A casa Dino Zamattaro projetada por Rodrigo Lefèvre em 1970 segue os princípios do Grupo Arquitetura Nova ao utilizar técnicas e materiais tradicionais brasileiros e soluções estruturais inovadoras como abóbadas e volumes para banheiros destacados.
2. RODRIGO LEFÈVRE. Casa Dino Zamattaro
Localização: Rua Hilário Magro Junior, nº 70, Butantã, zona oeste de São Paulo
Ano: 1970
O Arquiteto
Rodrigo Lefèvre nasceu em São Paulo, no dia 9 de fevereiro de 1938. Formou-se arquiteto na FAU-USP,
onde ingressou como aluno em 1957, concluiu o curso em 1961 e no ano seguinte foi admitido como
docente, cargo que ocupou até 1981. Também foi docente da FAU-Santos (1970), do curso de arquitetura
da Faculdade Belas Artes de São Paulo (1982-1984) e da FAU PUC-Campinas (1977-1984).
Formou com Sérgio Ferro e Flávio Império o grupo informal Arquitetura Nova. Desenvolveram uma
arquitetura que se destaca pela crítica a arquitetura brasileira identificada às Escolas Carioca e Paulista,
personalizadas nas figuras de Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas. Essa arquitetura se baseava na
valorização das relações de trabalho presentes no canteiro de obras e, do ponto de vista técnico, se
caracterizava pelas construções em abóbadas realizadas principalmente nas residências e escolas.
De 1973 até sua morte trabalhou no Departamento de Arquitetura da empresa Hidroservice, onde
participou de diversos trabalhos, entre eles destacam-se a sede do DNER em Brasília, o Instituto dos
Ambulatórios do Hospital das Clínicas em São Paulo e do projeto para a instalação de serviços de saúde na
Guiné Bissau (África), onde foi vítima de um acidente automobilístico fatal em 9 de julho de 1984.
3. RODRIGO LEFÈVRE. Casa Dino Zamattaro
A Obra
Seguindo o caráter de outras obras anteriores, a residência em questão tomou partido de
técnicas e materiais da tradição nacional, como o uso da alvenaria.
Além disso, uma forma de cobertura que não a laje plana (como “exigiam” os preceitos da
época) foi adotada. A laje em forma de abóboda foi uma solução eficaz para diminuir custos
e aproveitar da melhor maneira possível a mão de obra, sendo esta última considerado pelo
arquiteto de prima importância na construção arquitetônica.
Na casa Dino Zamattaro, uma novidade que surge em relação às outras construções com
coberturas em abóboda anteriores é a solução de locar os eixos verticais dos banheiros em
dois volumes bem definidos e com uma grande “independência” da cobertura.
É neles também que acontecem os encanamentos, que são destacados pela pintura colorida.
11. FACHADA
Fonte: KOURY, Ana Paula. Grupo Arquitetura Nova – Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio ferro.
São Paulo, Romano Guerra Editora, 2003
12. DETALHES DE ABERTURA DETALHES DE ENCANAMENTO E CAIXILHO
Fonte: KOURY, Ana Paula. Grupo Arquitetura Nova – Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio ferro.
São Paulo, Romano Guerra Editora, 2003
13. Fonte: KOURY, Ana Paula. Grupo Arquitetura Nova – Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio ferro.
São Paulo, Romano Guerra Editora, 2003
14. Fonte: KOURY, Ana Paula. Grupo Arquitetura Nova – Flávio Império, Rodrigo Lefèvre e Sérgio ferro.
São Paulo, Romano Guerra Editora, 2003