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                                              <br />                                                 CARTA DA TERRA<br />PREÂMBULO<br />Estamos num momento crítico da história da Terra, numa época em que a humanidade tem de escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro encerra, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para avançar, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana, e uma só comunidade na Terra, com um destino comum. Devemos conjugar forças para gerar uma sociedade global sustentável, baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos, universais, na justiça económica, e numa cultura da paz. Para alcançar este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos a nossa responsabilidade uns para os outros, para com a grande comunidade da vida, e para com as gerações futuras. <br />Terra, a Nossa Casa<br />A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, a nossa casa, está viva como comunidade de vida única. As forças da natureza, fazem da sobrevivência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação das comunidades vivas, e o bem-estar da humanidade, dependem da manutenção de uma biosfera saudável em todos os seus sistemas ecológicos, uma enorme diversidade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O ambiente global com seus recursos não renováveis, é uma preocupação comum a todas as pessoas. A protecção da beleza, diversidade e vitalidade da Terra é um dever sagrado.<br />A Situação Global<br />Os padrões dominantes de produção e consumo, estão a provocar a devastação dos ecossistemas, a redução drástica dos recursos, e uma explosiva extinção de espécies. As comunidades estão a ser minadas. Os benefícios do desenvolvimento, não são partilhados equitativamente, e o fosso entre ricos e pobres aumenta colossalmente. A injustiça, a pobreza, a iletracia e os conflitos armados têm aumentado, e são a causa de muitos sofrimentos. O crescimento sem precedentes da população humana, tem sobrecarregado os sistemas ecológicos e sociais.<br />As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas mas evitáveis.<br />                                                                        1<br />Desafios para o futuro<br />A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou pôr em risco a nossa existência e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais nos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas estiverem ao alcance de todos, o desenvolvimento humano estará voltado, primariamente, a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários, para abastecer todos e reduzir os impactes sobre o ambiente. O crescimento de uma sociedade civil global, está a criar novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Os nossos desafios em questões ambientais, económicas, políticas, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos estabelecer soluções que incluam todos estes aspectos.<br />Responsabilidade Universal<br />Para aceitarmos estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade global, bem como com as nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e do mundo, no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um partilha da responsabilidade pelo bem-estar actual, e o futuro da humanidade e de todo o mundo vivo. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com todas as formas de vida, é fortalecido quando vivemos com reverência pelo mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade, considerando o lugar que ocupa o ser humano da Natureza.<br />Necessitamos urgentemente de uma visão conjunta de valores básicos, para proporcionar um fundamento ético à comunidade global emergente. Por isso, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como objectivo comum, através das quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será guiada e avaliada.<br />                       <br />                                                                      2<br />  <br />                                                                   <br />PRINCÍPIOS<br />            I. RESPEITAR E CUIDAR A COMUNIDADE DA VIDA<br />1.Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversidade.<br />a)Reconhecer que todos os seres estão interligados e que cada forma de vida tem valor, independentemente da sua utilidade para os seres humanos.<br />b) Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.<br />2.Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.<br />Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de impedir danos causados ao ambiente, e de proteger os direitos das pessoas.<br />Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica aumento na responsabilidade na promoção do bem comum.<br />3.Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.<br />Assegurar que as comunidades, a todos os níveis, garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais, e proporcionem a cada um a oportunidade de usar o seu potencial.<br />Promover a justiça económica e social, proporcionando a todos alcançar uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.<br />4.Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as actuais e as futuras gerações.<br />Reconhecer que a liberdade de acção de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.<br />Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.<br />                                                           3<br />                                                   <br />Para poder cumprir estes quatro grandes compromissos, é necessário:<br />II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA<br />5. Proteger e repor a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica, e pelos processos naturais que sustentam a vida.<br />Adoptar planos e estratégias de desenvolvimento sustentável, a todos os níveis, que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integrante de todas as iniciativas de desenvolvimento.<br />Estabelecer e proteger de forma viável as reservas naturais e da biosfera, incluindo regiões selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar a nossa herança natural.<br />Promover a recuperação de espécies e de ecossistemas ameaçados.<br />Controlar e erradicar organismos não-nativos ou geneticamente modificados que causem dano às espécies nativas, ao ambiente, e prevenir a introdução desses organismos.<br />Gerir o uso de recursos renováveis como a água, o solo, os produtos florestais e a vida marinha de uma forma que não ultrapasse as taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.<br />Gerir a extracção e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis por forma a que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.<br />6. Prevenir os impactes negativos para o ambiente como o melhor método de protecção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma abordagem deprecaução.<br />Orientar acções para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais, mesmo quando a informação científica for incompleta ou inconclusiva.<br />Impor o ónus da prova àqueles que afirmarem que a actividade proposta não causará dano significativo, e responsabilizar as partes pelos danos causados no ambiente.<br />                                                        4<br />c)Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indirectas e de longo alcance.<br />d)Impedir a poluição de qualquer parte do ambiente, e não permitir o aumento deprodução de substâncias radioactivas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.          <br />   <br />e)   Evitar que o ambiente seja danificado por actividades militares.<br />7.Adoptar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as  capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar<br />     comunitário.