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1. Definir e discutir Atenção Domiciliar
2. Discutir o Conceito de Vulnerabilidade
3. Apresentar a Escala de Vulnerabilidade
Familiar e sua aplicabilidade no eSUS, SIS-AB
Objetivos de hoje
Cuidar em casa é uma das tarefas das eSF, que
desde sua regulamentação têm entre suas
atribuições executar ações de assistência na UBS,
no domicílio e na comunidade
Savassi, 2016
AD - Definição
“modalidade de atenção à saúde substitutiva ou
complementar às já existentes, caracterizada por
um conjunto de ações de promoção à saúde,
prevenção e tratamento de doenças e reabilitação
prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às redes de
atenção à saúde.”
BRASIL, 2011
AD - Definição
A VD é momento ímpar
para conhecer o contexto
da pessoa sob AD e deve
se pautar pela
observação ativa, pela
abordagem da família e
reconhecimento dos
determinantes sociais
presentes.
Savassi, 2016
AD - Definição
AD - em 2006...
RDC nº 11, de 26/01/06, da ANVISA e a Portaria MS 2529/2006:
Atenção domiciliar: termo genérico - ações de promoção à saúde,
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação no domicílio.
Portaria MS 2529/2006
RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006
Assistência domiciliar:
atividades ambulatoriais,
programadas e continuadas
em domicílio.
Internação Domiciliar:
atenção em tempo integral,
quadro clínico mais complexo,
tecnologia especializada.
AD 1
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com menor
frequência de cuidado menor necessidade de recursos de saúde,
dentro da capacidade de atendimento das UBS; e não se
enquadrem nos critérios para AD2 e AD3
eAB e eSF
NASF
AD 2
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior
frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento
contínuo.
EMAD
EMAP
AD 3
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior
frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento
contínuo e uso de equipamentos/ procedimentos.
EMAD
EMAP
A AD se organiza em três modalidades:
Portarias MS/GM nº 2.527/2011, 963/2013 e 825/2016
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016
AD a partir de 2011...
Critérios de Inclusão na AD1 (PNAB 2011)
No processo de trabalho das eAB/ eSF:
VI - Realizar atenção à saúde na UBS, no domicílio, ...
XII - Realizar atenção domiciliar a usuários que possuam
problemas de saúde controlados/ compensados e com
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
UBS, que necessitam de cuidados com menor frequência e
menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o
cuidado compartilhado com as equipes de AD nos demais
casos.
Portaria MS/GM nº 2.488/2011
Critérios de inclusão
Critérios de inclusão na AD2 (antes de 2016)
feridas complexas; drenagem de abscesso;
monitoramento frequente (sinais vitais/ laboratório);
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RNBP (rastreamento de ganho ponderal);
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Critérios de inclusão
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Critérios de inclusão na AD2, a partir de 2016
(especialmente para abreviar ou evitar hospitalização)
I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados
intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou
reabilitação;
II - afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de
comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no
mínimo semanal;
III - necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no
mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do
usuário; ou
IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho
ponderal.
Critérios de inclusão
Portaria MS/GM nº 825/2016
Existência de pelo menos um critério de inclusão na AD2; e
-cuidado multiprofissional mais frequente,
-uso de equipamento(s) ou
-agregação de procedimento(s) de maior
complexidade (p.e., ventilação mecânica, paracentese
de repetição, nutrição parenteral e transfusão
sanguínea),
(usualmente demandando períodos maiores de AD)
Critérios de inclusão na AD3
Critérios de inclusão
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Portarias MS/ GM 2.527/2011, 963/2013, 825/2016
AD1
AD 3
AD 2
Internação Domiciliar
Atenção Domiciliar
Antes Atualmente
Burocrático
Referência e
Contra-referência Continuidade
do cuidado
Enfim...
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016
Avançando nesta discussão
Especialidades demandam...
• Complexidades específicas
• Acúmulo de Conhecimento
• Práticas Específicas
• Competências nucleares que transcendem
graduação e especialidades
• Relevância epidemiológica
• Demanda Social
DECRETO nº 8.516, de 10 de setembro de 2015
Qual formação em AD?
• Custos
• Efetividade
• RAS
• Qualidade e desfechos
• Pesquisa Clínica
• Vertente ampla:
– AD1 a AD3
– Cuidados Paliativos
– VM.
Qual pesquisa em AD?
Um convite a leitura...
