SlideShare a Scribd company logo
1 of 30
Professora Lorena Padilha
Enfermeira
CH 80 horas = 23 dias de aula teórica;
Duas aulas semanais;
Visita técnica;
Três avaliações escritas.
Raça
Etnia
Gênero
Mistérios
Tabus e preconceitos
Rituais
 A gestação e a fecundação do ser humano
 O que gera um ser humano?
 Mitos que se perpetuam até hoje
 Crenças que mudam de acordo com a cultura
e a história de cada povo
 Busca do entendimento através do
sobrenatural
 Gravidez extremamente valorizada
 Perpetuação da espécie
 Mulheres deusas
 Religião
 Visão masculina
 Gestação = efetivação da união entre casais
 Direito ao dote (aumento de riqueza e poder)
 Geração de mais homens = fortelecimento dos
exércitos
 Destino da mulher definido pela maternidade
 10% morriam de parto e de suas sequelas
 Nem todo parto tinha um final feliz
 Abstinência sexual na gravidez
 Pouca compreensão do fenômeno pelos sábios da
época
 Novas especulações
 Teoria seminista (mulher = caixa vazia)
 Procriação e educação da prole como bens
do casamento
A obrigação da mãe em
relação à prole era a de
colocar no mundo os
filhos e gerar
continuamente até a
morte.
 No final da Idade Média, todas as práticas e
conhecimentos acerca da gravidez, do parto
e do puerpério eram de domínio exclusivo
das mulheres.
 Acesso ao quarto das parturientes era vetado
aos homens.
 Os meios de intervenção das parteiras eram
limitados.
 Cesarianas autorizadas em mulheres mortas,
para retirar filho vivo, a partir do século XIII
 Eram desconhecidos: a episiotomia, as
poções para acelerar as contrações e o
fórceps.
 Diagnóstico difícil -> movimentos do feto
 1ª cesárea em vida (ou seu esboço), foi
realizada na Suíça, em 1500, na cidade
de Sigershauferr, pelo cidadão Jacob
Nufer, que não era médico, e vivia de
castrar porcas. Desesperado com o
sofrimento da mulher apelou para as
"parteiras" da época e para os
cirurgiões-barbeiros, que se recusaram
a ajudá-lo. Apelou então para as
autoridades que, sem opções,
permitiram a sua intervenção, ajudado
por duas parteiras.
 Obteve êxito, ao que se sabe.
 Do século XIV ao século XVI, o papel da
mulher na gestação foi pouco considerado.
 No final do século XVI e início do XVII,
porém, alguns intelectuais tentavam
comprovar que ambos os sexos eram
perfeitos, cada um com seu valor intrínseco.
 A mulher era agora vista como um ser
valetudinário*, cabendo ao médico aliviar sua
dor e convencê-la a aceitar, sem revolta, a
sua condição desfavorável e frágil.
 *Valetudinário: indivíduo de compleição muito fraca, doentio,
enfermo, achacadiço, ou até inválido.
 A fecundação foi esclarecida
 Preocupação com os sinais e sintomas de
gravidez e o tempo de duração da mesma.
 A gestação não tinha duração fixa (7 a 11
meses)
 Avanços médicos x Cultura católica do século
XIX
 A elevada mortalidade materno-infantil
tornava a maternidade uma situação de risco
natural e as mulheres grávidas deviam
tornar-se objeto de vigilância ativa e de
respeito religioso.
 Medicina propunha a proteção da mulher:
 Insenção dos trabalhos pesados;
 Limitação de passatempos;
 Controle da gravidez e da mulher.
 Foram estabelecidos cuidados preventivos,
nessa época.
 A gravidez tornou-se um tabu, quando então
as mulheres não saíam de casa e se
mostravam o menos possível.
 Falar sobre o parto era proibido.
 A medicalização da gestação, iniciada no
século XVIII, impunha-se maciçamente, mas
ainda não havia garantias de diminuição da
mortalidade e do sofrimento materno.
 Estatísticas: mortalidade feminina
 Final do século XIX, mulheres buscam meios
para controlar as gestações e os
nascimentos.
 Gestação ainda era subjugada ao médico!!!
 Mulheres no mercado de trabalho
 Métodos anticoncepcionais
 Lutas feministas
 Reapropriação do corpo e da sexualidade =
domínio da fecundidade.
 Domínio médico sobre a gestação e o
nascimento
 Final do século XX: fertilização in vitro.
Desde o final do século XIX, uma série
de descobertas científicas e tecnológicas
