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    O USO DE ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO ESPECIAL


Josiane Medina Papst
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil

Andréa Yoshie Silva Yamaguchi
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil

Iverson Ladewig
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil


Resumo: O objetivo do estudo foi verificar o conhecimento e utilização das dicas de
aprendizagem como estratégia ensino-aprendizagem por professores do ensino especial. A
pesquisa contou com a participação de 12 professores. Os dados revelam que a maioria dos
professores relatou utilizar as dicas de aprendizagem, mas posteriormente não souberam
descrevê-las. Constatou-se uma discordância de resultados, levando a concluir que, apesar
do conhecimento adquirido dos professores durante sua formação acadêmica e experiência
profissional ajudá-los na formulação das estratégias de ensino, eles não demonstraram
domínio do conhecimento ao reconhecerem as dicas como um tipo de estratégia de
aprendizagem.
Palavras-chave: Dicas de aprendizagem. Ensino especial. Estratégias de ensino.


Introdução

        No processo ensino-aprendizagem as instruções fornecidas aos aprendizes é um
meio de comunicação direta utilizado pelo professor para auxiliar o aprendiz na descoberta
e compreensão de aspectos relevantes da habilidade. Nesse processo, a capacidade de
detecção e seleção de informações importantes disponíveis no meio ambiente de realização
da ação motora é fundamental para se obter êxito na tarefa. À capacidade de detectar as
informações relevantes, ao mesmo tempo em que se descarta àquelas irrelevantes,
denomina-se atenção seletiva (GAZZANIGA, IVRY e MANGUN, 2006; LADEWIG,
2000, SCHIMIDT e WRISBERG, 2001). Esse é um fator chave para sucesso na aquisição
de habilidades, podendo resultar em aprendizagem efetiva (LADEWIG, CIDADE e
LADEWIG, 2001).
        O processo de desenvolvimento da atenção seletiva ocorre em fases (ROSS, 1976),
sendo que a criança inicialmente presta atenção a apenas um estímulo de cada vez, como
por exemplo, o próprio brinquedo. No decorrer desse desenvolvimento as crianças passam a
ser atraídas pelas inúmeras informações contidas no meio, não sendo capaz de selecionar a
mais importante, o que ocorre geralmente com as crianças em idade escolar. Mas, ao
completar esse processo, em um meio ambiente repleto de informações as crianças já


Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
2                                                                 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919

conseguem selecionar o que é relevante e descartar aquelas informações irrelevantes. A
diferença do caminhar em um ambiente repleto de informações atrativas – como em um
parque de diversões, entre uma criança que poderá regularmente ser atraída por diversas
informações e um jovem apresentando maior habilidade de seleção das informações,
demonstra claramente esta fase. Nesse sentido, o desenvolvimento da atenção seletiva deve
ser um aspecto de relevância na formulação e aplicação de estratégias de aprendizagem
para as diferentes populações.
        Conforme Pasetto, Araújo e Corrêa (2006), durante a intervenção do profissional de
Educação Física, existem muitos fatores que interferem no processo de instrução, como o
excesso de informações, que muitas vezes dificultam o direcionamento da atenção do
aprendiz para a informação relevante nas tarefas. Dessa maneira, ressaltam-se os benefícios
quanto à utilização de dicas de aprendizagem como uma estratégia cognitiva para
direcionar o foco de atenção dos alunos para aspectos mais relevantes.
        A criança necessita de recursos para observar e gravar as informações sobre os
elementos críticos influenciadores na tarefa, ao mesmo tempo pode ser capaz de assimilar
as dicas específicas necessárias para o aprendizado da habilidade motora em questão. Os
professores que trabalham com crianças na fase inicial de aprendizagem, devem
compreender que elas não possuem a capacidade de selecionar voluntariamente dicas
específicas e, consequentemente, quando o professor as fornece, além de auxiliá-las a
dirigirem o foco de atenção aos pontos relevantes da atividade, estará também diminuindo a
sobrecarga nos mecanismos de atenção (LADEWIG, GALLAGHER e CAMPOS, 1995).
        No que tange principalmente as crianças especiais, o nível de desenvolvimento se
torna ainda mais crítico, pois, como relatado por Cidade, Tavares, Ladewig e Leitão (1998),
caso a seletividade da atenção esteja comprometida, fica difícil organizar as ações dos
indivíduos no meio. Conforme Gorla (1997), a deficiência mental, especificamente,
apresenta uma atipicidade de desenvolvimento rítmico e de maturação, onde podem ser
verificadas evoluções conceituais de aspectos mal controlados, além de problemas de
atenção seletiva e de auto-regulação de condutas, no qual o meio exerce um papel
fundamental. Neste ínterim, o conhecimento sobre a utilização de estratégias de
aprendizagem se faz presente no intuito de auxiliar os alunos no processo de aquisição de
conhecimentos e habilidades facilitando o seu processo de aprendizagem.
        A investigação sobre a utilização dos tipos de estratégias de aprendizagem vem
sendo um campo investigado nas diversas modalidades relacionadas ao ensino de
habilidades motoras e cognitivas (BERTOLDI, 2004; CAÇOLA e LADEWIG, 2005;
LADEWIG, CAÇOLA, YAMAGUCHI e MEDINA, 2005; CAÇOLA, 2006; MEDINA,
CAÇOLA, YAMAGUCHI, GONÇALVES e LADEWIG, 2006; CAÇOLA, 2006;
MOURA, 2006; MEDINA, MARQUES, LADEWIG e RODACKI, 2008; MEDINA-
PAPST, CANDIDO, XAVIER FILHO e MARQUES, 2010). Recentemente em um estudo
de revisão sobre o uso de dicas de aprendizagem na aquisição de habilidades motoras
constata-se que do ponto de vista pedagógico, as dicas como estratégia de aprendizagem
têm sido utilizada com sucesso na aprendizagem de habilidades motoras. Todavia, embora
se considere a aplicabilidade das dicas em diferentes âmbitos do ensino, percebe-se ainda a
necessidade de estudos testando a sua aplicação na combinação de habilidades motoras

Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
3                                                                 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919

fundamentais e habilidades esportivas com diferentes populações (MEDINA-PAPST,
LADEWIG e MARQUES, 2009).
        Considerando a necessidade de se estudar o uso de estratégias de aprendizagem que
oportunizem maior aproveitamento das informações importantes disponíveis no ambiente
de aprendizagem, a dica é um tipo de estratégia atualmente explorada pelos profissionais
em sua atuação prática nas áreas de tênis, voleibol, natação, ginástica rítmica e musculação
(CIDADE et al., 1998; CAÇOLA e LADEWIG, 2005; MEDINA et al., 2005; CAÇOLA et
al., 2005; LADEWIG et al., 2005, PASETTO e ARAÚJO, 2009).
        Na perspectiva de investigação do uso das dicas de aprendizagem no âmbito do
ensino especial e com base em estudos encontrados na literatura, percebe-se a importância
da utilização de estratégias para maximizar o aprendizado, e principalmente, ao se pensar
na dificuldade específica de uma população especial. Nesse sentido, o objetivo do presente
estudo foi verificar o conhecimento dos professores sobre o uso de dicas de aprendizagem
como estratégia cognitiva e se eles as utilizam no processo ensino-aprendizagem de
crianças estudantes em uma escola de ensino especial.

Métodos

        Participaram do estudo 12 professores, graduados em diferentes áreas como história,
geografia, música, pedagogia e Educação Física e todos pós-graduados em pedagogia,
psicopedagogia ou Educação Especial, atuantes no ensino de alunos com deficiência
mental. Os professores fazem parte de um corpo docente composto por 40 profissionais, de
uma instituição sem fins lucrativos, que desenvolve projetos focados na melhoria da
qualidade de vida das pessoas com deficiência. A escola especial atende bebês, crianças e
jovens com deficiências, sendo aproximadamente 225 alunos, que recebem assistência nas
áreas técnica e pedagógica.
        Após o contato com a direção da escola solicitando autorização para a realização da
pesquisa, os professores foram convidados pelos pesquisadores para participarem do
estudo. Assim, os dias foram agendados conforme disponibilidade dos professores para a
aplicação dos questionários. Três profissionais, da área de Educação Física e Psicologia do
Esporte colaboraram na formulação do questionário estruturado e o considerou apto para a
seguinte investigação.
        Os professores atuantes no ensino especial responderam, voluntariamente, ao
questionário que foi composto por 10 questões abertas, referentes à sua formação
acadêmica, ao tempo de atuação, as dificuldades de aprendizagem dos alunos, as estratégias
que os professores utilizam para auxiliá-los, além de questões específicas sobre a utilização
das dicas como estratégias de aprendizagem. Nestas questões objetivou-se verificar se os
professores utilizam dicas, quais são, e o que eles entendem por dicas de aprendizagem. O
questionário foi aplicado individualmente, após assinarem o termo de consentimento livre e
esclarecido, sendo que a cada professor participante foi esclarecido o objetivo do estudo e
as questões explicadas no momento do preenchimento do questionário, quando qualquer
dúvida surgisse. Os questionários foram aplicados sempre pela mesma pesquisadora, em
dois dias consecutivos no período vespertino.

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       Após a coleta das informações os dados foram tabulados no programa Excel e
analisados qualitativamente e quantitativamente, conforme a característica da questão
abordada. Assim, as respostas são apresentadas em termos percentuais e descritivos de
acordo com os resultados encontrados.

Resultados e Discussão

        Os resultados são apresentados descritivamente em valores percentuais em relação à
utilização de estratégias e dicas de aprendizagem e em relação ao tempo de experiência
profissional dos participantes. Posteriormente, demonstram-se os resultados encontrados
especificamente sobre as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas, as dificuldades
encontradas pelos professores no ensino especial e as estratégias adotadas para o auxilio
dos alunos.
        A faixa etária média dos professores atuantes no ensino especial foi de 40,1 ± 7,6
anos de idade. A Tabela 1 apresenta as respostas objetivas dos professores quanto à
utilização e conhecimento de estratégias de aprendizagem.

Tabela 1 – Resultado das perguntas objetivas em valores relativos.

                           Perguntas                                    SIM         NÃO
    1.   Utiliza algum tipo de estratégia de aprendizagem?              92%          8%
    2.   Quando utiliza essas estratégias percebe se há algum
                                                                        92%          8%
         progresso mais rápido na aprendizagem dos alunos?
    3.   Já ouviu falar na utilização de dicas como estratégia
                                                                        50%          50%
         de aprendizagem?
    4.   Você utiliza dicas de aprendizagem?                            75%          25%
    5.Você acha que a estratégia de aprendizagem que você
                                                                        83%          17%
         utiliza é considerada uma dica?

        Esses resultados mostram que 75% dos professores utilizam dicas no ensino
especial e 83% acredita que suas estratégias são consideradas uma dica de aprendizagem.
Todavia, nota-se uma clara discordância entre as respostas de alguns professores que
declararam não utilizar dicas (25%), para posteriormente considerarem a sua estratégia uma
dica. Isso demonstra que nem todos os professores tem claro o que sejam as dicas de
aprendizagem e como utilizá-las no processo de ensino-aprendizado, pois os professores
que inicialmente relataram não utilizar esta estratégia, posteriormente admitiram o seu uso.
        A maioria dos professores utiliza alguma estratégia de aprendizagem no ensino
especial, entretanto, quanto ao conhecimento da utilização das dicas como uma estratégia
cognitiva, as respostas foram equivalentes entre os professores que conhecem e não
conhecem as dicas (50%). Além disso, dos 92% dos professores que relataram utilizar uma
estratégia de aprendizagem, 75% declarou utilizar as dicas de aprendizagem. Esse resultado

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5                                                                                                    DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919

indica que grande parte dos professores participantes no estudo procura utilizar meios para
auxiliar a aquisição de conhecimentos e a aprendizagem dos seus alunos (92%) e as dicas
demonstram ser um mecanismo eficiente nesse processo.
        Um aspecto importante a relatar foi que todos os entrevistados possuem formação
acadêmica superior à graduação, sendo relatada também a participação de um professor em
curso de mestrado. A maioria especializou-se na área de ensino especial (59%), incluindo
as áreas específicas de deficiência mental e auditiva, 8% na pedagogia e 25% na
psicopedagogia. Houve um professor que não respondeu à questão. Outra característica
pertinente se encontra no fato de que tais professores possuem grande experiência prática
no ensino especial (50% dos participantes com mais de 10 anos de experiência), como
demonstra a Figura 1.

                                                              Ensino Regular
                                                              Ensino Especial

                                     100
    Experiência profissional (%)




                                      90
                                      80
                                      70
                                      60                                                      50
                                                         41                              42
                                      50
                                      40
                                                                              25
                                      30                                                              17
                                                               17
                                      20          8
                                      10      0                           0                                 0
                                       0
                                           Menos de 1   De 1 a 5     De 5 a 10       Mais de 10       Sem
                                              ano        anos         anos             anos        Experiência


Figura 1 – Porcentagem de atuação profissional no ensino regular e ensino especial.

        A maioria dos professores (83%) relatou ter experiência profissional no ensino
regular. Acredita-se que essa experiência possa favorecê-lo na aquisição de conhecimentos
e diferentes estratégias de ensino, além de oportunidade de experimentação de diferentes
métodos visando ao auxílio na aprendizagem dos alunos.
        A Figura 2 demonstra que os tipos de estratégias utilizadas pelos professores são
bastante variados, mas que a música, o lúdico e os jogos e brincadeiras são mais
enfatizados.



                                                                    15%                              Música

                                                                                   12%               Jogos e brincadeiras

Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011 Lúdico
                                   53%
                                                                               12%
                                                                                                     Confecção e manipulação de
                                                                                                     materiais
                                                                    8%

                                                                                                     Outros*
6                                                                                           DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919




* Os outros tipos de estratégias relatados tiveram apenas uma menção: materiais concretos, elogios, visitas, vivências ambientais,
estabelecimento de rotinas, depende de cada aluno dentro da E.E., vínculo afetivo, teatro, trabalho com a prática, pintura, exercícios de
psicomotricidade, recorte de cenas, próprio corpo e conversação.


Figura 2 – Estratégias de aprendizagem relatadas pelos professores no ensino especial
          (E.E).

        Nessa questão, percebeu-se que os professores entenderam como estratégias de
aprendizagem a forma como eles trabalham os conteúdos com os alunos, sendo encontradas
múltiplas estratégias, representadas por 53% das respostas. Todavia, pode-se perceber que,
existe uma metodologia específica adotada pela escola para o trabalho com os alunos, a
qual faz parte do seu projeto pedagógico institucional. Isso pôde ser constatado na resposta
de dois professores que relataram utilizar esses métodos com base no projeto da escola e
orientações pedagógicas.
        Os professores procuram utilizar métodos considerados motivantes para a
aprendizagem dos alunos, explorando o fator lúdico nos jogos e brincadeiras e inserindo a
música como recurso no trabalho pedagógico. Isso pode ser notado de maneira similar nas
respostas dos professores. Tendo em vista essa diversidade, acredita-se que as estratégias de
ensino utilizadas apresentam características dinâmicas com o objetivo de manter a atenção
das crianças ao que está sendo ensinado, almejando um resultado eficiente para o processo-
aprendizagem.
        Pôde-se perceber nas respostas de alguns professores, que estes buscam trabalhar
por meio de conceitos concretos, principalmente com relação à utilização de rotinas diárias,
proporcionando a possibilidade de relação dos exemplos com um meio de detecção visual,
como o uso de imagens. Assim, vale ressaltar o relato destacado por um professor
participante de que, “muitas vezes o aluno ‘é bom’ na linguagem oral, mas quando é para
registrar não o faz”. Isso demonstra um tipo de dificuldade apresentada pelos alunos
especiais, quanto à transposição da linguagem oral para a linguagem escrita nos trabalhos
escolares. Para minimizar este problema, o estabelecimento de rotinas e trabalhos de
associação com algo concreto se faz presente no auxílio dos alunos para aprendizagem de
novos conceitos.


Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
7                                                                                      DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919

       Quanto às respostas sobre as maiores dificuldades dos alunos, percebidas pelos
professores, apresenta-se na Figura 3.



                                                   10%
                                                                                   Falta de apoio dos pais
           30%                                                    13%
                                                                                   Atenção
                                                                                   Assimilação
                                                                                   Psicomotor-coordenação
                                                            10%
                                  13%
                                                                                   Outros

* As outras dificuldades citadas, com menor freqüência foram: falta de interesse e curiosidade, disciplina, a própria deficiência,
identificação de letras, saber as cores, decodificar o que está sendo trabalhado, associação e mau uso dos meios de comunicação.


Figura 3 - Maiores dificuldades encontradas pelos professores no processo de ensino-
aprendizagem.

        Dentre as três maiores dificuldades dos alunos no processo ensino-aprendizagem,
identificadas pelos professores, embora se possa perceber uma grande variedade de
respostas neste aspecto, foram citadas – o problema de atenção e concentração e o
psicomotor-coordenativo (13%), característico dos problemas dos alunos com necessidades
especiais. Considerando esse quadro, acredita-se que o uso das dicas de aprendizagem
possa contribuir para a aquisição de conhecimentos e habilidades pelas crianças, tendo em
vista o seu papel cognitivo de atuação sobre os mecanismos atencionais.
        Outro ponto a ser destacado nos resultados obtidos demonstra uma condição
preocupante, com relação ao apoio familiar, uma vez que 10% das dificuldades relatadas
pelos professores dizem respeito à falta de apoio e compromisso dos pais com as crianças.
Esse aspecto é fundamental em qualquer modalidade de ensino, sendo que o apoio familiar
é fundamental para o melhor desenvolvimento acadêmico dos alunos.
        Em um estudo objetivando conhecer a opinião dos professores de Educação Física
que trabalham com pessoas com deficiência e demonstrar as necessidades desses
profissionais no trabalho com alunos com deficiência, neste caso, a respeito do processo de
inclusão escolar, Filus e Martins Junior (2004) encontraram que a grande maioria dos
professores da amostra (n=14) não teve este tipo de conhecimento na sua formação
acadêmica, vindo a adquirir em cursos e na sua atuação prática posterior. Dessa forma, os
professores do estudo relataram ter apresentado dificuldades no trabalho inicial, e que
atualmente tais dificuldades profissionais persistem e são relacionadas principalmente à
falta de recursos, ao apoio por parte dos pais dos alunos e do baixo salário. Sendo assim,
ressalta-se a importância sobre o uso de estratégias de aprendizagem seja no ensino especial
ou no ensino regular, para minimizar tais problemas e maximizar o processo na assimilação
dos conhecimentos.

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        Quanto às estratégias citadas no presente estudo para auxiliar os alunos em função
das dificuldades encontradas dispõem-se na Figura 4.


                                                      Atividades com surpresas e novidades

                                                      Jogos e brincadeiras

                                                      Lúdico
                                                      Trabalho com música
                 43%                          11%
                                                           7%
                                                      Conversas
                                                      Atividades com o corpo

                                                      Não tem
                                                      Outros*
                                                                     14%
* As outras estratégias utilizadas (receberam uma menção somente) foram: calendário,
                                                               7%
imposição de limites, punição, leitura, atividades de psicomotricidade, histórias infantis,
trabalhos confeccionados pelos próprios alunos, cartaz com figuras, recorte de cenas,
                    4%           7%              7%
rotina, teatro, de acordo com a necessidade de cada aluno.
Figura 4 – Estratégias utilizadas para o auxilio dos alunos.

        Verificou-se uma ampla gama de respostas, o que caracteriza uma grande
disponibilidade de recursos utilizados por estes professores no trabalho com os alunos
especiais. Embora se tenha identificado esta variedade de estratégias, formando 43% das
respostas, o trabalho por meio do lúdico (14%) e atividades com trocas constantes,
surpresas e novidades (11%) também tiveram uma predominância nas respostas dos
professores. Por essas constatações pode-se inferir que os professores apostam na
combinação dessas estratégias, conforme relatado, como recurso para auxiliar a
aprendizagem dos alunos, na memorização, concentração e motivação.
        Em uma questão objetivando investigar a percepção dos professores sobre o
progresso dos alunos com o uso das estratégias adotadas, além deles relatarem um
progresso mais rápido no processo de aprendizagem, as estratégias se apresentam de forma
bastante variadas. Conforme as respostas obtidas, 22% relataram que o progresso dos
alunos especiais, diferentemente do ensino regular, é mais lento e não é evidenciado de
forma imediata, mas ocorre a longo prazo. Devido às particularidades referentes a cada
problema em específico, a observação é realizada de forma individual e percebida mais
claramente por meio dos conceitos matemáticos e numéricos, conforme reafirmado pela
utilização da estratégia de ensino de conceitos concretos.
        Esse fato sugere o uso das dicas de aprendizagem como estratégia cognitiva no
ensino dos alunos especiais, no intuito de testar a maximização do seu processo ensino-



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aprendizagem, principalmente como alicerce na valorização da estratégia de utilização do
concreto e rotinas diárias.
        Sobre a utilização de dicas como estratégia no processo ensino-aprendizagem,
conforme demonstrado na Tabela 1, 50% dos professores já ouviram falar de tal estratégia.
Os meios de conhecimentos sobre a utilização das dicas mais mencionadas foram a própria
experiência profissional (37% das respostas) e a troca de experiências com colegas da área
(25%). Os 38% restantes ficaram em função de respostas como leitura de livros durante a
graduação ou tendo um conceito próprio do que seja a utilização de dicas como estratégia
de aprendizagem.
        Para melhor esclarecer a utilização das dicas de aprendizagem, os professores foram
questionados sobre sua compreensão desse tipo de estratégia. Como a questão foi aberta
para os professores responderem livremente, conforme sua concepção encontrou-se
respostas referentes a mais de uma categoria citada. Verificou-se confusão entre a
conceituação da finalidade das dicas como estratégia de aprendizagem, confirmado pela
resposta obtida por um dos professores participantes, de que estas são “uma pista dada sem
a explicação sobre o que se quer”. Este tipo de afirmação encontra-se inteiramente
equivocado no sentido de que as dicas são estratégias de auxílio aos alunos na compreensão
das tarefas, principalmente no sentido de facilitar a assimilação da informação, e não uma
pista sobre um “esconderijo” onde o aluno procura descobrir a saída.
        Outras respostas como - a troca de experiência com o colega (8%), idéias
enfatizando o desenvolvimento do aluno (8%) e tratamento individual da atividade à
avaliação (8%) - foram explicações sobre o entendimento das dicas de aprendizagem.
Inversamente a estes achados, foram encontradas também respostas mais específicas
explicando as dicas como estratégia por meio da associação visual (17%) como – confecção
de cartazes e meios para simplificar e agilizar a aprendizagem (17%), os quais no entanto,
não foram especificados.
        Vale ressaltar que apenas 17% citaram o uso das dicas como estratégia de
assimilação do conhecimento e associação com algo que o aluno já conhece. Sendo assim,
pôde-se notar que a compreensão dos profissionais do ensino especial sobre a finalidade da
utilização de dicas de aprendizagem, em sua maioria (83%), não se relaciona claramente ao
conceito apontado pelos autores na literatura. Como demonstrado nos vários estudos
(PASETTO e ARAÚJO, 2004; CIDADE, LADEWIG e TAVARES, 1999; LADEWIG et
al., 1995; MOURA, 2006) as dicas específicas podem ser eficazes aos professores e alunos
no intuito de servirem como uma estratégia de transmissão e assimilação da informação de
maneira simplificada, na linguagem do aluno e conforme o seu nível de desenvolvimento e
aprendizagem, visando à maximização desse processo de aquisição de conhecimentos.
        Esse fato demonstra que não só a troca de experiências com os colegas e a
experiência profissional, mas os cursos e as leituras compõem um corpo de conhecimento
específico voltado ao atendimento das crianças com necessidades especiais. Além disso,
visto que a dica de aprendizagem é uma estratégia eficientemente aplicada, cabe aos
professores em suas específicas áreas analisarem os pontos críticos em cada tarefa ensinada
elaborando e testando as diferentes dicas no intuito de se voltarem ao conhecimento desse
método para facilitar o ensino dos seus alunos com características especiais.

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10.5216/rpp.v14i2.6919
        Esses resultados sugerem o aprofundamento da pesquisa tanto em âmbito
investigativo quanto prático no intuito de fornecer maiores esclarecimentos quanto à
utilização dessa estratégia no ensino de habilidades motoras e cognitivas para alunos com
necessidades especiais.

Conclusão

        De acordo com os resultados apresentados, percebeu-se uma ampla variedade de
estratégias de aprendizagem, sempre levando em consideração que as dificuldades
apresentadas pelos alunos com deficiência mental são particulares e específicas,
apresentando uma realidade diferenciada. Considerando algumas especificidades do ensino
especial, como a necessidade de maior tempo no trabalho pedagógico para a aprendizagem
dos alunos, os dados da pesquisa mostraram que as dificuldades levantadas pelos
professores se assemelham aos problemas enfrentados na realidade do ensino regular,
quanto à necessidade do uso de estratégias de ensino-aprendizagem, mas que se tornam
mais complexas de acordo com as particularidades dos alunos. Com relação ao uso das
dicas de aprendizagem como estratégia cognitiva, pode-se constatar que esta não faz parte
do repertório de estratégias adotadas pelos professores participantes no estudo. Isto pôde
ser concluído com vistas às respostas dos professores que relataram utilizar as dicas de
aprendizagem, mas posteriormente não souberam descrevê-las.
        Constatou-se uma discordância de resultados levando-nos a concluir que, apesar do
conhecimento adquirido dos professores durante sua formação acadêmica e experiência
profissional os ajudarem na formulação de diferentes estratégias de ensino, eles não
demonstraram domínio do conhecimento sobre dicas ao reconhecerem a sua aplicação na
atuação profissional. Isto reafirma a necessidade de investigação sobre estratégias de
aprendizagem para crianças especiais, de forma a obter melhor compreensão deste universo
voltado ao processo ensino-aprendizagem. Uma vez constatada a falta de domínio de
professores atuantes no ensino especial sobre o uso de dicas de aprendizagem como um tipo
de estratégia cognitiva, acredita-se na necessidade de maior estudo e aprofundamento por
parte de tais profissionais, no sentido de testar os benefícios dessa estratégia sobre o
desenvolvimento e aprendizagem de crianças especiais. Para isso, sugere-se que o estudo
sobre os aspectos pertinentes a aquisição de conhecimentos, atenção e memória, possam
fornecer subsídios teóricos que embasem o trabalho e a escolha dos profissionais por
determinada estratégia de ensino-aprendizagem.

Referências

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desenvolvimento da percepção corporal de crianças com deficiência física. 2004. 123 f.
Dissertação (mestrado em Educação Física) – curso de Educação Física, Departamento de
Educação Física, UFPR, Curitiba-PR, 2004.



Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
11                                                        DOI:
10.5216/rpp.v14i2.6919
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12                                                         DOI:
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SCHMIDT, Richard A.; WRISBERG, Craig A. Aprendizagem e performance motora:
uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, 2001.



          LEARNING STRATEGIES USED FOR SPECIAL EDUCATION

Abstract: The aim of this study was to verify the understanding and use of learning cues as
teaching strategies by special education teachers. Twelve teachers answered a questionnaire
composed by 10 questions. Based on teachers’ answers which reported the use of learning
cues but were not able to define them, a discrepancy among the results was found,
concluding that even though they acquire knowledge during academic formation and
professional experience may help teachers to elaborate learning strategies, they have
demonstrated insufficient understanding when recognizing the learning cues as a kind of
learning strategies.
Key words: Learning cues. Special education. Teaching strategies.


  EL USO DE ESTRATEGIAS DE APRENDIZAJE EN EDUCACIÓN ESPECIAL

Resumen: El objetivo del trabajo fue evaluar el uso del conocimiento y señales para el
aprendizaje como una estrategia de educación para profesores de educación especial. La
investigación implica la participación de 12 profesores. Basado en las respuestas de los
profesores que dicieron usar el señales y, posteriormente, fueron incapazes de describir
ellos, hubo una discrepancia de los resultados, lo que lleva a concluir que a pesar de los
conocimientos de los docentes durante su experiencia académica y profesional ayudarlos en
la formulación de estrategias para la enseñanza, ellos no mostraran ningún campo del
conocimiento para reconocer los señales como un tipo de estrategia de aprendizaje.
Palabras clave: Señales para el aprendizaje. Educación especial. Estrategias para la
enseñanza.




Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
14                                                                DOI:
10.5216/rpp.v14i2.6919
Endereço para correspondência:
josi_medina@hotmail.com
Josiane Medina Papst,
Universidade Estadual de Londrina
Centro de Educação Física e Desportos
Rodovia Celso Garcia Cid Pr 445 KM 380
Campus Universitário
86051-990 - Londrina, PR - Brasil




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Ensino especial e estratégias de aprendizagem

  • 1. 1 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 O USO DE ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO ESPECIAL Josiane Medina Papst Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil Andréa Yoshie Silva Yamaguchi Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil Iverson Ladewig Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil Resumo: O objetivo do estudo foi verificar o conhecimento e utilização das dicas de aprendizagem como estratégia ensino-aprendizagem por professores do ensino especial. A pesquisa contou com a participação de 12 professores. Os dados revelam que a maioria dos professores relatou utilizar as dicas de aprendizagem, mas posteriormente não souberam descrevê-las. Constatou-se uma discordância de resultados, levando a concluir que, apesar do conhecimento adquirido dos professores durante sua formação acadêmica e experiência profissional ajudá-los na formulação das estratégias de ensino, eles não demonstraram domínio do conhecimento ao reconhecerem as dicas como um tipo de estratégia de aprendizagem. Palavras-chave: Dicas de aprendizagem. Ensino especial. Estratégias de ensino. Introdução No processo ensino-aprendizagem as instruções fornecidas aos aprendizes é um meio de comunicação direta utilizado pelo professor para auxiliar o aprendiz na descoberta e compreensão de aspectos relevantes da habilidade. Nesse processo, a capacidade de detecção e seleção de informações importantes disponíveis no meio ambiente de realização da ação motora é fundamental para se obter êxito na tarefa. À capacidade de detectar as informações relevantes, ao mesmo tempo em que se descarta àquelas irrelevantes, denomina-se atenção seletiva (GAZZANIGA, IVRY e MANGUN, 2006; LADEWIG, 2000, SCHIMIDT e WRISBERG, 2001). Esse é um fator chave para sucesso na aquisição de habilidades, podendo resultar em aprendizagem efetiva (LADEWIG, CIDADE e LADEWIG, 2001). O processo de desenvolvimento da atenção seletiva ocorre em fases (ROSS, 1976), sendo que a criança inicialmente presta atenção a apenas um estímulo de cada vez, como por exemplo, o próprio brinquedo. No decorrer desse desenvolvimento as crianças passam a ser atraídas pelas inúmeras informações contidas no meio, não sendo capaz de selecionar a mais importante, o que ocorre geralmente com as crianças em idade escolar. Mas, ao completar esse processo, em um meio ambiente repleto de informações as crianças já Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 2. 2 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 conseguem selecionar o que é relevante e descartar aquelas informações irrelevantes. A diferença do caminhar em um ambiente repleto de informações atrativas – como em um parque de diversões, entre uma criança que poderá regularmente ser atraída por diversas informações e um jovem apresentando maior habilidade de seleção das informações, demonstra claramente esta fase. Nesse sentido, o desenvolvimento da atenção seletiva deve ser um aspecto de relevância na formulação e aplicação de estratégias de aprendizagem para as diferentes populações. Conforme Pasetto, Araújo e Corrêa (2006), durante a intervenção do profissional de Educação Física, existem muitos fatores que interferem no processo de instrução, como o excesso de informações, que muitas vezes dificultam o direcionamento da atenção do aprendiz para a informação relevante nas tarefas. Dessa maneira, ressaltam-se os benefícios quanto à utilização de dicas de aprendizagem como uma estratégia cognitiva para direcionar o foco de atenção dos alunos para aspectos mais relevantes. A criança necessita de recursos para observar e gravar as informações sobre os elementos críticos influenciadores na tarefa, ao mesmo tempo pode ser capaz de assimilar as dicas específicas necessárias para o aprendizado da habilidade motora em questão. Os professores que trabalham com crianças na fase inicial de aprendizagem, devem compreender que elas não possuem a capacidade de selecionar voluntariamente dicas específicas e, consequentemente, quando o professor as fornece, além de auxiliá-las a dirigirem o foco de atenção aos pontos relevantes da atividade, estará também diminuindo a sobrecarga nos mecanismos de atenção (LADEWIG, GALLAGHER e CAMPOS, 1995). No que tange principalmente as crianças especiais, o nível de desenvolvimento se torna ainda mais crítico, pois, como relatado por Cidade, Tavares, Ladewig e Leitão (1998), caso a seletividade da atenção esteja comprometida, fica difícil organizar as ações dos indivíduos no meio. Conforme Gorla (1997), a deficiência mental, especificamente, apresenta uma atipicidade de desenvolvimento rítmico e de maturação, onde podem ser verificadas evoluções conceituais de aspectos mal controlados, além de problemas de atenção seletiva e de auto-regulação de condutas, no qual o meio exerce um papel fundamental. Neste ínterim, o conhecimento sobre a utilização de estratégias de aprendizagem se faz presente no intuito de auxiliar os alunos no processo de aquisição de conhecimentos e habilidades facilitando o seu processo de aprendizagem. A investigação sobre a utilização dos tipos de estratégias de aprendizagem vem sendo um campo investigado nas diversas modalidades relacionadas ao ensino de habilidades motoras e cognitivas (BERTOLDI, 2004; CAÇOLA e LADEWIG, 2005; LADEWIG, CAÇOLA, YAMAGUCHI e MEDINA, 2005; CAÇOLA, 2006; MEDINA, CAÇOLA, YAMAGUCHI, GONÇALVES e LADEWIG, 2006; CAÇOLA, 2006; MOURA, 2006; MEDINA, MARQUES, LADEWIG e RODACKI, 2008; MEDINA- PAPST, CANDIDO, XAVIER FILHO e MARQUES, 2010). Recentemente em um estudo de revisão sobre o uso de dicas de aprendizagem na aquisição de habilidades motoras constata-se que do ponto de vista pedagógico, as dicas como estratégia de aprendizagem têm sido utilizada com sucesso na aprendizagem de habilidades motoras. Todavia, embora se considere a aplicabilidade das dicas em diferentes âmbitos do ensino, percebe-se ainda a necessidade de estudos testando a sua aplicação na combinação de habilidades motoras Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 3. 3 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 fundamentais e habilidades esportivas com diferentes populações (MEDINA-PAPST, LADEWIG e MARQUES, 2009). Considerando a necessidade de se estudar o uso de estratégias de aprendizagem que oportunizem maior aproveitamento das informações importantes disponíveis no ambiente de aprendizagem, a dica é um tipo de estratégia atualmente explorada pelos profissionais em sua atuação prática nas áreas de tênis, voleibol, natação, ginástica rítmica e musculação (CIDADE et al., 1998; CAÇOLA e LADEWIG, 2005; MEDINA et al., 2005; CAÇOLA et al., 2005; LADEWIG et al., 2005, PASETTO e ARAÚJO, 2009). Na perspectiva de investigação do uso das dicas de aprendizagem no âmbito do ensino especial e com base em estudos encontrados na literatura, percebe-se a importância da utilização de estratégias para maximizar o aprendizado, e principalmente, ao se pensar na dificuldade específica de uma população especial. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi verificar o conhecimento dos professores sobre o uso de dicas de aprendizagem como estratégia cognitiva e se eles as utilizam no processo ensino-aprendizagem de crianças estudantes em uma escola de ensino especial. Métodos Participaram do estudo 12 professores, graduados em diferentes áreas como história, geografia, música, pedagogia e Educação Física e todos pós-graduados em pedagogia, psicopedagogia ou Educação Especial, atuantes no ensino de alunos com deficiência mental. Os professores fazem parte de um corpo docente composto por 40 profissionais, de uma instituição sem fins lucrativos, que desenvolve projetos focados na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. A escola especial atende bebês, crianças e jovens com deficiências, sendo aproximadamente 225 alunos, que recebem assistência nas áreas técnica e pedagógica. Após o contato com a direção da escola solicitando autorização para a realização da pesquisa, os professores foram convidados pelos pesquisadores para participarem do estudo. Assim, os dias foram agendados conforme disponibilidade dos professores para a aplicação dos questionários. Três profissionais, da área de Educação Física e Psicologia do Esporte colaboraram na formulação do questionário estruturado e o considerou apto para a seguinte investigação. Os professores atuantes no ensino especial responderam, voluntariamente, ao questionário que foi composto por 10 questões abertas, referentes à sua formação acadêmica, ao tempo de atuação, as dificuldades de aprendizagem dos alunos, as estratégias que os professores utilizam para auxiliá-los, além de questões específicas sobre a utilização das dicas como estratégias de aprendizagem. Nestas questões objetivou-se verificar se os professores utilizam dicas, quais são, e o que eles entendem por dicas de aprendizagem. O questionário foi aplicado individualmente, após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, sendo que a cada professor participante foi esclarecido o objetivo do estudo e as questões explicadas no momento do preenchimento do questionário, quando qualquer dúvida surgisse. Os questionários foram aplicados sempre pela mesma pesquisadora, em dois dias consecutivos no período vespertino. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 4. 4 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 Após a coleta das informações os dados foram tabulados no programa Excel e analisados qualitativamente e quantitativamente, conforme a característica da questão abordada. Assim, as respostas são apresentadas em termos percentuais e descritivos de acordo com os resultados encontrados. Resultados e Discussão Os resultados são apresentados descritivamente em valores percentuais em relação à utilização de estratégias e dicas de aprendizagem e em relação ao tempo de experiência profissional dos participantes. Posteriormente, demonstram-se os resultados encontrados especificamente sobre as estratégias de ensino-aprendizagem utilizadas, as dificuldades encontradas pelos professores no ensino especial e as estratégias adotadas para o auxilio dos alunos. A faixa etária média dos professores atuantes no ensino especial foi de 40,1 ± 7,6 anos de idade. A Tabela 1 apresenta as respostas objetivas dos professores quanto à utilização e conhecimento de estratégias de aprendizagem. Tabela 1 – Resultado das perguntas objetivas em valores relativos. Perguntas SIM NÃO 1. Utiliza algum tipo de estratégia de aprendizagem? 92% 8% 2. Quando utiliza essas estratégias percebe se há algum 92% 8% progresso mais rápido na aprendizagem dos alunos? 3. Já ouviu falar na utilização de dicas como estratégia 50% 50% de aprendizagem? 4. Você utiliza dicas de aprendizagem? 75% 25% 5.Você acha que a estratégia de aprendizagem que você 83% 17% utiliza é considerada uma dica? Esses resultados mostram que 75% dos professores utilizam dicas no ensino especial e 83% acredita que suas estratégias são consideradas uma dica de aprendizagem. Todavia, nota-se uma clara discordância entre as respostas de alguns professores que declararam não utilizar dicas (25%), para posteriormente considerarem a sua estratégia uma dica. Isso demonstra que nem todos os professores tem claro o que sejam as dicas de aprendizagem e como utilizá-las no processo de ensino-aprendizado, pois os professores que inicialmente relataram não utilizar esta estratégia, posteriormente admitiram o seu uso. A maioria dos professores utiliza alguma estratégia de aprendizagem no ensino especial, entretanto, quanto ao conhecimento da utilização das dicas como uma estratégia cognitiva, as respostas foram equivalentes entre os professores que conhecem e não conhecem as dicas (50%). Além disso, dos 92% dos professores que relataram utilizar uma estratégia de aprendizagem, 75% declarou utilizar as dicas de aprendizagem. Esse resultado Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 5. 5 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 indica que grande parte dos professores participantes no estudo procura utilizar meios para auxiliar a aquisição de conhecimentos e a aprendizagem dos seus alunos (92%) e as dicas demonstram ser um mecanismo eficiente nesse processo. Um aspecto importante a relatar foi que todos os entrevistados possuem formação acadêmica superior à graduação, sendo relatada também a participação de um professor em curso de mestrado. A maioria especializou-se na área de ensino especial (59%), incluindo as áreas específicas de deficiência mental e auditiva, 8% na pedagogia e 25% na psicopedagogia. Houve um professor que não respondeu à questão. Outra característica pertinente se encontra no fato de que tais professores possuem grande experiência prática no ensino especial (50% dos participantes com mais de 10 anos de experiência), como demonstra a Figura 1. Ensino Regular Ensino Especial 100 Experiência profissional (%) 90 80 70 60 50 41 42 50 40 25 30 17 17 20 8 10 0 0 0 0 Menos de 1 De 1 a 5 De 5 a 10 Mais de 10 Sem ano anos anos anos Experiência Figura 1 – Porcentagem de atuação profissional no ensino regular e ensino especial. A maioria dos professores (83%) relatou ter experiência profissional no ensino regular. Acredita-se que essa experiência possa favorecê-lo na aquisição de conhecimentos e diferentes estratégias de ensino, além de oportunidade de experimentação de diferentes métodos visando ao auxílio na aprendizagem dos alunos. A Figura 2 demonstra que os tipos de estratégias utilizadas pelos professores são bastante variados, mas que a música, o lúdico e os jogos e brincadeiras são mais enfatizados. 15% Música 12% Jogos e brincadeiras Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011 Lúdico 53% 12% Confecção e manipulação de materiais 8% Outros*
  • 6. 6 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 * Os outros tipos de estratégias relatados tiveram apenas uma menção: materiais concretos, elogios, visitas, vivências ambientais, estabelecimento de rotinas, depende de cada aluno dentro da E.E., vínculo afetivo, teatro, trabalho com a prática, pintura, exercícios de psicomotricidade, recorte de cenas, próprio corpo e conversação. Figura 2 – Estratégias de aprendizagem relatadas pelos professores no ensino especial (E.E). Nessa questão, percebeu-se que os professores entenderam como estratégias de aprendizagem a forma como eles trabalham os conteúdos com os alunos, sendo encontradas múltiplas estratégias, representadas por 53% das respostas. Todavia, pode-se perceber que, existe uma metodologia específica adotada pela escola para o trabalho com os alunos, a qual faz parte do seu projeto pedagógico institucional. Isso pôde ser constatado na resposta de dois professores que relataram utilizar esses métodos com base no projeto da escola e orientações pedagógicas. Os professores procuram utilizar métodos considerados motivantes para a aprendizagem dos alunos, explorando o fator lúdico nos jogos e brincadeiras e inserindo a música como recurso no trabalho pedagógico. Isso pode ser notado de maneira similar nas respostas dos professores. Tendo em vista essa diversidade, acredita-se que as estratégias de ensino utilizadas apresentam características dinâmicas com o objetivo de manter a atenção das crianças ao que está sendo ensinado, almejando um resultado eficiente para o processo- aprendizagem. Pôde-se perceber nas respostas de alguns professores, que estes buscam trabalhar por meio de conceitos concretos, principalmente com relação à utilização de rotinas diárias, proporcionando a possibilidade de relação dos exemplos com um meio de detecção visual, como o uso de imagens. Assim, vale ressaltar o relato destacado por um professor participante de que, “muitas vezes o aluno ‘é bom’ na linguagem oral, mas quando é para registrar não o faz”. Isso demonstra um tipo de dificuldade apresentada pelos alunos especiais, quanto à transposição da linguagem oral para a linguagem escrita nos trabalhos escolares. Para minimizar este problema, o estabelecimento de rotinas e trabalhos de associação com algo concreto se faz presente no auxílio dos alunos para aprendizagem de novos conceitos. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 7. 7 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 Quanto às respostas sobre as maiores dificuldades dos alunos, percebidas pelos professores, apresenta-se na Figura 3. 10% Falta de apoio dos pais 30% 13% Atenção Assimilação Psicomotor-coordenação 10% 13% Outros * As outras dificuldades citadas, com menor freqüência foram: falta de interesse e curiosidade, disciplina, a própria deficiência, identificação de letras, saber as cores, decodificar o que está sendo trabalhado, associação e mau uso dos meios de comunicação. Figura 3 - Maiores dificuldades encontradas pelos professores no processo de ensino- aprendizagem. Dentre as três maiores dificuldades dos alunos no processo ensino-aprendizagem, identificadas pelos professores, embora se possa perceber uma grande variedade de respostas neste aspecto, foram citadas – o problema de atenção e concentração e o psicomotor-coordenativo (13%), característico dos problemas dos alunos com necessidades especiais. Considerando esse quadro, acredita-se que o uso das dicas de aprendizagem possa contribuir para a aquisição de conhecimentos e habilidades pelas crianças, tendo em vista o seu papel cognitivo de atuação sobre os mecanismos atencionais. Outro ponto a ser destacado nos resultados obtidos demonstra uma condição preocupante, com relação ao apoio familiar, uma vez que 10% das dificuldades relatadas pelos professores dizem respeito à falta de apoio e compromisso dos pais com as crianças. Esse aspecto é fundamental em qualquer modalidade de ensino, sendo que o apoio familiar é fundamental para o melhor desenvolvimento acadêmico dos alunos. Em um estudo objetivando conhecer a opinião dos professores de Educação Física que trabalham com pessoas com deficiência e demonstrar as necessidades desses profissionais no trabalho com alunos com deficiência, neste caso, a respeito do processo de inclusão escolar, Filus e Martins Junior (2004) encontraram que a grande maioria dos professores da amostra (n=14) não teve este tipo de conhecimento na sua formação acadêmica, vindo a adquirir em cursos e na sua atuação prática posterior. Dessa forma, os professores do estudo relataram ter apresentado dificuldades no trabalho inicial, e que atualmente tais dificuldades profissionais persistem e são relacionadas principalmente à falta de recursos, ao apoio por parte dos pais dos alunos e do baixo salário. Sendo assim, ressalta-se a importância sobre o uso de estratégias de aprendizagem seja no ensino especial ou no ensino regular, para minimizar tais problemas e maximizar o processo na assimilação dos conhecimentos. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 8. 8 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 Quanto às estratégias citadas no presente estudo para auxiliar os alunos em função das dificuldades encontradas dispõem-se na Figura 4. Atividades com surpresas e novidades Jogos e brincadeiras Lúdico Trabalho com música 43% 11% 7% Conversas Atividades com o corpo Não tem Outros* 14% * As outras estratégias utilizadas (receberam uma menção somente) foram: calendário, 7% imposição de limites, punição, leitura, atividades de psicomotricidade, histórias infantis, trabalhos confeccionados pelos próprios alunos, cartaz com figuras, recorte de cenas, 4% 7% 7% rotina, teatro, de acordo com a necessidade de cada aluno. Figura 4 – Estratégias utilizadas para o auxilio dos alunos. Verificou-se uma ampla gama de respostas, o que caracteriza uma grande disponibilidade de recursos utilizados por estes professores no trabalho com os alunos especiais. Embora se tenha identificado esta variedade de estratégias, formando 43% das respostas, o trabalho por meio do lúdico (14%) e atividades com trocas constantes, surpresas e novidades (11%) também tiveram uma predominância nas respostas dos professores. Por essas constatações pode-se inferir que os professores apostam na combinação dessas estratégias, conforme relatado, como recurso para auxiliar a aprendizagem dos alunos, na memorização, concentração e motivação. Em uma questão objetivando investigar a percepção dos professores sobre o progresso dos alunos com o uso das estratégias adotadas, além deles relatarem um progresso mais rápido no processo de aprendizagem, as estratégias se apresentam de forma bastante variadas. Conforme as respostas obtidas, 22% relataram que o progresso dos alunos especiais, diferentemente do ensino regular, é mais lento e não é evidenciado de forma imediata, mas ocorre a longo prazo. Devido às particularidades referentes a cada problema em específico, a observação é realizada de forma individual e percebida mais claramente por meio dos conceitos matemáticos e numéricos, conforme reafirmado pela utilização da estratégia de ensino de conceitos concretos. Esse fato sugere o uso das dicas de aprendizagem como estratégia cognitiva no ensino dos alunos especiais, no intuito de testar a maximização do seu processo ensino- Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 9. 9 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 aprendizagem, principalmente como alicerce na valorização da estratégia de utilização do concreto e rotinas diárias. Sobre a utilização de dicas como estratégia no processo ensino-aprendizagem, conforme demonstrado na Tabela 1, 50% dos professores já ouviram falar de tal estratégia. Os meios de conhecimentos sobre a utilização das dicas mais mencionadas foram a própria experiência profissional (37% das respostas) e a troca de experiências com colegas da área (25%). Os 38% restantes ficaram em função de respostas como leitura de livros durante a graduação ou tendo um conceito próprio do que seja a utilização de dicas como estratégia de aprendizagem. Para melhor esclarecer a utilização das dicas de aprendizagem, os professores foram questionados sobre sua compreensão desse tipo de estratégia. Como a questão foi aberta para os professores responderem livremente, conforme sua concepção encontrou-se respostas referentes a mais de uma categoria citada. Verificou-se confusão entre a conceituação da finalidade das dicas como estratégia de aprendizagem, confirmado pela resposta obtida por um dos professores participantes, de que estas são “uma pista dada sem a explicação sobre o que se quer”. Este tipo de afirmação encontra-se inteiramente equivocado no sentido de que as dicas são estratégias de auxílio aos alunos na compreensão das tarefas, principalmente no sentido de facilitar a assimilação da informação, e não uma pista sobre um “esconderijo” onde o aluno procura descobrir a saída. Outras respostas como - a troca de experiência com o colega (8%), idéias enfatizando o desenvolvimento do aluno (8%) e tratamento individual da atividade à avaliação (8%) - foram explicações sobre o entendimento das dicas de aprendizagem. Inversamente a estes achados, foram encontradas também respostas mais específicas explicando as dicas como estratégia por meio da associação visual (17%) como – confecção de cartazes e meios para simplificar e agilizar a aprendizagem (17%), os quais no entanto, não foram especificados. Vale ressaltar que apenas 17% citaram o uso das dicas como estratégia de assimilação do conhecimento e associação com algo que o aluno já conhece. Sendo assim, pôde-se notar que a compreensão dos profissionais do ensino especial sobre a finalidade da utilização de dicas de aprendizagem, em sua maioria (83%), não se relaciona claramente ao conceito apontado pelos autores na literatura. Como demonstrado nos vários estudos (PASETTO e ARAÚJO, 2004; CIDADE, LADEWIG e TAVARES, 1999; LADEWIG et al., 1995; MOURA, 2006) as dicas específicas podem ser eficazes aos professores e alunos no intuito de servirem como uma estratégia de transmissão e assimilação da informação de maneira simplificada, na linguagem do aluno e conforme o seu nível de desenvolvimento e aprendizagem, visando à maximização desse processo de aquisição de conhecimentos. Esse fato demonstra que não só a troca de experiências com os colegas e a experiência profissional, mas os cursos e as leituras compõem um corpo de conhecimento específico voltado ao atendimento das crianças com necessidades especiais. Além disso, visto que a dica de aprendizagem é uma estratégia eficientemente aplicada, cabe aos professores em suas específicas áreas analisarem os pontos críticos em cada tarefa ensinada elaborando e testando as diferentes dicas no intuito de se voltarem ao conhecimento desse método para facilitar o ensino dos seus alunos com características especiais. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 10. 10 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 Esses resultados sugerem o aprofundamento da pesquisa tanto em âmbito investigativo quanto prático no intuito de fornecer maiores esclarecimentos quanto à utilização dessa estratégia no ensino de habilidades motoras e cognitivas para alunos com necessidades especiais. Conclusão De acordo com os resultados apresentados, percebeu-se uma ampla variedade de estratégias de aprendizagem, sempre levando em consideração que as dificuldades apresentadas pelos alunos com deficiência mental são particulares e específicas, apresentando uma realidade diferenciada. Considerando algumas especificidades do ensino especial, como a necessidade de maior tempo no trabalho pedagógico para a aprendizagem dos alunos, os dados da pesquisa mostraram que as dificuldades levantadas pelos professores se assemelham aos problemas enfrentados na realidade do ensino regular, quanto à necessidade do uso de estratégias de ensino-aprendizagem, mas que se tornam mais complexas de acordo com as particularidades dos alunos. Com relação ao uso das dicas de aprendizagem como estratégia cognitiva, pode-se constatar que esta não faz parte do repertório de estratégias adotadas pelos professores participantes no estudo. Isto pôde ser concluído com vistas às respostas dos professores que relataram utilizar as dicas de aprendizagem, mas posteriormente não souberam descrevê-las. Constatou-se uma discordância de resultados levando-nos a concluir que, apesar do conhecimento adquirido dos professores durante sua formação acadêmica e experiência profissional os ajudarem na formulação de diferentes estratégias de ensino, eles não demonstraram domínio do conhecimento sobre dicas ao reconhecerem a sua aplicação na atuação profissional. Isto reafirma a necessidade de investigação sobre estratégias de aprendizagem para crianças especiais, de forma a obter melhor compreensão deste universo voltado ao processo ensino-aprendizagem. Uma vez constatada a falta de domínio de professores atuantes no ensino especial sobre o uso de dicas de aprendizagem como um tipo de estratégia cognitiva, acredita-se na necessidade de maior estudo e aprofundamento por parte de tais profissionais, no sentido de testar os benefícios dessa estratégia sobre o desenvolvimento e aprendizagem de crianças especiais. Para isso, sugere-se que o estudo sobre os aspectos pertinentes a aquisição de conhecimentos, atenção e memória, possam fornecer subsídios teóricos que embasem o trabalho e a escolha dos profissionais por determinada estratégia de ensino-aprendizagem. Referências BERTOLDI, Andréa Lúcia Sério. A influência do uso de dicas de aprendizagem no desenvolvimento da percepção corporal de crianças com deficiência física. 2004. 123 f. Dissertação (mestrado em Educação Física) – curso de Educação Física, Departamento de Educação Física, UFPR, Curitiba-PR, 2004. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 11. 11 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 CAÇOLA, Priscila Martins. Comparações entre as práticas em partes e como todo e a influência da utilização de dicas na aprendizagem motora de duas habilidades da Ginástica Rítmica. 2006. 65 f. Dissertação (mestrado em Educação Física) – curso de Educação Física, Departamento de Educação Física, UFPR, Curitiba-PR, 2006. CAÇOLA, Priscila Martins, LADEWIG, Iverson. A utilização de dicas na aprendizagem da ginástica rítmica: um estudo de revisão. Revista digital, Bueños Aires, v. 10, n. 82, marzo 2005. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd82/gr.htm >. Acesso em: 03 de agosto 2009. CAÇOLA, Priscila, MEDINA, Josiane, AUGUSTO, Vitor, et al. O uso de dicas específicas no processo de aprendizagem do voleibol [resumo]. In: Fórum Internacional de qualidade de vida e saúde. Revista científica Jopef, Curitiba, v. 01, n. 03, 2005. CIDADE, Ruth Eugênia Amarante, TAVARES, Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes, LADEWIG, Iverson, LEITÃO, Tereza. O uso de dicas visuais no tênis de campo com uma criança portadora da síndrome de Down – um estudo de caso. Revista da Sobama, v. 3, n. 3, p. 21-24, 1998. CIDADE, Ruth Eugênia Amarante, LADEWIG, Iverson, TAVARES, Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes. O uso de dicas específicas como estratégia de atenção seletiva em portadores da Síndrome de Down. Revista da Sobama, Uberlândia, v. 4, n 4, p. 52-55, 1999. FILUS, Josiane Fujisawa, MARTINS JR., Joaquim. Inclusão de pessoas com deficiência na escola: a opinião dos professores de Educação Física. Acta Scientiarum. Human and So- cial Sciences, v. 26, n. 1, p. 103-108, 2004. GAZZANIGA, Michael S., IVRY, Richard B., MANGUN, George R. Neurociência Cognitiva: A biologia da mente. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2006. GORLA, José Irineu. Educação física especial: testes e medidas. 1ª edição. Rolândia: Midiograf, 1997. LADEWIG, Iverson. A importância da atenção na aprendizagem de habilidades motoras. Revista Paulista de Educação Física, v. 3, p. 62-71, 2000. LADEWIG, Iverson, CIDADE, Ruth Eugênia, LADEWIG, Melissa J. Dicas de aprendizagem visando aprimorar a atenção seletiva em crianças. In: Teixeira, Luís Augusto. Avanços em comportamento motor, São Paulo: Movimento, 2001. p. 166-197. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 12. 12 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 LADEWIG, Iverson, GALLAGHER, Jere Dee, CAMPOS, Wagner. A Utilização de “Dicas Específicas” como facilitador do aprendizado em crianças. Revista Synopsis, v. 6, p. 50- 53, 1995. LADEWIG, Iverson, CAMPOS, Wagner de, GALLAGHER, Jere Dee. Das estratégias de atenção às estratégias de atenção seletiva: uma revisão bibliográfica. Revista Synopsis, v. 7, p. 81-94, 1996. LADEWIG, Iverson, CAÇOLA, Priscila Martins, YAMAGUCHI, Andréa, MEDINA, Josiane. Comparação entre o uso de dicas de aprendizagem no ensino de habilidades esportivo-motoras e no ensino de habilidades cognitivo-motoras. In: II Congresso internacional de pedagogia do esporte, 2005, Maringá. Anais... Universidade Estadual de Maringá: Maringá, material digital. MEDINA, Josiane, MARQUES, Inara, LADEWIG, Iverson, RODACKI, André Félix. O efeito de dicas de aprendizagem na aquisição do rolamento peixe por crianças com TDC. Revista Brasileira de ciências do esporte, v. 29, n. 02, p. 79-94, 2008. MEDINA, Josiane, CAÇOLA Priscila Martins, LOPES, Renata Fiedler, et al. O uso de estratégias cognitivas de aprendizagem nos exercícios da musculação [resumo]. In: Fórum Internacional de qualidade de vida e saúde. Revista científica Jopef, Curitiba, v. 01, n. 03, 2005 MEDINA, Josiane, CAÇOLA, Priscila Martins, YAMAGUCHI, Andréa, et al. A utilização de dicas de aprendizagem no ensino de habilidades esportivas. In: I Congresso Brasileiro de Metabolismo, nutrição e exercício, 2006, Londrina. Anais... Universidade Estadual de Londrina, Londrina. MEDINA-PAPST, Josiane, LADEWIG, Iverson, MARQUES, Inara. Dicas de aprendizagem na aquisição de habilidades motoras: uma revisão. Revista da Educação Física/UEM, v. 20, n. 04, p. 625-635, 2009. MEDINA-PAPST, Josiane, CANDIDO, Cristiane R. C., XAVIER FILHO, Ernani, MARQUES, Inara. O efeito de uma estratégia de atenção na aprendizagem do salto em distância. Revista Motricidade, v. 04, n. 06, 2010. MOURA, Deborah Kramer Rolim. O uso de dicas de aprendizagem no ensino de habilidades da dança moderna. 2006. 127 f. Dissertação (mestrado em Educação Física) – curso de Educação Física, Departamento de Educação Física, UFPR, Curitiba-PR, 2006. PASETTO, Silmara Cristina, ARAÚJO, Paulo Ferreira, Corrêa, Umberto. Efeitos de dicas visuais na aprendizagem do nado crawl para alunos surdos. Revista Portuguesa de Ciência do Desporto, Portugal, v. 6, n. 3, p. 281-293, 2006. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 13. 13 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 PASETTO, Silmara Cristina, ARAÚJO, Paulo Ferreira de. Dicas visuais na aprendizagem motora para aprendizes surdos. Revista digital, Bueños Aires, v. 10, n. 79, diciembre 2004. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd79/dicas.htm >. Acesso em: 03 de agosto 2009. ROSS, Alan O. Psychological aspects of learning disabilities and reading disorders. New York, McGraw- Hill, 1976. SCHMIDT, Richard A.; WRISBERG, Craig A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, 2001. LEARNING STRATEGIES USED FOR SPECIAL EDUCATION Abstract: The aim of this study was to verify the understanding and use of learning cues as teaching strategies by special education teachers. Twelve teachers answered a questionnaire composed by 10 questions. Based on teachers’ answers which reported the use of learning cues but were not able to define them, a discrepancy among the results was found, concluding that even though they acquire knowledge during academic formation and professional experience may help teachers to elaborate learning strategies, they have demonstrated insufficient understanding when recognizing the learning cues as a kind of learning strategies. Key words: Learning cues. Special education. Teaching strategies. EL USO DE ESTRATEGIAS DE APRENDIZAJE EN EDUCACIÓN ESPECIAL Resumen: El objetivo del trabajo fue evaluar el uso del conocimiento y señales para el aprendizaje como una estrategia de educación para profesores de educación especial. La investigación implica la participación de 12 profesores. Basado en las respuestas de los profesores que dicieron usar el señales y, posteriormente, fueron incapazes de describir ellos, hubo una discrepancia de los resultados, lo que lleva a concluir que a pesar de los conocimientos de los docentes durante su experiencia académica y profesional ayudarlos en la formulación de estrategias para la enseñanza, ellos no mostraran ningún campo del conocimiento para reconocer los señales como un tipo de estrategia de aprendizaje. Palabras clave: Señales para el aprendizaje. Educación especial. Estrategias para la enseñanza. Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011
  • 14. 14 DOI: 10.5216/rpp.v14i2.6919 Endereço para correspondência: josi_medina@hotmail.com Josiane Medina Papst, Universidade Estadual de Londrina Centro de Educação Física e Desportos Rodovia Celso Garcia Cid Pr 445 KM 380 Campus Universitário 86051-990 - Londrina, PR - Brasil Pensar a Prática, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 1-14, maio/ago. 2011