1. NR 15: RISCOS QUÍMICOS
INTEGRANTES:
BRUNNA NOVAES
ELLEN LUZ
KÉTULY ATAIDES
MATHEUS PEREGRINO
MURIEL SOUZA
REBECA OLIVEIRA
2. INTRODUÇÃO
O ambiente de trabalho pode induzir a mecanismos de agressão
ao ser humano. Tais como os níveis de periculosidade, exposição a
inúmeros patógenos, ruído excessivo, riscos de queda, situações
penosas, entre outras. A inserção de tecnologias na otimização das
operações de serviço, vem modificando a função do trabalhador junto
à produção, no entanto ainda é necessário fiscalizar a exposição
destes ao perigo.
Norma Regulamentadora 10:
Perigo;
Risco.
3. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
Apresentar os agentes químicos considerando a Norma
Regulamentadora 15
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Caracterizar os agentes químicos;
Expor os critérios de avaliação que determinam ameaças ao
trabalhador;
Compreender as condições aos quais os trabalhadores estão
expostas.
4. NORMA REGULADORA 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189
e 192 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.
5. AGENTES QUIMICOS
Os agentes químicos são os compostos que podem penetrar
no organismo através das vias respiratórias.
Formas:
Poeiras;
Fumos;
Gases;
Nevoas;
Neblinas;
Vapores;
Exposição:
Contato;
Inalação.
Ingestão;
ATRAVÉS
6. Aerodispersóides
Pequenas partículas em suspensão na atmosfera;
São formadas por ruptura de outros materiais;
Quanto maior o peso da partícula, menor o tempo de
permanência no ar;
Também depende da velocidade de movimento.
7. Névoa e Neblina
Névoa: Suas partículas são produzidas mecanicamente.
Ex:. Tintas em sprays.
Neblinas: Produzidas pela condensação dos vapores.
Ex:. Neblina de gasolina.
9. Poeiras Minerais
Decorrente da ruptura em rochas, formando assim
partículas que se manterão suspensas no ar. É o tipo de
poeira em ênfase no anexo 12 da NR15.
10. Poeiras Vegetais
São comuns em processos industriais que envolvem
vegetais.
É prejudicial a saúde, podendo causar problemas como
a bagaçose e bissinose.
11. Poeiras Alcalinas
Advém da ruptura do calcário;
Apresenta risco por conta da inalação;
São responsáveis por gerar doenças como a enfisema
pulmonar.
12. Poeiras Incomodas
Quando a poeira interage com outros agentes que
agridem a saúde;
Os problemas que causam a saúde são decorrentes
também da inalação; em que logo após poderá
comprometer todo o sistema respiratório e quando
transportada pelo sangue alcança os outros órgãos,
prejudicando-os também.
13. Fumos
Processos de condensação de vapores.
São originados de substancias que em condições
normais de temperatura e pressão, se encontra no
estado sólido e são voláteis.
Processo de fundição: Fumo de Chumbo (Pb) e Fumo
de Zinco (Zn).
“Febre dos fundidores”
15. Classificação dos Gases e Vapores:
Irritantes: Substancia que possuem ação local, podendo
ocasionar inflamação nos tecidos.
Irritantes primários
Irritantes Secundários
Asfixiantes: Elementos que impedem a obtenção
e/ou utilização do oxigênio.
Asfixiantes simples
Asfixiantes químicos
Anestésicos: Atuam no sistema nervoso central,
apresentando ação de anestésico.
17. EPIS
EPIs são equipamentos, cuja principal finalidade é
proteger a integridade física dos trabalhadores.
O uso de EPIs está condicionada aos Artigos 166 e 167
da CLT.
Os principais equipamentos de proteção individual são:
Capacetes, Luvas, Óculos, Protetor Facial, Braçadeiras,
Respiradores, Protetores Auditivos.
Para manipulação de produtos químicos, é
recomendado que utilize-se as seguintes EPIs: Aventais,
Luvas Descartáveis, Respiradores (Mascaras), Óculos de
Segurança.
