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“TOMA O MENINO E SUA MÃE....”
                           POR UMA CULTURA DA ALIANÇA


                        Introdução: O QUE NOS DISTINGUE???

Um dos jornais mais influentes da Europa – o jornal espanhol “El País” - trouxe um artigo
logo depois do Brasil ter ganhado a disputa para sediar os jogos olímpicos de 2016,
deixando para trás cidades de grande prestígio como Madri, Chicago e Tóquio. Analisou
várias respostas já dadas por outras fontes de informações que avaliam o motivo dessa
escolha: o fato de ser a primeira Olimpíada na América do Sul; ou do Brasil ser uma
potência econômica emergente ... Mas salientou um outro elemento: a vocação inata do
Brasil e dos brasileiros para a felicidade, que acaba se irradiando internacionalmente e
contagiando o mundo! Um trecho deste artigo explica:

       ”Qualquer   um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se
       rapidamente capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o
       acolhimento alegre de sua gente, do norte ao sul do país. "É que com os
       brasileiros não se pode brigar, porque sorriem até quando você fica
       nervoso", me disse um correspondente argentino. É verdade. A vocação do
       brasileiro é mais para a paz, a amizade, o entendimento mútuo, o desejo
       de agradar, do que para a guerra ou a disputa. E então, o que acontece
       com a violência que mata no Brasil mais que em outros países? Não é uma
       violência brasileira, mas produzida pelo câncer do tráfico de drogas.

       A melhor arma do brasileiro continua sendo o sorriso. O catedrático de
       estética da Universidade do Rio, Isaías Latuf foi indagado em plena rua
       em Buenos Aires se era brasileiro. "Como percebeu?", ele perguntou. E a
       resposta foi: "Por seu sorriso".
       Costuma-se dizer que os brasileiros sabem tirar felicidade até das pedras.
       Eles a buscam na alegria e na tristeza...

       Assim são os brasileiros. São mergulhadores no mar da felicidade e, como
       não escondem isso, acabam contagiando os outros. Sem dúvida esse
       contágio também teve a ver na hora da votação em Copenhague”

Mas o que tem que ver essa característica do brasileiro com o nosso tema? Tem TUDO a
ver! Assim deveríamos ser nós como schoenstatianos: que estivéssemos tão impregnados
de nossa missão mariana, da força e do poder da Aliança de Amor em nossa vida, do ser de
Maria, que pudéssemos convencer todos ao nosso redor da grandeza, da beleza e da
felicidade de nossa missão – para uma cultura da Aliança, para um Brasil Tabor!


                      1. “PARA MUDAR O DESTINO DOS POVOS.... “

Nosso Pai, em suas conferências, gostava de partir de uma análise do mundo e da situação
atual, pois sua fonte de reconhecimento da vontade de Deus foi sempre a “Fé prática na
Divina Providência” – ou seja, a manifestação concreta do Deus da vida na vida diária!
Por que nosso Pai fazia isso? Com certeza não para ficar preso nas situações negativas e
pesadas que aconteciam à sua volta. Mas porque nosso Pai acreditava:

   •   que Deus manifesta nas situações do mundo, da Igreja e do homem a sua vontade
       de redenção;
•   que Schoenstatt foi escolhido por Deus e possui uma resposta para o mundo, o
           tempo e o homem de hoje com suas necessidades, suas lutas e angústias atuais,
       •   que nós, em virtude já do nosso Batismo e de forma específica por nossa Aliança de
           Amor, somos responsáveis diante de Deus e dos homens por sermos missionários
           no meio do mundo, por levar a mensagem que Schoenstatt tem a oferecer para o
           mundo de hoje!

Temos que despertar sempre mais em nós, em nossos Ramos, em nossos grupos, que é
para este momento de uma mudança extraordinária e na qual se inicia uma nova etapa da
história, que Deus chama Schoenstatt à vida e que é para este tempo e este mundo que
temos uma tarefa de extraordinária importância! Lembramos? TABOR NOSSA MISSÃO!

Nosso Fundador nos explicou várias vezes sobre a importância do tempo que estamos
vivendo. Ele dizia: “Assim como caírem os dados hoje, eles permanecerão por séculos!” E
ele continua:

           “Como agora se realiza a decisão no mundo, como agora caem os dados,
           assim ficam não apenas por cem, duzentos, mas por quinhentos anos! Por
           isso, quão grave é a nossa responsabilidade! Parece-me poder dizer... como
           hoje caem os dados, como hoje nos empenhamos por Cristo e pela Mãe de
           Deus, dificilmente teremos semelhante oportunidade, tarefa e dever!” 1

Passamos a fronteira do terceiro milênio e experimentamos ainda a força da mudança de
época que iniciou no século XX e que tem suas raízes no Renascimento. Vivemos uma
época de grande revolução em todos os sentidos!

Mas, qual a marca principal desta época que vivemos? É uma época em que se inverte
aceleradamente a imagem do homem e da sociedade.

             “As heresias do passado se referiam fundamentalmente a Deus e ao mundo
             sobrenatural; as heresias de nossa época, ao contrário, se referem
             primeiramente ao ser e ao destino do homem. São erros que se movem no
             campo antropológico.!” 2

Caminhamos a passos rápidos para uma cultura pós-moderna, marcada por gigantescos
progressos científicos e tecnológicos. Novas tendências determinam um novo modo de
viver, de relacionar-se, de trabalhar e de lazer – uma nova cultura!

A grande pergunta que hoje nosso Fundador, a Mãe de Deus e a própria Igreja nos fazem é
esta:

       •   Que selo terá a cultura da nova era cibernética, das comunicações globais, das
           mudanças sociais, políticas e científicas cada dia mais poderosas?

