predetermi-
nado para a apresentação; os trajes fazem parte da identidade que querem assumir (palhaço
ou não); o local pode ser uma rua, um parque, um circo, um teatro ou outro espaço qualquer
(que é alugado ou cedido para o espetáculo); integram um grupo composto de outros artistas.
No entanto, o que importa é que podemos aprender muito com todos eles. O desafio
está em ser cada vez melhor no manuseio dos aparelhos e na criação de novos movimentos.
Quanto mais se aprimora, maior é a capacidade de identificar e compreender as possibili-
dades do organismo humano. Isso exige muito do corpo, especialmente dos sistemas esque-
lético e muscular. Então, propomos vivenciar e aprender com a GR nas aulas de Educação
Física. Quem sabe você goste e decida treinar para ser um ginasta ou um artista?
©TimPlatt/Iconica/GettyImages
Bolas. Malabares de fogo.
©RoyMcMahon/Comet/
Corbis/Latinstock
Argolas.
©MichaelS.Yamashita/
Corbis/Latinstock
Malabares com claves.
©HolaImages/GettyImages
25
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Estabeleça alguns critérios que permitam
avaliar o envolvimento dos alunos com o tema
proposto e se eles conseguem:
identificar suas dificuldades e facilidades na
elaboração criativa dos movimentos;
combinar diferentes movimentos carac-
terísticos da GR utilizando os diferentes
aparelhos;
registrar as informações solicitadas nas Si-
tuações de Aprendizagem.
É possível apresentar aos alunos imagens
para que identifiquem o nome dos movimentos
e dos aparelhos e aproveitar os registros feitos
durante as Situações de Aprendizagem como
forma de verificar a compreensão dos conceitos.
Professor, para finalizar esta
etapa, solicite aos alunos que
respondam os exercícios da se-
ção “Você aprendeu?”, no Ca-
derno do Aluno.
1. A GR é uma modalidade esportiva, com
exercícios:
a) individuais.
b) de conjunto.
c) individuais e de conjunto.
2. Assinale os aparelhos utilizados na GR fe-
minina e masculina.
a) Bola.
b) Argolas.
c) Arcos.
d) Fita.
e) Malabares.
f) Maças.
ATIVIDADE AVALIADORA
g) Diabolô.
h) Corda.
i) Bastões.
3. A duração das apresentações dos exercí-
cios individuais da GR é de:
a) 1min10s a 1min30s.
b) 1min15s a 1min30s.
c) 1min20s a 1min30s.
4. Na GR, quando os ginastas executam os
exercícios em conjunto, eles têm que se po-
sicionar em diferentes lugares na área de
competição (chamada praticable). A exe-
cução dos exercícios deve contemplar no
mínimo seis:
a) formações diferentes.
b) organizações diferentes.
c) colocações diferentes.
5. Escreva GR para ginástica rítmica e AC
para as atividades circenses.
a) Um ou cinco participantes. ( GR )
b) Criativo, livre, sem regras preestabele-
cidas. ( AC )
c) Mulheres e homens se apresentam
juntos. ( AC )
d) Trajes semelhantes. ( GR )
e) Tempo livre. ( AC )
f) São cinco aparelhos. ( GR )
g) Sem número determinado de partici-
pantes. ( AC )
h) Duração de 1min15s a 1min30s ou
2min15s a 2min30s. ( GR )
i) Esporte. ( GR )
j) O acompanhamento musical não é
obrigatório. ( AC )
26
Livros
PAOLIELLO, Elizabeth; TOLEDO, Eliana
(orgs.). Possibilidades da ginástica rítmica. São
Paulo: Phorte, 2010. As autoras apresentam
um panorama geral da GR, sugerem estraté-
gias de ensino e discutem questões de gênero
na GR.
SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA-PIC-
COLO, Vilma Leni. Aspectos pedagógicos
no ensino da ginástica artística e da ginástica
rítmica no cenário escolar. In: PAES, Roberto
Rodrigues; BALBINO, Hermes Ferreira. Pe-
dagogia do esporte: contextos e perspectivas.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
p. 111-122. Nesse capítulo, as autoras apre-
sentam informações sobre a GR, adaptações
de materiais e espaços específicos.
Artigos
CAÇOLA, Priscila. Iniciação esportiva na
ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educa-
ção Física, Esporte, Lazer e Dança. São Paulo,
v. 2, n. 1, p. 9-15, mar. 2007. Disponível em:
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
DuranteopercursopelasváriasetapasdaSi-
tuação de Aprendizagem, alguns alunos pode-
rão não apreender os conteúdos e desenvolver
as habilidades da forma esperada. É necessá-
rio, então, professor, elaborar outras Situações
de Aprendizagem em que os elementos que
compõem a GR possam ser problematizados e
percebidos. Essas Situações de Aprendizagem
devem ser diferentes, de preferência, daquela
que gerou dificuldade para os alunos. Tais es-
tratégias podem ser desenvolvidas durante as
aulas ou em outros momentos, envolver todos
os alunos ou apenas aqueles que apresentaram
dificuldades. Por exemplo:
apreciação de gestos realizados pelos cole-
gas durante as diferentes etapas das Situa-
ções de Aprendizagem;
pesquisas em sites ou em outras fontes
para posterior apresentação sobre temas
como história da GR, características
dos aparelhos e espaços oficiais etc.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/
arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCA
CAO_FISICA/artigos/iniciacao_ritmica.pdf>.
Acesso em: 11 nov. 2013. A autora apresenta
informações referentes à ginástica rítmica e ao
processo de iniciação esportiva.
CHIÉS, Paula Viviane. “Eis Quem Surge no
Estádio: é Atalante!” A história das mulheres
nos jogos gregos. Movimento. Porto Alegre,
v. 12, n. 3, p. 99-121, set./dez. 2006. Disponí-
vel em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/
Movimento/article/view/2911/1547>. Acesso
em: 11 nov. 2013. A autora relata a educação
feminina na Grécia Antiga, destacando as di-
ferenças entre as cidades de Atenas e Esparta
e as práticas e os exercícios físicos que consti-
tuíam os princípios educacionais.
Sites
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>.
Acesso em: 7 abr. 2014. Informações sobre o
calendário esportivo da GR e demais modali-
dades gímnicas.
27
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Disponível em: <https://www.fig-gymnastics.
com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2013. Informa-
ções sobre o calendário esportivo da ginástica e
suas diferentes modalidades gímnicas mundiais.
Ginástica Rítmica Masculina. Disponível em:
<http://www.menrg.com>. Acesso em: 11
nov. 2013. Imagens e vídeos de apresentações
masculinas de GR.
28
“De pernas para o ar” é uma expressão
que possibilita atribuir significado a um movi-
mento ou gesto característico exclusivamente
da ginástica de competição? Vamos pensar na
trajetória da ginástica antes de tentar respon-
der a essa pergunta.
Etimologicamente, a palavra ginástica vem
do grego gymnastiké – arte ou ato de exerci-
tar o corpo para deixá-lo forte e ágil. O termo
gymnós (sem vestes, despido, nu) associa exer-
cício físico à nudez do ser humano para que,
desse modo, este se aproxime da sua essência.
Considerar o movimento do ser humano
ao longo da história é encontrar a ginástica
como um dos elementos culturais que carac-
terizaram a retidão, a disciplina, a ordem, a
força física e a moral desejada em sociedades
e contextos diversos.
Em sociedades nas quais o “desperdício”
foi combatido, imaginar ou pressupor movi-
mentos e gestos criativos e ousados não com-
binava com os princípios da ordem e retidão
tão desejados. Os movimentos realizados
pelos artistas circenses foram questionados
durante muito tempo, pois, na sociedade eu-
ropeia, representavam o desperdício de força
e energia, que não contribuíam para a manu-
tenção nem para a educação moral do corpo.
Segundo Soares (1998), o mundo do circo
trazia imagens de luz e riso, do grotesco e do
sublime e, sobretudo, do corpo como centro
de entretenimento. Em suas passagens, o circo
deslocava os habitantes das vilas e cidades das
rotinas binárias do trabalho e do descanso.
Seus integrantes “acenavam com a possibi-
lidade de uma vida de alargamento de con-
tornos e fronteiras em oposição à família, ao
trabalho fixador, à vida estabelecida em um
lar imóvel numa só cidade”a
.
TEMA 2 – GINÁSTICA – GINÁSTICA GERAL (GG)
©ScienceSource/Photoresearchers/Latinstock
Figura 5 – Gravuras de Groot Het (A grande tabela de
loucura) representando atores e acrobatas anônimos.
Na Europa Medieval, realizavam-se grandes feiras
anuais, onde esses atores e acrobatas se apresentavam,
incluindo acrobacias de equilíbrio caminhando sobre
cabos etc.
Figura 6 – Acrobacias na GG.
a
SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da educação no corpo: um estudo a partir da ginástica francesa no século XIX.
Campinas: Autores Associados, 1998. p. 55. <www.autoresassociados.com.br>.
©ChipSimons/TheImageBank/GettyImages
29
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
O Movimento Ginástico Europeu, conside-
radas as diferenças e particularidades de cada
região, teve aspectos em comum como desen-
volver a saúde, a higiene, a coragem e a força
sob o viés bélico e o da produção industrial, di-
ferenciando, sobretudo, as funções morais atri-
buídas ao homem, à mulher e ao cotidiano da
vida de pessoas com diferentes características.
Os modelos de ginástica alemão, francês e
sueco influenciaram, significativamente, dife-
rentes contextos, inclusive no Brasil. Essa in-
fluência foi percebida nos treinamentos, nas
paradas militares e no currículo escolar.
Figura 7 – Cena de uma companhia circense
do mundo contemporâneo que integra ele-
mentos da Cultura de Movimento.
©RayMassey/Stone/GettyImages
Figura 8 – Exercícios de ginástica sueca.
©Bettmann/Corbis/Latinstock
Na perspectiva de contrapor-se aos mo-
delos esportivos, fundamentam-se os princí-
pios da ginástica geral (GG) de participação
e criatividade de todos. Nesse aspecto, a GG
coloca-se em oposição à ginástica competi-
tiva, sendo conhecida como ginástica para
todos, independentemente do nível técnico,
caracterizando-se pela diversidade de pos-
sibilidades garantidas aos participantes, in-
clusive àqueles com deficiência: faixa etária,
gênero, uso ou não de materiais, característi-
cas pessoais e interpessoais etc.
Ayoub (2003, p. 71), membro do Grupo de
Pesquisa em Ginástica da Unicamp (GPG),
entende que a GG é uma “manifestação da Gi-
nástica que engloba as diferentes modalidades
gímnicas sem se restringir a nenhuma delas”.
A GG está organizada, segundo a instituição
internacional, em três grupos de atividades que
atendem a ampla diversidade de possibilidades
associadas à dança e ginástica, aos exercícios
com aparelhos e aos jogos. No primeiro gru-
po, estão as várias modalidades de ginástica
contemporâneas, diferentes estilos de dança,
teatro e manifestações da cultura de cada país;
no segundo, ginástica com aparelhos e sobre
aparelhos, trampolim, tumbling, acrobacias,
rodas ginásticas; no terceiro, jogos com carac-
terísticas sociais e esportivas.
Figura 9 – Aula de ginástica na escola naval soviética, 1965.
©BobThomas/Popperfoto/GettyImages
30
Paralelo entre ginástica geral e as ginásticas de competição
Ginástica geral Ginásticas de competição
Abrangente: número ilimitado de participantes. Seletivas: limitado número de participantes.
Não existem regras rígidas preestabelecidas. Regras rígidas preestabelecidas.
Caminha no sentido da ampliação (da parti-
cipação).
Caminham no sentido da especialização.
Comparação informal: não há vencedores. Comparação formal, classificatória e definida
por pontos: busca-se um vencedor.
Visa, sobretudo, ao prazer e ao entretenimento. Visam, sobretudo, à vitória.
Quadro 2.
Adaptado de: AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 68.
A GG configura-se, atualmente, como
uma modalidade da ginástica cujo enfoque
é a participação de todos e que traz o ques-
tionamento, por meio de símbolos e códigos
próprios, à ginástica de competição.
Retomando a expressão citada no início
da apresentação deste tema, “De pernas para
o ar”, a GG permite uma ressignificação da
ginástica no cotidiano das aulas de Educação
Física. Os princípios da GG contrapõem-se
aos estereótipos presentes nas modalidades
de ginástica esportiva, pois enaltecem o gesto
gímnico, lúdico e prazeroso dos participantes.
©GrupoGinásticoUnicamp
Figura 10 – GG: paraquedas – materiais
não convencionais.
Figura 11 – GG: utilização de materiais não
convencionais (Grupo Ginástico Unicamp).
Figura 12 – GG: apresentação com roda
ginástica, 1934.
Figura 13 – GG: criatividade de movimentos e uso de
materiais alternativos (Grupo Ginástico Unicamp).
©GrupoGinásticoUnicamp
©FPG/HultonArchive/GettyImages
©PauloManzi
31
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
COMPREENDENDO AS CARACTERÍSTICAS
DA GINÁSTICA
Após as vivências nas Situações de Aprendi-
zagem 1 e 2, os alunos devem ter percebido o le-
que de possibilidades de movimentos atribuído
à GR como modalidade esportiva. A GR ca-
racteriza-se pela prática de movimentos com
aparelhos baseados nos critérios estabelecidos
num Código de Pontuação, referência para a
avaliação nas competições. A GG, cujo enfoque
não é voltado para a competição, mas para a
participação, devido à criação de movimentos e
à elaboração de inúmeras propostas com mate-
riais não convencionais, ritmos, número de par-
ticipantes etc. Esperamos garantir aos alunos a
compreensãodouniversogímnico.Paraisso,eles
serão desafiados a identificar e a compreender a
presença de alguns elementos característicos da
GR que constituem a GG como modalidade gí-
mnica de participação não competitiva.
Conteúdo e temas: diferenças entre modalidades gímnicas esportivas e uma modalidade gím-
nica de participação.
Competências e habilidades: identificar e reconhecer os movimentos característicos de moda-
lidades gímnicas esportivas e de modalidades gímnicas de participação.
Sugestão de recursos: rádio, CDs, aparelhos oficiais de GR ou adaptados, pátio, quadra, gra-
mado, colchonetes (dependendo do circuito elaborado pelo professor).
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 3
Etapa 1 – O mestre mandou!
Organize os alunos em grupos e solicite que
apresentem oralmente ou por escrito uma lis-
ta de critérios possíveis que diferenciem uma
modalidade gímnica esportiva de uma moda-
lidade gímnica participativa. Procure garantir
as justificativas para os critérios apresentados.
Na sequência, solicite que permaneçam em
grupos e realizem alguns exercícios em um cir-
cuito de estações, previamente numeradas e com
tempo rigorosamente estabelecido (elabore o
circuito e não consulte os alunos). Por exemplo:
1. Rolamentos para a frente e para trás.
2. Saltos com e sem afastamento de pernas.
3. Saltos com e sem elevação de braços.
4. Andar sobre cordas ou bancos sem perder
o equilíbrio.
5. Lançamentos e recuperação de bolas e ar-
cos sem deixá-los cair no chão etc. Pode-se
utilizar música, desde que seja escolha do
professor e não do grupo de alunos.
Se possível, registre as imagens do circuito.
Etapa 2 – Agora é a vez de os alunos
questionarem o mestre
Organize os alunos novamente em grupos
e solicite que registrem as dificuldades e faci-
lidades encontradas na realização das tarefas
nas diferentes estações do circuito. Sugira
que cada grupo organize uma ficha com as
seguintes informações:
32
Estação Dificuldades Facilidades Sugestões
1.
2.
3.
4.
5.
De posse dessas informações, peça aos alu-
nos que identifiquem aspectos que diferenciam
as modalidades gímnicas esportivas de com-
petição das de participação. Alguns aspectos
podem orientar os alunos a diferenciá-las: o nú-
mero de participantes ou as regras predefinidas
pelo professor ou discutidas e elaboradas con-
juntamente entre professor e alunos. Ou, ainda,
se eles priorizam os vencedores ou o prazer da
participação, se permitem a criação de movi-
mentos (ampliação das possibilidades de movi-
mentos) ou determinam aqueles que devem ser
realizados (especialização de movimentos) etc.
Professor, faça uma reflexão com
os alunos sobre as considerações
apresentadas nas atividades da se-
ção “Para começo de conversa”, no
Caderno do Aluno.
Acabamos de apresentar uma série de ha-
bilidades desenvolvidas por artistas circenses,
comparando-as com as habilidades da GR.
No passado, porém, havia muito preconceito
em relação às práticas circenses.
As sociedades eram pautadas por princípios
rígidos de disciplina, ordem, retidão e moral, e a
ginástica era um elemento cultural que represen-
tava esses princípios. Atividades não produtivas,
que envolvessem o mundo do entretenimento,
nas quais o corpo era o centro – tal como aconte-
ce no circo –, eram pouco valorizadas e iam con-
tra os preceitos sociais e educacionais da época.
A ginástica evoluiu muito ao longo de sua
história. No século XIX, na Europa, ocorre-
ram os principais movimentos de sistematização
dessa prática, surgindo diferentes modelos de
ginástica (alemão, francês e sueco). Esses mode-
los influenciaram tanto os treinamentos como
os currículos (programas) de Educação Física
no Brasil e no mundo. Só para exemplificar, po-
demos citar, dentre os vários grupos brasileiros
de ginástica geral (GG), o Grupo Ginástico da
Unicamp (GGU), em Campinas (SP).
A ginástica geral (GG) é uma manifesta-
ção que surgiu para se contrapor à ginástica
de competição. Ela se baseia no princípio da
criatividade e da participação de todos, in-
dependentemente das habilidades e do nível
técnico dos participantes. Ela mescla diferen-
tes modalidades da ginástica, permitindo a
participação de pessoas de diferentes idades,
homens e mulheres, com ou sem deficiência,
o uso ou não de aparelhos, trabalhos indivi-
duais ou em grupo, enfim, uma diversidade
muito grande de possibilidades.
A GG tem três grandes grupos de mani-
festações – veja se você se identifica com al-
gum deles:
a) diferentes modalidades de ginástica
contemporânea (aeróbica, por exem-
plo), estilos de dança, teatro e manifes-
tações da cultura de cada país;
b) ginástica com e sobre aparelhos, trampo-
lim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas;
c) jogos com características sociais e es-
portivas.
