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Visita Domiciliar – MFC
Leonardo C M Savassi
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
Escola de Medicina da UFOP
Residência em MFC
Universidade Federal de Ouro Preto
A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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Idoso, 67 anos, com
quadro de DPOC grave,
faz uso de Oxigenoterapia
contínua com Ventilação
Mecânica não invasiva
noturna há dois anos.
Pré-aula – Situação Problema 1
5 MINUTOS
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A Visita Domiciliar do MFC
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ACS responsável por Hipertenso com
dificuldade de deambulação, 55
anos, conhecido do serviço, avisa
que o mesmo está com dores fortes
no peito em casa, solicitando uma
visita de urgência de manhã (a hora
do acolhimento).
Pré-aula – Situação Problema 2
5 MINUTOS
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Idosa, restrita ao domicílio, 72 anos,
com DM2, HAS, DPOC inicial,
apresentando escara de decubito
cerca 5 cm. Dependente para AVDI,
independente para AVDB. Teve uma
queda sem fratura há um ano, tem
medo de cair de novo.
Pré-aula – Situação Problema 3
5 MINUTOS
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- Algumas ideias a respeito da Visita Domiciliar na APS;
- Legislação pertinente;
- Informações da Atenção Domiciliar na APS;
- Propostas de sistematização de critérios;
O Objetivo de hoje é apresentar:
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IDÉIAS E DEFINIÇÕES.
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A Visita Domiciliar (VD) é um momento ímpar
para o conhecimento do contexto da pessoa
sob AD e deve se pautar pela observação
ativa, pela abordagem da família e
reconhecimento dos determinantes sociais
presentes.
Savassi, 2016
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Algumas frases sobre a VD no PSF:
“A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro
de todos os níveis.”
Mariana Borges Dias (GESF/AMMFC)
“Many of the illnesses seen in family practice cannot be fully
understood unless they are seen in their personal, family and
social context.”
Ian McWhinney (A Textbook of Family Medicine)
A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
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Cuidar em casa é uma
das tarefas das eSF,
que desde sua
regulamentação têm
entre suas atribuições
executar ações de
assistência na UBS, no
domicílio e na
comunidade
Savassi, 2016
A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
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LEGISLAÇÃO PERTINENTE
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Algumas definições: ANVISA e Portaria MS 2529/2006
A RDC nº 11, de 26/01/06, da ANVISA e a Portaria MS 2529/2006
definiam os seguintes conceitos em AD:
Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à
saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas
em domicílio.
Assistência domiciliar: conjunto de atividades ambulatoriais,
programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio.
Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio,
caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com
quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia
especializada.
Portaria MS 2529/2006
RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006
Assistência e Internação Domiciliar
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• Processo de trabalho das eAB:
VI - Realizar atenção à saúde na UBS, no domicílio, ...
XII - Realizar atenção domiciliar a usuários que possuam
problemas de saúde controlados/ compensados e com
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma
UBS, que necessitam de cuidados com menor frequência e
menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o
cuidado compartilhado com as equipes de AD nos demais
casos.
Portaria MS/GM nº 2.488/2011
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: PNAB 2011
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• A Atenção Domiciliar:
“Consiste numa modalidade de atenção à saúde
substitutiva ou complementar às já existentes,
caracterizada por um conjunto de ações de promoção à
saúde, prevenção e tratamento de doenças e
reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às redes de
atenção à saúde.”(BRASIL, 2011)
Portaria MS/GM nº 2.527/2011
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
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AD 1
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com menor
frequência de cuidado menor necessidade de recursos de saúde,
dentro da capacidade de atendimento das UBS; e não se
enquadrem nos critérios para AD2 e AD3
eAB e eSF
NASF
AD 2
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior
frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento
contínuo.
EMAD
EMAP
AD 3
usuários com problemas de saúde + dificuldade ou
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior
frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento
contínuo e uso de equipamentos.
EMAD
EMAP
• A AD se organiza em três modalidades:
Portarias MS/GM nº 2.527/2011, 963/2013 e 825/2016
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016
PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES:
CHALLENGES FOR CARE
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Medicine School
Federal University of Ouro Preto
EMED-UFOP.
Medicine Faculty
Federal University of Minas Gerais
FM-UFMG
Brazillian HC is organized in 3 care arrangements:
MoH Ordinances 2.527/2011, 963/2013, 825/2016
Home Care Definitions
Ministry of Health Ordinance 2527/2011, 963/2013, 825/2016
HC 1
HC 3
HC 2
Home Internment
Home Care
BEFORE Nowadays
Bureaucratic
Reference and
counter-reference
Care Continuity
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Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 963/2013
Critérios de inclusão na AD2 antes de 2016
I - feridas complexas ou drenagem de abscesso;
II – monitoramento de sinais vitais freqüentes ou de laboratório;
III - adaptação do usuário e / ou cuidador a dispositivos (órteses, próteses, sondas,
estomas / traqueotomia)
IV - pós-operatório imediato;
V - reabilitação de incapacidade permanente ou temporária, até condições de
cuidados ambulatoriais de serviços de reabilitação;
VI - necessidade de limpeza de vias aéreas para higiene brônquica;
VII - rastreamento de ganho de peso recém-nascido de baixo peso ao nascer;
VII - cuidados nutricionais permanentes ou temporários;
IX- cuidados paliativos;
X - medicação intravenosa, subcutânea ou muscular por tempo pré-definido.