       •   Estamos realmente ajudando a Igreja a ser gérmen de uma cultura que leva o selo
           do Evangelho e que coloca no mundo os traços de Cristo e de Maria?

Esta heresia que ataca a imagem do homem e seu destino eterno é “alimentada” por um
bacilo – um vírus – mais forte e importante que o da gripe suína (gel mariano!!!!) Segundo o
Pe. Kentenich o “bacilo” que atinge a cultura atual até as suas raízes mais profundas e a
torna enferma é o bacilo do pensar, amar e viver mecanicista, ou o bacilo da separação
entre fé e vida, do mundo natural e sobrenatural, de Deus e do homem!

1
    Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 19
2
    Fernandez, Pe. Rafael – Maria, quién eres? – Ed Patris 2002 – Chile – 1. edição, pág. 254


                                                        2
Vamos ver como este “bacilo” torna enfermo o homem atual? Vamos perceber se em nós já
existem “sintomas” desta enfermidade??????

         “Havendo-se desligado do Criador, não sentindo a necessidade do Redentor, a
         humanidade carece de fundamento para uma ordem moral. O homem
         autônomo se sente dono absoluto do que é e do que faz. Não tem que dar
         conta a ninguém de seu proceder. Desta forma reina hoje um relativismo moral
         quase sem limites. Quem determina a norma em meio à selva? Quem dita as
         leis? Qual é a ordem objetiva? A ditadura do poder político, do poder das
         armas, do poder econômico, do poder dos meios de comunicação ou do poder
         do consenso da maioria. Deus não tem nada que ver com isso!”3

Mas este homem que abandona a Deus tem que pagar muito caro pela sua “escolha”! Pe.
Kentenich afirma: “o humanismo sem Deus conduz à corrupção e chega até a bestialidade!”

A dureza de tais palavras nos faz compreender o contraste terrível que experimentamos no
mundo atual: no meio dos maiores avanços científicos e tecnológicos experimentamos cada
vez mais a corrupção em todos os níveis da sociedade, o tráfico de drogas, a exploração
dos mais fracos, as aberrações da biogenética, a confusão e distorção dos gêneros, a
violência que atinge como autores e como vítimas desde as crianças até os anciãos, a crise
de valores – inclusive do sacramento do matrimônio – dentro das famílias..... como se tudo
fosse simplesmente “possível” ou – como dizem: “normal”! Afinal o homem não é livre?????
E isto de forma tão entranhada dentro das pessoas, que infelizmente ouvimos hoje falar de
uma “cultura da morte e da violências”, de uma cultura da droga, de uma cultura do sexo...

Desde o início de sua Fundação nosso Pai quis colocar no coração de seus filhos que a
responsabilidade por esse mundo que vivemos, com suas luzes e sombras - é nossa tarefa
como schoenstatianos! Pela Aliança de Amor somos participantes da missão mariana de
nosso Pai que somente podemos entender em sua profundidade à luz dos desafios enormes
que atingem o nosso mundo atual!

Por isso nosso Pai nos diz já logo no início da Oração da Manhã do Rumo ao céu:

                                   “No Espírito Santo ajoelhamos
                               e com hinos de júbilo louvamos a Cristo,
                              que com ela nos envia como instrumentos
                              para mudar o destino dos povos!” (RC 5)

Mas como mudar o destino dos povos? Só existe uma resposta: “por uma cultura da Aliança
de Amor!”

                              2. “ONDE CRISTO NASCE NOVAMENTE”....

Na celebração de seu aniversário de 73 anos, no dia 16.11.1958, nosso Pai faz uma
comparação de sua vida com a vida de São Paulo dizendo que sua missão “foi e é anunciar
ao mundo o mistério de Maria!” Mas Maria profundamente unida ao mistério de Cristo
Redentor, como sua companheira e colaboradora permanente em toda a Obra da
Redenção. A bi-unidade de Maria com Jesus Cristo constitui a natureza mais própria e
íntima de Maria. E completa:

           “ Minha querida Família de Schoenstatt! Posso dizer que todos os (as)
           senhores (as) foram incluídos (as) em minha missão. Essa missão não foi


3
    Fernandez, Rafael – La Alianza de Amor com Maria – Ed. Patris, 2005 - Chile - 5. edição, pág. 162


                                                         3
colocada somente sobre meus ombros, mas sobre os ombros de todos os
           filhos de Schoenstatt!”

Portanto, quando falamos de nossa missão mariana, não falamos da missão mariana de
fulano ou de sicrano.... por isso, esta missão não está vinculada a este Assessor ser mais
ou menos simpático! É a missão de nosso Pai – que queremos conhecer, amar e para a
qual queremos nos entregar! É a missão mariana de nosso Pai que ele quer partilhar
conosco! Somos instrumentos, colaboradores de sua própria missão mariana!!!!!!

Nossa resposta a este mundo – para que realmente aconteça uma mudança de destinos –
não é uma idéia e nem mesmo uma nova forma de viver! Não é uma metodologia – por mais
maravilhosa que seja e nem mesmo uma descoberta científica! Porque a grande chaga do
mundo moderno é em relação ao ser humano, ao seu destino eterno e a sociedade humana,
a única resposta que pode gerar uma mudança no destino dos povos e formar uma cultura
da Aliança de Amor é uma pessoa, aquela com quem queremos viver em Aliança: MARIA!

Ela é o grande sinal que Deus fez brilhar no horizonte deste tempo que nós vivemos, pois
encarna de maneira perfeita o que Deus pensou do ser humano.