passaram a abalar os fundamentos
tradicionais da divisão do trabalho e do
poder entre os sexos, fazendo recuar a
mortalidade e diminuindo,
consideravelmente, a parte ocupada
pela gestação e amamentação na vida
das mulheres.
Os riscos de mortalidade e de morbidade
maternas e infantis foram fortemente
reduzidos no decorrer do século XX
(COSTA-LASCOUX, 1990).
 Importância da tecnologia, da monitorização,
da medicina fetal, entre outras, para a
diminuição da mortalidade infantil e
materna.
 Entretanto, é importante estarmos alertas
quanto à medicalização da gestação, para
não tornar a mulher um objeto e fragmentar
suas experiências, na medida em que as
tecnologias e condutas hospitalares podem
criar um ambiente desumano, além de poder
reduzir a mulher a uma incubadora do novo
ser, não a considerando como um ser humano
que gera outro.
Busca pelo
atendimento
humanizado!
 Sem esquecer os avanços tecnológicos,
constata-se que existe uma tendência na
atualidade pela busca de práticas do
cuidado, que valorizem os sentimentos e
significados que envolvem o nascimento.
 É importante organizarmos práticas que
aproximam mais as pessoas, valorizando as
experiências das mulheres em sua
totalidade, complexidade e singularidade.
 O contexto histórico-social da atenção à
saúde materna e neonatal é permeado por
movimentos históricos e sociais.
 Condições de vida e realidades de saúde
diferentes = determinantes sociais de saúde
 A atenção à saúde materna, neonatal e do
lactente é resultante da análise de dados
epidemiológicos e das transformações
demográficas pelas quais a população vem
passando com o decorrer do tempo.
 Há décadas, as mulheres vêm reivindicando para
que a atenção à sua saúde não se restrinja ao
ciclo gravídico puerperal.
 Os serviços de saúde no Brasil, ao longo de sua
história vêm prestando assistência através de
programas sociais a grupos considerados
específicos.
 A mulher e a criança por serem consideradas
pertencentes a um grupo de alta vulnerabilidade
biológica, social e de maior expressão em nível
populacional, sempre receberam assistência
através desses programas.
 Toda a assistência é voltada para a
preservação da capacidade reprodutora da
mulher.
 Reconhecimento institucional pelo Estado
brasileiro, dos direitos das mulheres e da
busca da eliminação da discriminação de
gênero.
 Luta por políticas públicas igualitárias e
transformadoras de práticas institucionais.
 Não pode haver contato com animais de estimação
durante a gravidez!
 Pintar o cabelo faz mal para a saúde do bebê.
 Banho quente durante a gestação é prejudicial.
 Bebidas alcoólicas devem ser evitadas na gravidez.
 Azeite de oliva é ótimo para evitar estrias durante
a gravidez.
 Os seios ficam flácidos após a amamentação.
 É arriscado sexo na gravidez porque pode
machucar a criança.
 Se a grávida carregar medalhas no pescoço, a
criança nasce com marcas na pele.
 Beber cerveja preta ajuda a mulher a ter mais
leite.
MITO!
MITO!
MITO!
MITO!
MITO!
MITO!
VERDADE!
VERDADE!
VERDADE!
 As complicações da gestação, parto e
puerpério (período que sucede o parto)
constituem a décima causa de mortes em
mulheres. Com um acompanhamento pré-
natal e atenção ao parto adequados,
consegue-se evitar a maior parte dessas
mortes.
 “A força da maternidade, é maior que as leis
da natureza”. (Barbara Kingsolver)
 “A maternidade tem um efeito muito
humanizador. Tudo se torna reduzido ao
essencial”. (Meryl Streep)
 “Pode-se secar um coração de mulher, a
seiva de todos os amores, mas nunca se
extinguirá o amor materno”. (Júlio Dantas)
 “A maternidade é o magno sacrifício da
mulher, o seu desdobramento incondicional
para a multiplicação da espécie, a
santificação do lar num sofrimento contínuo
e imensurável”. (Francisca Praguer Fróes)
“A maternidade tem o preço
determinado por Deus, preço que
nenhum homem pode ousar diminuir ou
não entender” (Helen Hunt Jackson)
That´s all folks!
É um K!
É um B!
É um ôsse!

