O documento descreve as técnicas de calcografia, como talho-doce, ponta-seca, água-forte e maneira negra. Detalha os processos envolvidos em cada uma delas, como a preparação da matriz, aplicação do ácido e impressão. Apresenta também alguns dos principais gravadores como Dürer, Rembrandt e Goya.
2. Técnicas
• Talho-doce – feito com buril
• Ponta-seca
• Água-forte
• Água-tinta
• Maneira negra ou mezzotinta
• Verniz mole
3. • Surge na metade do século XV
(aproximadamente em 1446) – bastante
ligada à atividade do ourives
• Século XVI consolida-se como forma de
expressão em toda a Europa
4. Preparação da matriz
• Realização do bisel
• Chanfradura feita
nas bordas de placa
de metal, para evitar
que na ocasião da
tiragem as arestas
rompam o papel.
• Marca deixada no
papel por essa
chanfradura;
testemunha, vinco.
25. • Termo usado até o século XVII para designar o ácido,
chamado atualmente de nítrico, quando diluído em
água. Por ser usado num dos processos da calcografia,
em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre
uma chapa metálica após a corrosão dos traços do
artista, pelo ácido nítrico, passou a designar, além do
processo, a matriz usada para a impressão da gravura e
a própria gravura, já concluída. O processo se dá a
partir do revestimento da chapa - que pode ser de ferro,
cobre, latão ou zinco - com um verniz de proteção,
seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com
estilete ou outra ferramenta de ponta metálica. Dessa
forma, o desenho aparece onde o verniz foi retirado,
sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido, que
forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo
do mergulho no ácido pode definir tonalidades diferentes
e o processo pode ser repetido inúmeras vezes. O
método da água-forte pode ser combinado com outros
processos de gravura, em particular a ponta seca, mas
difere de todos os outros por ser o único em que a
gravação é feita totalmente pela ação dos ácidos.
42. • Gênero da calcografia no qual o processo de
produção das matrizes é químico, como o da
água-forte, e se dá através da utilização
de alguns líquidos corrosivos. A placa utilizada
pelo gravador é pulverizada ou pintada
com algum tipo de resina - damar, breu, copal,
sandácara - ou por uma mistura de resina
e outro componente - açucar, sal, areia - e
aquecida, de forma que a mistura se funda na
placa, exercendo a mesma função protetora do
verniz. Assim, quando a placa entra em contato
com o ácido, os grãos de açucar ou areia, por
exemplo, produzem uma textura que é
responsável pelo tom acinzentado da obra. Esse
tipo de gravura oferece, como resultado,
um desenho composto de áreas tonais e não
linhas, como a gravação a entalhe.
50. Maneira negra pode ser considerada
como uma técnica derivada da ponta-
seca, pois é um processo de ataque direto
do gravador sobre a matriz. A técnica
consiste em aplicar pequenos furos na
placa formando uma rede fina e
compacta.
Algumas áreas da placa depois são
raspadas e alisadas. O resultado é uma
estampa com fundo escuro e as figuras
em vários tons.
59. • verniz não secante usado para pressionar
e imprimir texturas sobre a chapa de
metal .
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66. Receitas de vernizes
VERNIZ DURO
• 2 partes de betume em pó;
• 2 partes de cera de abelha;
• 1 parte de breu em pó.
• (Obs. medidas em gramas)
• O preparo é feito em banho-maria em um vidro
do tipo para maionese. Após derreter o betume,
cera de abelha e breu, deixe a mistura
aproximadamente no fogo por 20 minutos. Com
o verniz ainda quente, coloque em copinhos
descartáveis (para café); deixe esfriar.
67. VERNIZ A PINCEL
• 200 gr. de aguarrás
• 25 gr. de cera de abelha ou cera de carnaúba
• 25 gr. de betume em pó.
• Coloque 200 gr. de aguarrás em um vidro vazio
(maionese) e adicione as 25 gr. de betume em pó.
Misture a aguarrás e o betume com uma espátula de
madeira e deixe em repouso por 12 horas.
• Depois, coloque o vidro em banho-maria.
• Em outro vidro vazio, coloque as 25 gr. de cera de
abelha em banho-maria até derreter a cera.
Depois, pegue o vidro com a aguarrás e o betume, que
já estava em banho-maria e despeje no vidro que está a
cera derretida. Misture e deixe no fogo por 20 minutos.
Deixe esfriar e depois tampe o vidro. Esse verniz deve
ser passado com um pincel macio.
68. GOMA-LACA
• 1 parte de goma laca
• 3 partes de álcool
• Coloque três partes de álcool em um
vidro vazio (maionese) e adicione uma
parte de goma-laca (em pó). Tape o vidro
e agite. A goma-laca deve ser passada
com um pincel macio.
69. VERNIZ MOLE
• 2 partes de verniz duro;
• 1 parte de graxa de automóvel.
• (Obs. medidas em gramas)
• O preparo é feito também em banho-maria. Pegue um
vidro vazio (maionese), coloque as duas partes de verniz
duro e deixe derreter. Depois, coloque a parte de graxa
de automóvel. Misture e deixe no fogo por 20 minutos.
• Com o verniz ainda quente, coloque em copinhos
descartáveis (para café); deixe esfriar.
• Depois, corte o copinho descartável e retire o verniz (ele
fica grudento). Envolva o verniz em um tecido de
algodão, amarre e faça uma boneca.
70. Ácidos
• Ácido nítrico ou azótico. Ataca todos os metais
com exceção do ouro e platina. Tem um cheiro
forte e é necessário muito cuidado em sua
manipulação. Deve ser trabalhado com proteção
de óculos, com exaustor ou ao ar livre.
• Para corrosão em água-forte e usando-se o
cobre, a sua diluição é a seguinte:
• Três partes de água para uma parte de ácido.
• O neutralizante da solução de ácido nítrico é o
amoníaco.
71. • Percloreto de ferro: é um sal que se utiliza para
corrosão de chapas para circuito impresso
(uso em eletrônica). Não tem aquele odor forte
do ácido nítrico e seu ataque é bastante rápido.
É comercializado em pacotes que trazem a
informação da diluição em água
• Mordente holandês: é a mistura de três
produtos: clorato de potássio, ácido clórico puro
e água.
• Uma das fórmulas utilizadas é a seguinte:
• 20 gr. de clorato de potássio
• 100 gr. de ácido clorídrico puro
• 880 gr. de água