5. Vejam agora os espíritos especulativos
Quanto, tanto nos homens ricos como nos pobres,
Podem o vil interesse e a ambição
Do dinheiro, que nos leva à prática de todas as
más ações.
6. munidas = ‘bem guarnecidas’
tredoros = ‘traidores’
a mais nobres = ‘aos mais nobres’
cor = ‘aparência’
7.
8. O poder corruptor do dinheiro percorre
todas as camadas sociais.
«Quanto no rico, assi como no pobre, /
Pode o vil interesse e sede imiga / Do
dinheiro» (est. 96, vv. 2-4)
9. A deterioração dos valores da classe
nobre é destacada pelo poeta.
«Este a mais nobre faz fazer vilezas, / E
entrega Capitães aos inimigos» (est. 98,
vv. 3-4)
10. O dinheiro influencia a compreensão das
situações.
«Este deprava às vezes as ciências, / Os
juízos cegando e as consciências» (est.
98, vv. 7-8)
11. Nem os membros religiosos (os
sacaninhas!) escapam à influência
negativa do dinheiro.
«Até os que só a Deus omnipotente / Se
dedicam, mil vezes ouvireis / Que
corrompe este encantador, e ilude» (est.
99, vv. 5-7)
12. O domínio do dinheiro pode influenciar
situações legais.
«Este interpreta mais que sutilmente / Os
textos; este faz e desfaz leis» (est. 99, vv.
1-2)
13. Sob influência do dinheiro, o ser humano
pratica ações desleais.
«Faz tredoros e falsos os amigos; / Este
a mais nobres faz viver vilezas, / E
entrega Capitães aos inimigos» (est. 98,
vv. 2-4);
«Este causa os perjúrios entre a gente /
E mil vezes tiranos torna os Reis» (est.
99, vv. 3-4)
16. VIII,
96-98
[manual, p. 182]
Traição de que ia sendo vítima Vasco da
Gama é ultrapassada pela entrega de
fazendas.
O poeta adverte que o ouro (os bens, a
riqueza) a todos corrompe.
17. Lê «Retrato de um país que gosta da
cunha» (p. 183) e relaciona esse texto
com as estâncias (VIII, 96-99, p. 182) que
vimos em aula.
18.
19. A reportagem incide sobre um dos
meios de corrupção, assente na troca de
favores, muitas vezes dependente de
pagamentos pecuniários. Tal como as
estâncias de Camões, visa denunciar o
poder corruptor do dinheiro, que ignora e
deteriora valores morais, ainda que seja,
muitas vezes, socialmente aceite.
20. Com a metáfora utilizada para
descrever a cunha («instituição social
colada aos genes do nosso país») a autora
da reportagem caracteriza os
portugueses, para quem o recurso ao
«jeitinho» se tornou tão natural que deixou
de ser criticado e é quase assumido
como traço do seu carácter.
21. A reportagem incide sobre um dos meios de
corrupção, assente na troca de favores, muitas
vezes dependente de pagamentos pecuniários.
Tal como as estâncias de Camões, visa denunciar
o poder corruptor do dinheiro, que ignora e
deteriora valores morais, ainda que seja, muitas
vezes, socialmente aceite.
Com a metáfora utilizada para descrever a
cunha («instituição social colada aos genes do
nosso país») a autora da reportagem caracteriza
os portugueses, para quem o recurso ao
«jeitinho» se tornou tão natural que deixou de ser
criticado e é quase assumido como traço do seu
carácter.