           “ Maria personifica a harmonia perfeita do natural com o sobrenatural. Nela
           o humano se faz divino e o divino se faz próximo e familiar!” 4

Portanto a missão mariana de nosso Pai - e que nós assumimos com ele e hoje em nome
dele - é a missão que Nossa Senhora possui para este mundo e este tempo de HOJE, de
manhã, de depois de amanhã! A missão mariana de nosso Pai é a mesma que Maria
possuía: formar Cristo (nas pessoas, na sociedade) através da cultura da Aliança de A mor!
Nossa missão mariana não é fazermos algo como Maria fez, mas partilhar da sua missão e
por ela e nela ajudar a que Cristo nasça novamente no mundo de hoje!

Mas, de onde nos vem esta certeza? Da própria “Ordem da salvação” – isto é, da maneira
como Deus veio ao mundo para nos salvar! O caminho que Ele usou para vir ao mundo e
nos salvar é o mesmo caminho pelo qual Ele deseja renascer hoje em nós e por nós:
MARIA! Ele nos explica que o contexto da Salvação:

           “.....possui uma modalidade mariana. Que entendemos com isso? Nós
           diríamos que ele tem um colorido mariano!”5

Em outras palavras: Deus desejou que a salvação acontecesse com a colaboração de
Maria, não apenas no momento de seu nascimento, mas durante toda a sua vida e de modo
especial no seu sacrifício da cruz quando quis que sua Mãe estivesse junto dEle e ainda
antes de morrer lhe confiou toda a Igreja e a humanidade na pessoa de São João! – É esta
a convicção que nos impulsiona a sermos não “minimalistas marianos” – mas maximalistas
marianos!

Puebla enfatiza essa presença marcante de Maria na tradição do povo de Deus, acentuada
por Paulo VI: “Não se pode falar de Igreja sem que esteja presente Maria”. Maria é “a
presença sacramental dos traços maternais de Deus”. Presença feminina, que cria o
ambiente de família, de acolhimento, de amor e respeito à vida.

Nosso Pai entendeu tão profundamente todo este contexto da Salvação e do papel de Maria
para a salvação do homem de hoje que anunciou profeticamente uma “nova era mariana”!
Para ele, Maria tinha que tornar-se de qualquer forma presente no mundo para dar à luz a
Cristo salvador nestes nossos tempos!
4
    Idem, pág. 163
5
    Kentenich, José – 24.2.1966 – Meditações marianas


                                                        4
Nosso Pai nos diz:

      “ Vivemos num tempo ... em que podemos esperar uma nova iniciativa divina ...
      depois que o demônio tomou suas iniciativas. Deus deve tomar uma nova
      iniciativa.... Vejam, a história da salvação se repete. A história da salvação
      começou com o nascimento de Cristo e o “sim” de Nossa Senhora. Se o nosso
      tempo quiser reencontrar Cristo, Nossa Senhora deve novamente dar à
      luz a Cristo.... Nossa Senhora quer criar um mundo totalmente novo, criar
      um mundo a partir daqui. Cristo deve nascer novamente!
      .... Não se trata apenas de que Cristo nasça novamente em qualquer lugar.
      Não! Não!... Por isso é de grande importância que conservemos o que
      queríamos desde o início... o amor a Nossa Senhora! Nossa Senhora... como
      caminho para o nascimento de Cristo no tempo atual, nos novos tempos!” 6

Mas como acontece isso na prática? Como Maria pode dar novamente à luz a Cristo? O
amor a Maria deve conduzir-nos a uma transformação em Maria no ser, nas atitudes e em
tudo aquilo que fazemos! Como nosso Pai disse: TUDO deve ter um colorido mariano! E
este “colorido mariano” - uma “Cultura da Aliança de Amor!”

Nosso Pai viveu profundamente da convicção que Maria é a grande educadora do homem
novo e da nova comunidade!
Para nós ele deixou a clara mensagem da necessidade de cultivarmos um amor afetivo e
efetivo a Maria: “pelo vinculo do amor filial a Maria, à conquista de uma atitude e um estilo
de vida e de trabalho marianos”.

      “Maria trouxe a Luz ao mundo. Cristo, para nascer novamente em nosso
      tempo necessita encontrar Maria. Tal como não quis historicamente, vir ao
      mundo sem ela, tão pouco agora quer descer ao coração do mundo sem
      encontrar homens e mulheres nos quais descubra seus traços. Deus é
      conseqüente com seu plano. Uma vez que encontra Maria, ‘O Verbo se faz
      carne e habita entre nós!’” 7

Por isso, ainda na Oração da manhã do Rumo ao céu ele nos ensina a rezar:

                            “Nós te agradecemos por todos os dons
                             que recebemos com tanta abundância,
                                porque escolheste Schoenstatt
                            onde Cristo nasce novamente!” (RC 6)

Mas Cristo não nasce nas “estrelas”! O “Belém” de hoje possui nome próprio! Qual
(estimular cada um a dizer seu nome!) Eu sou Belém! Por que então estamos em
Schoenstatt? Por que pertencemos a Schoenstatt? Para que Cristo nasça novamente ao
mundo! Como? Sendo Maria!
Nossa tarefa é clara: colocar nossos ombros, mas também nossas mãos, nossa boca,
nossos pés e principalmente nosso coração a serviço dessa missão mariana! Não
deveríamos descansar até que conquistemos o jeito de Maria e assim formemos uma
cultura da Aliança de Amor!
E aqui vale a história da festa em que cada um deveria levar uma colher de sal para a
comida....

                           3. A ALIANÇA DE AMOR – A RESPOSTA
6
  Kentenich, José – conferência para estudantes de teologia – Milwaukee/EUA – 31.5.1963 – apud “Com Maria
ao novo milênio” – pág. 33
7
  Fernandez, Rafael – Maria, quién eres? – Ed. Patris – agosto 2002 - Chile


                                                    5
Estamos a caminho do Centenário da Aliança de Amor e o coração de cada um dos
schoenstatianos deve novamente sentir-se abrasado, apaixonado por nossa missão mariana
que é fruto da Aliança de Amor selada por nosso Fundador em 18.10.1914 e na qual todos e
cada um de nós se incluiu por sua própria Aliança de Amor!
Mas esta não é uma paixão cega, mas uma paixão iluminada pela fé - porque sabemos,
temos a firme consciência de que nossa missão mariana concretizada e assumida livre e
conscintemente por nossa Aliança de Amor é a resposta de Deus “para mudar o destino dos
povos”! Temos a firme confiança e convicção que em nós e por nós Cristo quer novamente
nascer – à medida que formos Maria!

Além disso, temos a firme e absoluta confiança que somente pela força da Aliança de Amor
podemos formar Cristo em nós e ajudar a que Ele nasça nos outros! A Aliança de Amor vai
formando em nós mesmos uma maneira de Aliança de Amor, um estilo de vida de Aliança
de Amor, convicções, pensamentos, decisões de Aliança de Amor, um namoro de Aliança
de amor, uma educação dos filhos de Aliança de amor, um trabalhar de Aliança de Amor....
Sabemos ainda para quê tudo isso? Para que o Brasil e o mundo inteiro se tornem um
Tabor! Nosso Pai pensou grande de nós e não temos o direito de nos contentarmos com o
pequeno!!!!!!

Seria impossível para nosso Pai – e por isso também para nós – assumirmos a missão de
Nossa Senhora para os tempos de hoje, sem a Aliança de Amor – Assumir tal missão só é
possível se Maria viver em nós e isso só se torne possível pela Aliança de Amor!

Nesse conjunto entendemos porque queremos trabalhar e muito para conquistar todas as
pessoas para uma imensa e profunda corrente da Aliança de Amor – Esta é a forma
concreta, atualizada, eficiente e “nossa” de criarmos uma cultura com traços de Cristo!

Nossa convicção e nossa tarefa deve ser justamente esta que nos aponta o Documento
2014: mostrar que “a Aliança de Amor é capaz de gestar uma cultura que pode
responder às necessidades do tempo em todos os âmbitos da vida”.

        Ontem o Pe. Vandemir nos colocou aquela palavra de nosso Pai da
        conferência do dia 31.5.49: “Aliança nos dá uma resposta a todas as
        perguntas que esperam uma solução!”8

Vivemos desta convicção? Nosso Pai vivia! E por isso estava consciente de que não
podemos ficar de braços cruzados ou esperando dos outros uma atitude e ação!
Ao voltar de Dachau, passando por uma Alemanha destruída, visitando famílias e aldeias
que sofriam além da destruição, a morte de entes queridos pela guerra, nosso Pai e
Fundador não temeu em falar àquele povo da Mãe de Deus e de nossa responsabilidade
pela transformação do tempo em que vivemos! Ele Mesmo depois de quase 4 anos de
sofrimentos físicos, espirituais e morais, Maria transbordava de seu ser e de seu coração!
Por isso ele disse num de seus sermões:

        “ Podemos hoje ainda alegrar-nos? Podemos hoje ainda dizer: o mundo torna-
        se cada dia mais belo?... Apesar do grande sofrimento à nossa volta e no
        mundo de hoje, nós só podemos falar assim porque conhecemos nossa
        missão e porque possuímos uma grande tgarefa de vida. Não somos apenas
        grão de areia e tijolos, senão que arquitetos e construtores do Reino de Deus.
        Nós não apenas ouvim os a marcha de triunfo de Cristo aproximar-se, senão
        que podemos ajudar a preparar a sua chegada, podemos mesmos ajudar a
        conduzi-lo. Nóa não apenas pedimos a proteção de nossa querida Senhora....
8
  Kentenich, José – prática do dia 31.5.1949 – apud - Rafael Fernandez – o 31 de maio uma missão para o nosso
tempo – Ed. Pallotti 1998 – pág 57


                                                      6
Não, nós corremos para Maria e lhe dizemos: Maria, tu grande colaboradora
        de Cristo na Obra da Redenção. Vê, nós estamos aqui! Toma-nos como teus
        auxiliares! Queremos ser teus instrumentos, teus apóstolos....”9


Nosso atuar deve ser sinalizado por uma grande estrela: a convicção que é preciso construir
um mundo novo, desde os seus fundamentos, um mundo com base na Aliança de Amor, e
por isso um mundo mariano, e por isso um mundo cristão!! Em nós a própria Igreja deve
experimentar um profundo renascer mariano, como nunca antes pôde experimentar! Em nós
– não apenas pelo que fazemos, mas por aquilo que somos: Maria!

Cultura da Aliança, ser Maria.... Tudo muito lindo! Mas como acontece isso na prática?
Na celebração de seus 73 anos de idade, nosso Pai disse ainda:

