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Pecados Capitais
Pecados capitais. 
1º. pecado: vício, quando se consideram a soberba, a avareza, a luxúria, etc., 
como maus hábitos que levam ao pecado; 
Capitais: (do latim "caput": cabeça, fonte). De acordo com a própria 
etimologia da palavra, esses pecados tem tal nome: 
a) porque podem ser pecados gravíssimos, dignos da pena de morte; 
b) porque, nos primeiros séculos da Igreja, eram equiparados a outros muito 
graves, como a idolatria, o homicídio, o adultério, e condenados a uma 
penitência pública; 
c) porque são origem, fonte de vários outros, ainda que não sejam 
necessariamente e sempre, pecados mortais.
PECADOS CAPITAIS 
Há sete pecados, ou vícios, que podem ser tidos como graves, quer quanto à 
sua natureza, quer quanto às suas consequências. Estes sete pecados 
capitais são: 
1) Soberba; 
2) Avareza; 
3) Luxúria; 
4) Inveja; 
5) Gula; 
6) Ira; 
7) Preguiça. 
Alguns: soberba, avareza, inveja, ira e preguiça, quando desídia do intelecto, 
são mais especialmente pecados do espírito. A luxúria e a gula, pelo 
contrário, são pecados do corpo.
Origem dos sete pecados capitais 
Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas 
eles só foram formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, 
tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os 
principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e 
inveja. Até hoje na Igreja existe um consenso doutrinal sobre essa 
classificação. Mas a lista só se tornou "oficial" no século XIII, com a Suma 
Teológica de São Tomás de Aquino. No documento, ele explica o que os tais 
sete pecados têm que os outros não têm. O termo "capital" deriva do latim 
caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete 
infrações são as "líderes" de todas as outras. E, do ponto de vista teológico, 
o pecado mais grave é a soberba, afinal é nesta categoria que se enquadra o 
pecado original: Adão e Eva aceitaram o fruto proibido da árvore do 
conhecimento, querendo igualar-se a Deus.
Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o 
conceito de pecado em suas doutrinas, mas os sete pecados capitais são 
exclusivos do catolicismo. 
Os pecados capitais vão além do nível individual. Iniciando no 
coração da pessoa, eles concentram-se em determinados ambientes, 
instalando-se em determinadas instituições. Como por exemplo: a corrupção 
nas esferas do poder público pode ser identificada com a avareza, que 
aniquila o interesse generoso e correto para o desenvolvimento e os 
cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros próprios. Na realidade 
urbana, o aumento da violência relaciona-se à ira e à gula, esta representada 
pelo uso de drogas.
As Sagradas Escrituras nos deixa claro quanto a origem de cada pecado 
capital: 
1. Soberba: relativo ao nosso orgulho, onde nos achamos melhor 
que todo mundo, não respeitando o próximo e passando por cima de tudo e 
de todos. Você se torna o seu próprio Deus pois a glória de tudo o que você 
faz sempre vai para você mesmo. O seu umbigo passa a ser o centro do 
universo. (Eclo 10,15; Romanos 3,27; Gálatas 6,4; Mateus 18,3) 
2. Avareza: relativo ao apego e ao amor ao dinheiro. O dinheiro 
passa a ser tudo para você e você acredita que com o dinheiro pode fazer 
tudo e comprar tudo, inclusive as pessoas. As pessoas passam a valer menos 
que seu dinheiro. Seu deus se torna o dinheiro. (Mt 6,24; 1Timóteo 6,10; 
Marcos 10,21-22; João 12,5-6)
3. Luxúria: relativo ao apego aos prazeres sexuais. Sua vida passa a girar em 
torno do sexo. Se você vê um homem/mulher já pensa em sexo. Como 
exemplo da luxúria podemos citar: o adultério (traição) e a fornicação (sexo 
no namoro ou sexo fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do 
próximo, a masturbação, o homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia (sexo 
com animais). (2Pedro 2,13; Levítico 18, 20.22; Êxodo 20,17; Mateus 5,27; 
1Coríntios 6,15; Gênesis 38,9-10) 
4. Ira: quando brigamos a qualquer momento e com qualquer 
pessoa mesmo sem ter motivo. Quando guardamos mágoa ou rancor por 
alguém e não perdoamos as 70x7 que Jesus nos manda. (Mt 5,22; 21,12; 
23,27)
5. Gula: quando comemos até não aguentar mais, chegando até mesmo a 
passar mal. Quando já saciamos nossa fome mas comemos o bife do outro 
deixando-o sem comida. (Filipenses 3,19; Isaías 5,11) 
6. Inveja: quando queremos ter algo igual só porque nosso próximo 
tem, trata-se do famoso olho gordo. Relativo a cobiça e a todo tipo de 
inveja, inveja da mulher, inveja das amizades, inveja do emprego, inveja dos 
bens materiais, etc. (Sabedoria 2,24; Gênesis 4,1-16; Mateus 10,42-43; 20,1- 
16; Gênesis 37,4; 1Samuel 18,6-16) 
7. Preguiça: quando temos todo tempo do mundo a nossa 
disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de 
Deus e do próximo. (Eclesiástico 33,28-29; Provérbios 24,30-31; Ezequiel 
16,49; Mt 20,6)
AS CONSEQÜÊNCIAS DOS SETE 
PECADOS CAPITAIS 
Os pecados capitais são chamados assim porque são como a cabeça, o 
princípio de muitos outros. Somos, antes de mais nada, inclinados a eles e, a 
partir deles, a outros pecados que geralmente são mais sérios. 
Assim, a vanglória ou vaidade leva à desobediência, à gabolice, à hipocrisia, 
à alegrar-se com a rivalidade, à discórdia, à curiosidade ou amor por 
novidades e à teimosia. É um vício que pode nos levar às mais lamentáveis 
quedas e até à apostasia. 
A preguiça espiritual acídia, isto é, o desgosto pelas coisas espirituais e pelo 
empenho na santificação devido ao esforço que esta requer, é um vício 
diretamente oposto ao amor a Deus e à alegria santa que resulta dele. A 
acídia leva à malícia, rancor ou amargura para com o nosso irmão, covardia 
diante do dever a ser comprido, desencorajamento, torpor espiritual, 
esquecimento dos preceitos espirituais, a busca de coisas proibidas. Pela 
cessão à vanglória, orgulho e acídia, muitos perderam a sua vocação.
Da mesma forma, a inveja ou desprazer diante do bem de alguém, como se 
fosse um mal para nós, leva ao ódio, à calúnia, à alegria pela desgraça alheia 
e à tristeza frente ao seu sucesso. Gula e sensualidade também produzem 
outros vícios: cegueira espiritual, dureza de coração, apego a vida presente, 
e até mesmo perda da esperança na vida eterna e amor a si mesmo até o 
ponto do ódio a Deus e impenitência final. 
O orgulho espiritual induz-nos, por exemplo, a fugir daqueles que nos 
corrigem, mesmo quando eles têm a autoridade de fazê-lo e estão agindo 
com justiça; pode mesmo nos induzir a conservar um certo rancor contra 
estas autoridades. Quanto à gula espiritual, ela pode nos levar a desejar 
consolações sensíveis nos atos de piedade, ao ponto de buscarmos a nós 
mesmos mais do que a Deus. Do orgulho espiritual origina-se o falso 
misticismo.
Além disso, certos defeitos se parecem com algumas virtudes: por exemplo, 
o orgulho é algumas vezes similar a magnanimidade. É importante ter 
discrição ou prudência cristã para discernir claramente a virtude e o defeito 
que em certos aspectos se assemelha a ela. De outra forma notas falsas 
podem surgir do teclado das virtudes: por exemplo a pusilanimidade pode 
ser confundida com a humildade, a severidade com a justiça, a fraqueza com 
a misericórdia.
Remédios 
Para São Tomás de Aquino, para cada pecado há uma virtude no outro lado da 
balança, funcionando como antídotos a esses vícios principais, sendo essas 
virtudes classificadas como: disciplina (para combater a preguiça), 
generosidade (avareza), castidade (luxúria), paciência (ira), temperança (gula), 
caridade (inveja) e humildade (soberba). 
Em contraponto aos vícios capitais, a Igreja formulou o conceito das sete 
virtudes fundamentais, cada uma delas servindo de antídoto específico a algum 
dos pecados. Elas regulam a conduta do fiel e conduzem o cristão a Deus. "A 
palavra virtude vem do latim virtu, que significa força. Em conjunto, elas 
fortificam a pessoa ao longo da vida, diz padre Roberto Paz. 
1 - HUMILDADE (versus soberba) 
Jesus Cristo pregou a humildade quando lavou os pés dos apóstolos, antes da 
última ceia. 
2 - DISCIPLINA (preguiça) 
Manter-se fiel aos princípios divinos mesmo em meio às atribulações da vida.
3 - CARIDADE (inveja) 
A Igreja Católica coloca a caridade como sinônimo do amor ao próximo. 
4 - CASTIDADE (luxúria) 
Auto domínio, controle das paixões e da sensualidade exacerbada. 
5 - PACIÊNCIA (ira) 
Harmonia interior para não perder a calma diante das adversidades. 
6 - GENEROSIDADE (avareza) 
O valor de uma pessoa cultivar a capacidade de compartilhar com o próximo. 
7 - TEMPERANÇA (GULA) 
A postura equilibrada diante dos prazeres, controlando o apetite por comida 
e bebida.

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Pecados capitais

  • 2. Pecados capitais. 1º. pecado: vício, quando se consideram a soberba, a avareza, a luxúria, etc., como maus hábitos que levam ao pecado; Capitais: (do latim "caput": cabeça, fonte). De acordo com a própria etimologia da palavra, esses pecados tem tal nome: a) porque podem ser pecados gravíssimos, dignos da pena de morte; b) porque, nos primeiros séculos da Igreja, eram equiparados a outros muito graves, como a idolatria, o homicídio, o adultério, e condenados a uma penitência pública; c) porque são origem, fonte de vários outros, ainda que não sejam necessariamente e sempre, pecados mortais.
  • 3. PECADOS CAPITAIS Há sete pecados, ou vícios, que podem ser tidos como graves, quer quanto à sua natureza, quer quanto às suas consequências. Estes sete pecados capitais são: 1) Soberba; 2) Avareza; 3) Luxúria; 4) Inveja; 5) Gula; 6) Ira; 7) Preguiça. Alguns: soberba, avareza, inveja, ira e preguiça, quando desídia do intelecto, são mais especialmente pecados do espírito. A luxúria e a gula, pelo contrário, são pecados do corpo.
  • 4. Origem dos sete pecados capitais Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só foram formalizados no século VI, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Até hoje na Igreja existe um consenso doutrinal sobre essa classificação. Mas a lista só se tornou "oficial" no século XIII, com a Suma Teológica de São Tomás de Aquino. No documento, ele explica o que os tais sete pecados têm que os outros não têm. O termo "capital" deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as "líderes" de todas as outras. E, do ponto de vista teológico, o pecado mais grave é a soberba, afinal é nesta categoria que se enquadra o pecado original: Adão e Eva aceitaram o fruto proibido da árvore do conhecimento, querendo igualar-se a Deus.
  • 5. Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o conceito de pecado em suas doutrinas, mas os sete pecados capitais são exclusivos do catolicismo. Os pecados capitais vão além do nível individual. Iniciando no coração da pessoa, eles concentram-se em determinados ambientes, instalando-se em determinadas instituições. Como por exemplo: a corrupção nas esferas do poder público pode ser identificada com a avareza, que aniquila o interesse generoso e correto para o desenvolvimento e os cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros próprios. Na realidade urbana, o aumento da violência relaciona-se à ira e à gula, esta representada pelo uso de drogas.
  • 6. As Sagradas Escrituras nos deixa claro quanto a origem de cada pecado capital: 1. Soberba: relativo ao nosso orgulho, onde nos achamos melhor que todo mundo, não respeitando o próximo e passando por cima de tudo e de todos. Você se torna o seu próprio Deus pois a glória de tudo o que você faz sempre vai para você mesmo. O seu umbigo passa a ser o centro do universo. (Eclo 10,15; Romanos 3,27; Gálatas 6,4; Mateus 18,3) 2. Avareza: relativo ao apego e ao amor ao dinheiro. O dinheiro passa a ser tudo para você e você acredita que com o dinheiro pode fazer tudo e comprar tudo, inclusive as pessoas. As pessoas passam a valer menos que seu dinheiro. Seu deus se torna o dinheiro. (Mt 6,24; 1Timóteo 6,10; Marcos 10,21-22; João 12,5-6)
  • 7. 3. Luxúria: relativo ao apego aos prazeres sexuais. Sua vida passa a girar em torno do sexo. Se você vê um homem/mulher já pensa em sexo. Como exemplo da luxúria podemos citar: o adultério (traição) e a fornicação (sexo no namoro ou sexo fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do próximo, a masturbação, o homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia (sexo com animais). (2Pedro 2,13; Levítico 18, 20.22; Êxodo 20,17; Mateus 5,27; 1Coríntios 6,15; Gênesis 38,9-10) 4. Ira: quando brigamos a qualquer momento e com qualquer pessoa mesmo sem ter motivo. Quando guardamos mágoa ou rancor por alguém e não perdoamos as 70x7 que Jesus nos manda. (Mt 5,22; 21,12; 23,27)