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Universidade Federal de Ouro Preto Portaria MS/GM nº 825/2016
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 825/2016
Critérios de inclusão na AD2 a partir de 2016
• indicação de AD, especialmente para abreviar ou evitar
hospitalização:
I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados
intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação;
II - afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento
causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal;
III - necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo
semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário; ou
IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal.
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Universidade Federal de Ouro Preto Portaria MS/GM nº 825/2016
Assistência e Internação Domiciliar
Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
Critérios de inclusão na AD3:
Existência de pelo menos um critério de inclusão na AD2; e
-cuidado multiprofissional mais frequente,
-uso de equipamento(s) ou
-agregação de procedimento(s) de maior complexidade (p.e.,
ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição
parenteral e transfusão sanguínea),
(usualmente demandando períodos maiores de AD)
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Atenção Domiciliar na Atenção Primária
Mundial e no Brasil.
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
• EEUU
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
EEUU
Entre 1989-1995:
• número de pacientes sob cuidados domiciliares no Medicare
quase dobrou (3.5 milhões),
• número de agências de home health care aumentou 50%.
O número de VDs por médicos declinou. VDs eram:
40% de todos os contatos entre médicos e pacientes em 1930
10% em 1950
0.6% em 1980.
AMA, 1997
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• Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
• REINO UNIDO
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
REINO UNIDO
• 60 GPs - England and Wales.
• Home Visits: 10.1% of contacts with GPs
• Annual home visiting rate = 299/1000 patient years.
• Ratios declined from 411/1000 (1981-2) to 299/1000 (1991-2)
• 1% of the patients accounted for nearly 40% of all home visits.
A Atenção Domiciliar na APS mundial
Aylin, P. et al. BMJ 1996;313:207-210
Copyright ©1996 BMJ Publishing Group Ltd.
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Aylin, P. et al. BMJ 1996;313:207-210
Percentage of patients requiring home visits. Denominator adjusted to take account of patients
not present for whole year of study
Copyright ©1996 BMJ Publishing Group Ltd.
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
CANADÁ
A Atenção Domiciliar na APS mundial
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
CANADÁ
• 696 GPs Quebec => 487 (70.0%) responded => 283 (58.1%)
reported making home visits.
• home visits in the most recent week of work:
mean of 11.5% of all their medical appointments.
118 (41.7%) 5 or fewer
65 (23.0%) 6 to 10
100 (35.3%) 11 or more
A Atenção Domiciliar na APS mundial
PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES:
CHALLENGES FOR CARE
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Medicine School
Federal University of Ouro Preto
EMED-UFOP.
Medicine Faculty
Federal University of Minas Gerais
FM-UFMG
Brazilian Home care in numbers
RAAS-AD/SIA, 2015
Percentage of patients by age, Brazil 2015
PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES:
CHALLENGES FOR CARE
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Medicine School
Federal University of Ouro Preto
EMED-UFOP.
Medicine Faculty
Federal University of Minas Gerais
FM-UFMG
Brazilian Home care in numbers
RAAS-AD/SIA, 2015
Percentage of patients by age and gender, Brazil 2015
PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES:
CHALLENGES FOR CARE
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Medicine School
Federal University of Ouro Preto
EMED-UFOP.
Medicine Faculty
Federal University of Minas Gerais
FM-UFMG
Brazilian Home care in numbers
RAAS-AD/SIA, 2015
Pacients admission sources , Brazil 2015
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
BRASIL
• 6 Municípios do RJ com Instituições Acadêmicas onde se
desenvolve o Centro de Treinamento em Saúde da Família.
• 209 profissionais – 78 médicos/ 131 enfermeiras
• - Média de 7.1 dias (médicos) e 8.1 dias (enfermeiras)/mês.
• - Circunstâncias das VDs: restrito ao leito (30.7% médicos/ 20.6%
enfermeiras) x sem restrição.
- O que motiva a visita: Planejamento semanal de equipe (69.2%
médicos, 61.1% enfermeiras) – único dos motivadores
relacionados ao maior número de VDs.
Peres et al. 2006
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
BRASIL
• 76 congressistas Mineiros, 46 Médicos. Igual distribuição sexos.
• - µ 3,75 VDs/semana (médicos).
- µ 9,37% do tempo dedicado a VD (médicos).
A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
Opinião sobre a importância da Visita Domiciliar (geral)
Opinião Freqüência Percentual
Dispensável 0 0
De exceção 3 3,9
Importante 28 36,8
Indispensável 45 59,2
Total 76 100,0
Savassi et al (2009)
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- Quantas Visitas Domiciliares você faz em sua equipe por semana?
µ= 4,4 VD (1-14)
- Qual a Proporção de tempo da sua semana é usado em VD?