• Práticas Específicas
• Núcleos e campo de competências
• Exercício profissional e respaldo jurídico
• Desafios da transição do cuidado
• Modelos de formação em AD
• Pesquisa em AD
... sobre a Atenção Domiciliar
VÁRIAS CONCEPÇÕES DE VULNERABILIDADE...
É preciso partir de um entendimento para
explicar a vocês...
... porque precisamos de uma escala de
vulnerabilidade familiar.
Definir Vulnerabilidade
O conceito de vulnerabilidade “é aplicado
erroneamente no lugar de risco”
Risco  epidemiologistas associam a:
comportamentos/ grupos/ populações
[especialmente HIV/AIDS]
Vulnerabilidade  suscetibilidades/ predisposições de:
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a respostas/consequências negativas.
Janczura, 2012
Ayres et al, 2009
Risco ou Vulnerabilidade?
Ayres (2009) - 3 eixos
– Vulnerabilidade individual
– Vulnerabilidade social
– Vulnerabilidade programática/ institucional
Risco ou Vulnerabilidade?
Ayres et al, 2009
Risco ou Vulnerabilidade?
(Yunes e Szymanski, 2001)
RISCO Coletivo
VULNERA
BILIDADE
Individual
Contextual
mutável através de políticas
públicas de largo espectro.
mutável pelo empoderamento
e enfrentamento de situações
que cercam casa/ família/
pessoa.
Risco Vulnerabilidade
Relação com o meio Relação com as pessoas
(ambiente, infraestrutura) (resiliência/ coping)
Probabilística/ magnitude Variabilidade, difícil medir
Quantitativo Qualitativo
Incondicional Em relação a...
Perigo/ Probabilidade Susceptibilidade
Independente de... Depende do...
Populacional Comunitário
Está ou é presente Contextual
Risco ou Vulnerabilidade?
No campo da APS/ MFC...
Nossas especificidades:
– Individual e comunitário se misturam
– “Coletivo” = comunitário
– Família enquanto contexto próximo e...
– Família enquanto unidade terapêutica.
Vulnerabilidade
VULNERABILIDADE
INDIVIDUAL
FAMILIAR
COMUNITÁRIA
CLÍNICA
“APOIO”
SOCIAL
Vulnerabilidade na APS
Na APS e MFC... Se traduz em... Sentinelas
[SIAB e SISAB]
A escala de classificação de risco
(vulnerabilidade) familiar
(Escala de Coelho-Savassi)
Escala Vulnerabilidade Familiar
Escala Avaliação de “Risco” Familiar – Escala de Coelho-Savassi
• Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que
utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo
ACS.
• Instrumento simples de análise do risco familiar, não
necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala
burocrática.
• Criada como uma tentativa de Sistematização da VD na
APS/ ESF
Coelho & Savassi (2004)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
Escola de Medicina da UFOP
Residência em MFC
Universidade Federal de Ouro Preto
A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
28
Coelho & Savassi (2004)
Ficha “A” – SIAB - frente
Ficha “A” – SIAB - verso
SIS-AB Cad. Domiciliar e Territorial
SIS-AB Cad. Domiciliar e Territorial
SIS-AB Cad. Individual - frente
SIS-AB Cad. Individual - frente
SIS-AB Cad. Individual - verso
SIS-AB Cad. Individual - verso
• Exemplo:
“Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é
um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro
acamado é deficiente físico (amputação traumática
de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não
existem outras sentinelas de risco nesta família.”
Escore familiar final: 13 (3+3+1+1+3+1+1)
EVF-CS – o que é?
Savassi, Lage & Coelho (2011)
As novas sentinelas:
• Situação de Moradia/ Posse da terra – piores
cenários pontuariam (ocupação e situação de
rua)
• Abastecimento de água: carro pipa como pior
cenário
• Animais no domicilio?
• ILP deve pontuar.
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
As novas sentinelas:
• Individual: pontuar qualquer doença crônica
(critério IFES);
• Criança de 0 a 9 anos que fique com outra
criança, adolescente, ou sozinha
• Identidade de gênero: Demanda um amplo
debate pois é notória a questão da violência,
especialmente gêneros trans.
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Permanecem sem resposta mesmo no eSUS/
SIS-AB:
–Condições do intradomicílio (higiene)
–Situação de violência
(doméstica – mulher/ criança/ idoso)
(Ambas sem local para registro nas fichas).
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Uma perda importante
Mudar cadastro FAMILIAR (SIAB) para DOMICILIAR (SIS-
AB)...