18. Anexo N°. 11
AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E
INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO
20. Anexo N°. 11
Limite de Tolerância é caracterizado no item 15.1.5 da
NR15 como:
“Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta
Norma, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à saúde
do trabalhador, durante a sua vida laboral.”
22. Figura 2 . Parte da Tabela de Limite de Tolerância do Anexo
n° 11, da NR 15.
23. Valor Máximo
Se o limite de tolerância estabelecido for ultrapassado
durante um período de exposição, porém no restante
do tempo ficar abaixo, e quando calculada a média
aritmética tivermos um valor inferior ao Limite de
Tolerância (LT); este valor não será considerado como
excedido. No entanto, esta ultrapassagem tem um
limite que é estabelecido pelo Fator de Desvio.
24. Valor Máximo = L.T x F.D
L.T.
(ppm ou mg/m³)
F.D.
0 a 1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
Acima de 1000 1,1
Onde:
LT = Limite de Tolerância
F.D. = Fator de desvio.
E o Valor Máximo é dado por: L.T. x F.D.
25. Exemplo:
Sabendo-se que o limite de tolerância do Acetaldeído é de
78ppm ou 140mg/m³, qual o valor máximo desse composto no
ambiente?
26. Exemplo
Uma indústria produz grandes quantidades de Ácido Clorídrico,
Sabendo-se que o limite de tolerância dessa substancia é de
5,5mg/m³ no ar e que ela apresenta valor teto. Caso seja feita
uma verificação de concentração no ambiente, qual o valor
máximo pode ser encontrado, para que esse ambiente não seja
considerado insalubre?
27. Exemplo 3
Uma indústria tem vários funcionários, certo dia um
desses funcionários resolveu medir as concentrações de
Ácido fórmico no ambiente de hora em hora, ele
adquiriu três amostras com os respectivos valores: 2ppm,
2ppm e 5ppm. Sabendo-se que o limite de tolerância é
4ppm e o fator de desvio é 2, essa indústria pode ser
considerada insalubre? Porque?
28. Para verificação de concentração de agentes químicos
no ar, usam-se métodos de amostragem instantânea,
leituras diretas ou indiretas.
É importante salientar que os Limites de Tolerância, são
avaliados nos casos de jornada de trabalho até 48
horas semanais. Para jornadas de trabalhos acima disso,
são consideradas as normas do artigo 60 da CLT.
29. Anexo 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS
MINERAIS
30. Asbestos
Poeira mineral;
Segundo a norma regulamentadora entende-se como asbestos
“também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos
minerais pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das
serpentinas, isto é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, isto
é, a actinolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a
crocidolita (asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que
contenha um ou vários destes minerais; ”
Variedade de fibras derivadas de rochas metamórficas.
Os asbestos são classificados como:
Serpentinas - a crisotila (asbesto branco);
Anfibólios - a actinolita, a amosita (abesto marrom), a antofilita, a
crocidolita (asbesto azul), a tremolita, entre outros minerais.
31. Asbestos
Proibição da utilização de asbestos e produtos que originam do
grupo anfibólios.
Exceto com a liberação das autoridades competentes.
Cadastro junto ao Ministério do Trabalho e da Previdência
Social/Instituto Nacional de Seguridade Social.
Todos os produtos devem acompanhar o manual de instruções.
Os rótulos serão composto por 40% ocupado pela letra “a”
minúscula e evidenciar frases como “Atenção: contém amianto”,
“Respirar poeira de amianto é prejudicial à saúde” e “Evite risco:
siga as instruções de uso”
33. Figura 3- Configurações que devem ser seguidas pelos rótulos
de produtos que contém asbestos.
34. Asbestos
Obrigações do empregador: avaliar o local de trabalho
e fornecer os EPIs e as vestimentas, limpeza e a
manutenção das mesmas.
Nível de fibra respirável de asbestos crisólitas não devem
ultrapassar 2,0 f/cm³.
35. Asbestos
PROCEDIMENTOS MÉDICOS
São de caráter obrigatório exames médicos anualmente.
Avaliação clínica, telerradiografia de tórax e prova de função
pulmonar.