µ= 4,1 horas (1-15)
tempo de VD
Enfermeiro 52,94
Medico 60,34
0,020 0,193
0,801
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Savassi et al (2009)
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
BRASIL
Savassi et al (2009)
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Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária:
BRASIL
Porcentagem de pacientes visitados por faixa etária
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Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto
Amostra estudada
Sexo Idade t Formado t Atuação
(anos) ESF (anos)
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Savassi et al (2017)
F M Total
Enfermagem 9 1 10
Medicina 5 7 12
Total 14 08 22
Média ENF 36,41
Média MED 40,95
11,56
13,35
8,83
8,00
Perfil de local de atuação
Mista Rural Urbana Total
Enfermagem 2 2 6 10
Medicina 2 6 4 12
Total geral 4 8 10 22
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Média D.P.
Médias ENF 10,63 6,102
MED 11,52 4,857
Global 11,09 5,363
% tempo dedicado em relação a CH na
ESF, Ouro Preto, 2017
Média D.P.
Médias ENF 3,90 1,729
MED 4,92 2,678
Global 4,45 2,304
Quantas Visitas Domiciliares você fez
na última semana?
Dedicação a visitas
Média D.P.
Médias ENF 3,90 1,729
MED 4,92 2,678
Global 4,45 2,304
Quantas Visitas Domiciliares você fez na
última semana?
Média D.P.
Médias ENF 1,08 0,448
MED 0,99 0,599
Global 1,03 0,526
Tempo dedicado a cada VD , Ouro
Preto, 2017
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Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto
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Avaliação da Ferramenta
1. Acredito que a VD seja de
extrema importância
2. Tenho grande satisfação em
utilizar a ferramenta VD
3. Tenho excelentes resultados
usando a ferramenta VD
4. Eu defendo plenamente que
minha equipe realize VD
5. Na minha equipe eu participo
ativamente da VD
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Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto
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VD por faixa etária Motivos para a VD
Enfermeiros
Geral e inespecífico
Planejamento familiar,
Abordagem familiar/ sanitária
Médicos
Neurológicos,
Respiratórios,
Circulatórios,
Endocrinológicos.
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Atenção Domiciliar
no mundo real...
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VOCÊ está em sua casa numa terça-feira a tarde, estudando para o Seminário...
Toca o interfone e são os técnicos de TV a Cabo, Telefone e Internet Fixos. Eles são
muito solícitos e estão ali para verificar a qualidade do sinal. Você se lembra dos
problemas que teve com a Internet. Já ligou para a operadora uma vez, e já foi na sede
dela outras duas, e em todas o serviço foi bem executado, às vezes com atrasos.
Ao finalizar o atendimento, o técnico informa que irá realizar visitas mensais em sua
casa, para saber se está tudo ok com os serviços. Por vezes ele levará os problemas
para serem discutidos e resolvidos na central, te dando retorno sempre que possível.
Discuta com seus colegas qual a tua percepção acerca desse tipo de atenção que a
operadora está ofertando. O que vocês esperariam desse serviço? Como pactuariam?
Situação Problema 4
5 MINUTOS
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E TODA última terça-feira a tarde do mês, competindo com a aula do Mestrado...
O TVM da empresa de realiza visitas mensais e por vezes ele leva um dos especialistas
em TV a Cabo ou Telefone ou Internet para dar manutenção preventiva e qualificar a
estrutura de rede. Eles te ensinam fatores muito interessantes, do tipo:
- Eles te orientam a recolher a antena DTH, porque a tecnologia na regiaõ agora é
MMDS por difusão wireless na mesma faixa de frequência do 4G, de 2,5 GHz.
- O especialista em Telefonia explica a tendência secular ADMS-TDMA-GSM-CDMA-
EDGE-TDE-2G-3G-4G. Explicando que o 3G via HSPA plus está superado e que o 4G vai
funcionar via LTE com 300 Mbps acabando com a área de sombra do teu banheiro.
- O especialista na Internet pede para você fazer manutenção mensal nos cabos
coaxiais, via teste por ponto. Pergunta se você prefere migrar para o DOCSIS 3.1, ou se
não seria melhor ADSL, lembrando que o rádio ainda não dá boa frequência.
Continuação da situação Problema 4
Fonte: Olhar Digital
https://olhardigital.uol.com.br/
5 MINUTOS
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• As atividades de AD não são exclusivas, mas
pertencem principalmente aos profissionais
da atenção básica
• Estão mais próximos do domicílio e podem
desenvolverem as ações e serviços de modo
longitudinal
Quem executa a Visita Domiciliar?
(LG SESMG/AMMFC)
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• O ACS visita mensalmente todos os domicílios
da área, é quem mais visita.
• É quem identifica as demandas e negocia a VD
dos demais ao domicílio
• Atua como elo equipe-comunidade,
contribuindo com o seu saber para o
enriquecimento do projeto terapêutico.
• É o que encabeça a intervenção.
Quem executa a Visita Domiciliar?
(LG SESMG/AMMFC)
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Critérios da Linha Guia
1. Avaliação da resolutividade da VD (A VD será resolutiva);
2. Avaliação da razoabilidade da VD (A VD é a melhor alternativa);
3. Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento (engajamento
e co-responsabilização);
4. Autorização do usuário e da família (termo de consentimento que
deverá ser anexado ao prontuário);
5. Análise da infra-estrutura domiciliar (avaliação para análise de caso,
classificação da complexidade e determinação do plano de cuidados).
