16. A razão
Quantos sonhos em minha vida desfilaram
E os enterrei sob a cal do meio dia
E a cada sonho desbotado que morria
Criava outro, com os destroços que ficavam
Sonhos ingênuos, infantis, apaixonados
Sem substrato, nem largo nem fundo
Desses que vê no carrossel do mundo
Fadas, duendes e castelos encantados
Mas veio a vida com martelos e açoites
E me mostrou na escuridão das noites
A razão como um abrigo na procela
Foi da razão que surgiu mais este sonho
O último, que ao sonhador proponho
Buscar a luz e caminhar com ela