... embora faça sentido do ponto de vista do
sanitarismo/ saúde coletiva
(vínculo UBS-comunidade territorial = endereço),
... é uma enorme perda para a percepção da família
como unidade de cuidado.
Saúde DA FAMILIA... Medicina de FAMILIA.
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Lembrando que...
cuidamos de pessoas e
abordamos famílias.
Não cuidamos de “imóveis”.
E que...
mesmo as situações de risco e/ou
vulnerabilidade daquele domicílio são
mutáveis de acordo com qual família que
viverá ali.
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Sobre a aplicabilidade:
- SIS-AB não inviabiliza a EVF-CS, mas...
... na dinâmica da UBS, ficou bem mais difícil
reunir as informações:
- Cadastro domiciliar  Fichas dos ACS tem
que estar juntas e discriminar a qual família
pertencem os membros
(Especialmente se mais de uma família na
mesma casa).
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Dificultador adicional:
A sentinela número de moradores/ cômodo
passa a ter uma análise mais complexa, pois
pode haver mais de uma família no domicílio;
A análise daquela(s) família(s) exigirá o
conhecimento da realidade e não a simples
análise do cadastro (por exemplo em bancos
de dados)
EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
Está no Youtube...
/leonardosavassitube
Outro convite...
• A excelência do atendimento
“As visitas devem ser realizadas inicialmente em equipe, o que
possibilita um agendamento de tarefas multiprofissionais em
conformidade com um debate prévio.
Neste momento o ACS deve sempre encabeçar o grupo, procurando-
se legitimar a sua representatividade.
Agendar a VD por vezes representa um dilema na equipe. Em alguns
casos, há a necessidade de conhecer a família na sua
espontaneidade cotidiana, o que pode entretanto gerar
problemas quanto a invasão da privacidade desta.
(continua...)
Finalmente...
• A excelência do atendimento
A espontaneidade deve ser uma marca na visita domiciliar,
compreendendo-se que é um momento impregnado de
imaginários trazidos a partir do reconhecimento do papel do
antigo médico da família.
Os problemas devem ser atraídos de forma progressiva, um
verdadeiro exercício de hermenêutica aprofundado na leitura dos
objetos e dos silêncios, com uma semiologia repleta de interfaces
e sujeitos.
Ao final, deve-se sempre proporcionar encaminhamentos e
atribuições bem claros.”
COELHO, FLG, SAVASSI, LCM – RBMFC, 2004
Finalmente...
• Qual a primeira pergunta a ser feita
ao entrar no domicílio?
Finalmente...
Obrigado!
Leonardo C M Savassi
savassi@ufop.edu.br
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Atencao Domiciliar e Vulnerabilidade - III Congresso MT de MFC

  • 1.
  • 2. 1. Definir e discutir Atenção Domiciliar 2. Discutir o Conceito de Vulnerabilidade 3. Apresentar a Escala de Vulnerabilidade Familiar e sua aplicabilidade no eSUS, SIS-AB Objetivos de hoje
  • 3. Cuidar em casa é uma das tarefas das eSF, que desde sua regulamentação têm entre suas atribuições executar ações de assistência na UBS, no domicílio e na comunidade Savassi, 2016 AD - Definição
  • 4. “modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde.” BRASIL, 2011 AD - Definição
  • 5. A VD é momento ímpar para conhecer o contexto da pessoa sob AD e deve se pautar pela observação ativa, pela abordagem da família e reconhecimento dos determinantes sociais presentes. Savassi, 2016 AD - Definição
  • 6. AD - em 2006... RDC nº 11, de 26/01/06, da ANVISA e a Portaria MS 2529/2006: Atenção domiciliar: termo genérico - ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação no domicílio. Portaria MS 2529/2006 RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006 Assistência domiciliar: atividades ambulatoriais, programadas e continuadas em domicílio. Internação Domiciliar: atenção em tempo integral, quadro clínico mais complexo, tecnologia especializada.
  • 7. AD 1 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com menor frequência de cuidado menor necessidade de recursos de saúde, dentro da capacidade de atendimento das UBS; e não se enquadrem nos critérios para AD2 e AD3 eAB e eSF NASF AD 2 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo. EMAD EMAP AD 3 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de equipamentos/ procedimentos. EMAD EMAP A AD se organiza em três modalidades: Portarias MS/GM nº 2.527/2011, 963/2013 e 825/2016 Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016 AD a partir de 2011...
  • 8. Critérios de Inclusão na AD1 (PNAB 2011) No processo de trabalho das eAB/ eSF: VI - Realizar atenção à saúde na UBS, no domicílio, ... XII - Realizar atenção domiciliar a usuários que possuam problemas de saúde controlados/ compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de AD nos demais casos. Portaria MS/GM nº 2.488/2011 Critérios de inclusão
  • 9. Critérios de inclusão na AD2 (antes de 2016) feridas complexas; drenagem de abscesso; monitoramento frequente (sinais vitais/ laboratório); adaptação (usuário /cuidador) a dispositivos (órteses, próteses, sondas, estomas / traqueotomia) cuidados nutricionais permanentes ou temporários; cuidados paliativos; pós-operatório imediato; reabilitação (permanente/ temporária) , até condições cuidados ambulatoriais; limpeza de vias aéreas / higiene brônquica; RNBP (rastreamento de ganho ponderal); medicação EV, SC ou IM, tempo pré-definido. Critérios de inclusão Portaria MS 963/2013
  • 10. Portaria MS/GM nº 825/2016 Critérios de inclusão na AD2, a partir de 2016 (especialmente para abreviar ou evitar hospitalização) I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação; II - afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal; III - necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário; ou IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal. Critérios de inclusão
  • 11. Portaria MS/GM nº 825/2016 Existência de pelo menos um critério de inclusão na AD2; e -cuidado multiprofissional mais frequente, -uso de equipamento(s) ou -agregação de procedimento(s) de maior complexidade (p.e., ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral e transfusão sanguínea), (usualmente demandando períodos maiores de AD) Critérios de inclusão na AD3 Critérios de inclusão
  • 12. Critérios clínicos Portarias MS/ GM 2.527/2011, 963/2013, 825/2016 AD1 AD 3 AD 2 Internação Domiciliar Atenção Domiciliar Antes Atualmente Burocrático Referência e Contra-referência Continuidade do cuidado Enfim... Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016
  • 14. Especialidades demandam... • Complexidades específicas • Acúmulo de Conhecimento • Práticas Específicas • Competências nucleares que transcendem graduação e especialidades • Relevância epidemiológica • Demanda Social DECRETO nº 8.516, de 10 de setembro de 2015 Qual formação em AD?
  • 15. • Custos • Efetividade • RAS • Qualidade e desfechos • Pesquisa Clínica • Vertente ampla: – AD1 a AD3 – Cuidados Paliativos – VM. Qual pesquisa em AD?
  • 16. Um convite a leitura...
  • 17. • Práticas Específicas • Núcleos e campo de competências • Exercício profissional e respaldo jurídico • Desafios da transição do cuidado • Modelos de formação em AD • Pesquisa em AD ... sobre a Atenção Domiciliar
  • 18. VÁRIAS CONCEPÇÕES DE VULNERABILIDADE... É preciso partir de um entendimento para explicar a vocês... ... porque precisamos de uma escala de vulnerabilidade familiar. Definir Vulnerabilidade
  • 19. O conceito de vulnerabilidade “é aplicado erroneamente no lugar de risco” Risco  epidemiologistas associam a: comportamentos/ grupos/ populações [especialmente HIV/AIDS] Vulnerabilidade  suscetibilidades/ predisposições de: Indivíduos/ famílias a respostas/consequências negativas. Janczura, 2012 Ayres et al, 2009 Risco ou Vulnerabilidade?
  • 20. Ayres (2009) - 3 eixos – Vulnerabilidade individual – Vulnerabilidade social – Vulnerabilidade programática/ institucional Risco ou Vulnerabilidade? Ayres et al, 2009
  • 21. Risco ou Vulnerabilidade? (Yunes e Szymanski, 2001) RISCO Coletivo VULNERA BILIDADE Individual Contextual mutável através de políticas públicas de largo espectro. mutável pelo empoderamento e enfrentamento de situações que cercam casa/ família/ pessoa.
  • 22. Risco Vulnerabilidade Relação com o meio Relação com as pessoas (ambiente, infraestrutura) (resiliência/ coping) Probabilística/ magnitude Variabilidade, difícil medir Quantitativo Qualitativo Incondicional Em relação a... Perigo/ Probabilidade Susceptibilidade Independente de... Depende do... Populacional Comunitário Está ou é presente Contextual Risco ou Vulnerabilidade?
  • 23.
