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TEXTO 2
“Marta não fala com a Natureza como Valéria,
nem sonha com uma terra verde e florida como Helena.
Marta apenas sente com o seu coração vegetal.
Sente a dor da terra e da água
atravessada de venenos e de lixos.
Sente o nó na garganta pelo ar carregado
de fumos e ácidos que matam até o respirar.
Sente a irresponsabilidade - ou a maldade?
dos homens que trocam a vida pela morte,
a Natureza pelo desejo desmedido de riqueza,
o futuro feliz pelo efémero presente.
Sente o coração dorido, anestesiado pela alienação
de tantos meninos e meninas que, a continuarem assim,
não serão sequer homens e mulheres de amanhã.
Sente e sofre, e sabe que não pode ficar quieta
e calada, alheia de si e do mundo.
Sente e descobre que por si, sozinha,
pode pouco ou nada.
Sente que em Valéria e em Helena
- e em todos os meninos e meninas que amam a vida -
tem aliados para salvar a Natureza.
Sintonizadas no falar, no sonhar e no sentir,
Valéria, Helena e Marta
decidiram fundar um movimento que tem sede
nos gestos e atitudes de cada pessoa bem informada,
com um forte sentido de responsabilidade
relativamente à proteção do meio ambiente,
em toda a sua dimensão humana.
- Este movimento podia ter no nome um desafio.
Podia chamar-se
"Salvem a Natureza"
- propôs Valéria.
Marta, que conhecia Valéria como a palma das suas mãos,
e que também sentia a respiração das palavras, atalhou:
TEXTO 3
⎯ Valéria, talvez queiras dizer antes "Salvemos a Natureza".
− Tens razão! - reconheceu Valéria.
− Não podemos excluir-nos dessa tarefa.
− Fica então assente! - concluiu Helena.
− Somos a semente do movimento
“Salvemos a Natureza”
A semente! - repetiu.
Valéria propôs logo um plano de ação:
− É preciso escrever para as crianças de coração vegetal
que escreverão para as de todos os cantos e recantos do mundo.
Valéria justificou o seu plano, dizendo
que é preciso que todos saibam que a vida
está em perigo e é preciso salvar a vida.
− Eu acredito que quando todas as crianças
souberem, todas se recusarão a continuar os erros
dos homens .... É crucial - repetia - que esta
mensagem chegue ao coração de todos
os meninos e meninas que serão
os homens e as mulheres de amanhã.
Que serão os pais e mães
de novos meninos
e de novas meninas.
Marta sentia que as palavras de Valéria
e a canção de Helena eram encantadoras,
mas era preciso empenhar a alma e o coração
e meter mãos à obra.
Marta partilhou este sentimento
- não será um pensamento? -
com as suas amigas, que concordaram,
e ...
... Puseram -se todas a pensar...,
a p-e-n -s-a-r devagar,
a pensar com as palavras,
a pensar com atenção,
a pensar com os pensamentos de uns e de outros,
a pensar com inteligência e com alma,
a pensar em sintonia com a terra, o mar e o ar,
a pensar com o coração vegetal,
a pensar, a pensar ...
e, depois de tantos pensamentos comuns,
decidiram dar corpo à ideia de Valéria
de escrever uma carta aos meninos e meninas
de todos os cantos e recantos do mundo.

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  • 1. TEXTO 2 “Marta não fala com a Natureza como Valéria, nem sonha com uma terra verde e florida como Helena. Marta apenas sente com o seu coração vegetal. Sente a dor da terra e da água atravessada de venenos e de lixos. Sente o nó na garganta pelo ar carregado de fumos e ácidos que matam até o respirar. Sente a irresponsabilidade - ou a maldade? dos homens que trocam a vida pela morte, a Natureza pelo desejo desmedido de riqueza, o futuro feliz pelo efémero presente. Sente o coração dorido, anestesiado pela alienação de tantos meninos e meninas que, a continuarem assim, não serão sequer homens e mulheres de amanhã. Sente e sofre, e sabe que não pode ficar quieta e calada, alheia de si e do mundo. Sente e descobre que por si, sozinha, pode pouco ou nada. Sente que em Valéria e em Helena - e em todos os meninos e meninas que amam a vida - tem aliados para salvar a Natureza.
  • 2. Sintonizadas no falar, no sonhar e no sentir, Valéria, Helena e Marta decidiram fundar um movimento que tem sede nos gestos e atitudes de cada pessoa bem informada, com um forte sentido de responsabilidade relativamente à proteção do meio ambiente, em toda a sua dimensão humana. - Este movimento podia ter no nome um desafio. Podia chamar-se "Salvem a Natureza" - propôs Valéria. Marta, que conhecia Valéria como a palma das suas mãos, e que também sentia a respiração das palavras, atalhou:
  • 3. TEXTO 3 ⎯ Valéria, talvez queiras dizer antes "Salvemos a Natureza". − Tens razão! - reconheceu Valéria. − Não podemos excluir-nos dessa tarefa. − Fica então assente! - concluiu Helena. − Somos a semente do movimento “Salvemos a Natureza” A semente! - repetiu. Valéria propôs logo um plano de ação: − É preciso escrever para as crianças de coração vegetal que escreverão para as de todos os cantos e recantos do mundo. Valéria justificou o seu plano, dizendo que é preciso que todos saibam que a vida está em perigo e é preciso salvar a vida. − Eu acredito que quando todas as crianças souberem, todas se recusarão a continuar os erros dos homens .... É crucial - repetia - que esta mensagem chegue ao coração de todos os meninos e meninas que serão os homens e as mulheres de amanhã. Que serão os pais e mães de novos meninos e de novas meninas. Marta sentia que as palavras de Valéria e a canção de Helena eram encantadoras, mas era preciso empenhar a alma e o coração e meter mãos à obra. Marta partilhou este sentimento - não será um pensamento? - com as suas amigas, que concordaram,
  • 4. e ... ... Puseram -se todas a pensar..., a p-e-n -s-a-r devagar, a pensar com as palavras, a pensar com atenção, a pensar com os pensamentos de uns e de outros, a pensar com inteligência e com alma, a pensar em sintonia com a terra, o mar e o ar, a pensar com o coração vegetal, a pensar, a pensar ... e, depois de tantos pensamentos comuns, decidiram dar corpo à ideia de Valéria de escrever uma carta aos meninos e meninas de todos os cantos e recantos do mundo.