More Related Content

What's hot

Sistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagemSistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagem
Danilo Nunes Anunciação
 
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da MulherPolítica Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Karina Pereira
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissional
Fernando Dias
 

What's hot (20)

Gestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
Gestação de Risco: Cuidados Básicos e ImprescindíveisGestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
Gestação de Risco: Cuidados Básicos e Imprescindíveis
 
Primeiro atendimento em urgências obstétricas
Primeiro atendimento em urgências obstétricasPrimeiro atendimento em urgências obstétricas
Primeiro atendimento em urgências obstétricas
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Aula 01 O Hospital
Aula 01 O HospitalAula 01 O Hospital
Aula 01 O Hospital
 
AssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao PartoAssistêNcia Ao Parto
AssistêNcia Ao Parto
 
ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO
ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTOATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO
ATENÇÃO HUMANIZADA AO ABORTAMENTO
 
Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)Sae aula .. (1)
Sae aula .. (1)
 
Enfermagem ObstéTrica Parte 1
Enfermagem ObstéTrica Parte 1Enfermagem ObstéTrica Parte 1
Enfermagem ObstéTrica Parte 1
 
1° AULA - SAÚDE DA MULHER - PAISM, PNAISM.pptx
1° AULA - SAÚDE DA MULHER - PAISM, PNAISM.pptx1° AULA - SAÚDE DA MULHER - PAISM, PNAISM.pptx
1° AULA - SAÚDE DA MULHER - PAISM, PNAISM.pptx
 
Slaid 1 fundamentos da enfermagem
Slaid 1 fundamentos da enfermagemSlaid 1 fundamentos da enfermagem
Slaid 1 fundamentos da enfermagem
 
Aula 1 o ..
Aula 1 o ..Aula 1 o ..
Aula 1 o ..
 
Sistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagemSistematização da assistência de enfermagem
Sistematização da assistência de enfermagem
 
Aula 1 historia da enfermagem enf3
Aula 1  historia da enfermagem enf3Aula 1  historia da enfermagem enf3
Aula 1 historia da enfermagem enf3
 
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da MulherPolítica Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher
 
Lei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissionalLei do exercicio profissional
Lei do exercicio profissional
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)
 
Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem Aula anotação de enfermagem
Aula anotação de enfermagem
 
HistóRia Da Enfermagem No Brasil
HistóRia Da Enfermagem No BrasilHistóRia Da Enfermagem No Brasil
HistóRia Da Enfermagem No Brasil
 
Mecanismo do-parto
Mecanismo do-partoMecanismo do-parto
Mecanismo do-parto
 

Similar to Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulher

O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúdeO parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
adrianomedico
 
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do partoApresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
Adriana Tanese Nogueira
 
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
ellenpalmeira
 

Similar to Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulher (20)

Comensais do Caos
Comensais do CaosComensais do Caos
Comensais do Caos
 
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL - A tortura obstétrica em mulheres mães brasi...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL - A tortura obstétrica  em mulheres mães brasi...VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL - A tortura obstétrica  em mulheres mães brasi...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL - A tortura obstétrica em mulheres mães brasi...
 
Mulheres curandeiras e parteiras na Idade Moderna.pptx
Mulheres curandeiras e parteiras na Idade Moderna.pptxMulheres curandeiras e parteiras na Idade Moderna.pptx
Mulheres curandeiras e parteiras na Idade Moderna.pptx
 
O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúdeO parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
O parto cesário e a atuao do enfermeiro na educao em saúde
 
Saúde da mulher, musicalização e prevenção quaternária
Saúde da mulher, musicalização e prevenção quaternária Saúde da mulher, musicalização e prevenção quaternária
Saúde da mulher, musicalização e prevenção quaternária
 
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica em mulheres mães brasile...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica  em mulheres mães brasile...VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica  em mulheres mães brasile...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica em mulheres mães brasile...
 
Multiplicadores slides
Multiplicadores slidesMultiplicadores slides
Multiplicadores slides
 
Curso mediadores ea d sdn
Curso mediadores ea d sdnCurso mediadores ea d sdn
Curso mediadores ea d sdn
 
EaD sdn 2. aprofundando no assunto_pdf
EaD sdn 2. aprofundando no assunto_pdfEaD sdn 2. aprofundando no assunto_pdf
EaD sdn 2. aprofundando no assunto_pdf
 
Aprofundando no assunto
Aprofundando no assuntoAprofundando no assunto
Aprofundando no assunto
 
EaD sdn 2. aprofundando no assunto2
EaD sdn 2. aprofundando no assunto2EaD sdn 2. aprofundando no assunto2
EaD sdn 2. aprofundando no assunto2
 
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do partoApresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
Apresentação A Alma do Parto. Um novo paradigma para a humanização do parto
 
história
história história
história
 
EaD sdn 2. aprofundando no assunto
EaD sdn 2. aprofundando no assuntoEaD sdn 2. aprofundando no assunto
EaD sdn 2. aprofundando no assunto
 