(LG SESMG/AMMFC)
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A visita domiciliar enquanto ferramenta da equipe cumpre
o seu papel na saúde: responde aos 4 princípios básicos
da Atenção Primária e aos 3 princípios doutrinários do
SUS:
Princípios da APS Princípios Doutrinários SUS
Acessibilidade Universalidade de acesso
Longitudinalidade Eqüidade na assistência
Integralidade Integralidade da assistência.
Coordenação
A excelência do atendimento
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O papel da ESF na atenção domiciliar: uma conta a ser feita?
IMPORTÂNCIA DA VD =
Quadro individual + Risco Familiar + Risco Social + EFETIVIDADE DA VD
População de cobertura + Condições de Acesso + tempo disponível
A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
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SISTEMATIZAÇÃO DE CRITÉRIOS
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Atenção domiciliar só se configura
como instrumento de intervenção
quando planejada e sistematizada, de
outra forma configura-se como mera
atividade social.
Propostas de sistematização de critérios
(LG SESMG/AMMFC)
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A escala de classificação de risco
(vulnerabilidade) familiar
(Escala de Coelho-Savassi)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
Escola de Medicina da UFOP
Residência em MFC
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
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Residência em MFC
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
Justificativa
Sentinelas de Risco
Relevância
epidemiológica
Relevância
sanitária
Impacto na
dinâmica
familiar
Acamado x x
Deficiências física e mental x x
Baixas condições de
saneamento
x x
Desnutrição grave x x x
Drogadição x x
Desemprego x x x
Analfabetismo x x x
Menor de seis meses x x
Maior de 70 anos x x
Hipertensão arterial sistêmica x x
Diabetes mellitus x x
Relação morador/cômodo x x x
Savassi, Lage & Coelho (2012)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
Escola de Medicina da UFOP
Residência em MFC
Universidade Federal de Ouro Preto
A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
• Exemplo:
“Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é
um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro
acamado é deficiente físico (amputação traumática
de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não
existem outras sentinelas de risco nesta família.”
Escore familiar final: 13 (3+3+1+1+3+1+1)
Propostas de sistematização de critérios
Savassi, Lage & Coelho (2012)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
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A Visita Domiciliar do MFC
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O que é a ECRCS?
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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• Não é uma escala de classificação de riscos
individuais
• Não é uma escala que classifica todos os riscos da
presentes na família.
• Não é uma classificação estática da família.
• Não é uma escala para fins de abordagem da
dinâmica familiar, embora possa contribuir para tal.
O que não é a ERCS?
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
Escola de Medicina da UFOP
Residência em MFC
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
• Um instrumento que auxilia na avaliação da
vulnerabilidade (principalmente social) da família
• Um instrumento de grande importância no
planejamento da equipe, e por isto mesmo,
dinâmico
• Um índice que se utiliza de instrumentos simples
do cotidiano da equipe (ficha A, SIAB), sem novas
escalas burocráticas
O que é a ERCS?
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
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Residência em MFC
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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A escala de classificação de risco
individual (idoso)
(UFOP)
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Savassi et al (2012)
Savassi et al (2012)
Savassi et al (2012)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
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Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto Savassi et al (2012)
Disciplina de Medicina de Família e Comunidade
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
Universidade Federal de Ouro Preto
• Escala de Avaliação Individual – ABCDE
Knupp – RMMFC do HMOB
• Esta escala tem uma abordagem individual, não familiar, para a
definição de prioridades na visita domiciliar.
• Avaliação de 5 itens:
A = autonomia D = doença x restrição de locomoção
B = base/risco social E = especialidades, interconsultas
C = cuidador
A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
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Residência em MFC
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A Visita Domiciliar do MFC
Leonardo Cançado Monteiro Savassi
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• A excelência do atendimento
“As visitas devem ser realizadas inicialmente em equipe, o que
possibilita um agendamento de tarefas multiprofissionais em
conformidade com um debate prévio.
Neste momento o ACS deve sempre encabeçar o grupo, procurando-
se legitimar a sua representatividade.
Agendar a VD por vezes representa um dilema na equipe. Em alguns
casos, há a necessidade de conhecer a família na sua
espontaneidade cotidiana, o que pode entretanto gerar
problemas quanto a invasão da privacidade desta.
(continua...)
Finalmente...
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Residência em MFC
Universidade Federal de Ouro Preto
A Visita Domiciliar do MFC
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• A excelência do atendimento
A espontaneidade deve ser uma marca na visita domiciliar,
compreendendo-se que é um momento impregnado de
imaginários trazidos a partir do reconhecimento do papel do
antigo médico da família.
Os problemas devem ser atraídos de forma progressiva, um
verdadeiro exercício de hermenêutica aprofundado na leitura dos
objetos e dos silêncios, com uma semiologia repleta de interfaces
e sujeitos.
Ao final, deve-se sempre proporcionar encaminhamentos e
atribuições bem claros.”
COELHO, FLG, SAVASSI, LCM – RBMFC, 2004
Finalmente...
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• Qual a primeira pergunta a ser feita
ao entrar no domicílio?
Finalmente...
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Obrigado!
Leonardo C M Savassi
leosavassi@gmail.com
http://sites.google.com/site/leosavassi

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  • 1. Visita Domiciliar – MFC Leonardo C M Savassi
  • 2. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Idoso, 67 anos, com quadro de DPOC grave, faz uso de Oxigenoterapia contínua com Ventilação Mecânica não invasiva noturna há dois anos. Pré-aula – Situação Problema 1 5 MINUTOS
  • 3. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto ACS responsável por Hipertenso com dificuldade de deambulação, 55 anos, conhecido do serviço, avisa que o mesmo está com dores fortes no peito em casa, solicitando uma visita de urgência de manhã (a hora do acolhimento). Pré-aula – Situação Problema 2 5 MINUTOS
  • 4. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Idosa, restrita ao domicílio, 72 anos, com DM2, HAS, DPOC inicial, apresentando escara de decubito cerca 5 cm. Dependente para AVDI, independente para AVDB. Teve uma queda sem fratura há um ano, tem medo de cair de novo. Pré-aula – Situação Problema 3 5 MINUTOS
  • 5. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto - Algumas ideias a respeito da Visita Domiciliar na APS; - Legislação pertinente; - Informações da Atenção Domiciliar na APS; - Propostas de sistematização de critérios; O Objetivo de hoje é apresentar:
  • 6. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto IDÉIAS E DEFINIÇÕES.
  • 7. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar (VD) é um momento ímpar para o conhecimento do contexto da pessoa sob AD e deve se pautar pela observação ativa, pela abordagem da família e reconhecimento dos determinantes sociais presentes. Savassi, 2016
  • 8. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas frases sobre a VD no PSF: “A casa está na esfera central de todas as ações, está no centro de todos os níveis.” Mariana Borges Dias (GESF/AMMFC) “Many of the illnesses seen in family practice cannot be fully understood unless they are seen in their personal, family and social context.” Ian McWhinney (A Textbook of Family Medicine) A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
  • 9. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Cuidar em casa é uma das tarefas das eSF, que desde sua regulamentação têm entre suas atribuições executar ações de assistência na UBS, no domicílio e na comunidade Savassi, 2016 A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
  • 10. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto LEGISLAÇÃO PERTINENTE
  • 11. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas definições: ANVISA e Portaria MS 2529/2006 A RDC nº 11, de 26/01/06, da ANVISA e a Portaria MS 2529/2006 definiam os seguintes conceitos em AD: Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em domicílio. Assistência domiciliar: conjunto de atividades ambulatoriais, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio. Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada. Portaria MS 2529/2006 RDC nº11, de 26 de janeiro de 2006 Assistência e Internação Domiciliar
  • 12. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Processo de trabalho das eAB: VI - Realizar atenção à saúde na UBS, no domicílio, ... XII - Realizar atenção domiciliar a usuários que possuam problemas de saúde controlados/ compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de recursos de saúde, e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de AD nos demais casos. Portaria MS/GM nº 2.488/2011 Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: PNAB 2011
  • 13. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • A Atenção Domiciliar: “Consiste numa modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde.”(BRASIL, 2011) Portaria MS/GM nº 2.527/2011 Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: Portaria MS 2527/2011
  • 14. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto AD 1 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com menor frequência de cuidado menor necessidade de recursos de saúde, dentro da capacidade de atendimento das UBS; e não se enquadrem nos critérios para AD2 e AD3 eAB e eSF NASF AD 2 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo. EMAD EMAP AD 3 usuários com problemas de saúde + dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo e uso de equipamentos. EMAD EMAP • A AD se organiza em três modalidades: Portarias MS/GM nº 2.527/2011, 963/2013 e 825/2016 Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: Portaria MS 2527/2011, 963/2013, 825/2016
  • 15. PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES: CHALLENGES FOR CARE Leonardo Cançado Monteiro Savassi Medicine School Federal University of Ouro Preto EMED-UFOP. Medicine Faculty Federal University of Minas Gerais FM-UFMG Brazillian HC is organized in 3 care arrangements: MoH Ordinances 2.527/2011, 963/2013, 825/2016 Home Care Definitions Ministry of Health Ordinance 2527/2011, 963/2013, 825/2016 HC 1 HC 3 HC 2 Home Internment Home Care BEFORE Nowadays Bureaucratic Reference and counter-reference Care Continuity
  • 16. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: Portaria MS 963/2013 Critérios de inclusão na AD2 antes de 2016 I - feridas complexas ou drenagem de abscesso; II – monitoramento de sinais vitais freqüentes ou de laboratório; III - adaptação do usuário e / ou cuidador a dispositivos (órteses, próteses, sondas, estomas / traqueotomia) IV - pós-operatório imediato; V - reabilitação de incapacidade permanente ou temporária, até condições de cuidados ambulatoriais de serviços de reabilitação; VI - necessidade de limpeza de vias aéreas para higiene brônquica; VII - rastreamento de ganho de peso recém-nascido de baixo peso ao nascer; VII - cuidados nutricionais permanentes ou temporários; IX- cuidados paliativos; X - medicação intravenosa, subcutânea ou muscular por tempo pré-definido.