<br />         a)Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos<br />   b)Actuar com restrição e eficiência em relação ao consumo energético e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e a eólica.<br />Promover o desenvolvimento, a adopção e a transferencia equitativa de tecnologias ambientais seguras.<br />Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda, e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.<br />Garantir acesso universal aos cuidados médicos que fomentem a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.<br />Adoptar modos de vida que acentuem a qualidade de vida e a subsistência material num mundo finito.<br />8.Desenvolver o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a permutaaberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.<br />Apoiar a cooperação científica e tecnológica internacional relacionada com a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento. <br />Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual, em todas as culturas, que contribuam para a protecção ambiental e o bem-estar humano.<br />Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a protecção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis no domínio público.<br />                                                   5<br />III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÓMICA<br />Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.<br />Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os necessários recursos nacionais e internacionais.<br />Proporcionar educação e recursos a cada ser humano, para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar segurança social, e rendimentos sociais·a todos aqueles que não capazes de manter-se por conta própria.<br />Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir aqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver as suas capacidades e alcançar as suas aspirações.<br />Garantir que as actividades e instituições económicas, a todos os níveis, promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.<br />Promover a distribuição equitativa da riqueza internamente e entre as nações.<br />Promover o desenvolvimento dos recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento, e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.<br />Garantir que todas as transacções comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a protecção ambiental e normas laborais progressistas.<br />Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais actuem com transparência em benefício do bem comum, e responsabilizá-las pelas consequências das suas actividades.<br />Afirmar a igualdade e a equidade entre sexos como pré-requisito para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência na saúde e às oportunidades económicas.<br />Assegurar os direitos humanos das mulheres e das jovens e acabar com toda a violência contra elas.<br />Promover a participação activa das mulheres em todos os aspectos da vida económica, política, civil, social e cultural, como parceiras plenas e parietárias, decisoras, líderes e beneficiárias.<br />                                                                         6<br />Fortalecer as famílias, e garantir a segurança e a educação de todos os membros da família.<br />     12.  Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar psíquico, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e das minorias. <br />a) Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como baseadas em raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.<br />b)Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, educação, terras e recursos, <br />assim como às suas práticas, relacionadas com formas sustentáveis de vida.<br />Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir o seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.<br />Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.<br />                   IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ<br />13. Fortalecer as instituições democráticas, a todos os níveis, e proporcionar transparência e prestação de contas na governação, incluindo aparticipação nos processos de tomada de decisão e no acesso à justiça.<br />Defender o direito de todas as pessoas à informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e actividades que poderiam afectá-las ou nos quais estejam interessados.<br />Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais, e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.<br />Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.<br />Instituir o acesso efectivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo remediação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.<br />Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.<br />               7<br />Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas com maior eficiência.<br />14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, osconhecimentos, valores e capacidades necessárias para um modo de vida sustentável.<br />Oferecer a todos, especialmente às crianças e aos jovens, oportunidades de educação que lhes permitam contribuir activamente para o desenvolvimento sustentável.<br />      b)      Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na<br />Educação para a sustentabilidade.<br />Intensificar o papel dos média no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.<br />   d)  Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável. <br />15.Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração<br />a)Impedir maus tratos aos animais integrados em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos.<br />b)Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca, que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.<br />c)Eliminar ou evitar até ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.<br />16.Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz<br />Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, internamente e entre as nações.<br />Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos armados e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.<br />                                                                    8<br />c)Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa, e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.<br />Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.<br />e)Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a protecção ambiental e paz.<br />Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações correctas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a universalidade da qual somos parte.<br />O CAMINHO EM FRENTE<br />Como nunca antes na história, o destino comum nos chama para encontrar um novo começo.<br />Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adoptar e promover os valores e objectivos da Carta.<br />Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. A nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão as suas próprias e distintas formas de concretizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta pela verdade e pela sabedoria.<br />A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmoniosamente conjugar diversidade com unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objectivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo o indivíduo, família, organização e comunidade têm um papal vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade eficaz.<br />Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar o seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com as suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra como um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.<br />Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova veneração face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.<br />                                                                          9<br />