Jhcj mídiadigital edição 54 ano 2015
Jhcj mídiadigital edição 54 ano 2015Jhcj mídiadigital edição 54 ano 2015
Jhcj mídiadigital edição 54 ano 2015
 
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
201107201653 historia da-neonatologia_no_mundo
 
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEMHUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
HUMANIZAÇÃO EM ENFERMAGEM
 
Bioética
BioéticaBioética
Bioética
 
Parto domiciliar novo
Parto domiciliar novoParto domiciliar novo
Parto domiciliar novo
 
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica em mulheres mães brasile...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica  em mulheres mães brasile...VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica  em mulheres mães brasile...
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL A tortura obstétrica em mulheres mães brasile...
 

Recently uploaded

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
Leila Fortes
 

Recently uploaded (7)

aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Aspectos biopsicossociais que interferem na saúde da mulher

  • 2. CH 80 horas = 23 dias de aula teórica; Duas aulas semanais; Visita técnica; Três avaliações escritas.
  • 4.  A gestação e a fecundação do ser humano  O que gera um ser humano?  Mitos que se perpetuam até hoje  Crenças que mudam de acordo com a cultura e a história de cada povo  Busca do entendimento através do sobrenatural
  • 5.  Gravidez extremamente valorizada  Perpetuação da espécie  Mulheres deusas  Religião
  • 6.  Visão masculina  Gestação = efetivação da união entre casais  Direito ao dote (aumento de riqueza e poder)  Geração de mais homens = fortelecimento dos exércitos  Destino da mulher definido pela maternidade  10% morriam de parto e de suas sequelas  Nem todo parto tinha um final feliz  Abstinência sexual na gravidez  Pouca compreensão do fenômeno pelos sábios da época
  • 7.  Novas especulações  Teoria seminista (mulher = caixa vazia)  Procriação e educação da prole como bens do casamento A obrigação da mãe em relação à prole era a de colocar no mundo os filhos e gerar continuamente até a morte.
  • 8.  No final da Idade Média, todas as práticas e conhecimentos acerca da gravidez, do parto e do puerpério eram de domínio exclusivo das mulheres.  Acesso ao quarto das parturientes era vetado aos homens.
  • 9.  Os meios de intervenção das parteiras eram limitados.  Cesarianas autorizadas em mulheres mortas, para retirar filho vivo, a partir do século XIII  Eram desconhecidos: a episiotomia, as poções para acelerar as contrações e o fórceps.  Diagnóstico difícil -> movimentos do feto
  • 10.  1ª cesárea em vida (ou seu esboço), foi realizada na Suíça, em 1500, na cidade de Sigershauferr, pelo cidadão Jacob Nufer, que não era médico, e vivia de castrar porcas. Desesperado com o sofrimento da mulher apelou para as "parteiras" da época e para os cirurgiões-barbeiros, que se recusaram a ajudá-lo. Apelou então para as autoridades que, sem opções, permitiram a sua intervenção, ajudado por duas parteiras.  Obteve êxito, ao que se sabe.
  • 11.  Do século XIV ao século XVI, o papel da mulher na gestação foi pouco considerado.  No final do século XVI e início do XVII, porém, alguns intelectuais tentavam comprovar que ambos os sexos eram perfeitos, cada um com seu valor intrínseco.  A mulher era agora vista como um ser valetudinário*, cabendo ao médico aliviar sua dor e convencê-la a aceitar, sem revolta, a sua condição desfavorável e frágil.  *Valetudinário: indivíduo de compleição muito fraca, doentio, enfermo, achacadiço, ou até inválido.
  • 12.
  • 13.  A fecundação foi esclarecida  Preocupação com os sinais e sintomas de gravidez e o tempo de duração da mesma.  A gestação não tinha duração fixa (7 a 11 meses)
  • 14.  Avanços médicos x Cultura católica do século XIX  A elevada mortalidade materno-infantil tornava a maternidade uma situação de risco natural e as mulheres grávidas deviam tornar-se objeto de vigilância ativa e de respeito religioso.  Medicina propunha a proteção da mulher:  Insenção dos trabalhos pesados;  Limitação de passatempos;  Controle da gravidez e da mulher.
  • 15.  Foram estabelecidos cuidados preventivos, nessa época.  A gravidez tornou-se um tabu, quando então as mulheres não saíam de casa e se mostravam o menos possível.  Falar sobre o parto era proibido.