O empregado deverá garantir a realização de exames durante 30
anos, sendo que sua periodicidade dependerá do tempo de
exposição do trabalhador
0 – 12 anos = 3 anos
12 – 20 anos = 2 anos
Mais de 20 anos = anualmente
36. Asbestos
USOS E APLICAÇÕES
Fabricação de telhas de fibrocimentos
Gessos
Embreagem de automóveis
Revestimento e cobertura de edifícios
37. Asbestos
Somente com exposição direta e frequente se desenvolve as
doenças.
DOENÇAS
Asbestose
Proibição da industrialização e comercialização do amianto
em alguns estados brasileiros e também em alguns países.
Materiais que substituem os asbestos: Silicato de Cálcio, Fibra
de Vidro e outros.
38. Sílica Livre Cristalizada
O termo Sílica refere-se as matérias que contém os
compostos de dióxido de silício (SiO2). É utilizada para
compor inúmeros materiais.
Três formas mais importantes da sílica: quartzo, tridimita
e a cristobalita, sendo o quartzo o mais comum.
A poeira de sílica se forma com a ruptura de materiais
que a contém. Ex: areia, rocha, concreto e alguns
minérios.
39. Sílica Livre Cristalizada
Atividades em que os trabalhadores mais se expõem a
poeira de sílica: minas e pedreiras; construções; fabricas
de vidros e cerâmicas; gravuras em vidros e outros.
Limite de tolerância (LT):
Figura 2– Expressão do Limite de tolerância
40. Sílica Livre Cristalizada
% quartzo é determinado através de amostras coletadas através do
impactador (impiger) no nível da zona respiratória.
Para o limite de tolerância de poeira respirável o calculo se modifica:
Figura 2 – Expressão do cálculo do Limite de tolerância de poeira respirável.
41. Sílica Livre Cristalizada
Para a obtenção da porcentagem de quartzo a ser aplicada nesse
calculo deve obedecer a porção do mesmo que passa por um
seletor.
Figura 4– Quadro que determina a percentagem de quartzo que passa pelo seletor.
Quando a carga horária ultrapassar 48 horas semanais os limites de
tolerâncias estabeleceram outros critérios.
42. Sílica Livre Cristalizada
Poeiras respiráveis: Partículas que podem ser inaladas e
depositar-se além dos bronquiolos terminais. São
responsáveis por induzir doenças do tipo
pneumoconiose.
Algumas das partículas que estão nas poeiras
respiráveis, quando muito pequenas penetram
profundamente nos pulmões.
Algumas delas não serão perceptíveis a olho nu e
podem percorrer grandes distâncias.
43. Sílica Livre Cristalizada
Calculo que envolve que estabelece limite de tolerância para
poeira total, em mg/m3 :
Figura 5– Expressão que determina a tolerância total.
44. Sílica Livre Cristalizada
É determinado pela NR:
A proibição da utilização de jateamento em que a
areia seja abrasivo;
A utilização de ferramentas e máquinas em processos
de corte e ornamentação que minimizem os riscos aos
trabalhadores em relação a poeira.
45. Sílica Livre Cristalizada
“...obviamente, a maneira de atacar a silicose é prevenir
a formação e a disseminação da poeira...” Alice Hamilton
46. Manganês e seus Compostos
Utilizado em grane quantidade em siderúrgicas, devido a sua
composição físico-química, na formação de ligas de ferro.
Limite de Tolerância para operações como: extração,
tratamento, transporte de minério, ou qualquer atividade
que expõe o trabalhador a poeira deve ser 5mg/m³ no ar
(jornadas de trabalho de 8 horas)
Limite de Tolerância para atividades metalúrgicas de
manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, e outros
que envolvem a exposição ao fumo de manganês deve ser
1mg/m³ no ar (jornadas de trabalho de 8 horas)
47. Manganês e seus Compostos
Ultrapassando o Limite de Tolerância as atividades serão
consideradas insalubres do grau máximo.