  • 17. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Portaria MS/GM nº 825/2016 Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: Portaria MS 825/2016 Critérios de inclusão na AD2 a partir de 2016 • indicação de AD, especialmente para abreviar ou evitar hospitalização: I - afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilitação; II - afecções crônico-degenerativas, considerando o grau de comprometimento causado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal; III - necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no mínimo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário; ou IV - prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponderal.
  • 18. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Portaria MS/GM nº 825/2016 Assistência e Internação Domiciliar Algumas definições: Portaria MS 2527/2011 Critérios de inclusão na AD3: Existência de pelo menos um critério de inclusão na AD2; e -cuidado multiprofissional mais frequente, -uso de equipamento(s) ou -agregação de procedimento(s) de maior complexidade (p.e., ventilação mecânica, paracentese de repetição, nutrição parenteral e transfusão sanguínea), (usualmente demandando períodos maiores de AD)
  • 19. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Atenção Domiciliar na Atenção Primária Mundial e no Brasil.
  • 20. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: • EEUU A Atenção Domiciliar na APS mundial
  • 21. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: EEUU Entre 1989-1995: • número de pacientes sob cuidados domiciliares no Medicare quase dobrou (3.5 milhões), • número de agências de home health care aumentou 50%. O número de VDs por médicos declinou. VDs eram: 40% de todos os contatos entre médicos e pacientes em 1930 10% em 1950 0.6% em 1980. AMA, 1997 A Atenção Domiciliar na APS mundial
  • 22. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: • REINO UNIDO A Atenção Domiciliar na APS mundial
  • 23. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: REINO UNIDO • 60 GPs - England and Wales. • Home Visits: 10.1% of contacts with GPs • Annual home visiting rate = 299/1000 patient years. • Ratios declined from 411/1000 (1981-2) to 299/1000 (1991-2) • 1% of the patients accounted for nearly 40% of all home visits. A Atenção Domiciliar na APS mundial Aylin, P. et al. BMJ 1996;313:207-210 Copyright ©1996 BMJ Publishing Group Ltd.
  • 24. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Aylin, P. et al. BMJ 1996;313:207-210 Percentage of patients requiring home visits. Denominator adjusted to take account of patients not present for whole year of study Copyright ©1996 BMJ Publishing Group Ltd.
  • 25. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: CANADÁ A Atenção Domiciliar na APS mundial
  • 26. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: CANADÁ • 696 GPs Quebec => 487 (70.0%) responded => 283 (58.1%) reported making home visits. • home visits in the most recent week of work: mean of 11.5% of all their medical appointments. 118 (41.7%) 5 or fewer 65 (23.0%) 6 to 10 100 (35.3%) 11 or more A Atenção Domiciliar na APS mundial
  • 27. PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES: CHALLENGES FOR CARE Leonardo Cançado Monteiro Savassi Medicine School Federal University of Ouro Preto EMED-UFOP. Medicine Faculty Federal University of Minas Gerais FM-UFMG Brazilian Home care in numbers RAAS-AD/SIA, 2015 Percentage of patients by age, Brazil 2015
  • 28. PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES: CHALLENGES FOR CARE Leonardo Cançado Monteiro Savassi Medicine School Federal University of Ouro Preto EMED-UFOP. Medicine Faculty Federal University of Minas Gerais FM-UFMG Brazilian Home care in numbers RAAS-AD/SIA, 2015 Percentage of patients by age and gender, Brazil 2015
  • 29. PRIMARY CARE FACING THE NEW HOME CARE POLICIES: CHALLENGES FOR CARE Leonardo Cançado Monteiro Savassi Medicine School Federal University of Ouro Preto EMED-UFOP. Medicine Faculty Federal University of Minas Gerais FM-UFMG Brazilian Home care in numbers RAAS-AD/SIA, 2015 Pacients admission sources , Brazil 2015
  • 30. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: BRASIL • 6 Municípios do RJ com Instituições Acadêmicas onde se desenvolve o Centro de Treinamento em Saúde da Família. • 209 profissionais – 78 médicos/ 131 enfermeiras • - Média de 7.1 dias (médicos) e 8.1 dias (enfermeiras)/mês. • - Circunstâncias das VDs: restrito ao leito (30.7% médicos/ 20.6% enfermeiras) x sem restrição. - O que motiva a visita: Planejamento semanal de equipe (69.2% médicos, 61.1% enfermeiras) – único dos motivadores relacionados ao maior número de VDs. Peres et al. 2006 A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
  • 31. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: BRASIL • 76 congressistas Mineiros, 46 Médicos. Igual distribuição sexos. • - µ 3,75 VDs/semana (médicos). - µ 9,37% do tempo dedicado a VD (médicos). A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Opinião sobre a importância da Visita Domiciliar (geral) Opinião Freqüência Percentual Dispensável 0 0 De exceção 3 3,9 Importante 28 36,8 Indispensável 45 59,2 Total 76 100,0 Savassi et al (2009)
  • 32. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto - Quantas Visitas Domiciliares você faz em sua equipe por semana? µ= 4,4 VD (1-14) - Qual a Proporção de tempo da sua semana é usado em VD? µ= 4,1 horas (1-15) tempo de VD Enfermeiro 52,94 Medico 60,34 0,020 0,193 0,801 A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2009)
  • 33. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: BRASIL Savassi et al (2009)
  • 34. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD em Atenção Primária: BRASIL Porcentagem de pacientes visitados por faixa etária A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2009)
  • 35. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto Amostra estudada Sexo Idade t Formado t Atuação (anos) ESF (anos) A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2017) F M Total Enfermagem 9 1 10 Medicina 5 7 12 Total 14 08 22 Média ENF 36,41 Média MED 40,95 11,56 13,35 8,83 8,00 Perfil de local de atuação Mista Rural Urbana Total Enfermagem 2 2 6 10 Medicina 2 6 4 12 Total geral 4 8 10 22
  • 36. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2017) Média D.P. Médias ENF 10,63 6,102 MED 11,52 4,857 Global 11,09 5,363 % tempo dedicado em relação a CH na ESF, Ouro Preto, 2017 Média D.P. Médias ENF 3,90 1,729 MED 4,92 2,678 Global 4,45 2,304 Quantas Visitas Domiciliares você fez na última semana? Dedicação a visitas Média D.P. Médias ENF 3,90 1,729 MED 4,92 2,678 Global 4,45 2,304 Quantas Visitas Domiciliares você fez na última semana? Média D.P. Médias ENF 1,08 0,448 MED 0,99 0,599 Global 1,03 0,526 Tempo dedicado a cada VD , Ouro Preto, 2017
  • 37. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2017) Avaliação da Ferramenta 1. Acredito que a VD seja de extrema importância 2. Tenho grande satisfação em utilizar a ferramenta VD 3. Tenho excelentes resultados usando a ferramenta VD 4. Eu defendo plenamente que minha equipe realize VD 5. Na minha equipe eu participo ativamente da VD
  • 38. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Algumas informações sobre a VD na APS de Ouro Preto A Atenção Domiciliar na Saúde da Família Savassi et al (2017) VD por faixa etária Motivos para a VD Enfermeiros Geral e inespecífico Planejamento familiar, Abordagem familiar/ sanitária Médicos Neurológicos, Respiratórios, Circulatórios, Endocrinológicos.
  • 39. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Atenção Domiciliar no mundo real...
  • 40. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto VOCÊ está em sua casa numa terça-feira a tarde, estudando para o Seminário... Toca o interfone e são os técnicos de TV a Cabo, Telefone e Internet Fixos. Eles são muito solícitos e estão ali para verificar a qualidade do sinal. Você se lembra dos problemas que teve com a Internet. Já ligou para a operadora uma vez, e já foi na sede dela outras duas, e em todas o serviço foi bem executado, às vezes com atrasos. Ao finalizar o atendimento, o técnico informa que irá realizar visitas mensais em sua casa, para saber se está tudo ok com os serviços. Por vezes ele levará os problemas para serem discutidos e resolvidos na central, te dando retorno sempre que possível. Discuta com seus colegas qual a tua percepção acerca desse tipo de atenção que a operadora está ofertando. O que vocês esperariam desse serviço? Como pactuariam? Situação Problema 4 5 MINUTOS
  • 41. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto E TODA última terça-feira a tarde do mês, competindo com a aula do Mestrado... O TVM da empresa de realiza visitas mensais e por vezes ele leva um dos especialistas em TV a Cabo ou Telefone ou Internet para dar manutenção preventiva e qualificar a estrutura de rede. Eles te ensinam fatores muito interessantes, do tipo: - Eles te orientam a recolher a antena DTH, porque a tecnologia na regiaõ agora é MMDS por difusão wireless na mesma faixa de frequência do 4G, de 2,5 GHz. - O especialista em Telefonia explica a tendência secular ADMS-TDMA-GSM-CDMA- EDGE-TDE-2G-3G-4G. Explicando que o 3G via HSPA plus está superado e que o 4G vai funcionar via LTE com 300 Mbps acabando com a área de sombra do teu banheiro. - O especialista na Internet pede para você fazer manutenção mensal nos cabos coaxiais, via teste por ponto. Pergunta se você prefere migrar para o DOCSIS 3.1, ou se não seria melhor ADSL, lembrando que o rádio ainda não dá boa frequência. Continuação da situação Problema 4 Fonte: Olhar Digital https://olhardigital.uol.com.br/ 5 MINUTOS
  • 42. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • As atividades de AD não são exclusivas, mas pertencem principalmente aos profissionais da atenção básica • Estão mais próximos do domicílio e podem desenvolverem as ações e serviços de modo longitudinal Quem executa a Visita Domiciliar? (LG SESMG/AMMFC)
  • 43. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • O ACS visita mensalmente todos os domicílios da área, é quem mais visita. • É quem identifica as demandas e negocia a VD dos demais ao domicílio • Atua como elo equipe-comunidade, contribuindo com o seu saber para o enriquecimento do projeto terapêutico. • É o que encabeça a intervenção. Quem executa a Visita Domiciliar? (LG SESMG/AMMFC)
  • 44. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Critérios da Linha Guia 1. Avaliação da resolutividade da VD (A VD será resolutiva); 2. Avaliação da razoabilidade da VD (A VD é a melhor alternativa); 3. Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento (engajamento e co-responsabilização); 4. Autorização do usuário e da família (termo de consentimento que deverá ser anexado ao prontuário); 5. Análise da infra-estrutura domiciliar (avaliação para análise de caso, classificação da complexidade e determinação do plano de cuidados). (LG SESMG/AMMFC)