A GG é ginástica de participação, portan-
to, o objetivo é “participar”.
Com os seus colegas, identifique as carac-
terísticas da ginástica competitiva e da GG.
1. Coloque entre os parênteses C quando a
característica for da ginástica competitiva,
ou G quando for da ginástica geral:
33
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
( C ) Regras rígidas preestabelecidas.
( G ) Não há vencedor.
( G ) Visa, acima de tudo, ao prazer.
( C ) Busca um vencedor.
( G ) Número ilimitado de participantes.
( C ) Busca a especialização.
2. Escreva no espaço correspondente se a ima-
gem se refere à ginástica geral ou à ginástica
competitiva.
a)
©AdrianNeal/Stone/GettyImages
b)
©Photos.com/Latinstock
Ginástica geral.
c)
©AndrzejGorzkowski
Photography/Alamy/GlowImages
Ginástica geral.
Ginástica competitiva.
d)
©GlowImages
Ginástica competitiva.
Etapa 3 – Professor e alunos: elaborando
movimentos possíveis para todos
Nesta etapa, professor e alunos reorganiza-
rão a Etapa 1. A seguir, os alunos, em grupos,
proporão (a partir das sugestões apresentadas
no quadro da Etapa 2) outras possibilidades
de movimentos, considerando também adap-
tações para alunos com deficiência.
Professor, coordene a pesquisa
com os alunos, organizados em
grupos, sobre possibilidades de
movimentos, apresentadas na se-
ção “Pesquisa em grupo”, no Caderno do Aluno.
Como vimos, a GG é uma prática da Cul-
tura de Movimento que se caracteriza por
diferentes situações, em que o importante é a
criatividade e a participação. Ela visa à reali-
zação de movimentos prazerosos e adequados
a pessoas de diferentes idades e interesses,
com ou sem deficiência.
A seguir, apresentamos quatro características
que podem ser encontradas em aparelhos utiliza-
dos na GG. Se possível, cole uma ilustração de
cada um deles. Com seu grupo, pesquise em re-
vistas, sites e jornais para encontrar uma imagem
correspondente. Discuta com seus colegas e regis-
tre pelo menos dois movimentos que podem ser
realizados e associados com os aparelhos (obje-
tos) escolhidos e incluídos em uma apresentação
de GG. Pesquise possibilidades de movimento.
Você também pode valer-se de ideias discutidas
neste e em outros Cadernos. Mãos à obra!
34
1. De lançamento: permite realizar movimen-
tos de lançar e receber.
Exemplo: bolinhas.
2. De equilíbrio: permite realizar movimen-
tos equilibrando objetos.
Exemplos: cadeiras, garrafões, bastões etc.
3. De giro (giroscópio): permite manter um
ou dois objetos girando o tempo todo de
diferentes formas.
Na Situação de Aprendizagem 3, os alunos
tiveram seus movimentos “controlados” pelo
professor. Nesta Situação de Aprendizagem, a
intenção é desafiá-los a pensar em movimen-
tos e composições coletivas, presentes em ou-
tras manifestações da Cultura de Movimento,
Exemplos: diabolô, maças etc.
4. De contato: permite manipular um ou mais
objetos sem perder o contato com o corpo.
Exemplos: bolas de diferentes tamanhos, chapéus etc.
Professor, as quatro características dos aparelhos serão elen-
cadas na Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras manifesta-
ções da Cultura de Movimento, que se encontra na Situação
de Aprendizagem 4. Os exemplos não foram mencionados
no Caderno do Aluno, assim você terá possibilidade de am-
pliar e aprofundar as discussões com os alunos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
A GG E OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA
CULTURA DE MOVIMENTO
que visem à participação e à satisfação dos
interesses e desejos de todos. Os alunos serão
estimulados a perceber que algumas modali-
dades gímnicas esportivas têm certo rigor e
foram, ao longo da história, sendo ressignifi-
cadas e (re)contextualizadas.
Conteúdo e temas: a GG como modalidade gímnica de participação e criatividade coletiva;
princípio da inclusão na GG.
Competências e habilidades: identificar e reconhecer movimentos presentes em diferentes ma-
nifestações da Cultura de Movimento para atribuir significado à GG; perceber e criar mo-
vimentos conforme os desejos, os interesses, as necessidades e características de cada grupo.
Sugestão de recursos: os materiais e espaços dependerão da escolha, criatividade e necessidades
apresentadas pelos alunos e das condições da escola. No entanto, são sugeridos alguns materiais
não convencionais que podem ser utilizados: caixas de papelão, garrafas PET, engradados de
refrigerante, lençol, toalhas, bolas de praia, chapéus, latas, baldes, bambus, escadas, espaguete
de natação, pneus, garrafões de água, cabos de vassoura, boias de praia, bicicleta, patins, skate,
monociclo, banco sueco, cadeiras, mesas etc.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 4
Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras
manifestações da Cultura de Movimento
Selecione com antecedência ou solicite aos
alunos imagens de diferentes manifestações
da Cultura de Movimento que sejam signifi-
cativas, como: acrobacias no futebol, movi-
mentos que lembram a dança no basquetebol,
crianças, adolescentes, adultos e idosos em
situações de jogo, brincadeira, dança, luta, ca-
poeira, circo e cenas do cotidiano (equilíbrios,
malabarismos, saltos, acrobacias com bicicle-
tas, patins, skate etc.).
35
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Figura 15 – Situação de trabalho com bolas.
©Evans/HultonArchive/GettyImages
Figura 16 – GG: equilíbrio.
©RobinLaurance/Look/Latinstock
Figura 14 – GG: com bola.
©FoxPhotos/HultonArchive/GettyImages
Solicite também que pesquisem e selecio-
nem diferentes objetos, como uma bola de
basquete em uma coreografia de dança, vesti-
mentas inusitadas para uma roda de capoeira,
coreografias com bolas de praia, cabos de vas-
soura ou bambus para serem equilibrados, bal-
des ou caixas de papelão como instrumentos de
percussão etc.
As imagens e os objetos escolhidos devem
ser apresentados pelos alunos e as escolhas,
justificadas.
36
Professor, solicite aos alunos que
analisem as imagens e que, em se-
guida, completem o quadro da se-
ção “Lição de casa”, no Caderno
do Aluno.
Imagem Características da GG
1.
©StephenStickler/The
ImageBank/GettyImages
2.
©DynamicGraphics/LiquidLibrary/Latinstock
O aluno poderá completar este quadro de forma variada. Entretan-
to, as respostas devem estar relacionadas aos seguintes aspectos ge-
rais da GG: número ilimitado de participantes; sem regras rígidas; a
ampliação das experiências de movimentos; pelo prazer; sem ven-
cedores; espetáculo ou demonstração. Além disso, pode pertencer
aos três grandes grupos das atividades:
a) Várias modalidades de ginástica contemporânea, diferentes esti-
los de dança, teatro e manifestações da cultura de cada país.
b) Ginástica com e sobre aparelhos, trampolim, tumbling, acrobacias,
rodas ginásticas.
c) Jogos com características sociais e esportivas.
Algumas possibilidades de respostas:
Figura 1:
Manifestação cultural; prazer; acrobacia; sem regras rígidas.
Figura 2:
Acrobacia; uso de aparelhos e música; sem regras rígidas; amplia-
ção das experiências; prazer; espetáculo ou demonstração.
Etapa 2 – O espetáculo... Preparando la
grande première
Procure saber quantos alunos conhecem
um circo, peça comentários a respeito. Depois,
pergunte se as escolhas feitas na etapa anterior
podem servir para elaborar uma apresentação
do estilo circense.
As apresentações no circo têm alguma seme-
lhança com outros elementos da Cultura de
Movimento?
Como são elaborados os números apresenta-
dos aos espectadores?
Há músicas nas apresentações? Números
com dança? Acrobacias?
Quais são os movimentos característicos pre-
sentes nas atividades circenses que podem ser
associados a outras manifestações?
Feitas as escolhas, motive os alunos a criar
coreografias que constituirão um festival de
ginástica geral cujo tema será o circo. A cria-
tividade na elaboração dos números permitirá
Analise as imagens a seguir e apresente
pelo menos duas características da GG que
aparecem em cada uma delas, registrando-as
no espaço correspondente.
37
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
que os desejos e as necessidades mencionados
na Etapa 1 sejam contemplados.
Etapa 3 – Festival de GR: o grande circo!
Esperamos que as etapas anteriores tenham
permitido aos alunos compreender a rique-
za de possibilidades presentes na Cultura de
Movimento, especificamente na ginástica.
Na etapa anterior, os alunos fizeram es-
colhas de movimentos, gestos e materiais
convencionais e não convencionais. Nesta eta-
pa, é necessário que o professor coloque-se
como um mediador e facilitador das escolhas
para que os alunos criem, elaborem e apre-
ciem os números uns dos outros.
As apresentações e participações podem
ser feitas individualmente ou em grupo. Esse
critério deve ser discutido com os alunos. O
importante é que todos participem de alguma
maneira, seja na confecção do figurino, orga-
nização das coreografias, seleção dos materiais
ou divulgação do festival na escola. O envolvi-
mento subjetivo dos alunos é muito importante,
pois permitirá que compreendam as dife-
rentes possibilidades de expressão presentes na
GG. Cada movimento realizado lhes permitirá
manifestar seus gestos e movimentos próprios.
Como a apresentação terá o formato de um
festival, é importante que alguns detalhes sejam
discutidos previamente com os alunos, como o
tempo de apresentação de cada grupo, os res-
ponsáveis pelo equipamento de som etc. Se pos-
sível, solicite a ajuda de alunos de outras turmas,
convide familiares dos alunos e/ou outras tur-
mas da escola para participar das apresentações.
O tema sugerido nesta etapa foi o circo,
porque tem relação direta com o processo his-
tórico de desenvolvimento da ginástica e ser
parte integrante da Cultura de Movimento.
Os materiais e os espaços utilizados de-
penderão da escolha, da criatividade e das
necessidades apresentadas pelos alunos, assim
como das condições da escola.
Professor, solicite aos alunos
que assinalem as informações
com V ou F, presente na seção
“Você aprendeu?”, no Caderno
do Aluno.
1. Assinale as informações com V (verdadei-
ra) ou F (falsa).
a) A GG é uma competição em que os parti-
cipantes procuram alcançar a vitória. ( F )
b) As atividades da GG podem incluir
aparelhos utilizados na GR e também
nas atividades circenses. ( V )
c) A GG visa à participação de todos, inde-
pendentemente de idade, gênero e habili-
dade. ( V )
d) Existem três categorias de GG: infantil,
juvenil e adulto. ( F )
e) As apresentações de GG podem incluir
diferentes modalidades de ginástica, dan-
ça, teatro, utilizar aparelhos ou não. ( V )
f) A GG tem uma categoria de participação
somente para pessoas com deficiência. ( F )
ATIVIDADE AVALIADORA
Na GG, como a participação, a criativi-
dade e o envolvimento de todos são o en-
foque principal, sugerimos que a avaliação
seja feita no formato de autoavaliação pelos
próprios alunos. O professor pode apresen-
tar uma ficha com critérios para autoavalia-
ção aos grupos e solicitar que avaliem suas
condutas individuais e coletivas.
38
A ficha poderá conter as seguintes informações:
Critérios para autoavaliação
Nome dos alunos/
grupos
Comentários Sugestões
Participação efetiva (alu-
nos presentes participando
efetivamente das Situações
de Aprendizagem)
Envolvimento subjetivo
(envolvimento a partir
das propostas sugeridas:
individuais e coletivas)
Condutas colaborativas
(colaboração nas etapas
propostas)
Compreensão e elaboração
de conceitos (percepção e
entendimento das diferen-
ças entre as diversas moda-
lidades de ginástica)
Dificuldades e facilidades
encontradas nas várias
etapas das Situações de
Aprendizagem
Quadro 3.
Fonte: Adaptado de SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo no contexto da Educação Física na escola.
In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo:
Avercamp, 2007. p. 120-121. Coleção Sala de Leitura – 2a
reimpressão, 2011.
39
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Professor, faça uma reflexão com
os alunos sobre as considerações
©DigitalVision/GettyImages
©RickBarrentine/Corbis/Latinstock
©ScottCamazine/Photoresearchers/Latinstock
Pés
Pélvis/Quadril 
apresentadas no “Aprendendo a aprender”,
no Caderno do Aluno.
Balança mas não cai!
Você já parou para pensar como o nosso corpo é engenhoso e como somos bons equi-
libristas? Já reparou em uma criança que está começando a andar? Quantas vezes ela cai e
levanta até conseguir ficar em pé, andar, correr e pular?
Pois é, nossa luta é constante para manter o equilíbrio. Só que não percebemos o esforço
que o corpo faz para vencer uma força externa que chamamos de força da gravidade.
Imagine uma casa. Nosso corpo é como uma construção que tem uma base (alicerce)
sobre a qual se coloca todo o edifício. Continue imaginando uma casa construída sobre pa-
lafitas (estacas), dessas que encontramos à beira de rios ou de praias. Nosso corpo é como
uma casa dessas: colocado sobre duas palafitas chamadas membros inferiores, apoiados so-
bre os pés, como na imagem da direita, a seguir. Os pés são a base de sustentação do corpo.
O que une os membros inferiores chama-se pélvis, que é a nossa segunda base. Experi-
mente movimentar o quadril para os lados, para trás e para a frente, e perceba que essa base
não é fixa. Usamos muitos desses movimentos quando sambamos, por exemplo. Ora, tudo
que está acima de cada uma dessas bases fica equilibrado sobre ela. E, quanto maior a base,
mais fácil se torna a manutenção do equilíbrio.
Agora, se uma peça estiver desalinhada, o resto vai se acomodar fora de posição também.
Você já tentou fazer um castelo de cartas? Então, experimente. Você entenderá o princípio do
40
equilíbrio e das peças que ficam acima da base. Faça um castelo de cartas com várias cartas
embaixo e outro com poucas cartas, e veja o que acontece em cada um deles.
Nosso corpo também funciona assim. Se a base é larga, temos mais equilíbrio. Se a base é
mais estreita, a capacidade de se equilibrar é menor.
Agora, analise as imagens que foram feitas sobre uma superfície de vidro que serviu de
apoio para os bebês. Em qual das imagens o bebê tem mais apoios? Será que ele tem mais
equilíbrio onde há mais ou menos apoios?
Experimente executar as mesmas posições e reflita:
Você teria mais apoio na posição da imagem da direita ou da esquerda? Por quê?
Na imagem da esquerda, porque a superfície de apoio é maior (pernas e mãos). Na imagem à direita, só há apoio nos pés e nas mãos.
Experimente deitar, depois sentar, ajoelhar, colocar-se em pé e, por fim, ficar sobre um pé,
apenas. Qual é a posição mais fácil para se manter? Em qual dessas posições você balança
mais e tem maior tendência para se desequilibrar? Provavelmente, você se sentiu mais confor-
tável deitado, não é? E a mais difícil deve ter sido ficar sobre um pé só.
Lembre-se de que você deve procurar ampliar a sua base de sustentação em tudo que fizer
para ter mais equilíbrio.
©CliveStreeter/DorlingKindersley/GettyImages
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©Purestock/Thinkstock/GettyImages
41
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Durante o percurso pelas várias etapas
das Situações de Aprendizagem, alguns alu-
nos poderão não apreender os conteúdos nem
desenvolver as habilidades da forma espe-
rada. É necessário, então, elaborar outras
Situações de Aprendizagem em que o tema
Ginástica possa ser problematizado. Essas
atividades devem ser diferentes, de prefe-
rência, daquelas que geraram dificuldade
para os alunos. Tais estratégias podem ser
desenvolvidas durante as aulas ou em outros
momentos, envolver todos os alunos ou ape-
nas aqueles que apresentaram dificuldades.
Por exemplo:
pesquisa de imagens de diferentes elemen-
tos da Cultura de Movimento associadas
aos gestos característicos da ginástica;
pesquisa sobre as diversas modalidades
de ginástica esportiva.
Professor, nesse momento, responda
com os alunos as questões apresentadas na
seção “Desafio!”, no Caderno do Aluno.
Desafio!
O enigma da esfinge
Você já ouviu falar no enigma da esfinge?
A esfinge é um ser da mitologia grega que possui cabeça de mulher, corpo de leão e asas de
águia. Há uma lenda em que a esfinge pergunta a Édipo:
“Qual é o animal que pela manhã possui quatro pernas, duas pela tarde e três pernas ao
anoitecer?”
Procure a resposta na internet, buscando por mitologia, ou pelo enigma da esfinge. Você
pode também perguntar a seu professor. Descubra por que a esfinge fez essa pergunta e o que
Édipo respondeu.
©ScottGilchrist/RadiusImages/Latinstock
©TheBridgemanArtLibrary/Keystone
Jean Auguste Dominique Ingres. Édipo
expõe o enigma da Esfinge, 1808.
Óleo sobre tela, 189 cm 3 144 cm.
Museu do Louvre, Paris.
42
O ser humano.
O ser humano engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta e usa uma bengala quando se torna idoso.
Pela manhã: infância – geralmente o bebê engatinha ou anda em quatro ou seis apoios porque ainda não consegue ficar de pé.
O bebê é dependente e indefeso. Fase inicial da vida.
À tarde: adulto – já anda por conta própria, toma decisões, tem força, é autossuficiente. Período intermediário da vida.
Ao anoitecer: velhice – fase de declínio, na qual o ser humano vai perdendo capacidades, como a força e a precisão dos movi-
mentos. Muitos tornam-se dependentes e acabam precisando de ajuda de outras pessoas, bengalas ou cadeiras de rodas para
se locomoverem.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros
AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação fí-
sica escolar. Campinas: Editora da Unicamp,
2003. A partir dos diferentes contextos de de-
senvolvimento da ginástica, a autora apresen-
ta a concepção da ginástica geral no Brasil e
no mundo, apontando para a necessidade de
se incluir a ginástica geral no cotidiano das
aulas de Educação Física.
BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Introdu-
ção à pedagogia das atividades circenses. Jun-
diaí: Fontoura, 2008, v. 1. O autor apresenta
várias possibilidades para incluir as atividades
circenses no contexto das aulas de Educação
Física, aproximando-as da GG.
BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Intro-
dução à pedagogia das atividades circenses.
Jundiaí: Fontoura, 2010, v. 2. Nesse volume,
o autor traz novas possibilidades de tratar o
elemento cultural circo nas aulas de Educa-
ção Física, permitindo ao professor a liber-
dade de fazer associações com a GG.
CASTELLANI FILHO, Lino et alii. Me-
todologia de ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez, 2009. Nesta versão revisada e
ampliada, os autores discutem e apresentam a
necessidade de a Educação Física ser tratada no
cotidiano escolar sob o viés de um projeto polí-
tico-pedagógico capaz de sustentar e legitimar o
conteúdohistóricodedeterminadasmodalidades
esportivas, como a capoeira e a arte circense.
KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física.
Unijuí: Editora Unijuí, 2005. (3 v.) Os livros
contêm uma sequência de possibilidades de
temáticas inovadoras sob uma perspectiva crí-
tica e emancipatória.
PAOLIELLO, Elizabeth (Org.). Ginástica ge-
ral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte
Editora, 2008. A autora faz um panorama da
GG de forma reflexiva baseada na experiência.
SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo
no contexto da Educação Física na escola. In:
SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física:
como planejar as aulas na educação básica. São
Paulo: Avercamp, 2007. p. 109-130. Coleção Sala
de Leitura – 2a
reimpressão, 2011. Neste capítulo,
o autor apresenta critérios que permitem avaliar
as condutas dos alunos em diferentes situações
do cotidiano das aulas de Educação Física.
SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da educa-
ção no corpo: um estudo a partir da ginástica
francesa no século XIX. Campinas: Autores
43
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Associados, 1998. Contextualizando os mode-
los ginásticos, a autora aponta as contradições,
os usos e os costumes do corpo/movimento/gi-
nástica, por meio de imagens que marcaram a
forma de conceber a educação.
VENÂNCIO, L.; CARREIRO, E. A. Ginásti-
ca. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL,
Irene Conceição. Educação Física na escola:
implicações para a prática pedagógica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 232-233.
Neste capítulo, os autores apresentam infor-
mações gerais sobre o desenvolvimento da gi-
nástica, desde possibilidades para o tratamento
do tema no cotidiano escolar a um quadro com
as características e os representantes dos movi-
mentos ginásticos europeus.
Artigos
BARONI, José Francisco. Arte circense: a ma-
gia e o encantamento dentro e fora das lonas.
Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 9. n. 1, p.
81-99, jan./jun. 2006. Disponível em: <http://
boletimef.org/biblioteca/1443/Arte-circense-
a-magia-e-o-encantamento-dentro-e-fora-das-
lonas>. Acesso em: 11 nov. 2013. O autor apre-
senta uma discussão sobre a arte circense em
diferentes contextos históricos, circo tradicional
e contemporâneo, além de possibilidades de in-
clusão do tema no cotidiano escolar.
DUPRAT, Rodrigo M.; BORTOLETO,
Marco Antônio C. Educação Física esco-
lar: pedagogia e didática das artes circenses.
Revista Brasileira de Ciências do Esporte,
Florianópolis, v. 28, n. 2, p. 171-189. 2007.
Disponível em:<http://www.artigocientifico.
com.br/uploads/artc_1236805785_69.pdf>.
Acesso em: 11 nov. 2013. Os autores apre-
sentam possibilidades de tratar o circo como
conteúdo da Educação Física na escola.
ONTAÑÓN, Teresa; DUPRAT, Rodrigo;
BORTOLETO, Marco A. Educação Física e
atividades circenses: “o estado da arte”. Mo-
vimento, Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 149-168,
abr./jun., 2012. Disponível em: <http://seer.
ufrgs.br/Movimento/article/view/22960>.
Acesso em: 7 abr. 2014. O artigo descreve a
relação entre atividades circenses e educação
física por meio de extensa revisão bibliográfi-
ca nacional e internacional.
Sites
Confederação de Ginástica Brasileira (CGB).
Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>.
Acesso em: 7 abr. 2014. O site contém infor-
mações de festivais e eventos da GG em dife-
rentes regiões do país.
Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Disponível em: <https://www.fig-gymnastics.
com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2014.
Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF-Uni-
camp). Disponível em: <http://www.fef.uni
camp.br/fef/posgraduacao/gruposdepesquisa/
gpg/apresentacao>. Acesso em: 11 nov. 2013.
O site contém base de dados com indicação
de livros, teses e dissertações relacionadas
à GG.
Grupo Ginástico Unicamp (GGU). Disponível
em: <http://www.ggu.com.br>. Acesso em:
11 nov. 2013. O site contém, além dos dados
relacionados à origem e dos objetivos do gru-
po, imagens de apresentações de GG, notícias
relacionadas ao grupo de GG e links com ou-
tras instituições universitárias, confederações
e federações de ginástica.
44
TEMA 3 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA: VOLEIBOL
O voleibol foi criado pelo estadunidense
William G. Morgan, em 1895, então diretor de
Educação Física da Associação Cristã de Mo-
ços (ACM). Naquela época, o principal espor-
te nos Estados Unidos, o basquetebol, estava
em crescente difusão, especialmente entre os
jovens. Entre as pessoas mais velhas, era con-
siderado um jogo cansativo, em razão de sua
dinâmica. Foi como uma alternativa ao bas-
quetebol que Morgan idealizou um jogo que
exigiria menos esforço e nenhum contato físico
entre seus praticantes, atendendo, assim, ao pú-
blico mais velho. Para limitar os deslocamen-
tos, Morgan empregou uma rede semelhante à
de tênis, com uma altura aproximada de 1,90
metro, sobre a qual uma bola feita com a câma-
ra da bola de basquetebol seria rebatida entre
duas equipes.
Logo o voleibol começou a ganhar adeptos,
sendo difundido e introduzido em outros países.
O Canadá foi o primeiro a receber o novo espor-
te, em 1900. Posteriormente, passou a ser prati-
cado em outras nações, como Cuba, Filipinas,
Japão, Porto Rico, Peru e Uruguai. No Brasil,
fontes oficiais indicam que o voleibol foi introdu-
zido entre 1915 e 1917 pela ACM.
Atualmente, nosso país ocupa posição de des-
taque nesse esporte como uma das maiores po-
tências tanto do vôlei de quadra como do vôlei
de praia (variação do jogo de quadra, em que a
equipe é formada por uma dupla). No masculi-
no, o Brasil tem várias medalhas olímpicas e ini-
ciou sua trajetória vitoriosa na Liga Mundial em
1993. De 2001 a 2007 disputou todas as finais,
sendo vice-campeão em 2002 e 4º colocado em
2008. Em 2009 e 2010, conquistou, novamente, o
1o
lugar,acumulandonovetítulosetornando-seo
país que mais venceu a Liga Mundial. Em 2011 e
2013 foi vice-campeão da competição.
No feminino, os resultados alcançados pelo
país também têm sido expressivos: as jogado-
ras brasileiras são bicampeãs olímpicas (2008 e
2012), além de possuírem nove títulos do Grand
Prix (até o ano de 2013), competição anual criada
em 1993.
As modalidades esportivas coletivas reunidas
no Currículo de Educação Física foram agrupa-
das e compreendidas a partir da categoria Es-
porte Coletivo, que reúne o futsal, o handebol, o
basquetebol, o voleibol, o futebol de campo, en-
tre outras. As modalidades coletivas foram estru-
turadas com base em algumas semelhanças: em
todas, duas equipes disputam um implemento
(a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo,
enquanto devem proteger o próprio alvo das in-
vestidas da equipe adversária. O voleibol, porém,
apresenta algumas variações em relação ao alvo,
à circulação de bola e à marcação.
As Situações de Aprendizagem e as ati-
vidades propostas para o voleibol seguem
os níveis de relação propostos por Garganta
(1995), sempre vinculados aos seis princípios
operacionais descritos por Bayer (1994), divi-
dindo-os em ataque e defesa.
Em situação de ataque:
conservação da posse de bola;
progressão da bola e da equipe em direção ao
alvo adversário;
finalização em direção ao alvo.
Em situação de defesa:
recuperação da posse de bola;
contenção da bola e da equipe adversária em
direção ao próprio alvo;
proteção do alvo.
Em função de o voleibol ter uma estrutura
diferente em sua dinâmica de jogo (a noção de
alvo e a presença de uma rede que estabelece e
delimita, claramente, os campos de defesa e de
ataque, e o não contato físico entre as equipes),
adaptaremos a proposta de Bayer.
45
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
Enquanto nas outras modalidades a conser-
vação da posse de bola é ilimitada (futsal, han-
debol etc.) ou limitada por um tempo (basquete-
bol), no voleibol a posse de bola é limitada pelo
número máximo de passes que a equipe pode
efetuar (três). Isso muda a dinâmica do jogo e,
portanto, a forma de ensiná-lo aos alunos. O uso
da rede faz as equipes não invadirem a quadra
do adversário, o que estabelece uma relação de
não contato físico com o adversário. Com isso, a
recuperação da bola nunca é efetuada por meio
de uma interceptação de um passe, já que nesse
momento a equipe adversária assiste ao desen-
volvimento da jogada de ataque do adversário.
Assim, a recuperação da bola acontece por ação
de bloqueio ou defesa da equipe que está sem a
posse de bola ou por erro do adversário (no pas-
se ou ao desperdiçar o ataque).
Nessa modalidade, diferenciam-se tam-
bém tanto a progressão da bola e da equipe
em direção ao alvo adversário como a con-
tenção da bola e da equipe adversária em
direção ao próprio alvo. O alvo pode ser a
quadra e o próprio oponente, pois marcam-
-se pontos se a bola cair dentro da quadra
adversária ou se, após uma ação de ataque,
a bola tocar no adversário e cair em qual-
quer parte da quadra de defesa dessa equipe
(seja dentro, seja fora da quadra). Portanto,
o alvo não se limita à cesta, como no bas-
quetebol, ou à meta, como no futsal e no
handebol. Toda a quadra pode ser o alvo, o
que exige uma distribuição atenta dos joga-
dores. Como não pode haver invasão do ter-
ritório ocupado pela outra equipe (salvo em
algumas situações), resta ao time que está
sem a bola posicionar-se bem e executar o
bloqueio ou a defesa para tentar recuperar
sua posse.
Figura 17 – Voleibol: conservação e recuperação da bola.
A manutenção da posse de bola está dire-
tamente relacionada com o ataque ao alvo,
já que a equipe que está com a bola não pode
fazer mais de três passes e, por isso, deve se
“livrar” da bola atacando a equipe adver-
sária. A proteção do alvo ocorre de maneira
diferente na comparação com os demais es-
portes coletivos. Embora exista a figura do
líbero, cuja função é apenas defender, todos
os jogadores devem proteger o alvo, isto é, a
quadra e seus companheiros.
©StephaneReix/Photo&Co./Corbis/Latinstock
46
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE
TODOS OS ALUNOS
A apresentação do voleibol para os alunos
pode ser feita a partir do processo histórico
da modalidade, associando-o aos aconteci-
mentos atuais. A proposta é desenvolver um
entendimento da lógica geral desse jogo a par-
tir do vôlei-câmbio.
Conteúdo e temas: o surgimento do voleibol: entendimento e construção da modalidade com
os alunos.
Competências e habilidades: entender a história do voleibol; compreender a estrutura básica
da modalidade.
Sugestão de recursos: bolas de voleibol; bolas maiores e mais leves; redes de voleibol; canetas
e folhas de sulfite.
Desenvolvimento da Situação de
Aprendizagem 5
Etapa 1 – O jogo possível: o vôlei-câmbio
Primeiro, trabalhe o processo histórico do
voleibol e sua grande repercussão no Brasil
atualmente. Depois, procure reconstruir o
jogo com a realização do vôlei-câmbio, cuja
estrutura se assemelha à do voleibol, a des-
peito de os passes serem realizados com a
bola dominada e não rebatida. Nessa adap-
tação do voleibol, segurar a bola representa
a possibilidade concreta de jogá-lo, facili-
tando a participação dos alunos, visto que
nesta faixa etária é, ainda, difícil executar
um passe com precisão. Algumas variações
podem ser introduzidas com a finalidade de
ir aproximando o vôlei-câmbio do jogo de
voleibol, como permitir que se agarre a bola
somente na recepção e no primeiro passe,
introduzindo-se as rebatidas em seguida; ou
utilizar uma bola maior e mais leve, a fim de
facilitar as rebatidas.
Etapa 2 – Pensando nas estratégias do jogo
Solicite aos alunos, em grupos, que elabo-
rem estratégias para o jogo de vôlei-câmbio e
que as registrem por escrito e/ou com ilustra-
ções. Proponha que tentem aplicar as estraté-
gias durante os próximos jogos. Depois dessa
vivência, analise e discuta com a turma o que
foi proposto.
Professor, solicite aos alunos que
leiam o texto, respondam a alterna-
tiva correta e assinalem com V ou
F as questões apresentadas na se-
ção "Para começo de conversa", no Caderno
do Aluno.
Bernardinho, José Roberto Guimarães,
Giba, Fofão, Gustavo, Paula Pequeno. Você
provavelmente já ouviu esses nomes. Eles es-
tão ligados a um esporte em que o Brasil é
uma potência mundial: o voleibol! Quem vê
essas feras na quadra, atacando com tanta
velocidade, saltando e bloqueando ou co-
mandando equipes de ponta, nem imagina
que essa modalidade foi criada nos Estados
Unidos para ser uma alternativa ao basque-
tebol. Como as pessoas mais velhas acha-
vam o basquete muito cansativo, William
G. Morgan, em 1895, criou um jogo que, no
final do século XIX, exigiria menos esforço
dos praticantes.
Morgan colocou uma rede, com altura
aproximada de 1,90 metro, e utilizou uma
47
Educação Física – 6a
série/7o
ano – Volume 2
a) II e III.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I e IV.
2. As afirmações a seguir referem-se ao vo-
leibol. Assinale-as com V (verdadeiro) ou
F (falso):
a) Numa partida oficial, em cada equipe,
são seis jogadores em quadra. ( V )
b) Cada set tem duração de 20 minutos. ( F )
c) Todos os jogadores podem atacar de
qualquer ponto da quadra. ( F )
d) Os sets, com exceção do tie break, são
de 20 pontos. ( F )
e) O 4 × 2 é um sistema que apresenta dois
levantadores e quatro atacantes. ( V )
f) O líbero executa todas as funções, exce-
to a de ataque. ( F )
g) O levantador, em hipótese alguma, pode
atacar. ( F )
h) A altura da rede para competições mas-
culinas adultas é de 2,43 metros. ( V )
i) A altura da rede para competições femi-
ninas adultas é de 2,24 metros. ( V )
j) A quadra de voleibol tem 9 metros de lar-
gura por 18 metros de comprimento. ( V )
3. Qual desses jogadores é de voleibol? De
quais outros jogadores e/ou jogadoras
você já ouviu falar?
a) Robinho.
b) Murilo.
c) Falcão.
d) César Cielo.
Trata-se de uma resposta pessoal, mas espera-se que os alu-
nos saibam os nomes de vários jogadores e jogadoras, brasi-
leiros e estrangeiros.
4. Nas imagens a seguir você encontra alguns
sinais da arbitragem do voleibol. Preencha
o espaço sob cada imagem com o significa-
do correspondente.
câmara de bola de basquetebol que seria re-
batida, por cima da rede, como no tênis, por
duas equipes – hoje, a bola, segundo determi-
nação da Federação Internacional de Voleibol
(FIVB), deve ter de 65 a 67 centímetros de cir-
cunferência e pesar de 260 a 280 gramas.
Com a expansão da modalidade nos EUA,
logo países como Canadá, Cuba, Japão, Fili-
pinas, Porto Rico, Peru e Uruguai aderiram
ao esporte. Aqui no Brasil, atribui-se a intro-
dução da modalidade à Associação Cristã de
Moços (ACM), entre 1915 e 1917.
O voleibol é uma modalidade de “frontei-
ras definidas”, com uma peculiaridade que
os outros esportes coletivos, como handebol,
futsal e basquetebol, não têm. Há uma rede
bem no meio da quadra delimitando o cam-
po de atuação dos times que participam da
disputa. Cada um deles defende seu territó-
rio. As estratégias utilizadas não se referem
à invasão do território oposto (que, aliás, é
proibida), como acontece em outras modali-
dades, mas sim à arquitetura da jogada, que
deve ser construída, coletivamente, no próprio
território a partir da colaboração específica
dos jogadores.
Sob a coordenação do seu professor, você
vai vivenciar jogos adaptados como o vôlei-
-câmbio, o vôlei no escuro, jogos reduzidos e o
jogo formal. Antes disso, vamos conferir o que
você conhece sobre essa modalidade tão prati-
cada no nosso país. Discuta com seus colegas
as questões:
1. No voleibol, líbero é um jogador:
I) que não pode sacar nem bloquear.
II) especialista em ataque.
III) especialista em defesa.
IV) obrigatório em todas as equipes.
Estão corretas apenas:
48
a)
Autorização para sacar.
Tempo.
b)
Ilustrações:©PauloManzi
Mudança de quadra.
c)
Substituição.
d)
Professor, nesse momento, faça a leitura
com os alunos das considerações apresen-
tadas na seção “Você sabia?", no Caderno
do Aluno.
