Este documento discute a lei natural de conservação e os meios dados por Deus para a sobrevivência humana. Apresenta que o instinto de conservação é dado a todos os seres vivos e que a terra fornece o necessário para a vida se o homem souber se contentar apenas com o necessário. Também discute que em situações de escassez extrema, o sacrifício de outros seres humanos para matar a fome constitui crime.
2. Básico II – 6ª Aula – LEIDA CONSERVAÇÃO
• Parte (A) – Instinto de Conservação – Meios de Conservação –
LE 702 a 710
Questionário – (3)
• Parte (B) – Prazeres dos Bens da Terra - Necessário e Supérfluo
– Privações Voluntárias –-Mortificações – LE 711 a 727
• Parte (C) – Provas Voluntárias – Verdadeiro Cilício
ESE, Cap. V, item 26
3. I - INSTINTO DE CONSERVAÇÃO
• LE 702 – O instinto de Conservação também é uma Lei Natural.
Todos os seres vivos o possuem, qualquer que seja o seu grau
de inteligência; em uns é puramente mecânico e noutros é
racional.
• LE 703 – Deus concedeu a todos os seres vivos o instinto de
conservação porque devemos todos colaborar nos desígnios da
Previdência.
• Foi por isso que Deus nos deu a necessidade de viver. Depois, a
vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres; sentimos isso
instintivamente, sem desse fato nos aperceber.
4. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
• LE 704 – Deus dando ao homem a necessidade de viver,
sempre lhe forneceu os meios para isso, e se ele não os
encontra é por falta de compreensão.
• É por isso que faz a terra produzir de maneira a fornecer o
necessário a todos os seus habitantes, pois só o necessário é
útil, o supérfluo jamais o é!
5. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
• LE 705 – A terra nem sempre produz o bastante para fornecer o
necessário ao homem porque ele a negligencia, o ingrato, e no
entanto ela é um excelente mãe.
• Sempre ele acusa a Natureza pelas consequências da sua imperícia
ou da sua imprevidência.
• A terra produziria sempre o necessário, se o homem soubesse
contentar-se. Se ela não supre a todas as necessidades é porque o
homem emprega no supérfluo o que destina ao necessário.
• Vede o árabe no deserto como encontra sempre do que viver; porque
não cria necessidades fictícias. Mas qdo metade dos produtos é
esperdiçada na satisfação de fantasias, deve o homem se admirar de
nada encontrar no dia seguinte e tem razão de lastimar por se achar
desprevenido qdo chega o tempo de escassez?
• Não é a Natureza a imprevidente, é o homem que não sabe regular-
se!
6. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
LE 706 – Como bens da terra devemos entender apenas os produtos
do solo?
- O solo é a fonte primeira de que decorrem todos os demais
recursos, porque estes, em última instância, são apenas uma
transformação dos produtos do solo.
• É por isso que devemos entender pelos bens da terra tudo qto o
homem pode ter prazeres neste mundo.
• LE 707 – Os meios de subsistência faltam sempre a certos
indivíduos, mesmo em meio da abundância que os cerca e este fato
se deve ao egoísmo, pois estes homens nem sempre fazem o q
devem a si mesmos.
• Buscai e achareis; estas palavras não nos dizem que basta olhar a
terra a fim de encontrar o que desejamos, mas que é preciso
procurar com ardor e perseverança, e não com displicência, sem
desânimo pelos obstáculos, q são as provas da nossa constância,
paciência e firmeza. (ver LE 534)
7. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
• Obs. de Kardec pós LE 707
•Se a civilização multiplica as necessidades tb multiplica as fontes de
trabalho e os meios de vida; mas é preciso convir que nesse sentido
ainda muito lhe resta fazer.
• Qdo a civilização tiver feito a sua obra, ninguém poderá dizer q lhe
falte o necessário, a menos q lhe falte por sua própria culpa.
• O mal, para muitos, é viverem uma vida q não é o q a Natureza lhes
traçou; é então q lhes falta a inteligência para vencerem.
• Há para todos um lugar ao sol, mas com a condição de q cada qual
tomar o seu e não o dos outros.
• A Natureza não poderia ser responsável pelos vícios da organização
social e pelas consequências da ambição e do amor próprio.
• Seria preciso ser cego, entretanto, para não se reconhecer o
progresso q nesse sentido têm realizado os povos mais adiantados.
8. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃOII
• Cont.
• Graças aos esforços da Filantropia e da Ciência reunidas, a
melhoria das condições materiais dos homens não para de
progredir, malgrado o crescimento incessante das populações, a
insuficiência da produção é amainada e os anos mais calamitosos
nada têm de comparável aos de bem pouco tempo.
• A higiene pública, tão essencial serviço à energia e à saúde,
desconhecida por nossos pais e avós, é objeto de uma solicitude
esclarecida; o infortúnio e o sofrimento encontram lugares de
refúgio; em todo lugar a Ciência é posta em ação, contribuindo
para o acréscimo do bem estar.
• Não atingimos a perfeição, mas um dia lá chegaremos com
perseverança, se procurarmos agir com bom senso a procurar
alcançar a felicidade nas coisas positivas e sérias e não em utopias
que nos farão recuar em vez de avançar!
9. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
• LE 708 – Há ocasiões em que os meios de subsistência não
dependem absolutamente da vontade dos homens, isso é uma
prova sempre cruel q devemos sofrer e q sabíamos q seriamos
expostos.
• Nosso mérito está na submissão à vontade de Deus, caso a
nossa inteligência não nos dê um modo de sair dessa
dificuldade.
• Se a morte deve nos atingir, deveremos nos submeter, sem
lamentações, pensando que é chegada a hora da verdadeira
liberdade e q o desespero do momento final pode fazer perder
o fruto de nossa resignação!
10. II – MEIOS DE CONSERVAÇÃO
• LE 709 – Aquele que em situações críticas se viram obrigados a
sacrificar os semelhantes para matar a fome, cometeram com
isso um crime?
• Se houve crime, é ele atenuado pela necessidade de viver que o
instinto de conservação lhes dá?
• - Há mais mérito em sofrer todas, as provas com abnegação e
coragem. Há homicídio e crime de lesa natureza, que deve ser
duplamente punido.
• LE 710 – Nos mundos onde a organização é mais apurada os
seres humanos têm necessidade de alimentação, mas estes
alimentos estão em relação com sua natureza.
• Esses alimentos não seriam tão substanciais para estômagos
tão grosseiros como os nossos; do mesmo modo, eles não
poderiam digeri-los!