  • 45. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto A visita domiciliar enquanto ferramenta da equipe cumpre o seu papel na saúde: responde aos 4 princípios básicos da Atenção Primária e aos 3 princípios doutrinários do SUS: Princípios da APS Princípios Doutrinários SUS Acessibilidade Universalidade de acesso Longitudinalidade Eqüidade na assistência Integralidade Integralidade da assistência. Coordenação A excelência do atendimento
  • 46. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto O papel da ESF na atenção domiciliar: uma conta a ser feita? IMPORTÂNCIA DA VD = Quadro individual + Risco Familiar + Risco Social + EFETIVIDADE DA VD População de cobertura + Condições de Acesso + tempo disponível A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
  • 47. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto SISTEMATIZAÇÃO DE CRITÉRIOS
  • 48. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Atenção domiciliar só se configura como instrumento de intervenção quando planejada e sistematizada, de outra forma configura-se como mera atividade social. Propostas de sistematização de critérios (LG SESMG/AMMFC)
  • 49. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto A escala de classificação de risco (vulnerabilidade) familiar (Escala de Coelho-Savassi)
  • 50. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto
  • 51. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Justificativa Sentinelas de Risco Relevância epidemiológica Relevância sanitária Impacto na dinâmica familiar Acamado x x Deficiências física e mental x x Baixas condições de saneamento x x Desnutrição grave x x x Drogadição x x Desemprego x x x Analfabetismo x x x Menor de seis meses x x Maior de 70 anos x x Hipertensão arterial sistêmica x x Diabetes mellitus x x Relação morador/cômodo x x x Savassi, Lage & Coelho (2012)
  • 52. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Exemplo: “Uma família possui 2 acamados, sendo que um deles é um idoso de 75 anos de idade e hipertenso. O outro acamado é deficiente físico (amputação traumática de membros inferiores). Ambos são analfabetos. Não existem outras sentinelas de risco nesta família.” Escore familiar final: 13 (3+3+1+1+3+1+1) Propostas de sistematização de critérios Savassi, Lage & Coelho (2012)
  • 53. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto O que é a ECRCS?
  • 54. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Não é uma escala de classificação de riscos individuais • Não é uma escala que classifica todos os riscos da presentes na família. • Não é uma classificação estática da família. • Não é uma escala para fins de abordagem da dinâmica familiar, embora possa contribuir para tal. O que não é a ERCS?
  • 55. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Um instrumento que auxilia na avaliação da vulnerabilidade (principalmente social) da família • Um instrumento de grande importância no planejamento da equipe, e por isto mesmo, dinâmico • Um índice que se utiliza de instrumentos simples do cotidiano da equipe (ficha A, SIAB), sem novas escalas burocráticas O que é a ERCS?
  • 56. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto A escala de classificação de risco individual (idoso) (UFOP)
  • 57. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto
  • 58. Savassi et al (2012)
  • 59. Savassi et al (2012)
  • 60. Savassi et al (2012)
  • 61. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Savassi et al (2012)
  • 62. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Escala de Avaliação Individual – ABCDE Knupp – RMMFC do HMOB • Esta escala tem uma abordagem individual, não familiar, para a definição de prioridades na visita domiciliar. • Avaliação de 5 itens: A = autonomia D = doença x restrição de locomoção B = base/risco social E = especialidades, interconsultas C = cuidador A Atenção Domiciliar na Saúde da Família
  • 63.
  • 64. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • A excelência do atendimento “As visitas devem ser realizadas inicialmente em equipe, o que possibilita um agendamento de tarefas multiprofissionais em conformidade com um debate prévio. Neste momento o ACS deve sempre encabeçar o grupo, procurando- se legitimar a sua representatividade. Agendar a VD por vezes representa um dilema na equipe. Em alguns casos, há a necessidade de conhecer a família na sua espontaneidade cotidiana, o que pode entretanto gerar problemas quanto a invasão da privacidade desta. (continua...) Finalmente...
  • 65. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • A excelência do atendimento A espontaneidade deve ser uma marca na visita domiciliar, compreendendo-se que é um momento impregnado de imaginários trazidos a partir do reconhecimento do papel do antigo médico da família. Os problemas devem ser atraídos de forma progressiva, um verdadeiro exercício de hermenêutica aprofundado na leitura dos objetos e dos silêncios, com uma semiologia repleta de interfaces e sujeitos. Ao final, deve-se sempre proporcionar encaminhamentos e atribuições bem claros.” COELHO, FLG, SAVASSI, LCM – RBMFC, 2004 Finalmente...
  • 66. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto • Qual a primeira pergunta a ser feita ao entrar no domicílio? Finalmente...
  • 67. Disciplina de Medicina de Família e Comunidade Escola de Medicina da UFOP Residência em MFC Universidade Federal de Ouro Preto A Visita Domiciliar do MFC Leonardo Cançado Monteiro Savassi Universidade Federal de Ouro Preto Obrigado! Leonardo C M Savassi leosavassi@gmail.com http://sites.google.com/site/leosavassi