O documento discute os temas do ódio, duelo e como evoluir para um caminho de mais amor e perdão. Apresenta que ódio e raiva não são a mesma coisa e que ódio pode surgir de sentimentos não resolvidos como mágoa. Também mostra que duelo era vista como questão de honra mas na verdade é covardia moral e contrária aos ensinamentos de Cristo de perdão e não-violência. Finaliza dizendo que o Espiritismo pode ajudar a extinguir resquícios de barbárie ao promover caridade e fr
Estudos do evangelho "O ódio e o duelo" ( Leonardo Pereira).
1. Estudos do Evangelho
O Evangelho Segundo o Espiritismo
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
Leonardo Pereira
2. Bibliografia:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
O Ser Consciente – Joanna de Ângelis (Divaldo
Franco)
Jesus e o Evangelho – À luz da psicologia profunda
– Joanna de Ângelis (Divaldo Franco)
O Despertar do Espírito _ Joanna de Ângelis
(Divaldo Franco)
Amor Imbatível Amor – Joanna de Ângelis (Divaldo
Franco)
Autodescobrimento – Uma busca interior – Joanna
Ângelis (Divaldo Franco)
Apostilas da Vida – Tudo é amor – André Luiz
(Chico Xavier).
O Consolador – Tudo é amor – Emmanuel (Chico
Xavier).
3. “Capitulo 12 – Amar os vossos inimigos”
O ódio e o duelo!
5. 10 – Amai-vos uns aos outros, e
sereis felizes. Tratai sobretudo de
amar aos que vos provocam
indiferença, ódio e desprezo. O
Cristo, que deveis tornar o vosso
modelo, deu-vos o exemplo
dessa abnegação: missionário do
amor, amou até dar o sangue e a
própria vida.
6. O sacrifício de amar os que vos
ultrajam e perseguem é penoso, mas
é isso, precisamente, o que vos torna
superiores a eles. Se vós os odiásseis
como eles vos odeiam, não valereis
mais do que eles. É essa a hóstia
imaculada que ofereceis a Deus, no
altar de vossos corações, hóstia de
agradável fragrância, cujos perfumes
sobem até Ele.
7. Mas embora lei do amor nos mande
amar indistintamente todos os nossos
irmãos, não endurece o coração para os
maus procedimentos. É essa, pelo
contrário, a prova mais penosa. Eu o sei,
pois durante minha última existência
terrena experimentei essa tortura. Mas
Deus existe, e pune, nesta e na outra
vida, os que não cumprem a lei do amor.
Não vos esqueçais, meus queridos filhos,
de que o amor nos aproxima de Deus, é
o ódio nos afasta dele.
10. O ódio é um sentimento de profunda
antipatia, desgosto, aversão, raiva,
rancor profundo, horror, inimizade ou
repulsa contra uma pessoa ou algo,
assim como o desejo de evitar, limitar
ou destruir o seu objetivo.
12. o neurobiólogo Semir Zeki, do
Laboratório de Neurobiologia da
University College London,
liderou um estudo que mapeou
os cérebros de 17 adultos
enquanto contemplam imagens
de pessoas que eles
admitiram odiar.
13. Os pesquisadores observaram
que partes do chamado
“circuito do ódio” também
estão envolvidas no início de um
comportamento agressivo, mas
sentimentos intrinsecamente
agressivos ─ como raiva, perigo
e medo ─ apresentam padrões
cerebrais diferentes dos do ódio.
15. Primeiramente, não devemos confundir
ódio com raiva. Enquanto o ódio
tem uma natureza constante e contínua,
a raiva é uma manifestação intensa,
como um estouro, mas, passageira e
rompe mais facilmente com os laços que
a geraram.
16. Sentimentos que não tratados no
nascedouro, podem por despertar ódios:
A mágoa é um desgosto recolhido que se
deriva da decepção, um
descontentamento, que pode ser por
alguém ou pela própria vida. É
decorrente de tristeza, desilusão,
amargura...
18. Certamente o ódio pode
surgir de
sentimentos
positivos, como o amor
romântico ─ na figura de um ex-
parceiro ou rival em potencial.