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Educação Física 6ª Série (7º ano) - Ensino Fundamental II

  • 1. 6a SÉRIE 7o ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Volume2 EDUCAÇÃO FÍSICA Linguagens CADERNO DO PROFESSOR
  • 2. MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 6a SÉRIE/7o ANO VOLUME 2 Nova edição 2014-2017 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO São Paulo
  • 3. Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri
  • 4. Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo- radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor- dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien- tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia- ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo
  • 5. Os materiais de apoio à implementação do Currículo do Estado de São Paulo são oferecidos a gestores, professores e alunos da rede estadual de ensino desde 2008, quando foram originalmente editados os Cadernos do Professor. Desde então, novos materiais foram publicados, entre os quais os Cadernos do Aluno, elaborados pela primeira vez em 2009. Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do Professor e do Aluno foram reestruturados para atender às sugestões e demandas dos professo- res da rede estadual de ensino paulista, de modo a ampliar as conexões entre as orientações ofe- recidas aos docentes e o conjunto de atividades propostas aos estudantes. Agora organizados em dois volumes semestrais para cada série/ ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e série do Ensino Médio, esses materiais foram re- vistos de modo a ampliar a autonomia docente no planejamento do trabalho com os conteúdos e habilidades propostos no Currículo Oficial de São Paulo e contribuir ainda mais com as ações em sala de aula, oferecendo novas orien- tações para o desenvolvimento das Situações de Aprendizagem. Para tanto, as diversas equipes curricula- res da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo reorganizaram os Cader- nos do Professor, tendo em vista as seguintes finalidades: incorporar todas as atividades presentes nos Cadernos do Aluno, considerando também os textos e imagens, sempre que possível na mesma ordem; orientar possibilidades de extrapolação dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do Aluno, inclusive com sugestão de novas ati- vidades; apresentar as respostas ou expectativas de aprendizagem para cada atividade pre- sente nos Cadernos do Aluno – gabarito que, nas demais edições, esteve disponível somente na internet. Esse processo de compatibilização buscou respeitar as características e especificidades de cada disciplina, a fim de preservar a identidade de cada área do saber e o movimento metodo- lógico proposto. Assim, além de reproduzir as atividades conforme aparecem nos Cadernos do Aluno, algumas disciplinas optaram por des- crever a atividade e apresentar orientações mais detalhadas para sua aplicação, como também in- cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do Professor (uma estratégia editorial para facilitar a identificação da orientação de cada atividade). A incorporação das respostas também res- peitou a natureza de cada disciplina. Por isso, elas podem tanto ser apresentadas diretamente após as atividades reproduzidas nos Cadernos do Professor quanto ao final dos Cadernos, no Gabarito. Quando incluídas junto das ativida- des, elas aparecem destacadas. ANOVA EDIÇÃO
  • 6. Leitura e análise Lição de casa Pesquisa em grupo Pesquisa de campo Aprendendo a aprender Roteiro de experimentação Pesquisa individual Apreciação Você aprendeu? O que penso sobre arte? Ação expressiva ! ? Situated learning Homework Learn to learn Além dessas alterações, os Cadernos do Professor e do Aluno também foram anali- sados pelas equipes curriculares da CGEB com o objetivo de atualizar dados, exemplos, situações e imagens em todas as disciplinas, possibilitando que os conteúdos do Currículo continuem a ser abordados de maneira próxi- ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades de aprendizagem colocadas pelo mundo con- temporâneo. Para saber mais Para começo de conversa Seções e ícones
  • 7. SUMÁRIO Orientação sobre os conteúdos do volume 8 Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: ginástica rítmica (GR) 10 Situação de Aprendizagem 1 – Exploração de diferentes movimentos 15 Situação de Aprendizagem 2 – Os movimentos e as relações com os aparelhos da GR 20 Atividade Avaliadora 25 Proposta de Situações de Recuperação 26 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 26 Tema 2 – Ginástica – Ginástica geral (GG) 28 Situação de Aprendizagem 3 – Compreendendo as características da ginástica 31 Situação de Aprendizagem 4 – A GG e outras manifestações da Cultura de Movimento 34 Atividade Avaliadora 37 Proposta de Situações de Recuperação 41 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 42 Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: voleibol 44 Situação de Aprendizagem 5 – O voleibol já é do conhecimento de todos os alunos 46 Situação de Aprendizagem 6 – Para jogar é preciso saber as técnicas? 49 Atividade Avaliadora 54 Proposta de Situações de Recuperação 57 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 57
  • 8. Tema 4 – Luta: judô 59 Situação de Aprendizagem 7 – Reconhecendo as lutas 61 Situação de Aprendizagem 8 – Lutando com os amigos 68 Atividade Avaliadora 72 Proposta de Situações de Recuperação 75 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 75 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 77
  • 9. 8 ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME Professor, este Caderno foi elaborado para servir de apoio ao seu trabalho pedagógico cotidiano com a 6a série/7o ano do Ensino Fundamental. Os temas deste volume são enfocados a partir da concepção teórica da disciplina, já explicitada anteriormente, fun- damentada nos conceitos de Cultura de Movi- mento e Se-Movimentar. Assim, pretende-se que as Situações de Aprendizagem aqui sugeridas para os temas Esporte, Ginástica e Luta possibilitem aos alunos diversificar, sistematizar e aprofundar suas experiências do Se-Movimentar no âm- bito das culturas lúdica, esportiva, gímnica e de luta, tanto para proporcionar novas ex- periências (permitindo aos alunos novas sig- nificações), como ressignificar experiências já vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado para o desenvolvimento dos conteúdos deste volume seja compatível com as intencionali- dades do projeto político-pedagógico de cada escola. Neste volume da 6a série/7o ano serão de- senvolvidos os temas Esporte – Modalidade individual e coletiva, Ginástica e Luta. No primeiro caso, a ginástica rítmica (GR) será tomada como exemplo de modalidade espor- tiva individual, considerando os principais gestos técnicos, as principais regras e o pro- cesso histórico. Espera-se que os alunos sejam capazes de identificar e compreender os prin- cipais gestos técnicos e relacioná-los com as regras e aparelhos específicos da GR. Em relação ao segundo tema, a ginástica geral (GG) será privilegiada como conteú- do gímnico, com enfoque nos fundamentos e gestos dos métodos ginásticos clássicos à ginástica contemporânea. Pretende-se que os alunos sejam capazes de identificar e re- conhecer os movimentos característicos de modalidades gímnicas esportivas e de moda- lidades gímnicas de participação. Espera-se, também, que eles possam criar movimentos conforme os desejos, interesses, necessidades e características de cada grupo. Com relação ao terceiro tema, será abor- dado o Voleibol como modalidade esportiva coletiva, discutindo seus princípios técnicos e táticos, suas regras e seu processo históri- co. Espera-se que os alunos sejam capazes de compreender as principais regras e o proces- so histórico de desenvolvimento dessa moda- lidade, aplicar os princípios técnicos e táticos e analisar as diferentes possibilidades de vi- venciar o voleibol. No último tema, o Judô será tomado como exemplo para a discussão dos princí- pios de confronto e oposição, de classificação e de organização das lutas. Esse tema tam- bém tratará da questão da violência atribuí- da e associada às lutas. Cabe ressaltar que outras lutas serão mencionadas, de modo a ampliar a abordagem geral do tema. Espera- -se com isso que os alunos possam valorizar e reconhecer a importância das condutas res- peitosas e colaborativas nas lutas. As estratégias escolhidas – que incluem a realização de gestos/movimentos, como a busca de informações, a projeção de vídeos, a resolução de situações-problema etc. – pos- sibilitam aos alunos a reflexão com base no confronto de suas próprias experiências de Se-Movimentar com a sistematização e o aprofundamento dos conhecimentos no âm- bito da Cultura de Movimento. Os procedimentos propostos para a avalia- ção caminham na direção de uma avaliação
  • 10. 9 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 integrada ao processo de ensino e aprendiza- gem, sem estabelecer procedimentos isolados e formais. As Atividades Avaliadoras devem favorecer a geração, por parte dos alunos, de informações ou indícios, qualitativos e quantitativos, verbais e não verbais, que se- rão interpretados pelo professor, nos termos das competências e habilidades que se pre- tende desenvolver em cada tema/conteúdo. Privilegia-se a proposição de Situações de Aprendizagem que favoreçam a aplicação dos conhecimentos em situações reais e a elabora- ção de textos-síntese relacionados aos temas abordados. São também priorizados os ques- tionamentos dirigidos aos alunos ao longo das aulas, para que se verifique a compreen- são dos conteúdos e a aquisição das compe- tências e habilidades propostas. A quadra é o tradicional espaço de aula de Educação Física, mas algumas Situações de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas no espaço convencional da sala de aula, no pátio externo, na biblioteca, na sala de informática ou de vídeo, bem como em espaços da comunidade local, desde que compatíveis com as atividades programadas. Algumas etapas podem ser também realiza- das pelos alunos como atividade extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.). As orientações e sugestões a seguir têm por objetivo oferecer-lhe subsídios para o de- senvolvimento dos temas apresentados. Não pretendem apresentar as Situações de Apren- dizagem como as únicas a serem realizadas, nem restringir sua criatividade, como profes- sor, para outras atividades ou variações de abordagem dos mesmos temas. Nesse mesmo sentido, o Caderno do Alu- no é mais um instrumento para servir de apoio ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos. Elaborado a partir do Caderno do Professor, esse material adicional não tem a pretensão de restringir ou limitar as possibi- lidades do seu fazer pedagógico. De acordo com o projeto político-pedagó- gico da escola e do planejamento do compo- nente curricular, é possível que os temas nele elencados, selecionados dentre os propostos no Caderno do Professor, não coincidam com as atividades que vêm sendo desenvol- vidas na escola. Neste caso, a expectativa é subsidiar o seu trabalho para que as compe- tências e habilidades propostas, tanto no Ca- derno do Professor quanto no Caderno do Aluno, sejam alcançadas. Para otimizar o tempo pedagogicamente necessário para a aula, o Caderno do Aluno apresenta as Situações de Aprendizagem de caráter teórico, também propostas no Cader- no do Professor, como sugestões de pesquisa e atividades de lição de casa. Além disso, traz, em todos os volumes, dicas sobre nutrição e postura, a fim de contribuir para a construção da autonomia dos alunos, um dos princípios do Currículo da disciplina. Isto posto, professor, bom trabalho!
  • 11. 10 TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL: GINÁSTICA RÍTMICA (GR) A ginástica faz parte das manifestações humanas há muito tempo, algo que já apon- tamos em outros Cadernos. Apropriar-se de experiências significativas do Se-Movimentar coloca-nos diante de difíceis desafios pedagógicos, dada a complexidade de como alguns elementos da Cultura de Mo- vimento nos são apresentados. O universo da Cultura de Movimento da ginástica e suas dife- rentes modalidades não foge à regra. Sabemos que a ginástica como elemento da Cultura de Movimento, historicamente, constituiu as mais diversas modalidades es- portivas que conhecemos no mundo con- temporâneo. As corridas, os saltos, as lutas, dentre outros exercícios físicos, eram sinôni- mos de ginástica. A GR constituiu-se a partir da Segunda Guerra Mundial como modalidade esportiva, mas já era praticada desde o final da Primeira Guerra. Não possuía nome específico nem códi- go de regras. Foram os russos, por volta de 1946, que introduziram a música nessa manifestação, e o termo “rítmica” passou a ser incorporado. Ela foi reconhecida pela Federação Inter- nacional de Ginástica (FIG), na década de 1960, como modalidade esportiva individual feminina e teve diferentes denominações: gi- nástica moderna, ginástica rítmica moderna, ginástica rítmica desportiva e, desde 1998, gi- nástica rítmica. AestreiadaGRemOlimpíadasaconteceuem 1984, em Los Angeles. No Brasil, a GR foi intro- duzida na década de 1950 e começou a se desen- volver como modalidade esportiva em meados de1960.RiodeJaneiroeLondrinasãoascidades brasileiras que tiveram atuação importante para o desenvolvimento dessa modalidade esporti- va. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, o conjunto brasileiro en- cantou os espectadores com uma apresentação fantástica e com a conquista da medalha de ouro. Em 2011, o conjunto brasileiro tornou-se tetracampeão nos jogos Pan-Americanos. As manifestações gímnicas do esporte são conhecidas ou tornam-se mais “popula- res” sempre que há um calendário esportivo amplamente divulgado ou quando um atleta se destaca em um evento nacional ou internacio- nal (como por ocasião dos Jogos Olímpicos) e passa a ser objeto de ampla atenção das mídias. A GR caracteriza-se no cenário esportivo como uma modalidade exclusivamente femini- na, mas há um forte movimento internacional para difundir a prática da GR masculina. Ele está concentrado em países como Japão, Rússia, Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi- co, onde as competições masculinas de GR já são comuns. Nessa modalidade, os exercícios são realizados com acompanhamento musical. No universo escolar, a GR como modali- dade esportiva individual, entre outras ma- nifestações gímnicas, tem sido preterida em relação a outras manifestações da Cultura de Movimento. Como essa situação pode ser explicada? A GR na escola não é contempla- da por ser uma modalidade esportiva femi- nina, de acordo com as regras da FIG? Por necessitar de aparelhos oficiais que pressu- põem gestos técnicos perfeitos? Por ter um código de pontuação específico que avalia a dificuldade técnica, o valor artístico e a exe- cução dos exercícios obrigatórios? Por ser formada por movimentos complexos?
  • 12. 11 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 As respostas a tais questionamentos são muito particulares e requerem uma reflexão a respeito de quais conhecimentos e estratégias de ensino estão sendo colocados à disposição dos alunos a respeito da GR nas aulas de Edu- cação Física. A GR como modalidade esportiva possibi- lita inúmeras experiências para que os alunos possam desenvolver suas competências e ha- bilidades no sentido de identificar e relacionar os conteúdos específicos com outras manifes- tações da Cultura de Movimento. A GR apresenta características esportivas que podem torná-la compatível com o cotidiano escolar quando identificadas suas possibilidades gímnicas e lúdicas. Para isso, algumas reflexões podem ser realizadas, tais como: As representações que fazemos dos gêne- ros feminino e masculino na ginástica têm relação com o processo histórico de desen- volvimento da modalidade? Quais são os elementos que permitem ca- racterizá-la como uma modalidade esporti- va exclusivamente feminina: as sequências de movimentos obrigatórios? A presença da música? Quais os motivos dos homens não partici- parem de competições esportivas oficiais dessa modalidade? Os elementos que constituem o Se-Movi- mentar significativo na GR são fundamen- tais para os exercícios individuais e coletivos (conjuntos). Tais elementos podem ser vi- venciados em várias direções, planos, ní- veis com ou sem deslocamento, com apoio de um ou dois pés, uma ou duas mãos, cuja coordenação consensual de condutas possi- bilitará movimentos gímnicos harmoniosos, dinâmicos e lúdicos. Andar e correr, saltar e saltitar, balancear e circunduzir, girar, ro- lar e equilibrar-se, flexionar-se e estender-se, lançar e receber diferentes aparelhos, enfim, tudo isso compõe a Cultura de Movimento da GR. Figura 1 – GR: attitude (postura) – equilíbrio. ©RayMoller/DorlingKindersley/GettyImages
  • 13. 12 ©CatherineIvill/Matthew Ashton/AMASports Photo/Corbis/Latinstock Figura 2 – GR: conjunto de bolas. É necessário compreender que, embora as regras para avaliar a execução dos movi- mentos sejam bastante rígidas no universo esportivo competitivo da GR e de outras modalidades gímnicas, nas aulas de Educa- ção Física, a GR pode seguir regras adapta- das pelo professor e pelos próprios alunos, respeitando e valorizando as características individuais e interpessoais. É possível, também, que os alunos criem os próprios movimentos e aparelhos, o que con- tribui para tornar mais significativas as suas vivênciasedescobrirdiferentesalternativasde movimentos, relacionando-os com as várias modalidades esportivas existentes. Enfim, experiências que permitam ao aluno recon- textualizar suas vivências, ampliando a sua Quadro de possibilidades de adaptação dos aparelhos da GR Aparelho original Material adaptado Descrição da adaptação Bola Jornal. Fita adesiva. Sacolas de plástico. Bolas de borracha de iniciação esportiva. As bolas são feitas com o jornal; ao re- dor delas é colocada fita adesiva, dei- xando seu formato mais arredondado. Por fim, pode ser colocado um plástico para colorir e melhorar a aparência do material. Bolas de borracha tamanho 10 ou 12, utilizadas para a iniciação esportiva, preenchem as necessidades da modalida- de, e podem ser pintadas com tinta a óleo não tóxica. ©SamuelSilva comunicação com a Cultura de Movimento. Assim, no decorrer das Situações de Apren- dizagem da GR, caberá ao professor motivar os alunos – tanto os meninos como as meninas – para que percebam a necessidade de identi- ficar os principais gestos técnicos e relacioná- -los às possibilidades do Se-Movimentar com os diferentes aparelhos, respeitando as carac- terísticas individuais e interpessoais de cada um, além de compreender as principais regras e o processo histórico que envolve a GR. A seguir, um quadro que visa a auxiliar o professor nas Situações de Aprendizagem, sugerindo-lhe algumas possibilidades de adap- tação de aparelhos, em substituição aos apare- lhos oficiais da GR.
  • 14. 13 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Aparelho original Material adaptado Descrição da adaptação Corda Cordas de sisal, elástico ou outro material. Tiras de tecido. As tiras podem ser entrelaçadas para au- mentar o volume do material. Faça um nó nas extremidades para que a trança não se desfaça durante o manuseio. Arco Bambolê. Conduíte. Arame. Fita isolante. O professor deverá moldar os conduítes no formato de um arco, colocar o arame pela parte interior e aplicar a fita isolan- te (ou outra similar) pela parte exterior. Deverá inserir uma rolha ou uma cavilha na união das extremidades, para fixá-las. O bambolê não precisa de nenhum ajus- te para maiores adaptações (entre 80 cm e 90 cm de diâmetro). Fita Papel crepom ou faixas de plástico (mais resis- tentes). Barbante. Cola ou fita adesiva. Palitos (churrasco ou similar) ou bastões de madeira de cabides (com cerca de 50 centímetros de comprimento). “Pitão”, rodízio de pesca e alfinete de pesca. Faixas de demarcação de trânsito(amareloepreto). O papel crepom precisa ser cortado em faixas de, aproximadamente, três metros; em seguida, fixe as faixas em folha de pa- pel jornal dobrada e amarrada com bar- bante. É importante deixar um pedaço de barbante para facilitar o manuseio. Tiras de seis metros de faixa, com fixação de um ilhós na extremidade próxima ao estilete. Insira o alfinete de pesca no ilhós. O rodízio de pesca (para evitar que a fita enrole) é preso na outra extremidade do alfinete. A outra argola do rodízio da fita é fixada no “pitão” (peça em forma de gancho, com uma rosca em uma das extremidades para ser parafusada e que é colocada em portas de armários ou ou- tros objetos). O “pitão” deve ser fixado em uma das extremidades do bastão. Maça Pares de meia. Bolapequenadeborracha. Saquinhos de areia. Garrafas PET, garrafi- nhas de iogurte. Bastãozinho de madeira (cerca de 50 centímetros). EVA. Parafusos. Colher de pau. Fita adesiva transparen- te ou colorida. Coloque uma bola ou um saquinho de areia no interior das meias, e, em segui- da, amarre-as nas extremidades. Abra um orifício na tampa da garrafa PET e, por ele, insira o bastãozinho. Fi- xe-o na extremidade oposta com um pa- rafuso. A garrafa PET pode ser preenchi- da com retalhos de EVA, tecidos ou outro material para aumentar ligeiramente o seu peso. No caso de serem utilizadas co- lheres de pau, pode-se preencher a parte da colher com bola de jornal encapada com fita crepe ou fita adesiva colorida. ©SamuelSilva ©SamuelSilva©SamuelSilva©SamuelSilva Quadro 1.