RECOMENDAÇÕES
Utilização de processos úmidos na perfuração
Utilização de equipamento de proteção respiratória
PREVENÇÕES MÉDICAS E HIGIÊNICAS
Realização de exames médicos
Banho obrigatório após a jornada de trabalho
Proíbe o consumo de alimentos no local de trabalho
INDEPENDE DA ULTRAPASSAGEM NO LIMITE DE TOLERÂNCIA
49. ANEXO N° 13 - AGENTES QUÍMICOS
CARVÃO
Insalubridade de grau máximo
Trabalho permanente no subsolo em operações de corte, furação e
desmonte, de carregamento no local de desmonte,
em atividades de manobra, nos pontos de transferência de carga e de
viradores.
Insalubridade de grau médio
Demais atividades permanentes do subsolo compreendendo serviços,
tais como: operações de locomotiva,
condutores, engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas.
Insalubridade de grau mínimo
Atividades permanentes de superfícies nas operações a seco, com
britadores, peneiras, classificadores, carga e
descarga de silos, de transportadores de correia e de teleférreos.
50. ANEXO N° 13 - AGENTES QUÍMICOS
FÓSFORO
Insalubridade de grau máximo
• Extração e preparação de fósforo branco e seus
compostos.
• Fabricação de defensivos fosforados e organofosforados.
• Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases
asfixiantes à base de fósforo branco.
Insalubridade de grau médio
• Emprego de defensivos organofosforados.
• Fabricação de bronze fosforado.
• Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de
mineiros.
51. ANEXO N° 13 - AGENTES QUÍMICOS
SUBSTANCIAS
CANCERÍGENAS
- 4 - amino difenil (p-xenilamina);
- Produção de Benzidina;
- Betanaftilamina;
- 4 – nitrodifenil.
BENZENO
01 de janeiro de 1997:
• Indústrias e laboratórios que o
produzem;
• Utilizem em processos de síntese
química
• Empregue em combustíveis derivados
do petróleo
• Elaboração e implantação do PPEOB -
Programa de Prevenção da Exposição
Ocupacional ao Benzeno.
52. CONCLUSÃO
Levando em consideração as ponderações apresentadas,
conclui-se que o ambiente de trabalho deve amparar o indivíduo
nas condições seguras estabelecidas pela NR 15, definida nos
anexos 11, 12 e 13
53. REFERENCIAS
AERODISPERSÓIDES. Curso Segurança do Trabalho. Disponível em:< http://www.cursosegurancadotrabalho.net/2013/08/Os-aerodispersoides-poeira-nevoa-neblina-
fumo.html> Acesso em: 26/08/14
A DIFERENÇA ENTRE PERIGO E RISCO. Segurança do Trabalho. Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/a-diferenca-entre-perigo-e-risco/>
Acesso em: 27/08/14
AGENTE INSALUBRE. Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Disponível
em:<http://www.trt8.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1061:agente-insalubre&catid=364:a&Itemid=238> Acesso em: 25/08/14.
AS POEIRAS E SEUS EFEITOS. Ram Environnement. Disponível em:<http://www.ramenvironnement.com/poussieres-leurs-effets.php?lang=PT> Acesso em:
25/08/14
DIFERENÇA ENTRE RISCO E PERIGO. APS- Associados. Disponível em:< http://www.apsbr.com.br/br/pagina/?id=49/diferenca_entre_risco_e_perigo.html>
Acesso em: 26/08/14
LEGISLAÇÃO. Moodle USP. Disponível em: <http://disciplinas.stoa.usp.br/mod/book/view.php?id=45199&chapterid=365> Acesso em: 25/08/14.
PLANILHA DE RISCOS E PERIGOS. Total Qualidade. Disponível em:<http://www.totalqualidade.com.br/2010/04/planilha-de-perigos-e-riscos-norma.html>
Acesso em: 26/08/14
RISCOS QUIMICOS. Previne. Disponível em: <http://www.grupoprevine.com.br/l-36.asp> Acesso em: 25/08/14.
RODRIGUES, Leandro. O que é insalubridade? Disponível em: <http://www.qualidadebrasil.com.br/artigo/seguranca_no_trabalho/o_que_e_insalubridade>
Acesso em: 25/08/14.