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Carta da Terra

  • 1. <br /> CARTA DA TERRA<br />PREÂMBULO<br />Estamos num momento crítico da história da Terra, numa época em que a humanidade tem de escolher o seu futuro. À medida que o mundo se torna cada vez mais interdependente e frágil, o futuro encerra, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para avançar, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana, e uma só comunidade na Terra, com um destino comum. Devemos conjugar forças para gerar uma sociedade global sustentável, baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos, universais, na justiça económica, e numa cultura da paz. Para alcançar este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos a nossa responsabilidade uns para os outros, para com a grande comunidade da vida, e para com as gerações futuras. <br />Terra, a Nossa Casa<br />A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, a nossa casa, está viva como comunidade de vida única. As forças da natureza, fazem da sobrevivência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação das comunidades vivas, e o bem-estar da humanidade, dependem da manutenção de uma biosfera saudável em todos os seus sistemas ecológicos, uma enorme diversidade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O ambiente global com seus recursos não renováveis, é uma preocupação comum a todas as pessoas. A protecção da beleza, diversidade e vitalidade da Terra é um dever sagrado.<br />A Situação Global<br />Os padrões dominantes de produção e consumo, estão a provocar a devastação dos ecossistemas, a redução drástica dos recursos, e uma explosiva extinção de espécies. As comunidades estão a ser minadas. Os benefícios do desenvolvimento, não são partilhados equitativamente, e o fosso entre ricos e pobres aumenta colossalmente. A injustiça, a pobreza, a iletracia e os conflitos armados têm aumentado, e são a causa de muitos sofrimentos. O crescimento sem precedentes da população humana, tem sobrecarregado os sistemas ecológicos e sociais.<br />As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas mas evitáveis.<br /> 1<br />Desafios para o futuro<br />A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou pôr em risco a nossa existência e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais nos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas estiverem ao alcance de todos, o desenvolvimento humano estará voltado, primariamente, a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários, para abastecer todos e reduzir os impactes sobre o ambiente. O crescimento de uma sociedade civil global, está a criar novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Os nossos desafios em questões ambientais, económicas, políticas, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos estabelecer soluções que incluam todos estes aspectos.<br />Responsabilidade Universal<br />Para aceitarmos estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade global, bem como com as nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e do mundo, no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um partilha da responsabilidade pelo bem-estar actual, e o futuro da humanidade e de todo o mundo vivo. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com todas as formas de vida, é fortalecido quando vivemos com reverência pelo mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade, considerando o lugar que ocupa o ser humano da Natureza.<br />Necessitamos urgentemente de uma visão conjunta de valores básicos, para proporcionar um fundamento ético à comunidade global emergente. Por isso, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um modo de vida sustentável como objectivo comum, através das quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será guiada e avaliada.<br /> <br /> 2<br /> <br /> <br />PRINCÍPIOS<br /> I. RESPEITAR E CUIDAR A COMUNIDADE DA VIDA<br />1.Respeitar a Terra e a vida em toda a sua diversidade.<br />a)Reconhecer que todos os seres estão interligados e que cada forma de vida tem valor, independentemente da sua utilidade para os seres humanos.<br />b) Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.<br />2.Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.<br />Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de impedir danos causados ao ambiente, e de proteger os direitos das pessoas.<br />Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica aumento na responsabilidade na promoção do bem comum.<br />3.Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.<br />Assegurar que as comunidades, a todos os níveis, garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais, e proporcionem a cada um a oportunidade de usar o seu potencial.<br />Promover a justiça económica e social, proporcionando a todos alcançar uma subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.<br />4.Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as actuais e as futuras gerações.<br />Reconhecer que a liberdade de acção de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.<br />Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiem, a longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.<br /> 3<br /> <br />Para poder cumprir estes quatro grandes compromissos, é necessário:<br />II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA<br />5. Proteger e repor a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial preocupação pela diversidade biológica, e pelos processos naturais que sustentam a vida.<br />Adoptar planos e estratégias de desenvolvimento sustentável, a todos os níveis, que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integrante de todas as iniciativas de desenvolvimento.<br />Estabelecer e proteger de forma viável as reservas naturais e da biosfera, incluindo regiões selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar a nossa herança natural.<br />Promover a recuperação de espécies e de ecossistemas ameaçados.<br />Controlar e erradicar organismos não-nativos ou geneticamente modificados que causem dano às espécies nativas, ao ambiente, e prevenir a introdução desses organismos.<br />Gerir o uso de recursos renováveis como a água, o solo, os produtos florestais e a vida marinha de uma forma que não ultrapasse as taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.<br />Gerir a extracção e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis por forma a que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.<br />6. Prevenir os impactes negativos para o ambiente como o melhor método de protecção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma abordagem deprecaução.<br />Orientar acções para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais, mesmo quando a informação científica for incompleta ou inconclusiva.<br />Impor o ónus da prova àqueles que afirmarem que a actividade proposta não causará dano significativo, e responsabilizar as partes pelos danos causados no ambiente.<br /> 4<br />c)Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais, cumulativas, de longo prazo, indirectas e de longo alcance.<br />d)Impedir a poluição de qualquer parte do ambiente, e não permitir o aumento deprodução de substâncias radioactivas, tóxicas ou outras substâncias perigosas. <br /> <br />e) Evitar que o ambiente seja danificado por actividades militares.<br />7.Adoptar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar<br /> comunitário.<br /> a)Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos<br /> b)Actuar com restrição e eficiência em relação ao consumo energético e recorrer cada vez mais aos recursos energéticos renováveis, como a energia solar e a eólica.<br />Promover o desenvolvimento, a adopção e a transferencia equitativa de tecnologias ambientais seguras.<br />Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda, e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas sociais e ambientais.<br />Garantir acesso universal aos cuidados médicos que fomentem a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.<br />Adoptar modos de vida que acentuem a qualidade de vida e a subsistência material num mundo finito.<br />8.Desenvolver o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a permutaaberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido.<br />Apoiar a cooperação científica e tecnológica internacional relacionada com a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento. <br />Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual, em todas as culturas, que contribuam para a protecção ambiental e o bem-estar humano.<br />Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a protecção ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis no domínio público.<br /> 5<br />III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÓMICA<br />Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.<br />Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os necessários recursos nacionais e internacionais.<br />Proporcionar educação e recursos a cada ser humano, para assegurar uma subsistência sustentável, e proporcionar segurança social, e rendimentos sociais·a todos aqueles que não capazes de manter-se por conta própria.<br />Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir aqueles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver as suas capacidades e alcançar as suas aspirações.<br />Garantir que as actividades e instituições económicas, a todos os níveis, promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.<br />Promover a distribuição equitativa da riqueza internamente e entre as nações.<br />Promover o desenvolvimento dos recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento, e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.<br />Garantir que todas as transacções comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, a protecção ambiental e normas laborais progressistas.<br />Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais actuem com transparência em benefício do bem comum, e responsabilizá-las pelas consequências das suas actividades.<br />Afirmar a igualdade e a equidade entre sexos como pré-requisito para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência na saúde e às oportunidades económicas.<br />Assegurar os direitos humanos das mulheres e das jovens e acabar com toda a violência contra elas.<br />Promover a participação activa das mulheres em todos os aspectos da vida económica, política, civil, social e cultural, como parceiras plenas e parietárias, decisoras, líderes e beneficiárias.<br /> 6<br />Fortalecer as famílias, e garantir a segurança e a educação de todos os membros da família.<br /> 12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar psíquico, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e das minorias. <br />a) Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como baseadas em raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.<br />b)Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, educação, terras e recursos, <br />assim como às suas práticas, relacionadas com formas sustentáveis de vida.<br />Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir o seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.<br />Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.<br /> IV. DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ<br />13. Fortalecer as instituições democráticas, a todos os níveis, e proporcionar transparência e prestação de contas na governação, incluindo aparticipação nos processos de tomada de decisão e no acesso à justiça.<br />Defender o direito de todas as pessoas à informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e actividades que poderiam afectá-las ou nos quais estejam interessados.<br />Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais, e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.<br />Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.<br />Instituir o acesso efectivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais independentes, incluindo remediação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.<br />Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.<br /> 7<br />Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas com maior eficiência.<br />14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, osconhecimentos, valores e capacidades necessárias para um modo de vida sustentável.<br />Oferecer a todos, especialmente às crianças e aos jovens, oportunidades de educação que lhes permitam contribuir activamente para o desenvolvimento sustentável.<br /> b) Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na<br />Educação para a sustentabilidade.<br />Intensificar o papel dos média no sentido de aumentar a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.<br /> d) Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência sustentável. <br />15.Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração<br />a)Impedir maus tratos aos animais integrados em sociedades humanas e protegê-los de sofrimentos.<br />b)Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca, que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.<br />c)Eliminar ou evitar até ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.<br />16.Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz<br />Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, internamente e entre as nações.<br />Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos armados e usar a colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.<br /> 8<br />c)Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura não-provocativa da defesa, e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.<br />Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.<br />e)Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a protecção ambiental e paz.<br />Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações correctas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a universalidade da qual somos parte.<br />O CAMINHO EM FRENTE<br />Como nunca antes na história, o destino comum nos chama para encontrar um novo começo.<br />Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adoptar e promover os valores e objectivos da Carta.<br />Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. A nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão as suas próprias e distintas formas de concretizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e conjunta pela verdade e pela sabedoria.<br />A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmoniosamente conjugar diversidade com unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objectivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo o indivíduo, família, organização e comunidade têm um papal vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade eficaz.<br />Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar o seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com as suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra como um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento.<br />Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova veneração face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.<br /> 9<br />