  • 15. 14 ©DaniloMarques Se a escola não tiver os aparelhos oficiais mencionados, sugere-se que o professor anali- se, com a classe, as possibilidades de adaptá-los e utilizar os aparelhos construídos pelos alunos. Na GR, os programas das competições são compostos por exercícios individuais e em conjunto de cinco ginastas, realizados em um tablado. As apresentações masculinas não com- põem as competições oficiais da modalidade, porém sugere-se que todos os alunos (meni- nos e meninas) tenham acesso a esse conteúdo. Nos programas individuais, cada partici- pante se apresenta em quatro dos cinco apa- relhos, com duração entre 1min15s e 1min30s cada um. Nos programas em conjunto, cada equipe se apresenta em dois exercícios, sendo um com um aparelho e o outro com dois apa- relhos. A duração das apresentações fica entre 2min15s e 2min30s. O final da apresentação tem que coincidir com o final da música. Os exercícios da GR são avaliados segundo um código de pontuação a partir do qual os árbitros observam a dificuldade (grau técni- co), o valor artístico e a execução. Os movimentos básicos da GR são reali- zados com os diferentes aparelhos e apresen- tam características nas quais são avaliados o equilíbrio, a flexibilidade e a onda, os saltos e os pivots. No equilíbrio, o participante/atleta equilibra-se em uma das pernas enquanto a outra é elevada. A attitude (postura) é uma característica dos movimentos de equilíbrio e pivot. Na flexibilidade e na onda, os movi- mentos descrevem ondas combinadas com a capacidade de flexionar o corpo. Os saltos são avaliados conforme a altura da execu- ção. Os pivots são movimentos caracteriza- dos por um giro de 360o sobre um dos pés. Tais movimentos combinados com outros constituem a beleza e a elegância caracterís- ticas da GR. Figura 3 – GR: apresentação com corda. lançamentos, rolamentos, equilíbrios, movi- mentos em oito, circunduções etc. Durante a execução, a bola não pode ser agarrada, mas apenas sustentada sobre ou sob o corpo. As maças permitem a realização de mo- linetes, rotações, rolamentos, circunduções A corda permite a realização de saltos, salti- tos, círculos, balanços e figuras no ar (movimen- tos em oito), lançamentos (solturas) e pegadas, envolvimento no corpo, circunduções, giros etc. A bola une-se ao próprio corpo e à beleza dos movimentos comuns de giros no chão, em
  • 16. 15 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 EXPLORAÇÃO DE DIFERENTES MOVIMENTOS Os alunos são criativos quando desafia- dos a propor novos movimentos. Nesta Si- tuação de Aprendizagem, o professor deve estimulá-los a realizar diferentes possibili- dades de Se-Movimentar com e sem apa- relhos, para que percebam e identifiquem ©DaniloMarques Figura 4 – GR: apresentação com arco e bola. (os círculos no ar), lançamentos e capturas juntamente com as batidas rítmicas. Os rolamentos e as rotações são caracterís- ticos do arco, com o qual o participante usa diferentes partes do corpo com as rotações rea- lizadas nas pernas e na cintura, por exemplo. A fita permite a realização de diferentes figuras no ar, além de lançamentos, captu- ras e espirais; é, visualmente, um dos mo- mentos mais belos das apresentações. suas habilidades individuais e coletivas relacionando-as com as características da modalidade esportiva GR. É importante que todos os alunos, independentemente do gênero, vivenciem os movimentos carac- terísticos da GR. Conteúdo e temas: a criatividade como elemento presente na GR; os gestos técnicos da moda- lidade esportiva GR; o trabalho individual e coletivo presente na GR. Competências e habilidades: identificar diferentes possibilidades de movimentos para compreen- der a GR; identificar e relacionar as características individuais e interpessoais na composição dos principais gestos da GR. Sugestão de recursos: aparelhos oficiais da GR ou materiais adaptados.
  • 17. 16 Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 1 Etapa 1 – Descobrindo diferentes maneiras de Se-Movimentar Solicite aos alunos que falem sobre as di- ferentes maneiras e locais de movimentar-se do ser humano. Provavelmente, aparecerão respostas criativas e inesperadas. Após uma rodada, direcione as perguntas para uma rea- lidade mais próxima de todos os alunos: quais as possibilidades de movimento das pessoas no cotidiano? Na sequência, sugira aos alunos que esco- lham diferentes possibilidades de movimen- to e as demonstrem aos colegas da turma. Procure vivenciar com eles: andar em quatro apoios, andar em posições invertidas, rolar sobre o chão, andar agachado, rastejar, an- dar, correr e saltar, combinando ritmos e intensidades diferentes, andar e transportar outra pessoa etc. Etapa 2 – Escolher, identificar e justificar as escolhas de movimentos Organize grupos de aproximadamente cinco ou sete alunos e proponha que apresentem uma maneira de movimentar-se em conjunto; se possí- vel, registre as apresentações com uma filmadora. Após as apresentações, sugira que cada grupo identifique quais foram os movimentos mais recorrentes. Solicite que registrem e jus- tifiquem por escrito suas escolhas na elabora- ção das apresentações. Professor, neste momento, faça uma reflexão com os alunos sobre os conteúdos e temas apresentados nas questões da seção “Para come- ço de conversa”, no Caderno do Aluno. Reúna-se com seus colegas para conver- sar sobre o tipo de ginástica representado nas imagens a seguir. Depois de conversarem, res- ponda às questões. ©Blueduck/AsiaImages/GettyImages
  • 18. 17 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 1. A GR é: ( X ) uma modalidade esportiva. ( ) um espetáculo musical. Obs.: pode ser que algum aluno responda “um espetáculo musical”; valorize seus argumentos se estiverem coerentes, porém procure diferenciar uma alternativa da outra. Um as- pecto da GR, por exemplo, é o código de pontuação. 2. A GR é praticada: ( ) sobre aparelhos. ( X ) utilizando aparelhos. 3. A GR: ( X ) é um esporte olímpico. ( ) não é um esporte olímpico. 4. A GR, nos campeonatos mundiais, é prati- cada: ( X ) apenas por mulheres. ( ) apenas por homens. ( ) por homens e mulheres. No universo dos esportes, existem aqueles que são coletivos e os que são individuais. A ginástica rítmica (GR) é um esporte predomi- nantemente individual. Ela é uma das versões competitivas da ginástica, isto é, há um con- junto de regras que precisa ser respeitado por aqueles que querem competir nessa modalida- de esportiva. Essas regras estão agrupadas em um livro chamado Código de pontuação. A prática da GR destaca-se pela beleza e plasticidade dos movimentos, que aparecem de forma combinada, sempre acompanhados por música. Nas competições organizadas pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), apenas as mulheres praticam esse espor- te. Mas há um forte movimento internacional para difundir a prática da GR masculina. Ele está concentrado em países como Japão, Rússia, Canadá, EUA, Coreia do Sul, Malásia e Méxi- co, onde as competições masculinas de GR já são comuns. Discuta com seus colegas sobre os apare- lhos de competição da GR. 5. Na lista a seguir, assinale os aparelhos que são utilizados na GR feminina. ( X ) Bola. ( X ) Maças. ( ) Bastões. ( X ) Arco. ( X ) Corda. ( ) Squizzy. ( ) Peteca. ( ) Barra fixa. ( ) Paralelas. ( ) Trave de equilíbrio. ( ) Malabares. ( X ) Fita. 6. Agora, assinale quais são os aparelhos uti- lizados na GR masculina. ( X ) Bola. ( X ) Maças. ( X ) Bastões. (Este é o aparelho diferente que substi- tui a fita). ( X ) Arco. (Este é o menor aparelho na GR masculina.) ( X ) Corda. ( ) Squizzy. ( ) Peteca. ( ) Barra fixa. ( ) Paralelas. ( ) Trave de equilíbrio. ( ) Malabares. ( ) Mesa de saltos. A GR é classificada como esporte individual. Nas competições, participam até três ginas- tas nos exercícios individuais. Cada ginasta se apresenta com quatro exercícios diferentes (co- reografias). Cada exercício é feito com um apa- relho. Como se trata de cinco aparelhos oficiais
  • 19. 18 (bola, corda, arco, fita e maças), um não será escolhido. Cada apresentação dura de 1min15s (um minuto e quinze segundos) a 1min30s (um minuto e trinta segundos). A competição também tem exercícios em conjunto. Nesse caso, um grupo de cinco gi- nastas apresenta duas coreografias diferentes, que duram de 2min15s a 2min30s. Em um dos exercícios, as cinco ginastas se apresentam com o mesmo tipo de aparelho, por exemplo, cinco fitas para o grupo. O outro exercício da compe- tição é realizado sempre com dois aparelhos di- ferentes, por exemplo, três cordas e duas bolas ou três fitas e duas bolas etc. Etapa 3 – Diferentes movimentos e o uso de aparelhos Apresente aos alunos os aparelhos da GR, aparelhos adaptados e outros objetos, como lenço pequeno, toalha de mesa, lençol, garra- fas PET, bastões etc. Alguns objetos podem ser solicitados aos alunos com antecedência. Desafie-os a realizar individualmente, em duplas ou em grupos maiores, os diferentes mo- vimentos apresentados nas etapas anteriores. Aproveite e proponha-lhes questões e desafios: É possível andar em quatro apoios trans- portando uma bola nas costas? Como rolar no chão segurando com as duas mãos duas garrafas PET? É possível, sem se deslocar e em pé, rolar a bola por todo o corpo? E, em deslocamento, é possível rolar a bola por todo o corpo? É possível rolar um arco e saltá-lo? É possível lançar uma bola ao ar, rolar e recuperá-la antes que toque o chão? É importante que todos os alunos explo- rem todos os materiais. Separe os aparelhos oficiais e os materiais adaptados e pergunte aos alunos como foi realizar os movimentos manuseando apare- lhos. Solicite que registrem em uma folha o nome de cada aparelho ou material adapta- do e as facilidades e dificuldades encontra- das durante as vivências. O registro pode ser feito em grupo. Professor, auxilie os alunos na construção dos objetos apresen- tados na seção “Pesquisa indivi- dual”, no Caderno do Aluno. Agora você já conhece um pouco dessa mo- dalidade esportiva e sabe que ela é praticada com aparelhos. A GR exige do praticante a manipulação e o domínio de vários aparelhos. Para começar as vivências, se for possível, você pode utilizar vários materiais adaptados antes de experimentar os aparelhos oficiais. Então, a sua tarefa agora é pesquisar que tipo de material pode ser usado no lugar dos aparelhos oficiais. Talvez você possa cons- truir um material parecido... Veja as ilus- trações dos aparelhos oficiais apresentadas a seguir e tente pensar em alternativas para eles. Depois de construir o objeto, experi- mente realizar alguns movimentos com ele para confirmar se permite os movimentos necessários. Faça a sua proposta nos espa- ços a seguir. Se precisar, peça ajuda ao seu professor ou professora de Educação Física e aos seus colegas de turma. 1. Bola de borracha, de 18 a 20 centímetros de diâmetro; peso mínimo de 400 gramas. ©SamuelSilva
  • 20. 19 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 4. Arco de madeira ou material sintético, com 80 a 90 centímetros de diâmetro; peso mí- nimo de 300 gramas. ©SamuelSilva Sugestões de material alternativo: De conduíte, de jornal, de arame, pneu de bicicleta etc. 5. Maças: um par de maças de madeira ou material sintético, de 40 a 50 centímetros de comprimento e com peso mínimo de 150 gramas cada uma. ©SamuelSilva Sugestões de material alternativo: Cascas de coco, vassourinhas de sanitário, cabos de vassoura, bolinhas de tênis em redinhas de fruta (de feira) ou sacolinhas de plástico amarradas; garrafas PET etc. 6. Outros objetos que possam gerar a criativi- dade e o interesse dos alunos e que permi- tam apresentações de GR. Sugestões: Almofadas, vassouras, bolas grandes, caixas, bonecas, mochilas, chapéu, guarda-chuva, toalhas, can- gas, latas etc. Qualquer objeto que permita manipulação e diversidade de movimentos (lançar, rolar, rodar, girar etc.). Sugestões de material alternativo: Qualquer bola que seja diferente da bola de GR – bola de borra- cha, de plástico, de meia (tamanho maior), de papel etc. 2. Fita de cetim, mínimo de 6 metros de com- primento; peso de 35 gramas; largura de 4 a 6 centímetros; estilete (um tipo de bastãozi- nho, objeto próprio da GR, e não um mate- rial cortante) de 50 a 60 centímetros de com- primento, base com no máximo 1 centímetro de diâmetro, no qual se prende a fita. ©SamuelSilva Sugestões de material alternativo: Tecidos, fitas de delimitação de área, cordões de tecido etc. 3. Corda de sisal (ou material sintético), com comprimento que pode variar de acordo com a estatura do ginasta. ©SamuelSilva Sugestões de material alternativo: Trançada de pano, de cipó, de varal etc.
  • 21. 20 Conteúdo e temas: principais gestos técnicos da GR; principais regras: compreensão e elabo- ração; processo histórico. Competências e habilidades: identificar e compreender os principais gestos técnicos e relacio- ná-los com as regras específicas da GR; reconhecer os gestos técnicos e relacioná-los com os aparelhos específicos da GR; identificar, compreender e relacionar o processo histórico de desenvolvimento da GR com outras modalidades esportivas. Sugestão de recursos: aparelho de som, aparelho de vídeo ou DVD, CDs, filmadora, apare- lhos oficiais da GR ou materiais adaptados. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 OS MOVIMENTOS E AS RELAÇÕES COM OS APARELHOS DA GR Esta Situação de Aprendizagem comple- mentará as experiências da Situação anterior, visto que o elemento musical não foi incorpo- rado. É importante que os alunos se apropriem e compreendam os elementos que constituem a GR: movimentos, manuseio de aparelhos e acompanhamento musical. É importante, tam- bém, que identifiquem os gestos técnicos que compõem os exercícios da GR e que conheçam a necessidade das regras e o processo histórico de desenvolvimento da modalidade. Os grupos de alunos devem ser formados por meninas e meninos. O professor deve estar atento no sentido de estimular a participação de todos os alunos, principalmente a dos me- ninos, nas vivências da GR, uma vez que, por ser uma modalidade esportiva feminina, os alunos do sexo masculino podem apresentar algum constrangimento. Estes devem ser mo- tivados e desafiados a realizar os movimentos complexos da GR. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 2 Etapa 1 – Identificando e reconhecendo a GR Selecione com antecedência um vídeo ou imagens para apresentar aos alunos e permita que identifiquem, relacionem e compreendam o nome “ginástica rítmica” dado à modalida- de em questão. A seguir, solicite que associem, em grupos, alguns movimentos realizados com os movi- mentos percebidos no vídeo ou nas imagens. Se possível, solicite que descrevam, expliquem ou registrem suas hipóteses em uma folha. O professor poderá apresentar as informações sobre o processo histórico e como a música foi incorporada à GR. Etapa 2 – Comparar e associar os movimentos e os aparelhos da GR Reserve com antecedência o aparelho de som e CDs de músicas com diferentes ritmos (se possível, solicite que cada grupo de alunos traga os próprios CDs ou músicas gravadas em aparelhos próprios).
  • 22. 21 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Organize os alunos em cinco grupos e proponha que cada um escolha um apare- lho oficial ou adaptado para ser utilizado (se necessário sorteie o aparelho e/ou sugira sua confecção com antecedência). Solicite que explorem novamente os ma- teriais e, na sequência, tentem relacionar os movimentos com as músicas selecionadas e elaborar coreografias. Oriente-os a criar for- mações diversas, tais como círculos, colunas, fileiras e outras. Nesse momento, é necessário que associem os movimentos da GR com ou- tras experiências rítmicas. Etapa 3 – As apresentações em conjunto da GR Proponha aos alunos uma apresentação dos grupos com o acompanhamento mu- sical (não é necessária uma apresentação para toda a escola, somente para a própria turma). Estabeleça antecipadamente com os grupos o tempo de apresentação e a pre- sença (obrigatória ou não) de alguns gestos. O uso da criatividade no manuseio dos apa- relhos como critério para avaliação das coreografias dos grupos pode ser um impor- tante elemento motivador. Se possível, registre essa experiência dos alu- nos em vídeo, permitindo que apreciem as pró- prias imagens. Depois, solicite que registrem ou relatem a experiência vivenciada: as difi- culdades de manusear aparelhos com acom- panhamento musical, os aparelhos preferidos associados às características de cada grupo etc. Professor, nas apresentações dos conjuntos podem ser combinados diferentes materiais. Outro ponto importante é que os alunos com- preendam que há na GR exercícios individuais para cada aparelho. Se os alunos desejarem, outros poderão assumir os papéis de “árbitros avaliadores” para apreciar os conjuntos (se a escola tiver alunos do Ensino Médio, alguns poderão ser convidados a assumir essa função). Professor, solicite aos alunos que analisem as imagens e respondam às questões da seção “Lição de casa” e que, em seguida, façam a leitura das considerações na seção “Você sa- bia?”, no Caderno do Aluno. Para compor um exercício (a coreografia), o ginasta precisa manipular (manusear) os apa- relhos. Esse manuseio vem combinado com muitos movimentos corporais, como saltos, giros, equilíbrios, circunduções dos braços etc. Essas combinações também têm que ser feitas dentro do ritmo de uma música, que é parte da apresentação da GR. Quando o exercício é realizado em conjun- to, os integrantes do grupo (cinco ginastas) manuseiam os aparelhos e realizam os movi- mentos em diferentes posições no espaço, cha- madas de formações (em círculos, em colunas etc.). Lembre-se de que já fazemos muitas formações em nosso dia a dia, mas sem nos preocuparmos com o aperfeiçoamento dos movimentos. Agora você vai associar as imagens com os tipos de situações que encontramos na GR. Perceba quantos movimentos fazemos que parecem os exercícios da GR. 1. Observe as imagens e coloque a letra cor- respondente à situação no espaço ao lado da figura. Considere o movimento que predomina. Por exemplo: se estou corren- do atrás de uma bola, assinale “manipu- lação”, pois estou trabalhando com um aparelho (bola).