  • 24. No campo da APS/ MFC... Nossas especificidades: – Individual e comunitário se misturam – “Coletivo” = comunitário – Família enquanto contexto próximo e... – Família enquanto unidade terapêutica. Vulnerabilidade
  • 26. A escala de classificação de risco (vulnerabilidade) familiar (Escala de Coelho-Savassi)
  • 27. Escala Vulnerabilidade Familiar Escala Avaliação de “Risco” Familiar – Escala de Coelho-Savassi • Escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira VD pelo ACS. • Instrumento simples de análise do risco familiar, não necessitando a criação de nenhuma nova ficha ou escala burocrática. • Criada como uma tentativa de Sistematização da VD na APS/ ESF Coelho & Savassi (2004)
  • 28. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto 28 Coelho & Savassi (2004)
  • 29. Ficha “A” – SIAB - frente
  • 30. Ficha “A” – SIAB - verso
  • 31. SIS-AB Cad. Domiciliar e Territorial
  • 32. SIS-AB Cad. Domiciliar e Territorial
  • 37. • Exemplo: “Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro acamado é deficiente físico (amputação traumática de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não existem outras sentinelas de risco nesta família.” Escore familiar final: 13 (3+3+1+1+3+1+1) EVF-CS – o que é? Savassi, Lage & Coelho (2011)
  • 38. As novas sentinelas: • Situação de Moradia/ Posse da terra – piores cenários pontuariam (ocupação e situação de rua) • Abastecimento de água: carro pipa como pior cenário • Animais no domicilio? • ILP deve pontuar. EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 39. As novas sentinelas: • Individual: pontuar qualquer doença crônica (critério IFES); • Criança de 0 a 9 anos que fique com outra criança, adolescente, ou sozinha • Identidade de gênero: Demanda um amplo debate pois é notória a questão da violência, especialmente gêneros trans. EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 40. Permanecem sem resposta mesmo no eSUS/ SIS-AB: –Condições do intradomicílio (higiene) –Situação de violência (doméstica – mulher/ criança/ idoso) (Ambas sem local para registro nas fichas). EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 41. Uma perda importante Mudar cadastro FAMILIAR (SIAB) para DOMICILIAR (SIS- AB)... ... embora faça sentido do ponto de vista do sanitarismo/ saúde coletiva (vínculo UBS-comunidade territorial = endereço), ... é uma enorme perda para a percepção da família como unidade de cuidado. Saúde DA FAMILIA... Medicina de FAMILIA. EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 42. Lembrando que... cuidamos de pessoas e abordamos famílias. Não cuidamos de “imóveis”. E que... mesmo as situações de risco e/ou vulnerabilidade daquele domicílio são mutáveis de acordo com qual família que viverá ali. EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 43. Sobre a aplicabilidade: - SIS-AB não inviabiliza a EVF-CS, mas... ... na dinâmica da UBS, ficou bem mais difícil reunir as informações: - Cadastro domiciliar  Fichas dos ACS tem que estar juntas e discriminar a qual família pertencem os membros (Especialmente se mais de uma família na mesma casa). EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 44. Dificultador adicional: A sentinela número de moradores/ cômodo passa a ter uma análise mais complexa, pois pode haver mais de uma família no domicílio; A análise daquela(s) família(s) exigirá o conhecimento da realidade e não a simples análise do cadastro (por exemplo em bancos de dados) EVF-CS e o eSUS/ SIS-AB
  • 46. • A excelência do atendimento “As visitas devem ser realizadas inicialmente em equipe, o que possibilita um agendamento de tarefas multiprofissionais em conformidade com um debate prévio. Neste momento o ACS deve sempre encabeçar o grupo, procurando- se legitimar a sua representatividade. Agendar a VD por vezes representa um dilema na equipe. Em alguns casos, há a necessidade de conhecer a família na sua espontaneidade cotidiana, o que pode entretanto gerar problemas quanto a invasão da privacidade desta. (continua...) Finalmente...
  • 47. • A excelência do atendimento A espontaneidade deve ser uma marca na visita domiciliar, compreendendo-se que é um momento impregnado de imaginários trazidos a partir do reconhecimento do papel do antigo médico da família. Os problemas devem ser atraídos de forma progressiva, um verdadeiro exercício de hermenêutica aprofundado na leitura dos objetos e dos silêncios, com uma semiologia repleta de interfaces e sujeitos. Ao final, deve-se sempre proporcionar encaminhamentos e atribuições bem claros.” COELHO, FLG, SAVASSI, LCM – RBMFC, 2004 Finalmente...
  • 48. • Qual a primeira pergunta a ser feita ao entrar no domicílio? Finalmente...
  • 49. Obrigado! Leonardo C M Savassi savassi@ufop.edu.br http://sites.google.com/site/leosavassi