        “Reflitamos por uns momentos como, em sonho, foi confiada a missão a S.
        José. O que lhe disse o anjo em sonho? “José, levanta-te, toma o Menino e
        sua Mãe!” ele não disse apenas: Toma o Menino! Mas: “Toma o Menino e sua
        Mãe!” (Mt 2, 13.20)
        Penso que esta mesma missão me foi concedida neste dia há 73 anos. Por
        isso, aquele que foi chamado antes de ser concebido no seio materno,
        recebeu uma missão específica de ser o arauto de Nossa Senhora, o
        mensageiro de suas glórias para o nosso tempo.
        Deus também a chamou, minha querida Família de Schoenstatt, para me
        ajudar nesta grande missão. Cada um dos (as) senhores (as) recebe hoje do
        aniversariante esta missão, a missão de nossa Mãe e Rainha de Schoenstatt.
        É um consolo que esta missão não se apóie somente sobre meus ombros,
        mas que todos (as) queiram me ajudar a realizar esta gigantesca missão.
        Como São José, também nós ouvimos hoje as palavras: Levanta-te! Não te
        deites nem descanses, ou: não lhe desejo uma vida de conforto ou de
        comodidade ou de passar bem neste mundo.... Não, o anjo disse-lhe: levanta-
        te toma o Menino e sua Mãe! Recebe-a primeiramente, recebe-a em teu
        próprio coração; depois prepara-lhe um lugar agradável em tua própria família
        e a seguir nos corações dos outros!” 10

Nesta conferência nosso Pai nos aponta caminhos bem concretos para nos tornarmos
Maria!

     1. Levanta-te: nossa missão exige de nós a ação! Não ficarmos parados, achando que
        a transformação em Cristo por uma cultura da Aliança acontece com a chegada de
        um raio que vem do céu! Levanta-te! Isto é: mexe-te! Faze algo! Torna-te inquieto
        diante do mundo de hoje e inicia um trabalho tomando a sério a tua vida!!!!!!
     2. Toma o Menino e sua Mãe! Leva contigo o Menino e sua Mãe! Em nossa vida diária
        de cristãos devemos mostrar que para nós não existe fé sem Cristo e Maria, não
        existe religião sem Cristo e Maria! Ambos devem dominar totalmente a nossa vida
        diária! Mostrar que essa unidade é garantia de vitória!
     3. Recebe-a em teu próprio coração – Faze com ela e vive com ela em Aliança!
        Cultiva profundamente um amor afetivo e efetivo a Maria! Um amor afetivo e efetivo:
        olhar para Maria, falar com ela e oferecer-lhe provas de amor – Capital de Graças!
     4. Prepara-lhe um lugar agradável em tua própria família – É Maria presente em
        minha família? Como? Em mim, por mim..... O apostolado mariano não deve ser em
        primeiro lugar um apostolado de ações, um apostolado de fazer..... Mas Maria deve

9
 Kentenich, José – “Unsere Marianische Sendung” – Palestra do dia 28.4.1945
10
 Kentenich, José, Conferência para casais em Milwaukee/EUA – 16.11.1958 – apud – Com Maria ao novo
milênio – pág. 154


                                                  7
“transbordar” do meu ser! E isso deve começar em nossa casa!!!!! Nas coisas
      pequenas, que ninguém vê e percebe!
   5. E a seguir nos corações dos outros! Maria não é apenas para mim! Ela é para
      todos! De alguma forma tenho que encontrar meios e possibilidade para que ela
      entre nos corações daqueles que estão junto de mim! Conquistar, empolgar,
      despertar por meu ser de Aliança MUITOS para a Aliança de Amor!

No início falamos que o grande bacilo – vírus – que ataca o homem moderno no mais
profundo de seu ser é o bacilo do pensar, amar e viver mecanicista, ou o bacilo da
separação entre fé e vida, do mundo natural e sobrenatural, de Deus e do homem!
Tomar o Menino e sua Mãe significa para nós vivermos no dia a dia aquilo que Maria viveu
em plenitude: a harmonia entre a natureza e a graça, a relação orgânica entre o natural e o
sobrenatural. Amar a Deus nas criaturas e através das criaturas e amar as criaturas de tal
forma que nelas não apaguemos os traços de Deus. A nova cultura que queremos implantar
no mundo de hoje é a cultura mariana, a cultura da Aliança, a cultura da harmonia entre a
natureza e a graça, entre Deus e o homem!

Somos chamamos a levar o Menino e sua Mãe e dar-lhes um lar em nossos corações e em
nossas vidas, para que assim possamos ajudar a superar uma cultura individualista e sem
alma, tornando o amor a lei que se manifesta como o poder maior e mais supremo!
Tomar o Menino e sua Mãe significa ajudar a formar uma cultura onde os valores do
coração, do amor, da fé, da pureza, da liberdade, da generosidade e não da ganância,
possuem uma especial importância e assim superar a nossa cultura machista!

Paulo VI falava da “Civilização do Amor” e convocava os cristãos do mundo inteiro a
lutarem por ela! Maria é aquela que abre as portas para essa nova “civilização do amor”. Ela
é o coração da Igreja, a qual é chamada a ser alma do mundo. Ela é a Mãe da unidade, da
unidade que começa nas nossas famílias, nos nossos grupos, nos nossos Ramos, nos
nossos locais, nas nossas Paróquias e dentro das diversas comunidades de Schoenstatt, de
uns com os outros! Ela é a Mãe que não pode outra coisa senão congregar a Igreja como
Família. Ela educa homens novos capazes de dar e de receber amor.

Nossa cultura, enferma pelo individualismo e a massificação, não sabe solucionar a tensão
entre indivíduo e comunidade. A vida de Aliança com Maria ajuda a que vivamos a
dignidade e autonomia de uma personalidade livre, ao mesmo tempo que desperta em nós a
responsabilidade e o comprometimento pela Comunidade! O homem mecanicista e
maquinizado, destrói todos os vínculos queridos por Deus. O homem novo mariano, que
Schoenstatt propõe, busca cultivar e viver em plenitude os vínculos do amor, tanto na ordem
natural como sobrenatural. A nova cultura mariana, a cultura da Aliança que desejamos e
aspiramos e que começa em nós - por ser mariana, será uma cultura do Tabor – pois
lembramos que o segundo elemento do Tabor é: Maria formada à imagem de Cristo quer
formar Cristo em nós!

          4. PARA UMA CULTURA DE ALIANÇA – UMA CULTURA DE MARIA

Já falamos que é impossível ajudarmos a formar uma nova cultura sem a Aliança de Amor.
A Aliança não é apenas fundamento desta nova cultura, mas é a sua condição essencial!
Nosso Pai que mesmo sem usar a expressão “Cultura da Aliança de amor” cresceu, viveu e
deu sua vida por esta cultura – nos mostra por sua vida e acentua que também os homens
são chamados a esta transformação em Maria pela Aliança de Amor!
Esta cultura da Aliança de Amor é um desafio: um desafio que deve começar em cada um
de nós!

    Que grande e imenso desafio para os representantes do sexo masculino dentro do
       Movimento de Schoenstatt, por fidelidade à sua Aliança de Amor e para uma cultura


                                             8
de Aliança verem seus lugares de trabalho, de estudo, de esporte, de lazer, não em
       primeiro lugar como locais de competição, de busca e mostra de poder, mas como
       lugares onde o humano é valorizado mais que os bens materiais;
      Que grande desafio para eles amarem com o coração de Maria, buscando em cada
       mulher não apenas o físico e terreno, mas também a riqueza de sua alma e os
       valores inigualáveis de seu coração;
      Que grande e imenso desafio para os homens serem formados de tal maneira por
       Maria que possam ver em cada mulher a imagem e presença de Maria e assim
       amar, respeitar e valorizar cada mulher como imagem daquela que no céu é Rainha;
      Que grande e imenso desafio é para nós mulheres, que temos a grande graça e o
       privilégio de podermos também fisicamente possuir os traços de Maria, de sermos
       para aqueles com quem convivemos um constante apontar para a unidade que deve
       existir entre o céu e a terra; de colocarmos “alma” e não apenas “corpo” em todas as
       coisas que fazemos;
      Que grande e imenso desafio para nós é nos vestirmos, andarmos, educarmos,
       agirmos, nos comportarmos de tal maneira que realmente se torne mais fácil para os
       homens verem em nós, nas nossas filhas, a imagem de Maria;
      Que grande e imenso desafio é para os nossos jovens de Schoenstatt viverem um
       namoro cristão e mariano, que por terem seu coração enlaçado ao de Maria por uma
       Aliança, é descartada qualquer possibilidade do amor sem compromisso, sem
       maturidade e sem conseqüências; onde o estar junto com o outro, o participar numa
       festa ou num baile não se resume “no ficar” porque é moda e todos ficam e todos
       fazem;
      Que grande e imenso desafio é para nossas famílias de Schoenstatt viverem como
       uma família cristã que encontra sua força, inspiração e impulso sempre renovado no
       Sacramento do Matrimônio e numa vida de Aliança onde os valores do Deus
       presente no coração dos filhos são tão importantes e tão valorizados quanto a
       qualidade da escola que estudam ou as viagens que eles possam fazer;
      Que grande e imenso desafio é para nós todos no trabalho, no estudo, na vida
       social, no lazer mostrarmos que é possível vivermos como pessoas vinculadas à
       família, à ideais maiores que aquele que o mundo apresenta, à pessoas, à fé, à
       religião, a valores, à nossa Paróquia, à nossa Pátria, a Deus;
      Que grande e imenso desafio é para nós vivermos a cultura da Aliança de Amor
       dentro de nossas Paróquias, com outros Movimentos e grupos, fazendo como Maria
       que partiu às pressas “para servir”.....
      Que grande e imenso desafio é para nós, Padres, Irmãs, pessoas e famílias
       consagradas dentro de Schoenstatt, vivermos nossa entrega a Deus pela Aliança de
       Amor na radicalidade do nosso primeiro amor, de modo a despertar nos que nos são
       confiados essa mesma radicalidade de amor e de entrega!
      Que grande e imenso desafio é para nós todos, filhos de Schoenstatt, cultivarmos
       uma vinculação profunda, séria, pessoal e conseqüente com nosso Pai e Fundador,
       assumindo com ele, na força e na graça da Aliança de Amor a sua missão mariana e
       mostrando que esta vinculação nos presenteia aquilo que ele possuiu numa medida
       imensa: o amor e a fidelidade à Igreja!

Isso tudo só é possível pela Aliança de Amor! A cultura da Aliança não se resume numa
série de práticas marianas ou da conquistas de diversos pontos – mas na vivência tão
profunda e pessoal da vinculação a Maria que nos tornamos Maria em todas as situações!

Somos realistas e sabemos que isso tudo não é fácil! Já em 1966 nosso Pai aponta para
essa dificuldade e nos diz:

       Devemos novamente nos conscientizar “de quão forte é ou deve ser a
       consciência de contraste que, como Família de Schoenstatt nos distingue de



                                            9
uma atmosfera geral que penetra o mundo que nos cerca. Consciência de
           contraste! Quão poucos homens encontramos hoje, quão poucas associações
           na Igreja vão ao encontro de tal ideal. Não queremos envergonhar-nos por
           sermos diferentes dos outros. Ao contrário, queremos alegrar-nos, sermos
           gratos, porque temos uma grande missão. Mas não poderemos cumpri-la se
           não estivermos compenetrados de profunda consciência de contraste. Hoje o
           perigo é demasiadamente grande que, em vez de cultivarmos a consciência de
           contraste, cultivemos a adaptação a um ambiente que aspira a tudo, menos ao
           ideal....”!11

Creio que todos nós fazemos a experiência: que seria de nossa vida sem Schoenstatt? O
que seria de nós, de nossa vida pessoal, familiar e talvez até profissional sem Schoenstatt?
Sem a realidade da Aliança de Amor em nosso dia a dia? Sem o “Nada sem vós, nada sem
nós?” Já por causa disso, por gratidão que em Schoenstatt nossa vida recebeu um novo
sentido e significado, queremos ser os missionários desta Cultura da Aliança! A gratidão
deveria nos impelir a sermos apóstolos – e sermos apóstolos que “transbordam” Maria em
todo o seu ser e por isso ajudam que os traços de Cristo se imprimam em nosso mundo!

Por isso nosso Fundador nos diz hoje:

          “Não é, minha querida Família de Schoenstatt, considerando nesta grande visão
          a nossa missão, a nossa tarefa, compreendemos quão seriamente o anjo falou a
          São José. Mas também quanta seriedade contém a palavra do anjo endereçada
          a nós. ‘ José, levanta-te!’ Quem é José? É Schoenstatt! José – a palavra é
          dirigida a Schoenstatt! – levanta-te! Portanto, não fiques ocupando-te contigo
          mesmo, não gires em torno de ti! É hora de levantar!... Sim, levanta-te! Vai por
          todo o mundo! Toma o Menino e sua Mãe!
          Schoenstatt! Levanta-te! Só então Schoenstatt, reconheceste tua missão no
          tempo atual...”12

                                        CONCLUSÃO:
                                   UMA CULTURA DA ALIANÇA
                              “TRAZER UM PEDAÇO DO CÉU À TERRA”

O Beto e a Bernadete nos falaram do Hino da minha Terra... Ao ouvirmos a descrição desta
nossa “terra Natal” com certeza tivemos a impressão de que ali é o céu!
Pouco depois da bênção do Santuário de Madison – o primeiro Santuário de Schoenstatt
nos Estados Unidos – nosso Pai e Fundador contou o seguinte para a Família de
Schoenstatt daquela cidade:

         “Já faz alguns anos que veio uma vez a Schoenstatt um Sacerdote da África do
         Sul e posteriormente escreveu suas impressões sobre o Schoenstatt original. Ele
         disse: “Schoenstatt se tornou para mim um pedaço do céu!”
         Os senhores sabem o que isso significa? No céu não reina apenas o Deus Trino,
         ali também reina a Mãe de Deus em seu trono.... A Mãe de Deus não está
         somente no céu, mas também aqui. Ela tem aqui um lar, uma sala real... E o que
         ela quer fazer? Pelo fato de que ela é Rainha coroada em Schoenstatt e do Reino
         schoenstatiano, tem uma grande tarefa de fazer deste Reino um pedaço do céu!
         Um pedaço do céu! Vejam os senhores, por isso nossa casa também deveria
         chegar a ser um pedaço do céu. Um pedaço do céu deviam ser todos os que
11
     Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 13
12
     Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 22




                                                        10
chegam aqui, todas as famílias de Schoenstatt. Em sua posição de Rainha
     coroada, a Mãe de Deus tem a tarefa de educar os seus filhos de tal modo que
     eles antecipem o céu, que eles possam trazer um pedaço do céu à terra!”


Iniciamos nossa reflexão falando da escolha do Brasil para sede das Olimpíadas 2016!
Falamos que a facilidade de encontrar a felicidade em todos os lugares distingue os
brasileiros!
Vamos terminar nossa reflexão falando de uma outra escolha: da escolha do Brasil para ser
o Tabor das glórias de Cristo e de Maria!
Nosso Pai e Fundador nos deu esta incumbência e tarefa!

E se a felicidade distingue os brasileiros, o que nos deve distinguir como schoenstatianos?
Que bom seria se em 2014 pudesse ser publicado nos maiores jornais da Europa e do
mundo: “Qualquer um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se rapidamente
capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o acolhimento alegre de sua gente, pela
cultura da Aliança que reina do norte ao sul do país. Qualquer um que passa pelo Brasil
sente nos brasileiros a realidade do Tabor!” E pudesse ainda afirmar: A melhor arma do
brasileiro antigamente era o sorriso! Hoje, é o amor a Maria cultivado concretamente por
uma vida de Aliança de Amor!”

Ajudar a construir uma cultura da Aliança, é colaborarmos concretamente para que nossa
Pátria e o mundo inteiro se tornem um Tabor.
Queremos dar nossa colaboração: presentear nossa vida como um lugar da manifestação
de Maria, como um lugar onde ela possa novamente gerar Cristo para o mundo!
Assim ajudamos a que realmente o céu toque a terra. Ajudamos a trazer um pedaço do céu
à terra, por uma cultura da Aliança, por um Brasil Tabor!




