O documento discute os requisitos e tipos de cooperativas, incluindo cooperativas de produção, consumo, crédito e serviços. Também descreve as estruturas de cooperativas, incluindo assembleias gerais ordinárias e extraordinárias e conselhos de administração e fiscal. Define cooperados como membros que colaboram para o crescimento conjunto da cooperativa.
Associativismo e cooperativismo - Carolina Della Giustina.pdf
P.A.
1. Foi citado pelo referido palestrante os requisitos necessários para ser
constituir uma cooperativa e dentre os vários citados estavam presentes,
identidade de propósitos e interesses; ajuda mútua; ação em conjunto; a busca
por um resultado útil e comum a todos; responsabilidade; igualdade;
solidariedade; democracia; participação; responsabilidade social entre outros
aspectos. É importante salientar que uma cooperativa reunindo todos estes
aspectos torna-se importante e necessária não só na vida dos cooperados mas
da sociedade.
Outro aspecto exposto pelo Palestrante Wilson Melo e que se faz muito
importante são os tipos de cooperativas. Dentre estas se tem a cooperativa de
produção, que têm como finalidade a comercialização dos bens fabricados e/ou
produzidos por seus próprios membros. Tem-se também as cooperativas de
consumo, que objetivam comprar bens de consumo e revende-los para os seus
associados com um preço mais barato que o de circulação no mercado.
Existem as cooperativas de crédito, como explicado por Wilson Melo, que
fornecem recursos financeiros aos seus associados e por fim, as cooperativas
de serviços que visam prestar serviços de transporte de carga, abastecimento
de água e distribuir energia elétrica.
Com a palestra pudemos descobrir que existem muito mais ramos nas
cooperativas que pudemos imaginar, cada um deles foram bem ministradas e
de uma forma de fácil compreensão. Os ramos das cooperativas servem para
melhor se adequarem ao próprio quadro social que possuem.
O Ramo
agropecuário, por exemplo, reúne todos os produtores rurais, agropastoris e de
pesca e prestam serviços tanto na compra de insumos quanto na venda em
comum da produção dos cooperados, além de prestação de assistência
técnicas, industrialização, entre outros. Outro ramo citado foi o de consumo,
que reúne consumidores de bens de uso pessoal e doméstico e os seus
serviços são a compra em comum destes bens citados. Já no Ramo de
trabalho, objetiva-se reunir trabalhadores e que seus serviços consistam em
conseguir serviços ou clientes para os cooperados, fornecendo capacitação e
2. treinamento técnico. No ramo de crédito, se é reunido a poupança das pessoas
e oferecendo-lhes crédito e valorização das aplicações financeiras dos
cooperados, importante salientar que no Brasil, ficam estritas aos produtores
rurais ou trabalhadores de uma empresa. O ramo de serviço e infraestrutura,
tem-se a presença de pessoas que possuem necessidade de algum serviço de
eletrificação e telefonais rurais, por exemplo. Já no ramo das cooperativas de
saúde, é reunido os profissionais da área ou usuários de saúde, e neste caso
junta-se num mesmo ramo cooperativas de trabalho e de consumo. Por fim, o
ramo das cooperativas especiais, que é uma organização para pessoas
portadoras de necessidades especiais e para os índios que conservam sua
capacidade produtiva.
Outro aspecto relevante exposto pelo brilhante palestrante foi a estrutura
de cooperativa, o mesmo citou e explicou cada aspecto e mostrando a
relevância de cada um. O primeiro citado foi a Assembleia Geral Ordinária
(AGO), que é realizada indispensavelmente uma vez por ano, nos três
primeiros meses após a finalização do exercício social, e resolverá sobre
prestações de contas, relatórios, planos de atividades, fixação de honorários,
eleição dos Conselhos de Administração e Fiscal e qualquer outro assunto de
interesse
dos
cooperados.
Há
também
a
Assembleia
Geral
Extraordinária(AGE), que será realizada quando for necessária e poderá
abordar/deliberar sobre qualquer assunto que seja de interesse da cooperativa
e esta assembleia possui uma competência exclusiva que é a de deliberar
sobre a reforma do Estatuto, fusão, incorporação, desmembramento, mudança
de objetivos e dissolução voluntária. Outro aspecto da estrutura de uma
cooperativa são os Conselhos, que podem ser de administração e fiscal, o
primeiro tem como competência decidir sobre qualquer assunto que seja de
interesse da cooperativa e de seus cooperados dentro da legislação, do
Estatuto Social e das determinações da Assembleia Geral, este conselho é
formado por cooperados no gozo dos seus direitos sociais, com mandatos de
duração e de renovação pré-estabelecidos no Estatuto. Já o Conselho Fiscal, é
formado por três membros efetivos e três suplentes, que foram eleitos para tal
função de fiscalização da administração e das operações da cooperativa, por
3. meio de exame nos livros e documentos. Importante lembrar que este conselho
é independente da administração e tem por objetivo zelar para que os
interesses da cooperativa e dos seus cooperados estejam seguros.
Após trabalhar tanto com o tema cooperativas e cooperados, pudemos
aprender sobre o que é a cooperativa e a importância dos cooperados. Como
disse o ilustre Wilson Melo, os cooperados são os membros da cooperativas,
aquele que colabora para um crescimento conjunto com os outros cooperados,
pois todos visam um fim comum de obterem recompensa dos serviços
prestados mutuamente. E vale ressaltar que, o trabalhador que adere a
cooperativa e, por estatuto da mesma, adquirir este status não pode ser
caracterizado como empregado, de acordo com a CLT em seu art. 442.
Ao final de cada exercício social é apresentado na Assembleia, o
balanço geral e a demonstração do resultado que devem conter, entre elas
estão presentes as sobras e o fundo indivisível. O primeiro os resultados dos
ingressos menos os dispêndios, são voltadas aos associados após a prevista
dedução dos fundos, previstas na lei e no Estatuto da Cooperativa. Já o fundo
indivisível, são os valores em moeda corrente que compete aos associados e
que não pode e nem deve ser distribuído, ao invés disso, este é destinado ao
fundo de reserva para ser utilizado no desenvolvimento da cooperativa e para
cobrir futuras perdas, entre outras destinações.