19. O amor, porém, parece desativar
áreas tradicionalmente
associadas com o julgamento,
enquanto que o ódio ativa
áreas do córtex frontal que
podem estar relacionadas
com a avaliação de outra
pessoa e previsão de seu
comportamento.
20. Finalmente, o ódio, que
julgas ser a antítese do
Amor, não é senão o
próprio Amor que
adoeceu gravemente.André Luiz por Chico Xavier no livro Apostilas da vida – “Tudo é amor”
21. Devemos ficar atentos também, com os
seguintes sintomas, que não extinguido
no seu início, poderá desencadear-se em
ódio:
22. a) Se você é daquele tipo que está
sempre esperando o pior da vida, você
é uma presa fácil do ódio. Você pode
dizer: o mundo atual é feio! É verdade
que tem lá seus defeitos, mas não é
completamente feio. Há coisas muito
agradáveis na vida. Se seu mundo
interno é cheio de ódio, você vai
sempre ver o mundo como um lugar
semelhante. Espelhamos quem somos.
23. b) Se você tem uma péssima
autoestima, está na hora de olharmos
para dentro de si mesma, para detectar
o que está acontecendo. Geralmente a
autoestima rebaixada é uma indicação
de que você não gosta de você,
portanto, há algo de errado dentro de
você. Consequentemente, terá
dificuldades em gostar dos que a
rodeiam.
24. c) Se você está sempre competindo com
os outros, tome cuidado, isso pode ser
uma manifestação de ódio. Geralmente
na competição “fora de hora” nós
enxergamos, nas coisas que o outro faz,
um ataque á nossa pessoa e assim,
invejosos e humilhados, queremos
revidar.
25. d) Quando exageremos ao desconfiar
de todo mundo. É o momento de
refletirmos, porque tanta dificuldade de
confiar. É impossível viver sem confiar.
Provavelmente está acreditando que
ninguém presta; de que todo mundo é
ruim. Esta é uma visão odiosa do
mundo.
26. e) Se você é do tipo que não sabe
perdoar, temos um problema muito
sério aí, o principal de todos. Isso
significa que você não consegue livrar-
se do rancor. Talvez você dê a si mesmo
bons motivos para justificar seu ódio
contra uma pessoa ou contra o mundo.
27. f) Buscar a perfeição é louvável e até
uma necessidade do espírito.
Entretanto, pessoas perfeccionistas e
rígidas, tem grandes probabilidades de
estarem desviando seus ódios ao
exigirem muito de si mesmas, como
andar “na linha”, fazerem um trabalho
ou tarefa repetidas vezes, chegando em
alguns casos, quase a exaustão para
atingirem a perfeição.
28. g) Temos também os casos de pessoas
que são expostas ao ridículo ou se
sentirem envergonhadas, que menos
que possa parecer, pode dá origem a
raiva e ao ódio de retaliação. Muitas
vezes quando fizemos brincadeiras
(geralmente de mau gosto), atingimos
pessoas que podem estarem
vivenciando conflitos interiores que
negamos, podendo levar a uma reação
negativa imediata ou futura.
29. O ódio é um sentimento que existe e
não pode e, não deve ser ignorado. O
ódio é mais duradouro (podendo
superar os séculos) e, se não for
eliminado através da expressão e do
diálogo e, principalmente do perdão,
ele fica lá, atormentando, feito uma
pedrinha no sapato.
33. III – O Duelo
ADOLFO
Bispo de Alger, Marmande, 1861
34. • 12 – Só é verdadeiramente grande
aquele que, considerando a vida
como uma viagem que tem um
destino certo, não se incomoda com
as asperezas do caminho, não se
deixa desviar nem por um instante
da rota certa.
35. Arriscar os dias para vingar uma
ofensa é recuar diante das provas
da vida; é sempre um crime aos
olhos de Deus; e, se não estivésseis
tão enleados, como estais, nos
vossos preconceitos, seria também
uma ridícula e suprema loucura
aos olhos dos homens.
36. É criminoso o homicídio por duelo,
o que a vossa própria legislação
reconhece. Ninguém tem o direito,
em caso algum de atentar contar a
vida de seu semelhante. Isso é um
crime aos olhos de Deus, que vos
determinou a linha de conduta.