  • 16.  A medicalização da gestação, iniciada no século XVIII, impunha-se maciçamente, mas ainda não havia garantias de diminuição da mortalidade e do sofrimento materno.  Estatísticas: mortalidade feminina  Final do século XIX, mulheres buscam meios para controlar as gestações e os nascimentos.  Gestação ainda era subjugada ao médico!!!
  • 17.  Mulheres no mercado de trabalho  Métodos anticoncepcionais  Lutas feministas  Reapropriação do corpo e da sexualidade = domínio da fecundidade.  Domínio médico sobre a gestação e o nascimento  Final do século XX: fertilização in vitro.
  • 18. Desde o final do século XIX, uma série de descobertas científicas e tecnológicas passaram a abalar os fundamentos tradicionais da divisão do trabalho e do poder entre os sexos, fazendo recuar a mortalidade e diminuindo, consideravelmente, a parte ocupada pela gestação e amamentação na vida das mulheres. Os riscos de mortalidade e de morbidade maternas e infantis foram fortemente reduzidos no decorrer do século XX (COSTA-LASCOUX, 1990).
  • 19.  Importância da tecnologia, da monitorização, da medicina fetal, entre outras, para a diminuição da mortalidade infantil e materna.  Entretanto, é importante estarmos alertas quanto à medicalização da gestação, para não tornar a mulher um objeto e fragmentar suas experiências, na medida em que as tecnologias e condutas hospitalares podem criar um ambiente desumano, além de poder reduzir a mulher a uma incubadora do novo ser, não a considerando como um ser humano que gera outro.
  • 21.  Sem esquecer os avanços tecnológicos, constata-se que existe uma tendência na atualidade pela busca de práticas do cuidado, que valorizem os sentimentos e significados que envolvem o nascimento.  É importante organizarmos práticas que aproximam mais as pessoas, valorizando as experiências das mulheres em sua totalidade, complexidade e singularidade.
  • 22.  O contexto histórico-social da atenção à saúde materna e neonatal é permeado por movimentos históricos e sociais.  Condições de vida e realidades de saúde diferentes = determinantes sociais de saúde  A atenção à saúde materna, neonatal e do lactente é resultante da análise de dados epidemiológicos e das transformações demográficas pelas quais a população vem passando com o decorrer do tempo.
  • 23.  Há décadas, as mulheres vêm reivindicando para que a atenção à sua saúde não se restrinja ao ciclo gravídico puerperal.  Os serviços de saúde no Brasil, ao longo de sua história vêm prestando assistência através de programas sociais a grupos considerados específicos.  A mulher e a criança por serem consideradas pertencentes a um grupo de alta vulnerabilidade biológica, social e de maior expressão em nível populacional, sempre receberam assistência através desses programas.
  • 24.  Toda a assistência é voltada para a preservação da capacidade reprodutora da mulher.  Reconhecimento institucional pelo Estado brasileiro, dos direitos das mulheres e da busca da eliminação da discriminação de gênero.  Luta por políticas públicas igualitárias e transformadoras de práticas institucionais.
  • 25.
  • 26.  Não pode haver contato com animais de estimação durante a gravidez!  Pintar o cabelo faz mal para a saúde do bebê.  Banho quente durante a gestação é prejudicial.  Bebidas alcoólicas devem ser evitadas na gravidez.  Azeite de oliva é ótimo para evitar estrias durante a gravidez.  Os seios ficam flácidos após a amamentação.  É arriscado sexo na gravidez porque pode machucar a criança.  Se a grávida carregar medalhas no pescoço, a criança nasce com marcas na pele.  Beber cerveja preta ajuda a mulher a ter mais leite. MITO! MITO! MITO! MITO! MITO! MITO! VERDADE! VERDADE! VERDADE!
  • 27.  As complicações da gestação, parto e puerpério (período que sucede o parto) constituem a décima causa de mortes em mulheres. Com um acompanhamento pré- natal e atenção ao parto adequados, consegue-se evitar a maior parte dessas mortes.
  • 28.  “A força da maternidade, é maior que as leis da natureza”. (Barbara Kingsolver)  “A maternidade tem um efeito muito humanizador. Tudo se torna reduzido ao essencial”. (Meryl Streep)  “Pode-se secar um coração de mulher, a seiva de todos os amores, mas nunca se extinguirá o amor materno”. (Júlio Dantas)  “A maternidade é o magno sacrifício da mulher, o seu desdobramento incondicional para a multiplicação da espécie, a santificação do lar num sofrimento contínuo e imensurável”. (Francisca Praguer Fróes)
  • 29. “A maternidade tem o preço determinado por Deus, preço que nenhum homem pode ousar diminuir ou não entender” (Helen Hunt Jackson)
  • 30. That´s all folks! É um K! É um B! É um ôsse!