  • 8. 5. Gula: quando comemos até não aguentar mais, chegando até mesmo a passar mal. Quando já saciamos nossa fome mas comemos o bife do outro deixando-o sem comida. (Filipenses 3,19; Isaías 5,11) 6. Inveja: quando queremos ter algo igual só porque nosso próximo tem, trata-se do famoso olho gordo. Relativo a cobiça e a todo tipo de inveja, inveja da mulher, inveja das amizades, inveja do emprego, inveja dos bens materiais, etc. (Sabedoria 2,24; Gênesis 4,1-16; Mateus 10,42-43; 20,1- 16; Gênesis 37,4; 1Samuel 18,6-16) 7. Preguiça: quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo. (Eclesiástico 33,28-29; Provérbios 24,30-31; Ezequiel 16,49; Mt 20,6)
  • 9. AS CONSEQÜÊNCIAS DOS SETE PECADOS CAPITAIS Os pecados capitais são chamados assim porque são como a cabeça, o princípio de muitos outros. Somos, antes de mais nada, inclinados a eles e, a partir deles, a outros pecados que geralmente são mais sérios. Assim, a vanglória ou vaidade leva à desobediência, à gabolice, à hipocrisia, à alegrar-se com a rivalidade, à discórdia, à curiosidade ou amor por novidades e à teimosia. É um vício que pode nos levar às mais lamentáveis quedas e até à apostasia. A preguiça espiritual acídia, isto é, o desgosto pelas coisas espirituais e pelo empenho na santificação devido ao esforço que esta requer, é um vício diretamente oposto ao amor a Deus e à alegria santa que resulta dele. A acídia leva à malícia, rancor ou amargura para com o nosso irmão, covardia diante do dever a ser comprido, desencorajamento, torpor espiritual, esquecimento dos preceitos espirituais, a busca de coisas proibidas. Pela cessão à vanglória, orgulho e acídia, muitos perderam a sua vocação.
  • 10. Da mesma forma, a inveja ou desprazer diante do bem de alguém, como se fosse um mal para nós, leva ao ódio, à calúnia, à alegria pela desgraça alheia e à tristeza frente ao seu sucesso. Gula e sensualidade também produzem outros vícios: cegueira espiritual, dureza de coração, apego a vida presente, e até mesmo perda da esperança na vida eterna e amor a si mesmo até o ponto do ódio a Deus e impenitência final. O orgulho espiritual induz-nos, por exemplo, a fugir daqueles que nos corrigem, mesmo quando eles têm a autoridade de fazê-lo e estão agindo com justiça; pode mesmo nos induzir a conservar um certo rancor contra estas autoridades. Quanto à gula espiritual, ela pode nos levar a desejar consolações sensíveis nos atos de piedade, ao ponto de buscarmos a nós mesmos mais do que a Deus. Do orgulho espiritual origina-se o falso misticismo.
  • 11. Além disso, certos defeitos se parecem com algumas virtudes: por exemplo, o orgulho é algumas vezes similar a magnanimidade. É importante ter discrição ou prudência cristã para discernir claramente a virtude e o defeito que em certos aspectos se assemelha a ela. De outra forma notas falsas podem surgir do teclado das virtudes: por exemplo a pusilanimidade pode ser confundida com a humildade, a severidade com a justiça, a fraqueza com a misericórdia.
  • 12. Remédios Para São Tomás de Aquino, para cada pecado há uma virtude no outro lado da balança, funcionando como antídotos a esses vícios principais, sendo essas virtudes classificadas como: disciplina (para combater a preguiça), generosidade (avareza), castidade (luxúria), paciência (ira), temperança (gula), caridade (inveja) e humildade (soberba). Em contraponto aos vícios capitais, a Igreja formulou o conceito das sete virtudes fundamentais, cada uma delas servindo de antídoto específico a algum dos pecados. Elas regulam a conduta do fiel e conduzem o cristão a Deus. "A palavra virtude vem do latim virtu, que significa força. Em conjunto, elas fortificam a pessoa ao longo da vida, diz padre Roberto Paz. 1 - HUMILDADE (versus soberba) Jesus Cristo pregou a humildade quando lavou os pés dos apóstolos, antes da última ceia. 2 - DISCIPLINA (preguiça) Manter-se fiel aos princípios divinos mesmo em meio às atribulações da vida.
  • 13. 3 - CARIDADE (inveja) A Igreja Católica coloca a caridade como sinônimo do amor ao próximo. 4 - CASTIDADE (luxúria) Auto domínio, controle das paixões e da sensualidade exacerbada. 5 - PACIÊNCIA (ira) Harmonia interior para não perder a calma diante das adversidades. 6 - GENEROSIDADE (avareza) O valor de uma pessoa cultivar a capacidade de compartilhar com o próximo. 7 - TEMPERANÇA (GULA) A postura equilibrada diante dos prazeres, controlando o apetite por comida e bebida.