                                            11

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Co 2009 Ir Isabel

  • 1. “TOMA O MENINO E SUA MÃE....” POR UMA CULTURA DA ALIANÇA Introdução: O QUE NOS DISTINGUE??? Um dos jornais mais influentes da Europa – o jornal espanhol “El País” - trouxe um artigo logo depois do Brasil ter ganhado a disputa para sediar os jogos olímpicos de 2016, deixando para trás cidades de grande prestígio como Madri, Chicago e Tóquio. Analisou várias respostas já dadas por outras fontes de informações que avaliam o motivo dessa escolha: o fato de ser a primeira Olimpíada na América do Sul; ou do Brasil ser uma potência econômica emergente ... Mas salientou um outro elemento: a vocação inata do Brasil e dos brasileiros para a felicidade, que acaba se irradiando internacionalmente e contagiando o mundo! Um trecho deste artigo explica: ”Qualquer um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se rapidamente capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o acolhimento alegre de sua gente, do norte ao sul do país. "É que com os brasileiros não se pode brigar, porque sorriem até quando você fica nervoso", me disse um correspondente argentino. É verdade. A vocação do brasileiro é mais para a paz, a amizade, o entendimento mútuo, o desejo de agradar, do que para a guerra ou a disputa. E então, o que acontece com a violência que mata no Brasil mais que em outros países? Não é uma violência brasileira, mas produzida pelo câncer do tráfico de drogas. A melhor arma do brasileiro continua sendo o sorriso. O catedrático de estética da Universidade do Rio, Isaías Latuf foi indagado em plena rua em Buenos Aires se era brasileiro. "Como percebeu?", ele perguntou. E a resposta foi: "Por seu sorriso". Costuma-se dizer que os brasileiros sabem tirar felicidade até das pedras. Eles a buscam na alegria e na tristeza... Assim são os brasileiros. São mergulhadores no mar da felicidade e, como não escondem isso, acabam contagiando os outros. Sem dúvida esse contágio também teve a ver na hora da votação em Copenhague” Mas o que tem que ver essa característica do brasileiro com o nosso tema? Tem TUDO a ver! Assim deveríamos ser nós como schoenstatianos: que estivéssemos tão impregnados de nossa missão mariana, da força e do poder da Aliança de Amor em nossa vida, do ser de Maria, que pudéssemos convencer todos ao nosso redor da grandeza, da beleza e da felicidade de nossa missão – para uma cultura da Aliança, para um Brasil Tabor! 1. “PARA MUDAR O DESTINO DOS POVOS.... “ Nosso Pai, em suas conferências, gostava de partir de uma análise do mundo e da situação atual, pois sua fonte de reconhecimento da vontade de Deus foi sempre a “Fé prática na Divina Providência” – ou seja, a manifestação concreta do Deus da vida na vida diária! Por que nosso Pai fazia isso? Com certeza não para ficar preso nas situações negativas e pesadas que aconteciam à sua volta. Mas porque nosso Pai acreditava: • que Deus manifesta nas situações do mundo, da Igreja e do homem a sua vontade de redenção;
  • 2. que Schoenstatt foi escolhido por Deus e possui uma resposta para o mundo, o tempo e o homem de hoje com suas necessidades, suas lutas e angústias atuais, • que nós, em virtude já do nosso Batismo e de forma específica por nossa Aliança de Amor, somos responsáveis diante de Deus e dos homens por sermos missionários no meio do mundo, por levar a mensagem que Schoenstatt tem a oferecer para o mundo de hoje! Temos que despertar sempre mais em nós, em nossos Ramos, em nossos grupos, que é para este momento de uma mudança extraordinária e na qual se inicia uma nova etapa da história, que Deus chama Schoenstatt à vida e que é para este tempo e este mundo que temos uma tarefa de extraordinária importância! Lembramos? TABOR NOSSA MISSÃO! Nosso Fundador nos explicou várias vezes sobre a importância do tempo que estamos vivendo. Ele dizia: “Assim como caírem os dados hoje, eles permanecerão por séculos!” E ele continua: “Como agora se realiza a decisão no mundo, como agora caem os dados, assim ficam não apenas por cem, duzentos, mas por quinhentos anos! Por isso, quão grave é a nossa responsabilidade! Parece-me poder dizer... como hoje caem os dados, como hoje nos empenhamos por Cristo e pela Mãe de Deus, dificilmente teremos semelhante oportunidade, tarefa e dever!” 1 Passamos a fronteira do terceiro milênio e experimentamos ainda a força da mudança de época que iniciou no século XX e que tem suas raízes no Renascimento. Vivemos uma época de grande revolução em todos os sentidos! Mas, qual a marca principal desta época que vivemos? É uma época em que se inverte aceleradamente a imagem do homem e da sociedade. “As heresias do passado se referiam fundamentalmente a Deus e ao mundo sobrenatural; as heresias de nossa época, ao contrário, se referem primeiramente ao ser e ao destino do homem. São erros que se movem no campo antropológico.!” 2 Caminhamos a passos rápidos para uma cultura pós-moderna, marcada por gigantescos progressos científicos e tecnológicos. Novas tendências determinam um novo modo de viver, de relacionar-se, de trabalhar e de lazer – uma nova cultura! A grande pergunta que hoje nosso Fundador, a Mãe de Deus e a própria Igreja nos fazem é esta: • Que selo terá a cultura da nova era cibernética, das comunicações globais, das mudanças sociais, políticas e científicas cada dia mais poderosas? • Estamos realmente ajudando a Igreja a ser gérmen de uma cultura que leva o selo do Evangelho e que coloca no mundo os traços de Cristo e de Maria? Esta heresia que ataca a imagem do homem e seu destino eterno é “alimentada” por um bacilo – um vírus – mais forte e importante que o da gripe suína (gel mariano!!!!) Segundo o Pe. Kentenich o “bacilo” que atinge a cultura atual até as suas raízes mais profundas e a torna enferma é o bacilo do pensar, amar e viver mecanicista, ou o bacilo da separação entre fé e vida, do mundo natural e sobrenatural, de Deus e do homem! 1 Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 19 2 Fernandez, Pe. Rafael – Maria, quién eres? – Ed Patris 2002 – Chile – 1. edição, pág. 254 2
  • 3. Vamos ver como este “bacilo” torna enfermo o homem atual? Vamos perceber se em nós já existem “sintomas” desta enfermidade?????? “Havendo-se desligado do Criador, não sentindo a necessidade do Redentor, a humanidade carece de fundamento para uma ordem moral. O homem autônomo se sente dono absoluto do que é e do que faz. Não tem que dar conta a ninguém de seu proceder. Desta forma reina hoje um relativismo moral quase sem limites. Quem determina a norma em meio à selva? