3. A água é patrimônio de todos os seres vivos.
Não apenas da humanidade!
4.
5. As perspectivas para o próximo século indicam um
cenário de escassez da água até o ano 2050, outros já
fazem esta previsão para 2025 (revista Veja dez/98):
Previsões 1999 2050 (2025)
População
6.0 bilhões 9.4 bilhões
Mundial
Suficiência 92% 58%
Insuficiência 5% 24%
Escassez 3% 18%
7. População mundial sem acesso à água
1/6 ~ 1,2 bilhões não
tem acesso a água
de qualidade
População do mundo
6 bilhões
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
9. Instalações sanitárias
60% da população da terra
com instalações sanitárias
40% da população da
terra = 2,4 bilhões sem
instalações sanitárias
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
10. 6.000 crianças morrem por dia de alguma doença
relacionada com a água em más condições sanitárias.
É mais do que 20 acidentes fatais com jumbos todo dia
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
12. Doenças transmitidas pela água
Doenças no mundo
20% - Doenças por
outros motivos
80% das doenças se deve ao
consumo de água em más
condições sanitárias
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
13. A caixa d’água de um vaso sanitário do mundo
ocidental usa, a cada descarga, a mesma
quantidade de água que utiliza um cidadão médio
do mundo em desenvolvimento para lavar, beber
e cozinhar durante o dia inteiro.
=
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
14. “Nenhuma medida fará mais para reduzir as
enfermidades e salvar vidas nos países em
desenvolvimento do que facilitar um acesso geral
à água potável e aos serviços de saneamento.”
Kofi Anan
Secretário Geral da ONU
O Informe do Milênio
A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2003 o
Ano Internacional da Água Doce.
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
15. No século XX, o consumo de água aumentou a um
ritmo duas vezes maior que a população;
Oriente Médio, África Setentrional e Ásia
Meridional sofrem uma grave escassez de água.
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
16. Em alguns países da África e Ásia é necessário,
muitas vezes, brigar pela água!
Nigéria - 2000
17. Suprimento de águas nos países em desenvolvimento
Tratada 10%
90% sem tratamento
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
18. • A sobre-exploração das águas subterrâneas
para o consumo humano e de irrigação
provocou o abaixamento do lençol freático
em dezenas de metros em numerosas
regiões, obrigando as populações a beber
água de baixa qualidade.
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
19. • As perdas de água por infiltrações,
ligações ilícitas e desperdícios,
montam a 50% para a água potável
e a 60% para a água de irrigação
nos países em desenvolvimento.
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
20. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
21. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Consumo Humano
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
22. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Irrigação
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
23. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Energia
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
24. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Navegação
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
25. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Pesca
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
26. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Indústria
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
27. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Esporte
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
28. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Lazer
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
29. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Medicina
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
30. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Espiritualidade
(Religiosidade)
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
31. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Turismo e
Paisagismo
Fonte: ONU – Ano Internacional da Água Doce, 2003
32. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Política e Poder
A Guerra da Água
Águas subterrâneas para o Noroeste
da Palestina 140 milhões m3/ano
Águas subterrâneas para o Rio
Jordão 125 milhões m3/ano
Águas subterrâneas para o Oeste da
Palestina 320 milhões m3/ano
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
33. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Artístico e Poético
Monet
Van Gogh
34. “o único recurso natural que afeta a todos os aspectos da
civilização humana”
Ecologia
35. Áreas, volumes totais e relativos de água dos
principais reservatórios da Terra
Total de Água da Terra
Total de Água Doce
2,5% Água
Doce
68,9% Calotas
97,5% Água Polares e
Salgada Geleiras
0,3% Água Doce
nos rios e lagos 0,9% outros
reservatórios
29,9% Água Doce
Subterrânea
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
36. A crise da água
Nas calhas dos rios e lagos tem
estocados 200.000 km3 de água. Aí
estão os mananciais utilizados para o
atendimento das necessidades sócio-
econômicas da humanidade.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
37. • Esse volume estocado se esgotaria entre 30 a 40
anos, se não houvesse renovação;
• Uma gigantesca renovação dos volumes
estocados em rios e lagos é proporcionada pelo
ciclo hidrológico;
• Uma renovação com grande variabilidade no
espaço e no tempo;
• Por isso a água é mal distribuída no mundo.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
42. Distribuição da água no mundo segundo níveis
de potenciais (oferta) e níveis de uso (consumo)
• Brasil - disponibilidades de 10.000 a 100.000
m3/hab/ano e consumo de 100 a 500 m3/hab/ano;
• Guiana Francesa, Sibéria, Islândia e Suriname -
disponibilidade de mais de 100.000 m3/hab/ano e
consumo entre 100, na Guiana e Islândia, e 2.000 na
Sibéria e Suriname;
• Estados Unidos - disponibilidade entre 2.000 e 10.000
m3/hab/ano e consumo entre 1.000 e 2.000 m3/hab/ano;
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
43. Distribuição da água no mundo segundo níveis
de potenciais (oferta) e níveis de uso (consumo)
• Canadá - disponibilidades de 10.000 a 100.000
m3/hab/ano e consumo de 1.000 a 2.000
m3/hab/ano;
• A maioria dos países da Europa tem água
disponível considerada suficiente e consumo em
nível moderado: 500 a 1.000 m3/hab/ano;
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
44. A guerra da água
“Modernamente, o conflito mais grave da água
é vivenciado por Israelenses e Palestinos,
cujos mananciais disponíveis dependem de
acordos entre Jordânia, Síria, Líbano, Egito e
Arábia Saudita.”
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
45. A guerra da água
“Israel depende das águas subterrâneas que
ocorrem no território palestino ocupado de
onde extrai da ordem de 430 milhões m3/ano
o que representa 30% do total disponível de
1.420 milhões m3/ano.”
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
46. A guerra da água
• “Para evitar que haja desequilíbrio nos fluxos
subterrâneos na sua faixa costeira e a interface
marinha avance na área de Telaviv, Israel impõe
severo controle do uso do aquífero pelos palestinos.”
• “Estes (os palestinos) contestam o controle de Israel
e reclamam o seu direito milenar às águas da área -
superficial e subterrânea.”
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
47. Países que dependem de água gerada fora
dos seus territórios
• Esse é um grande desafio que vai continuar no novo
milênio: países dependentes das águas de outros
países;
• O Egito depende dos países da bacia do Nilo que
está no centro da África: Burundi, Congo, Eritréia,
Etiópia, Kenya, Sudão, Tanzânia e Uganda;
• O que fazer o Egito se os países da bacia do Nilo
“trancarem” as águas?
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
48. Países que dependem de água gerada fora
dos seus territórios
• Há um potencial de guerra. O Egito, para evitá-
la, foi o artífice de uma espécie de Comitê da
Bacia do Nilo que seria o órgão responsável pelo
gerenciamento da repartição da água pelos países
da bacia. O Egito só contribui com 3% da água do
“seu” Nilo.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
49. Águas doces no Brasil - Clima
• A água no Brasil é também mal distribuída.
• O Brasil tem uma das mais densas redes de rios
perenes do mundo. Mas, no Nordeste, no semi-
árido, há rios não-perenes.
10% do Brasil
Equatorial úmido
chuvas < 700 mm/ano
Tropical
semi-árido
Subtropical úmido
90% do Brasil
Chuvas entre 1.000 e 3.000 mm/ano
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
50. Águas doces no Brasil
O Brasil produz 53% da água doce da América
do Sul e 12 % da água doce do mundo.
América do Sul Mundo
Outros
Outros Países
Países
Brasil 53%
Brasil 12%
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
51. Águas doces no Brasil
Perigos:
• A nossa abundância de água favorece a cultura
do desperdício;
• Para nós a água um bem infinito da natureza. É
um bem sem valor;
• Os nossos investimentos são insuficientes para
a proteção dos nossos mananciais.
Neutralizar os perigos:
• Através da distribuição da abundância para
equilibrar a escassez.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
52. Águas doces no Brasil
Distribuição da água no território
Bacias Hidrográficas - Área
72% do território
(Amazonas, São Francisco e Paraná)
Produzem 80%
da água
28%
Produzem 20%
da água
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
53. Águas doces no Brasil
Distribuição das águas doces no Brasil
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
54. Águas doces no Brasil
O estigma da escassez - água e população
Os problemas de abastecimento decorrem do
crescimento exagerado das demandas e da degradação
das águas em níveis nunca imaginados e da cultura da
abundância que gera o desperdício.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
55. Águas doces no Brasil
O estigma da escassez - água e população
Pesquisa IBOPE de 1997 deu os seguintes resultados:
• 69% identificam a água como um dos elementos mais
importantes a proteger no meio ambiente;
• 59% se disseram dispostos a combater o desperdício.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
56. Águas doces no Brasil - Disponibilidades
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
57. Águas doces no Brasil - Usos
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
58. Águas doces no Brasil
Conclusões: Tarefas para o futuro
• Reversão do quadro atual de poluição
É a maior prioridade nacional em recursos
hídricos e saneamento ambiental.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
59. Águas doces no Brasil
Conclusões: Tarefas para o futuro
• Eficiência dos usos
Atacar as perdas de água tratada nas redes;
Combater os desperdícios pelos usuários;
Combater a erosão do solo;
Combater os métodos ineficientes e ultrapassados
de irrigação (inundação, pivot central, canhão
aspersor).
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
60. Águas doces no Brasil
Conclusões: Tarefas para o futuro
• Uso e proteção de águas subterrâneas
Cuidar dessa reserva estratégica e notável
patrimônio do Brasil.
Exemplo: Aquífero Guaraní, na Bacia do
Paraná, e Aquífero da Serra das Areias, em
Aparecida de Goiânia.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
61. Águas doces no Brasil
Conclusões: Tarefas para o futuro
• Praticar o planejamento e a gestão integrados dos
recursos hídricos;
• Descentralização e participação
Responsabilidades compartilhadas da União,
Estados e Municípios.
Participação dos cidadãos que são os
interessados finais.
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi
62. Águas doces no Brasil
Conclusões: Tarefas para o futuro
• Recursos humanos, tecnológicos e difusão
• Harmonização das políticas desenvolvimentistas
Promover o desenvolvimento sustentável, ou
seja, o desenvolvimento que respeita a
preservação do meio ambiente;
Fonte: Águas Doces no Brasil, Aldo Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi