O documento discute a fé humana e divina, resumindo-a em 3 frases:
1) A fé pode ser aplicada às necessidades terrenas ou às aspirações espirituais e futuras.
2) Tanto a fé humana quanto a divina fornecem força para realizar feitos considerados milagres.
3) A fé, esperança e caridade são virtudes divinas que podem ser cultivadas pelo ser humano.
1. EVSE – CAPITULO XIX – ITEM 12
FÉ HUMANA E DIVINA
LEONARDO PEREIRA
2. fé
[Do lat. fide.]
Substantivo feminino.
1.Crença religiosa:
De tanto sofrer, perdeu até a fé.
2.Conjunto de dogmas e doutrinas que constituem um
culto:
a fé muçulmana;
a fé católica.
3.Rel. A primeira virtude teologal: adesão e anuência
pessoal a Deus, seus desígnios e manifestações.
4.Firmeza na execução de uma promessa ou de um
compromisso.
5.Crença, confiança.
6.Asseveração de algum fato.
7.Testemunho autêntico que determinados funcionários dão
por escrito acerca de certos atos, e que tem força em juízo.
[Cf. fê.]
3. crença
[Do lat. med. credentia.]
Substantivo feminino.
1.Ato ou efeito de crer.
2.Fé religiosa.
3.Aquilo em que se crê, que é objeto de crença.
4.Convicção íntima.
5.Opinião adotada com fé e convicção:
crenças políticas.
6.Filos. Forma de assentimento que se dá às verdades de fé, que
é objetivamente insuficiente, embora subjetivamente se
imponha com grande convicção. [Cf., nesta acepç., certeza (7) e
opinião (6).]
4. FÉ = PHYDES CRENÇA
SINTONIA
INTERNA
FIDELIDADE
EXTERNA
DIVINA HUMANA
5. “E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a
palavra, a recebem com alegria; mas, como não têm raiz,
apenas crêem por algum tempo, e, na época da tentação,
se desviam.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 8, versículo 13.)
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e
não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim
também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
(Tiago 2, 14 e 17)
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um
grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para
acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível.
(Mateus, XVII: 14-19)
Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo
compreender. ((O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX,
6)
6. No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos
futuros; é a consciência que ele tem das faculdades
imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a
princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que
desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
...o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por
esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando
tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que
essa vontade pode obter satisfação. Também os
apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o
exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos
naturais, cujas causas os homens de então
desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se
explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do
Magnetismo se tornarão completamente
compreensíveis?
7. Repito: a fé é
humana e divina. Se
todos os
encarnados se
achassem bem
persuadidos da
força que em si
trazem, e se
quisessem pôr a
vontade a serviço
dessa força, seriam
capazes de realizar
o a que, até hoje,
eles chamaram
prodígios e que, no
entanto, não passa
de um
desenvolvimento
das faculdades
humanas. Um
Espírito Protetor.
(Paris, 1863.)
8. O ESPÍRITO QUER
O PERISPÍRITO TRANSMITE
O CORPO EXECUTA
ANDRÉ LUIZ/CHICO XAVIER
9. Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que
operam os propósitos e as aspirações, acalentando
o estimulo ao trabalho;
o Departamento da Inteligência, dilatando os
patrimônios da evolução e da cultura;
o Departamento da Imaginação, amealhando as
riquezas do ideal e da sensibilidade;
o Departamento da Memória, arquivando as
súmulas da experiência, e outros, ainda, que
definem os investimentos da alma.
11. A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando
todos os setores da ação mental.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a
inércia da máquina.
O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a
capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na
Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo,
estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.
Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia
do espírito.
Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental,
quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a
sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da
disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-
los coesos na corrente do bem.
12. A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas
faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das
suas aspirações celestiais e futuras.
Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos
de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se
na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar
perigosos monstros na sombra, e a memória, não obstante
fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que
a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável
relaxamento.
“ONDE ESTIVER SEU
CORAÇÃO ESTARÁ SEU
TESOURO”
13. "Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o
sino que tine".
"E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de
maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse
caridade, nada seria."
" E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento
dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser
queimado, e não tivesse caridade, nada disso me
aproveitaria". "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade
não é invejosa; não trata com leviandade; não se
ensoberbece".
"Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas
folga com a verdade".
"Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".
"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas
a maior destas é a caridade" ( Paulo, I Coríntios, cap. XIII,
vers. 1 ao 13).
15. FÉ – ESPERANÇA E CARIDADE
AUTO-FALANTES DIVINOS
FÉ = PHYDES = FIDELIDADE ESPERANÇA = FORÇA
CARIDADE = CHALITAS = CARINHO
...haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a
força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade,
de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há
maus pendures que se não chegue a vencer.
16. Não podemos, desse modo, plasmar realização alguma sem atitude
positiva de confiança.
Entretanto, como exprimir a fé? — indaga-se muitas vezes.
A fé não encontra definição no vocabulário vulgar.
É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de
Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra
em todas as coisas.
Todo o êxito da experiência social resulta da fé que a comunidade
empenhe no respeito às determinações de ordem legal que lhe regem a
vida.
Utilizando-nos conscientemente de semelhante energia, é-nos possível
suprimir longas curvas em nosso caminho de evolução.
Para isso, acentuar em nós a confiança no bem para refletir-lhe a
grandeza.
O Bem Eterno é a mesma luz para todos, mas concentrando-lhe a força
em nós, por intermédio de positiva segurança íntima, decerto com mais
eficiência lhe retrataremos a glória.
Busquemo-lo, pois, infatigavelmente, sem nos determos no mal.
Procuremos a boa parte das criaturas, das coisas e dos sucessos que nos
cruzem a lide cotidiana. Teremos, assim, o espelho de nossa mente
voltado para o bem, incorporando-lhe os tesouros eternos, e a felicidade
que nasce da fé, generosa e operante, libertar-nos-á dos grilhôes de
todo o mal, de vez que o bem, constante e puro, terá encontrado em nós
seguro refletor.
17. “NÃO HÁ FÉ
INABALÁVEL
SENÃO AQUELA
QUE PODE
ENCARAR A
RAZÃO, FACE A
FACE, EM TODAS
AS ÉPOCAS DA
HUMANIDADE.
ALLAN KARDEC
18. BIBLIOGRAFIA :
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – ALLAN KARDEC
ESTUDOS ESPÍRITAS – DIVALDO P. FRANCO / JOANNA DE ÂNGELIS
ESTUDANDO O EVANGELHO – MARTINS PERALVA
OS CAMINHOS DA LIBERDADE – DALVA SILVA SOUZA
UM MODO DE ENTENDER – FRANCISCO DO ES NETO/ HÁMMED
O CONSOLADOR - CHICO XAVIER / EMMANUEL
PENSAMENTO E VIDA – CHICO XAVIER / EMMANUEL
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE - CHICO XAVIER / EMMANUEL