Nisto, mais que em qualquer outra
coisa, sois juízes em causa própria.
38. O duelo figura na História da
Humanidade como uma prática
violenta e injusta.
Por muito tempo, as legislações
admitiram esse genuíno resquício da
barbárie.
39.
40.
41.
42. Ele consistia na exaltação do mais
desmedido e descontrolado orgulho,
embora travestido de honra.
Sua lógica era a de que a honra se
lavava com sangue.
51. Lembrai-vos de que vos será perdoado
segundo tiverdes perdoado. Pelo
perdão vos aproximais da Divindade,
porque a clemência é irmã do poder.
Enquanto uma gota de sangue correr
na Terra pelas mãos dos homens, o
verdadeiro Reino de Deus ainda não
terá chegado, esse reino de pacificação
e de amor, que deve banir para
sempre do vosso globo a animosidade,
a discórdia e a guerra.
52. Então, a palavra duelo não mais
existirá na vossa língua, senão
como uma longínqua e vaga
recordação do passado: os
homens não admitirão entre
eles outro antagonismo, que a
nobre rivalidade do bem.
54. 12 – O duelo pode, sem dúvida, em
certos casos, ser uma prova de
coragem física, de menosprezo pela
vida, mas é incontestavelmente uma
prova de covardia moral, como o
suicídio. O suicida não tem coragem de
enfrentar as vicissitudes da vida: o
duelista não a tem para suportar as
ofensas.
59. 13... Oh, estúpido amor próprio, tola
vaidade e louco orgulho, quando
sereis substituídos pela caridade
cristã, pelo amor do próximo e a
humildade, de que o Cristo nos deu
o exemplo e o ensino? Somente
então desaparecerão esses
preconceitos monstruosos que
60. ainda dominam os homens, e que as
leis são impotentes para reprimir.
Porque não é suficiente proibir o
mal e prescrever o bem, é
necessário que o princípio do
bem e o horror do mal
estejam no coração do
homem.
62. • 14 – Que pensarão de mim, dizeis
frequentemente, se me recusar à
reparação que me pedem, ou se
eu não a pedir àquele que me
ofendeu? Os loucos, como vós, os
homens atrasados, vos
censurarão; mas os esclarecidos
pela flama do progresso
intelectual e moral, dirão que agis
segundo a verdadeira sabedoria.
63. Refleti um pouco: por uma palavra,
dita muitas vezes sem intenção, ou
inteiramente inofensiva, por um de
vossos irmãos, vosso orgulho se
fere, respondeis de maneira
áspera, e a provocação está feita.
Antes de chegar ao momento
decisivo, perguntai se estais agindo
como cristão.
64. Como mudar isso e acelerar
nossa evolução?
Estamos mais pertos do ponto
de partida que do ponto de
chegada!
66. 15 – O homem do mundo, o homem
feliz, que, por uma palavra ofensiva,
um motivo fútil, joga a vida que
Deus lhe deu e joga a vida do seu
semelhante, que só pertence a Deus,
esse é cem vezes mais culpado que o
miserável que, levado pela cobiça, e
às vezes pela necessidade, introduz-
se numa casa para roubar e mata o
que tenta impedi-lo.
67. Porque este é quase sempre um homem
sem educação, com imperfeitas noções
do bem e do mal, enquanto o duelista
pertence geralmente à classe mais
esclarecida. Um, mata brutalmente, o
outro, com método e cortesia, o que faz
a sociedade desculpá-lo. Acrescento
mesmo que o duelista é infinitamente
mais culpado que o infeliz que, cedendo
a um sentimento de vingança, mata
num momento de desespero.
68. Não alimentar a mágoa.
Não levar desaforo para casa!
...O duelista não tem por desculpa o
arrastamento da paixão, porque entre o
insulto e a reparação sempre a tempo
de refletir. Ele age, pois, fria e
premeditadamente.
69. ...O Espiritismo extinguirá esses
derradeiros vestígios da barbárie, ao
inculcar nos homens o senso da
caridade e da fraternidade.
Como vai nossa caridade
hoje?