  • 23. 22 2. Nas imagens a seguir, o desenho (diagrama) representa a formação em que o grupo se encontra. ( a ) Manipulação. ( b ) Movimento corporal. ( c ) Formação grupal.©PeterCade/TheImage Bank/GettyImages ©BecParsons/Digital Vision/GettyImages ( b )( a ) ©TaylorS.Kennedy/National Geographic/GettyImages ( c ) ©Kuttig-People/Alamy/GlowImages ( a ) ©dmac/Alamy/GlowImages Coluna (fila – um atrás do outro) Fileira (um ao lado do outro) ©SamiSarkis/Photographer’s Choice/GettyImages Observe que o vértice (ponta) da seta indica a frente das pessoas.
  • 24. 23 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Imagem Diagrama a) b) c) ©PeterCade/TheImageBank/GettyImages©BrianKenney/OxfordScientific/Latinstock©StockByte/Latinstock Discuta o exercício a seguir com seus cole- gas e depois complete os espaços com o dia- grama solicitado. Ao lado de cada imagem, faça um diagra- ma (desenho) que corresponda à formação em que o grupo se encontra. Lembre-se que na GR, obrigatoriamente, são exigidas no mínimo seis formações diferentes. Vamos aprender um pouco das possibilidades de variações dessas formações neste exercício. Bom trabalho!
  • 25. 24 Você sabia? Que as atividades circenses também incluem manuseio de apa- relhos? As pessoas que fazem essas apresentações são os malabaris- tas, e os objetos que utilizam podem ser malabares, bolas, argolas, chapéus, pratos, bastões com ou sem fogo ou outros objetos que demonstrem suas habilidades. Muitos fazem as apresentações no solo, outros se equilibram sobre superfícies, como bolas, bicicletas de uma roda só (monociclos), ou sobre cabos de aço. Mas o que os malabaristas fazem no circo é um espetáculo ar- tístico. Assim como os ginastas, os malabaristas também treinam muito. Entretanto, têm finalidades diferentes, que envolvem outras situações. Vejamos algumas dessas diferenças. Os ginastas da GR treinam para ganhar um campeonato que tem regras específicas, como a exigência de certos tipos de movimentos; a GR só pode ser realizada com os aparelhos que a modalidade determina; é necessário o acompanhamento musical; as roupas também devem seguir as regras; há tempo e espaços certos para as apresentações; árbitros dão uma nota. Para participar de campeonatos, é preciso fazer parte de uma representação (escola, clube, seleção de um estado ou de um país). Já os malabaristas, profissionais de circo, são artistas. Vivem de suas apresentações e treinam para elas. Escolhem os objetos que utilizam para se apresentar; não há um tempo predetermi- nado para a apresentação; os trajes fazem parte da identidade que querem assumir (palhaço ou não); o local pode ser uma rua, um parque, um circo, um teatro ou outro espaço qualquer (que é alugado ou cedido para o espetáculo); integram um grupo composto de outros artistas. No entanto, o que importa é que podemos aprender muito com todos eles. O desafio está em ser cada vez melhor no manuseio dos aparelhos e na criação de novos movimentos. Quanto mais se aprimora, maior é a capacidade de identificar e compreender as possibili- dades do organismo humano. Isso exige muito do corpo, especialmente dos sistemas esque- lético e muscular. Então, propomos vivenciar e aprender com a GR nas aulas de Educação Física. Quem sabe você goste e decida treinar para ser um ginasta ou um artista? ©TimPlatt/Iconica/GettyImages Bolas. Malabares de fogo. ©RoyMcMahon/Comet/ Corbis/Latinstock Argolas. ©MichaelS.Yamashita/ Corbis/Latinstock Malabares com claves. ©HolaImages/GettyImages
  • 26. 25 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Estabeleça alguns critérios que permitam avaliar o envolvimento dos alunos com o tema proposto e se eles conseguem: identificar suas dificuldades e facilidades na elaboração criativa dos movimentos; combinar diferentes movimentos carac- terísticos da GR utilizando os diferentes aparelhos; registrar as informações solicitadas nas Si- tuações de Aprendizagem. É possível apresentar aos alunos imagens para que identifiquem o nome dos movimentos e dos aparelhos e aproveitar os registros feitos durante as Situações de Aprendizagem como forma de verificar a compreensão dos conceitos. Professor, para finalizar esta etapa, solicite aos alunos que respondam os exercícios da se- ção “Você aprendeu?”, no Ca- derno do Aluno. 1. A GR é uma modalidade esportiva, com exercícios: a) individuais. b) de conjunto. c) individuais e de conjunto. 2. Assinale os aparelhos utilizados na GR fe- minina e masculina. a) Bola. b) Argolas. c) Arcos. d) Fita. e) Malabares. f) Maças. ATIVIDADE AVALIADORA g) Diabolô. h) Corda. i) Bastões. 3. A duração das apresentações dos exercí- cios individuais da GR é de: a) 1min10s a 1min30s. b) 1min15s a 1min30s. c) 1min20s a 1min30s. 4. Na GR, quando os ginastas executam os exercícios em conjunto, eles têm que se po- sicionar em diferentes lugares na área de competição (chamada praticable). A exe- cução dos exercícios deve contemplar no mínimo seis: a) formações diferentes. b) organizações diferentes. c) colocações diferentes. 5. Escreva GR para ginástica rítmica e AC para as atividades circenses. a) Um ou cinco participantes. ( GR ) b) Criativo, livre, sem regras preestabele- cidas. ( AC ) c) Mulheres e homens se apresentam juntos. ( AC ) d) Trajes semelhantes. ( GR ) e) Tempo livre. ( AC ) f) São cinco aparelhos. ( GR ) g) Sem número determinado de partici- pantes. ( AC ) h) Duração de 1min15s a 1min30s ou 2min15s a 2min30s. ( GR ) i) Esporte. ( GR ) j) O acompanhamento musical não é obrigatório. ( AC )
  • 27. 26 Livros PAOLIELLO, Elizabeth; TOLEDO, Eliana (orgs.). Possibilidades da ginástica rítmica. São Paulo: Phorte, 2010. As autoras apresentam um panorama geral da GR, sugerem estraté- gias de ensino e discutem questões de gênero na GR. SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA-PIC- COLO, Vilma Leni. Aspectos pedagógicos no ensino da ginástica artística e da ginástica rítmica no cenário escolar. In: PAES, Roberto Rodrigues; BALBINO, Hermes Ferreira. Pe- dagogia do esporte: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 111-122. Nesse capítulo, as autoras apre- sentam informações sobre a GR, adaptações de materiais e espaços específicos. Artigos CAÇOLA, Priscila. Iniciação esportiva na ginástica rítmica. Revista Brasileira de Educa- ção Física, Esporte, Lazer e Dança. São Paulo, v. 2, n. 1, p. 9-15, mar. 2007. Disponível em: RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO DuranteopercursopelasváriasetapasdaSi- tuação de Aprendizagem, alguns alunos pode- rão não apreender os conteúdos e desenvolver as habilidades da forma esperada. É necessá- rio, então, professor, elaborar outras Situações de Aprendizagem em que os elementos que compõem a GR possam ser problematizados e percebidos. Essas Situações de Aprendizagem devem ser diferentes, de preferência, daquela que gerou dificuldade para os alunos. Tais es- tratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, envolver todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificuldades. Por exemplo: apreciação de gestos realizados pelos cole- gas durante as diferentes etapas das Situa- ções de Aprendizagem; pesquisas em sites ou em outras fontes para posterior apresentação sobre temas como história da GR, características dos aparelhos e espaços oficiais etc. <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/ arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCA CAO_FISICA/artigos/iniciacao_ritmica.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2013. A autora apresenta informações referentes à ginástica rítmica e ao processo de iniciação esportiva. CHIÉS, Paula Viviane. “Eis Quem Surge no Estádio: é Atalante!” A história das mulheres nos jogos gregos. Movimento. Porto Alegre, v. 12, n. 3, p. 99-121, set./dez. 2006. Disponí- vel em: <http://www.seer.ufrgs.br/index.php/ Movimento/article/view/2911/1547>. Acesso em: 11 nov. 2013. A autora relata a educação feminina na Grécia Antiga, destacando as di- ferenças entre as cidades de Atenas e Esparta e as práticas e os exercícios físicos que consti- tuíam os princípios educacionais. Sites Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>. Acesso em: 7 abr. 2014. Informações sobre o calendário esportivo da GR e demais modali- dades gímnicas.
  • 28. 27 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Federação Internacional de Ginástica (FIG). Disponível em: <https://www.fig-gymnastics. com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2013. Informa- ções sobre o calendário esportivo da ginástica e suas diferentes modalidades gímnicas mundiais. Ginástica Rítmica Masculina. Disponível em: <http://www.menrg.com>. Acesso em: 11 nov. 2013. Imagens e vídeos de apresentações masculinas de GR.
  • 29. 28 “De pernas para o ar” é uma expressão que possibilita atribuir significado a um movi- mento ou gesto característico exclusivamente da ginástica de competição? Vamos pensar na trajetória da ginástica antes de tentar respon- der a essa pergunta. Etimologicamente, a palavra ginástica vem do grego gymnastiké – arte ou ato de exerci- tar o corpo para deixá-lo forte e ágil. O termo gymnós (sem vestes, despido, nu) associa exer- cício físico à nudez do ser humano para que, desse modo, este se aproxime da sua essência. Considerar o movimento do ser humano ao longo da história é encontrar a ginástica como um dos elementos culturais que carac- terizaram a retidão, a disciplina, a ordem, a força física e a moral desejada em sociedades e contextos diversos. Em sociedades nas quais o “desperdício” foi combatido, imaginar ou pressupor movi- mentos e gestos criativos e ousados não com- binava com os princípios da ordem e retidão tão desejados. Os movimentos realizados pelos artistas circenses foram questionados durante muito tempo, pois, na sociedade eu- ropeia, representavam o desperdício de força e energia, que não contribuíam para a manu- tenção nem para a educação moral do corpo. Segundo Soares (1998), o mundo do circo trazia imagens de luz e riso, do grotesco e do sublime e, sobretudo, do corpo como centro de entretenimento. Em suas passagens, o circo deslocava os habitantes das vilas e cidades das rotinas binárias do trabalho e do descanso. Seus integrantes “acenavam com a possibi- lidade de uma vida de alargamento de con- tornos e fronteiras em oposição à família, ao trabalho fixador, à vida estabelecida em um lar imóvel numa só cidade”a . TEMA 2 – GINÁSTICA – GINÁSTICA GERAL (GG) ©ScienceSource/Photoresearchers/Latinstock Figura 5 – Gravuras de Groot Het (A grande tabela de loucura) representando atores e acrobatas anônimos. Na Europa Medieval, realizavam-se grandes feiras anuais, onde esses atores e acrobatas se apresentavam, incluindo acrobacias de equilíbrio caminhando sobre cabos etc. Figura 6 – Acrobacias na GG. a SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da educação no corpo: um estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores Associados, 1998. p. 55. <www.autoresassociados.com.br>. ©ChipSimons/TheImageBank/GettyImages
  • 30. 29 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 O Movimento Ginástico Europeu, conside- radas as diferenças e particularidades de cada região, teve aspectos em comum como desen- volver a saúde, a higiene, a coragem e a força sob o viés bélico e o da produção industrial, di- ferenciando, sobretudo, as funções morais atri- buídas ao homem, à mulher e ao cotidiano da vida de pessoas com diferentes características. Os modelos de ginástica alemão, francês e sueco influenciaram, significativamente, dife- rentes contextos, inclusive no Brasil. Essa in- fluência foi percebida nos treinamentos, nas paradas militares e no currículo escolar. Figura 7 – Cena de uma companhia circense do mundo contemporâneo que integra ele- mentos da Cultura de Movimento. ©RayMassey/Stone/GettyImages Figura 8 – Exercícios de ginástica sueca. ©Bettmann/Corbis/Latinstock Na perspectiva de contrapor-se aos mo- delos esportivos, fundamentam-se os princí- pios da ginástica geral (GG) de participação e criatividade de todos. Nesse aspecto, a GG coloca-se em oposição à ginástica competi- tiva, sendo conhecida como ginástica para todos, independentemente do nível técnico, caracterizando-se pela diversidade de pos- sibilidades garantidas aos participantes, in- clusive àqueles com deficiência: faixa etária, gênero, uso ou não de materiais, característi- cas pessoais e interpessoais etc. Ayoub (2003, p. 71), membro do Grupo de Pesquisa em Ginástica da Unicamp (GPG), entende que a GG é uma “manifestação da Gi- nástica que engloba as diferentes modalidades gímnicas sem se restringir a nenhuma delas”. A GG está organizada, segundo a instituição internacional, em três grupos de atividades que atendem a ampla diversidade de possibilidades associadas à dança e ginástica, aos exercícios com aparelhos e aos jogos. No primeiro gru- po, estão as várias modalidades de ginástica contemporâneas, diferentes estilos de dança, teatro e manifestações da cultura de cada país; no segundo, ginástica com aparelhos e sobre aparelhos, trampolim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas; no terceiro, jogos com carac- terísticas sociais e esportivas. Figura 9 – Aula de ginástica na escola naval soviética, 1965. ©BobThomas/Popperfoto/GettyImages
  • 31. 30 Paralelo entre ginástica geral e as ginásticas de competição Ginástica geral Ginásticas de competição Abrangente: número ilimitado de participantes. Seletivas: limitado número de participantes. Não existem regras rígidas preestabelecidas. Regras rígidas preestabelecidas. Caminha no sentido da ampliação (da parti- cipação). Caminham no sentido da especialização. Comparação informal: não há vencedores. Comparação formal, classificatória e definida por pontos: busca-se um vencedor. Visa, sobretudo, ao prazer e ao entretenimento. Visam, sobretudo, à vitória. Quadro 2. Adaptado de: AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 68. A GG configura-se, atualmente, como uma modalidade da ginástica cujo enfoque é a participação de todos e que traz o ques- tionamento, por meio de símbolos e códigos próprios, à ginástica de competição. Retomando a expressão citada no início da apresentação deste tema, “De pernas para o ar”, a GG permite uma ressignificação da ginástica no cotidiano das aulas de Educação Física. Os princípios da GG contrapõem-se aos estereótipos presentes nas modalidades de ginástica esportiva, pois enaltecem o gesto gímnico, lúdico e prazeroso dos participantes. ©GrupoGinásticoUnicamp Figura 10 – GG: paraquedas – materiais não convencionais. Figura 11 – GG: utilização de materiais não convencionais (Grupo Ginástico Unicamp). Figura 12 – GG: apresentação com roda ginástica, 1934. Figura 13 – GG: criatividade de movimentos e uso de materiais alternativos (Grupo Ginástico Unicamp). ©GrupoGinásticoUnicamp ©FPG/HultonArchive/GettyImages ©PauloManzi
  • 32. 31 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 COMPREENDENDO AS CARACTERÍSTICAS DA GINÁSTICA Após as vivências nas Situações de Aprendi- zagem 1 e 2, os alunos devem ter percebido o le- que de possibilidades de movimentos atribuído à GR como modalidade esportiva. A GR ca- racteriza-se pela prática de movimentos com aparelhos baseados nos critérios estabelecidos num Código de Pontuação, referência para a avaliação nas competições. A GG, cujo enfoque não é voltado para a competição, mas para a participação, devido à criação de movimentos e à elaboração de inúmeras propostas com mate- riais não convencionais, ritmos, número de par- ticipantes etc. Esperamos garantir aos alunos a compreensãodouniversogímnico.Paraisso,eles serão desafiados a identificar e a compreender a presença de alguns elementos característicos da GR que constituem a GG como modalidade gí- mnica de participação não competitiva. Conteúdo e temas: diferenças entre modalidades gímnicas esportivas e uma modalidade gím- nica de participação. Competências e habilidades: identificar e reconhecer os movimentos característicos de moda- lidades gímnicas esportivas e de modalidades gímnicas de participação. Sugestão de recursos: rádio, CDs, aparelhos oficiais de GR ou adaptados, pátio, quadra, gra- mado, colchonetes (dependendo do circuito elaborado pelo professor). Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 3 Etapa 1 – O mestre mandou! Organize os alunos em grupos e solicite que apresentem oralmente ou por escrito uma lis- ta de critérios possíveis que diferenciem uma modalidade gímnica esportiva de uma moda- lidade gímnica participativa. Procure garantir as justificativas para os critérios apresentados. Na sequência, solicite que permaneçam em grupos e realizem alguns exercícios em um cir- cuito de estações, previamente numeradas e com tempo rigorosamente estabelecido (elabore o circuito e não consulte os alunos). Por exemplo: 1. Rolamentos para a frente e para trás. 2. Saltos com e sem afastamento de pernas. 3. Saltos com e sem elevação de braços. 4. Andar sobre cordas ou bancos sem perder o equilíbrio. 5. Lançamentos e recuperação de bolas e ar- cos sem deixá-los cair no chão etc. Pode-se utilizar música, desde que seja escolha do professor e não do grupo de alunos. Se possível, registre as imagens do circuito. Etapa 2 – Agora é a vez de os alunos questionarem o mestre Organize os alunos novamente em grupos e solicite que registrem as dificuldades e faci- lidades encontradas na realização das tarefas nas diferentes estações do circuito. Sugira que cada grupo organize uma ficha com as seguintes informações:
  • 33. 32 Estação Dificuldades Facilidades Sugestões 1. 2. 3. 4. 5. De posse dessas informações, peça aos alu- nos que identifiquem aspectos que diferenciam as modalidades gímnicas esportivas de com- petição das de participação. Alguns aspectos podem orientar os alunos a diferenciá-las: o nú- mero de participantes ou as regras predefinidas pelo professor ou discutidas e elaboradas con- juntamente entre professor e alunos. Ou, ainda, se eles priorizam os vencedores ou o prazer da participação, se permitem a criação de movi- mentos (ampliação das possibilidades de movi- mentos) ou determinam aqueles que devem ser realizados (especialização de movimentos) etc. Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações apresentadas nas atividades da se- ção “Para começo de conversa”, no Caderno do Aluno. Acabamos de apresentar uma série de ha- bilidades desenvolvidas por artistas circenses, comparando-as com as habilidades da GR. No passado, porém, havia muito preconceito em relação às práticas circenses. As sociedades eram pautadas por princípios rígidos de disciplina, ordem, retidão e moral, e a ginástica era um elemento cultural que represen- tava esses princípios. Atividades não produtivas, que envolvessem o mundo do entretenimento, nas quais o corpo era o centro – tal como aconte- ce no circo –, eram pouco valorizadas e iam con- tra os preceitos sociais e educacionais da época. A ginástica evoluiu muito ao longo de sua história. No século XIX, na Europa, ocorre- ram os principais movimentos de sistematização dessa prática, surgindo diferentes modelos de ginástica (alemão, francês e sueco). Esses mode- los influenciaram tanto os treinamentos como os currículos (programas) de Educação Física no Brasil e no mundo. Só para exemplificar, po- demos citar, dentre os vários grupos brasileiros de ginástica geral (GG), o Grupo Ginástico da Unicamp (GGU), em Campinas (SP). A ginástica geral (GG) é uma manifesta- ção que surgiu para se contrapor à ginástica de competição. Ela se baseia no princípio da criatividade e da participação de todos, in- dependentemente das habilidades e do nível técnico dos participantes. Ela mescla diferen- tes modalidades da ginástica, permitindo a participação de pessoas de diferentes idades, homens e mulheres, com ou sem deficiência, o uso ou não de aparelhos, trabalhos indivi- duais ou em grupo, enfim, uma diversidade muito grande de possibilidades. A GG tem três grandes grupos de mani- festações – veja se você se identifica com al- gum deles: a) diferentes modalidades de ginástica contemporânea (aeróbica, por exem- plo), estilos de dança, teatro e manifes- tações da cultura de cada país; b) ginástica com e sobre aparelhos, trampo- lim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas; c) jogos com características sociais e es- portivas. A GG é ginástica de participação, portan- to, o objetivo é “participar”. Com os seus colegas, identifique as carac- terísticas da ginástica competitiva e da GG. 1. Coloque entre os parênteses C quando a característica for da ginástica competitiva, ou G quando for da ginástica geral:
  • 34. 33 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 ( C ) Regras rígidas preestabelecidas. ( G ) Não há vencedor. ( G ) Visa, acima de tudo, ao prazer. ( C ) Busca um vencedor. ( G ) Número ilimitado de participantes. ( C ) Busca a especialização. 2. Escreva no espaço correspondente se a ima- gem se refere à ginástica geral ou à ginástica competitiva. a) ©AdrianNeal/Stone/GettyImages b) ©Photos.com/Latinstock Ginástica geral. c) ©AndrzejGorzkowski Photography/Alamy/GlowImages Ginástica geral. Ginástica competitiva. d) ©GlowImages Ginástica competitiva. Etapa 3 – Professor e alunos: elaborando movimentos possíveis para todos Nesta etapa, professor e alunos reorganiza- rão a Etapa 1. A seguir, os alunos, em grupos, proporão (a partir das sugestões apresentadas no quadro da Etapa 2) outras possibilidades de movimentos, considerando também adap- tações para alunos com deficiência. Professor, coordene a pesquisa com os alunos, organizados em grupos, sobre possibilidades de movimentos, apresentadas na se- ção “Pesquisa em grupo”, no Caderno do Aluno. Como vimos, a GG é uma prática da Cul- tura de Movimento que se caracteriza por diferentes situações, em que o importante é a criatividade e a participação. Ela visa à reali- zação de movimentos prazerosos e adequados a pessoas de diferentes idades e interesses, com ou sem deficiência. A seguir, apresentamos quatro características que podem ser encontradas em aparelhos utiliza- dos na GG. Se possível, cole uma ilustração de cada um deles. Com seu grupo, pesquise em re- vistas, sites e jornais para encontrar uma imagem correspondente. Discuta com seus colegas e regis- tre pelo menos dois movimentos que podem ser realizados e associados com os aparelhos (obje- tos) escolhidos e incluídos em uma apresentação de GG. Pesquise possibilidades de movimento. Você também pode valer-se de ideias discutidas neste e em outros Cadernos. Mãos à obra!
  • 35. 34 1. De lançamento: permite realizar movimen- tos de lançar e receber. Exemplo: bolinhas. 2. De equilíbrio: permite realizar movimen- tos equilibrando objetos. Exemplos: cadeiras, garrafões, bastões etc. 3. De giro (giroscópio): permite manter um ou dois objetos girando o tempo todo de diferentes formas. Na Situação de Aprendizagem 3, os alunos tiveram seus movimentos “controlados” pelo professor. Nesta Situação de Aprendizagem, a intenção é desafiá-los a pensar em movimen- tos e composições coletivas, presentes em ou- tras manifestações da Cultura de Movimento, Exemplos: diabolô, maças etc. 4. De contato: permite manipular um ou mais objetos sem perder o contato com o corpo. Exemplos: bolas de diferentes tamanhos, chapéus etc. Professor, as quatro características dos aparelhos serão elen- cadas na Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras manifesta- ções da Cultura de Movimento, que se encontra na Situação de Aprendizagem 4. Os exemplos não foram mencionados no Caderno do Aluno, assim você terá possibilidade de am- pliar e aprofundar as discussões com os alunos. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 A GG E OUTRAS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA DE MOVIMENTO que visem à participação e à satisfação dos interesses e desejos de todos. Os alunos serão estimulados a perceber que algumas modali- dades gímnicas esportivas têm certo rigor e foram, ao longo da história, sendo ressignifi- cadas e (re)contextualizadas. Conteúdo e temas: a GG como modalidade gímnica de participação e criatividade coletiva; princípio da inclusão na GG. Competências e habilidades: identificar e reconhecer movimentos presentes em diferentes ma- nifestações da Cultura de Movimento para atribuir significado à GG; perceber e criar mo- vimentos conforme os desejos, os interesses, as necessidades e características de cada grupo. Sugestão de recursos: os materiais e espaços dependerão da escolha, criatividade e necessidades apresentadas pelos alunos e das condições da escola. No entanto, são sugeridos alguns materiais não convencionais que podem ser utilizados: caixas de papelão, garrafas PET, engradados de refrigerante, lençol, toalhas, bolas de praia, chapéus, latas, baldes, bambus, escadas, espaguete de natação, pneus, garrafões de água, cabos de vassoura, boias de praia, bicicleta, patins, skate, monociclo, banco sueco, cadeiras, mesas etc. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 4 Etapa 1 – Reconhecendo a GG em outras manifestações da Cultura de Movimento Selecione com antecedência ou solicite aos alunos imagens de diferentes manifestações da Cultura de Movimento que sejam signifi- cativas, como: acrobacias no futebol, movi- mentos que lembram a dança no basquetebol, crianças, adolescentes, adultos e idosos em situações de jogo, brincadeira, dança, luta, ca- poeira, circo e cenas do cotidiano (equilíbrios, malabarismos, saltos, acrobacias com bicicle- tas, patins, skate etc.).
  • 36. 35 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Figura 15 – Situação de trabalho com bolas. ©Evans/HultonArchive/GettyImages Figura 16 – GG: equilíbrio. ©RobinLaurance/Look/Latinstock Figura 14 – GG: com bola. ©FoxPhotos/HultonArchive/GettyImages Solicite também que pesquisem e selecio- nem diferentes objetos, como uma bola de basquete em uma coreografia de dança, vesti- mentas inusitadas para uma roda de capoeira, coreografias com bolas de praia, cabos de vas- soura ou bambus para serem equilibrados, bal- des ou caixas de papelão como instrumentos de percussão etc. As imagens e os objetos escolhidos devem ser apresentados pelos alunos e as escolhas, justificadas.
  • 37. 36 Professor, solicite aos alunos que analisem as imagens e que, em se- guida, completem o quadro da se- ção “Lição de casa”, no Caderno do Aluno. Imagem Características da GG 1. ©StephenStickler/The ImageBank/GettyImages 2. ©DynamicGraphics/LiquidLibrary/Latinstock O aluno poderá completar este quadro de forma variada. Entretan- to, as respostas devem estar relacionadas aos seguintes aspectos ge- rais da GG: número ilimitado de participantes; sem regras rígidas; a ampliação das experiências de movimentos; pelo prazer; sem ven- cedores; espetáculo ou demonstração. Além disso, pode pertencer aos três grandes grupos das atividades: a) Várias modalidades de ginástica contemporânea, diferentes esti- los de dança, teatro e manifestações da cultura de cada país. b) Ginástica com e sobre aparelhos, trampolim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas. c) Jogos com características sociais e esportivas. Algumas possibilidades de respostas: Figura 1: Manifestação cultural; prazer; acrobacia; sem regras rígidas. Figura 2: Acrobacia; uso de aparelhos e música; sem regras rígidas; amplia- ção das experiências; prazer; espetáculo ou demonstração. Etapa 2 – O espetáculo... Preparando la grande première Procure saber quantos alunos conhecem um circo, peça comentários a respeito. Depois, pergunte se as escolhas feitas na etapa anterior podem servir para elaborar uma apresentação do estilo circense. As apresentações no circo têm alguma seme- lhança com outros elementos da Cultura de Movimento? Como são elaborados os números apresenta- dos aos espectadores? Há músicas nas apresentações? Números com dança? Acrobacias? Quais são os movimentos característicos pre- sentes nas atividades circenses que podem ser associados a outras manifestações? Feitas as escolhas, motive os alunos a criar coreografias que constituirão um festival de ginástica geral cujo tema será o circo. A cria- tividade na elaboração dos números permitirá Analise as imagens a seguir e apresente pelo menos duas características da GG que aparecem em cada uma delas, registrando-as no espaço correspondente.
  • 38. 37 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 que os desejos e as necessidades mencionados na Etapa 1 sejam contemplados. Etapa 3 – Festival de GR: o grande circo! Esperamos que as etapas anteriores tenham permitido aos alunos compreender a rique- za de possibilidades presentes na Cultura de Movimento, especificamente na ginástica. Na etapa anterior, os alunos fizeram es- colhas de movimentos, gestos e materiais convencionais e não convencionais. Nesta eta- pa, é necessário que o professor coloque-se como um mediador e facilitador das escolhas para que os alunos criem, elaborem e apre- ciem os números uns dos outros. As apresentações e participações podem ser feitas individualmente ou em grupo. Esse critério deve ser discutido com os alunos. O importante é que todos participem de alguma maneira, seja na confecção do figurino, orga- nização das coreografias, seleção dos materiais ou divulgação do festival na escola. O envolvi- mento subjetivo dos alunos é muito importante, pois permitirá que compreendam as dife- rentes possibilidades de expressão presentes na GG. Cada movimento realizado lhes permitirá manifestar seus gestos e movimentos próprios. Como a apresentação terá o formato de um festival, é importante que alguns detalhes sejam discutidos previamente com os alunos, como o tempo de apresentação de cada grupo, os res- ponsáveis pelo equipamento de som etc. Se pos- sível, solicite a ajuda de alunos de outras turmas, convide familiares dos alunos e/ou outras tur- mas da escola para participar das apresentações. O tema sugerido nesta etapa foi o circo, porque tem relação direta com o processo his- tórico de desenvolvimento da ginástica e ser parte integrante da Cultura de Movimento. Os materiais e os espaços utilizados de- penderão da escolha, da criatividade e das necessidades apresentadas pelos alunos, assim como das condições da escola. Professor, solicite aos alunos que assinalem as informações com V ou F, presente na seção “Você aprendeu?”, no Caderno do Aluno. 1. Assinale as informações com V (verdadei- ra) ou F (falsa). a) A GG é uma competição em que os parti- cipantes procuram alcançar a vitória. ( F ) b) As atividades da GG podem incluir aparelhos utilizados na GR e também nas atividades circenses. ( V ) c) A GG visa à participação de todos, inde- pendentemente de idade, gênero e habili- dade. ( V ) d) Existem três categorias de GG: infantil, juvenil e adulto. ( F ) e) As apresentações de GG podem incluir diferentes modalidades de ginástica, dan- ça, teatro, utilizar aparelhos ou não. ( V ) f) A GG tem uma categoria de participação somente para pessoas com deficiência. ( F ) ATIVIDADE AVALIADORA Na GG, como a participação, a criativi- dade e o envolvimento de todos são o en- foque principal, sugerimos que a avaliação seja feita no formato de autoavaliação pelos próprios alunos. O professor pode apresen- tar uma ficha com critérios para autoavalia- ção aos grupos e solicitar que avaliem suas condutas individuais e coletivas.
  • 39. 38 A ficha poderá conter as seguintes informações: Critérios para autoavaliação Nome dos alunos/ grupos Comentários Sugestões Participação efetiva (alu- nos presentes participando efetivamente das Situações de Aprendizagem) Envolvimento subjetivo (envolvimento a partir das propostas sugeridas: individuais e coletivas) Condutas colaborativas (colaboração nas etapas propostas) Compreensão e elaboração de conceitos (percepção e entendimento das diferen- ças entre as diversas moda- lidades de ginástica) Dificuldades e facilidades encontradas nas várias etapas das Situações de Aprendizagem Quadro 3. Fonte: Adaptado de SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo no contexto da Educação Física na escola. In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 120-121. Coleção Sala de Leitura – 2a reimpressão, 2011.
  • 40. 39 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações ©DigitalVision/GettyImages ©RickBarrentine/Corbis/Latinstock ©ScottCamazine/Photoresearchers/Latinstock Pés Pélvis/Quadril  apresentadas no “Aprendendo a aprender”, no Caderno do Aluno. Balança mas não cai! Você já parou para pensar como o nosso corpo é engenhoso e como somos bons equi- libristas? Já reparou em uma criança que está começando a andar? Quantas vezes ela cai e levanta até conseguir ficar em pé, andar, correr e pular? Pois é, nossa luta é constante para manter o equilíbrio. Só que não percebemos o esforço que o corpo faz para vencer uma força externa que chamamos de força da gravidade. Imagine uma casa. Nosso corpo é como uma construção que tem uma base (alicerce) sobre a qual se coloca todo o edifício. Continue imaginando uma casa construída sobre pa- lafitas (estacas), dessas que encontramos à beira de rios ou de praias. Nosso corpo é como uma casa dessas: colocado sobre duas palafitas chamadas membros inferiores, apoiados so- bre os pés, como na imagem da direita, a seguir. Os pés são a base de sustentação do corpo. O que une os membros inferiores chama-se pélvis, que é a nossa segunda base. Experi- mente movimentar o quadril para os lados, para trás e para a frente, e perceba que essa base não é fixa. Usamos muitos desses movimentos quando sambamos, por exemplo. Ora, tudo que está acima de cada uma dessas bases fica equilibrado sobre ela. E, quanto maior a base, mais fácil se torna a manutenção do equilíbrio. Agora, se uma peça estiver desalinhada, o resto vai se acomodar fora de posição também. Você já tentou fazer um castelo de cartas? Então, experimente. Você entenderá o princípio do
  • 41. 40 equilíbrio e das peças que ficam acima da base. Faça um castelo de cartas com várias cartas embaixo e outro com poucas cartas, e veja o que acontece em cada um deles. Nosso corpo também funciona assim. Se a base é larga, temos mais equilíbrio. Se a base é mais estreita, a capacidade de se equilibrar é menor. Agora, analise as imagens que foram feitas sobre uma superfície de vidro que serviu de apoio para os bebês. Em qual das imagens o bebê tem mais apoios? Será que ele tem mais equilíbrio onde há mais ou menos apoios? Experimente executar as mesmas posições e reflita: Você teria mais apoio na posição da imagem da direita ou da esquerda? Por quê? Na imagem da esquerda, porque a superfície de apoio é maior (pernas e mãos). Na imagem à direita, só há apoio nos pés e nas mãos. Experimente deitar, depois sentar, ajoelhar, colocar-se em pé e, por fim, ficar sobre um pé, apenas. Qual é a posição mais fácil para se manter? Em qual dessas posições você balança mais e tem maior tendência para se desequilibrar? Provavelmente, você se sentiu mais confor- tável deitado, não é? E a mais difícil deve ter sido ficar sobre um pé só. Lembre-se de que você deve procurar ampliar a sua base de sustentação em tudo que fizer para ter mais equilíbrio. ©CliveStreeter/DorlingKindersley/GettyImages ©LawrenceManning/Corbis/Latinstock ©Purestock/Thinkstock/GettyImages ©Purestock/Thinkstock/GettyImages
  • 42. 41 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO Durante o percurso pelas várias etapas das Situações de Aprendizagem, alguns alu- nos poderão não apreender os conteúdos nem desenvolver as habilidades da forma espe- rada. É necessário, então, elaborar outras Situações de Aprendizagem em que o tema Ginástica possa ser problematizado. Essas atividades devem ser diferentes, de prefe- rência, daquelas que geraram dificuldade para os alunos. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, envolver todos os alunos ou ape- nas aqueles que apresentaram dificuldades. Por exemplo: pesquisa de imagens de diferentes elemen- tos da Cultura de Movimento associadas aos gestos característicos da ginástica; pesquisa sobre as diversas modalidades de ginástica esportiva. Professor, nesse momento, responda com os alunos as questões apresentadas na seção “Desafio!”, no Caderno do Aluno. Desafio! O enigma da esfinge Você já ouviu falar no enigma da esfinge? A esfinge é um ser da mitologia grega que possui cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Há uma lenda em que a esfinge pergunta a Édipo: “Qual é o animal que pela manhã possui quatro pernas, duas pela tarde e três pernas ao anoitecer?” Procure a resposta na internet, buscando por mitologia, ou pelo enigma da esfinge. Você pode também perguntar a seu professor. Descubra por que a esfinge fez essa pergunta e o que Édipo respondeu. ©ScottGilchrist/RadiusImages/Latinstock ©TheBridgemanArtLibrary/Keystone Jean Auguste Dominique Ingres. Édipo expõe o enigma da Esfinge, 1808. Óleo sobre tela, 189 cm 3 144 cm. Museu do Louvre, Paris.
  • 43. 42 O ser humano. O ser humano engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta e usa uma bengala quando se torna idoso. Pela manhã: infância – geralmente o bebê engatinha ou anda em quatro ou seis apoios porque ainda não consegue ficar de pé. O bebê é dependente e indefeso. Fase inicial da vida. À tarde: adulto – já anda por conta própria, toma decisões, tem força, é autossuficiente. Período intermediário da vida. Ao anoitecer: velhice – fase de declínio, na qual o ser humano vai perdendo capacidades, como a força e a precisão dos movi- mentos. Muitos tornam-se dependentes e acabam precisando de ajuda de outras pessoas, bengalas ou cadeiras de rodas para se locomoverem. RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA Livros AYOUB, Eliana. Ginástica geral e educação fí- sica escolar. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. A partir dos diferentes contextos de de- senvolvimento da ginástica, a autora apresen- ta a concepção da ginástica geral no Brasil e no mundo, apontando para a necessidade de se incluir a ginástica geral no cotidiano das aulas de Educação Física. BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Introdu- ção à pedagogia das atividades circenses. Jun- diaí: Fontoura, 2008, v. 1. O autor apresenta várias possibilidades para incluir as atividades circenses no contexto das aulas de Educação Física, aproximando-as da GG. BORTOLETO, Marco A. C. (Org.). Intro- dução à pedagogia das atividades circenses. Jundiaí: Fontoura, 2010, v. 2. Nesse volume, o autor traz novas possibilidades de tratar o elemento cultural circo nas aulas de Educa- ção Física, permitindo ao professor a liber- dade de fazer associações com a GG. CASTELLANI FILHO, Lino et alii. Me- todologia de ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 2009. Nesta versão revisada e ampliada, os autores discutem e apresentam a necessidade de a Educação Física ser tratada no cotidiano escolar sob o viés de um projeto polí- tico-pedagógico capaz de sustentar e legitimar o conteúdohistóricodedeterminadasmodalidades esportivas, como a capoeira e a arte circense. KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física. Unijuí: Editora Unijuí, 2005. (3 v.) Os livros contêm uma sequência de possibilidades de temáticas inovadoras sob uma perspectiva crí- tica e emancipatória. PAOLIELLO, Elizabeth (Org.). Ginástica ge- ral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte Editora, 2008. A autora faz um panorama da GG de forma reflexiva baseada na experiência. SANCHES NETO, Luiz. A brincadeira e o jogo no contexto da Educação Física na escola. In: SCARPATO, Marta (Org.). Educação Física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 109-130. Coleção Sala de Leitura – 2a reimpressão, 2011. Neste capítulo, o autor apresenta critérios que permitem avaliar as condutas dos alunos em diferentes situações do cotidiano das aulas de Educação Física. SOARES, Carmen Lúcia. Imagens da educa- ção no corpo: um estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores
  • 44. 43 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Associados, 1998. Contextualizando os mode- los ginásticos, a autora aponta as contradições, os usos e os costumes do corpo/movimento/gi- nástica, por meio de imagens que marcaram a forma de conceber a educação. VENÂNCIO, L.; CARREIRO, E. A. Ginásti- ca. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 232-233. Neste capítulo, os autores apresentam infor- mações gerais sobre o desenvolvimento da gi- nástica, desde possibilidades para o tratamento do tema no cotidiano escolar a um quadro com as características e os representantes dos movi- mentos ginásticos europeus. Artigos BARONI, José Francisco. Arte circense: a ma- gia e o encantamento dentro e fora das lonas. Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 9. n. 1, p. 81-99, jan./jun. 2006. Disponível em: <http:// boletimef.org/biblioteca/1443/Arte-circense- a-magia-e-o-encantamento-dentro-e-fora-das- lonas>. Acesso em: 11 nov. 2013. O autor apre- senta uma discussão sobre a arte circense em diferentes contextos históricos, circo tradicional e contemporâneo, além de possibilidades de in- clusão do tema no cotidiano escolar. DUPRAT, Rodrigo M.; BORTOLETO, Marco Antônio C. Educação Física esco- lar: pedagogia e didática das artes circenses. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 28, n. 2, p. 171-189. 2007. Disponível em:<http://www.artigocientifico. com.br/uploads/artc_1236805785_69.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2013. Os autores apre- sentam possibilidades de tratar o circo como conteúdo da Educação Física na escola. ONTAÑÓN, Teresa; DUPRAT, Rodrigo; BORTOLETO, Marco A. Educação Física e atividades circenses: “o estado da arte”. Mo- vimento, Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 149-168, abr./jun., 2012. Disponível em: <http://seer. ufrgs.br/Movimento/article/view/22960>. Acesso em: 7 abr. 2014. O artigo descreve a relação entre atividades circenses e educação física por meio de extensa revisão bibliográfi- ca nacional e internacional. Sites Confederação de Ginástica Brasileira (CGB). Disponível em: <http://cbginastica.com.br/>. Acesso em: 7 abr. 2014. O site contém infor- mações de festivais e eventos da GG em dife- rentes regiões do país. Federação Internacional de Ginástica (FIG). Disponível em: <https://www.fig-gymnastics. com/site/>. Acesso em: 7 abr. 2014. Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF-Uni- camp). Disponível em: <http://www.fef.uni camp.br/fef/posgraduacao/gruposdepesquisa/ gpg/apresentacao>. Acesso em: 11 nov. 2013. O site contém base de dados com indicação de livros, teses e dissertações relacionadas à GG. Grupo Ginástico Unicamp (GGU). Disponível em: <http://www.ggu.com.br>. Acesso em: 11 nov. 2013. O site contém, além dos dados relacionados à origem e dos objetivos do gru- po, imagens de apresentações de GG, notícias relacionadas ao grupo de GG e links com ou- tras instituições universitárias, confederações e federações de ginástica.
  • 45. 44 TEMA 3 – ESPORTE – MODALIDADE COLETIVA: VOLEIBOL O voleibol foi criado pelo estadunidense William G. Morgan, em 1895, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Mo- ços (ACM). Naquela época, o principal espor- te nos Estados Unidos, o basquetebol, estava em crescente difusão, especialmente entre os jovens. Entre as pessoas mais velhas, era con- siderado um jogo cansativo, em razão de sua dinâmica. Foi como uma alternativa ao bas- quetebol que Morgan idealizou um jogo que exigiria menos esforço e nenhum contato físico entre seus praticantes, atendendo, assim, ao pú- blico mais velho. Para limitar os deslocamen- tos, Morgan empregou uma rede semelhante à de tênis, com uma altura aproximada de 1,90 metro, sobre a qual uma bola feita com a câma- ra da bola de basquetebol seria rebatida entre duas equipes. Logo o voleibol começou a ganhar adeptos, sendo difundido e introduzido em outros países. O Canadá foi o primeiro a receber o novo espor- te, em 1900. Posteriormente, passou a ser prati- cado em outras nações, como Cuba, Filipinas, Japão, Porto Rico, Peru e Uruguai. No Brasil, fontes oficiais indicam que o voleibol foi introdu- zido entre 1915 e 1917 pela ACM. Atualmente, nosso país ocupa posição de des- taque nesse esporte como uma das maiores po- tências tanto do vôlei de quadra como do vôlei de praia (variação do jogo de quadra, em que a equipe é formada por uma dupla). No masculi- no, o Brasil tem várias medalhas olímpicas e ini- ciou sua trajetória vitoriosa na Liga Mundial em 1993. De 2001 a 2007 disputou todas as finais, sendo vice-campeão em 2002 e 4º colocado em 2008. Em 2009 e 2010, conquistou, novamente, o 1o lugar,acumulandonovetítulosetornando-seo país que mais venceu a Liga Mundial. Em 2011 e 2013 foi vice-campeão da competição. No feminino, os resultados alcançados pelo país também têm sido expressivos: as jogado- ras brasileiras são bicampeãs olímpicas (2008 e 2012), além de possuírem nove títulos do Grand Prix (até o ano de 2013), competição anual criada em 1993. As modalidades esportivas coletivas reunidas no Currículo de Educação Física foram agrupa- das e compreendidas a partir da categoria Es- porte Coletivo, que reúne o futsal, o handebol, o basquetebol, o voleibol, o futebol de campo, en- tre outras. As modalidades coletivas foram estru- turadas com base em algumas semelhanças: em todas, duas equipes disputam um implemento (a bola), criando táticas para levá-lo a um alvo, enquanto devem proteger o próprio alvo das in- vestidas da equipe adversária. O voleibol, porém, apresenta algumas variações em relação ao alvo, à circulação de bola e à marcação. As Situações de Aprendizagem e as ati- vidades propostas para o voleibol seguem os níveis de relação propostos por Garganta (1995), sempre vinculados aos seis princípios operacionais descritos por Bayer (1994), divi- dindo-os em ataque e defesa. Em situação de ataque: conservação da posse de bola; progressão da bola e da equipe em direção ao alvo adversário; finalização em direção ao alvo. Em situação de defesa: recuperação da posse de bola; contenção da bola e da equipe adversária em direção ao próprio alvo; proteção do alvo. Em função de o voleibol ter uma estrutura diferente em sua dinâmica de jogo (a noção de alvo e a presença de uma rede que estabelece e delimita, claramente, os campos de defesa e de ataque, e o não contato físico entre as equipes), adaptaremos a proposta de Bayer.
  • 46. 45 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 Enquanto nas outras modalidades a conser- vação da posse de bola é ilimitada (futsal, han- debol etc.) ou limitada por um tempo (basquete- bol), no voleibol a posse de bola é limitada pelo número máximo de passes que a equipe pode efetuar (três). Isso muda a dinâmica do jogo e, portanto, a forma de ensiná-lo aos alunos. O uso da rede faz as equipes não invadirem a quadra do adversário, o que estabelece uma relação de não contato físico com o adversário. Com isso, a recuperação da bola nunca é efetuada por meio de uma interceptação de um passe, já que nesse momento a equipe adversária assiste ao desen- volvimento da jogada de ataque do adversário. Assim, a recuperação da bola acontece por ação de bloqueio ou defesa da equipe que está sem a posse de bola ou por erro do adversário (no pas- se ou ao desperdiçar o ataque). Nessa modalidade, diferenciam-se tam- bém tanto a progressão da bola e da equipe em direção ao alvo adversário como a con- tenção da bola e da equipe adversária em direção ao próprio alvo. O alvo pode ser a quadra e o próprio oponente, pois marcam- -se pontos se a bola cair dentro da quadra adversária ou se, após uma ação de ataque, a bola tocar no adversário e cair em qual- quer parte da quadra de defesa dessa equipe (seja dentro, seja fora da quadra). Portanto, o alvo não se limita à cesta, como no bas- quetebol, ou à meta, como no futsal e no handebol. Toda a quadra pode ser o alvo, o que exige uma distribuição atenta dos joga- dores. Como não pode haver invasão do ter- ritório ocupado pela outra equipe (salvo em algumas situações), resta ao time que está sem a bola posicionar-se bem e executar o bloqueio ou a defesa para tentar recuperar sua posse. Figura 17 – Voleibol: conservação e recuperação da bola. A manutenção da posse de bola está dire- tamente relacionada com o ataque ao alvo, já que a equipe que está com a bola não pode fazer mais de três passes e, por isso, deve se “livrar” da bola atacando a equipe adver- sária. A proteção do alvo ocorre de maneira diferente na comparação com os demais es- portes coletivos. Embora exista a figura do líbero, cuja função é apenas defender, todos os jogadores devem proteger o alvo, isto é, a quadra e seus companheiros. ©StephaneReix/Photo&Co./Corbis/Latinstock
  • 47. 46 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 O VOLEIBOL JÁ É DO CONHECIMENTO DE TODOS OS ALUNOS A apresentação do voleibol para os alunos pode ser feita a partir do processo histórico da modalidade, associando-o aos aconteci- mentos atuais. A proposta é desenvolver um entendimento da lógica geral desse jogo a par- tir do vôlei-câmbio. Conteúdo e temas: o surgimento do voleibol: entendimento e construção da modalidade com os alunos. Competências e habilidades: entender a história do voleibol; compreender a estrutura básica da modalidade. Sugestão de recursos: bolas de voleibol; bolas maiores e mais leves; redes de voleibol; canetas e folhas de sulfite. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 5 Etapa 1 – O jogo possível: o vôlei-câmbio Primeiro, trabalhe o processo histórico do voleibol e sua grande repercussão no Brasil atualmente. Depois, procure reconstruir o jogo com a realização do vôlei-câmbio, cuja estrutura se assemelha à do voleibol, a des- peito de os passes serem realizados com a bola dominada e não rebatida. Nessa adap- tação do voleibol, segurar a bola representa a possibilidade concreta de jogá-lo, facili- tando a participação dos alunos, visto que nesta faixa etária é, ainda, difícil executar um passe com precisão. Algumas variações podem ser introduzidas com a finalidade de ir aproximando o vôlei-câmbio do jogo de voleibol, como permitir que se agarre a bola somente na recepção e no primeiro passe, introduzindo-se as rebatidas em seguida; ou utilizar uma bola maior e mais leve, a fim de facilitar as rebatidas. Etapa 2 – Pensando nas estratégias do jogo Solicite aos alunos, em grupos, que elabo- rem estratégias para o jogo de vôlei-câmbio e que as registrem por escrito e/ou com ilustra- ções. Proponha que tentem aplicar as estraté- gias durante os próximos jogos. Depois dessa vivência, analise e discuta com a turma o que foi proposto. Professor, solicite aos alunos que leiam o texto, respondam a alterna- tiva correta e assinalem com V ou F as questões apresentadas na se- ção "Para começo de conversa", no Caderno do Aluno. Bernardinho, José Roberto Guimarães, Giba, Fofão, Gustavo, Paula Pequeno. Você provavelmente já ouviu esses nomes. Eles es- tão ligados a um esporte em que o Brasil é uma potência mundial: o voleibol! Quem vê essas feras na quadra, atacando com tanta velocidade, saltando e bloqueando ou co- mandando equipes de ponta, nem imagina que essa modalidade foi criada nos Estados Unidos para ser uma alternativa ao basque- tebol. Como as pessoas mais velhas acha- vam o basquete muito cansativo, William G. Morgan, em 1895, criou um jogo que, no final do século XIX, exigiria menos esforço dos praticantes. Morgan colocou uma rede, com altura aproximada de 1,90 metro, e utilizou uma
  • 48. 47 Educação Física – 6a série/7o ano – Volume 2 a) II e III. b) I e III. c) II e IV. d) I e IV. 2. As afirmações a seguir referem-se ao vo- leibol. Assinale-as com V (verdadeiro) ou F (falso): a) Numa partida oficial, em cada equipe, são seis jogadores em quadra. ( V ) b) Cada set tem duração de 20 minutos. ( F ) c) Todos os jogadores podem atacar de qualquer ponto da quadra. ( F ) d) Os sets, com exceção do tie break, são de 20 pontos. ( F ) e) O 4 × 2 é um sistema que apresenta dois levantadores e quatro atacantes. ( V ) f) O líbero executa todas as funções, exce- to a de ataque. ( F ) g) O levantador, em hipótese alguma, pode atacar. ( F ) h) A altura da rede para competições mas- culinas adultas é de 2,43 metros. ( V ) i) A altura da rede para competições femi- ninas adultas é de 2,24 metros. ( V ) j) A quadra de voleibol tem 9 metros de lar- gura por 18 metros de comprimento. ( V ) 3. Qual desses jogadores é de voleibol? De quais outros jogadores e/ou jogadoras você já ouviu falar? a) Robinho. b) Murilo. c) Falcão. d) César Cielo. Trata-se de uma resposta pessoal, mas espera-se que os alu- nos saibam os nomes de vários jogadores e jogadoras, brasi- leiros e estrangeiros. 4. Nas imagens a seguir você encontra alguns sinais da arbitragem do voleibol. Preencha o espaço sob cada imagem com o significa- do correspondente. câmara de bola de basquetebol que seria re- batida, por cima da rede, como no tênis, por duas equipes – hoje, a bola, segundo determi- nação da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), deve ter de 65 a 67 centímetros de cir- cunferência e pesar de 260 a 280 gramas. Com a expansão da modalidade nos EUA, logo países como Canadá, Cuba, Japão, Fili- pinas, Porto Rico, Peru e Uruguai aderiram ao esporte. Aqui no Brasil, atribui-se a intro- dução da modalidade à Associação Cristã de Moços (ACM), entre 1915 e 1917. O voleibol é uma modalidade de “frontei- ras definidas”, com uma peculiaridade que os outros esportes coletivos, como handebol, futsal e basquetebol, não têm. Há uma rede bem no meio da quadra delimitando o cam- po de atuação dos times que participam da disputa. Cada um deles defende seu territó- rio. As estratégias utilizadas não se referem à invasão do território oposto (que, aliás, é proibida), como acontece em outras modali- dades, mas sim à arquitetura da jogada, que deve ser construída, coletivamente, no próprio território a partir da colaboração específica dos jogadores. Sob a coordenação do seu professor, você vai vivenciar jogos adaptados como o vôlei- -câmbio, o vôlei no escuro, jogos reduzidos e o jogo formal. Antes disso, vamos conferir o que você conhece sobre essa modalidade tão prati- cada no nosso país. Discuta com seus colegas as questões: 1. No voleibol, líbero é um jogador: I) que não pode sacar nem bloquear. II) especialista em ataque. III) especialista em defesa. IV) obrigatório em todas as equipes. Estão corretas apenas:
  • 49. 48 a) Autorização para sacar. Tempo. b) Ilustrações:©PauloManzi Mudança de quadra. c) Substituição. d) Professor, nesse momento, faça a leitura com os alunos das considerações apresen- tadas na seção “Você sabia?", no Caderno do Aluno.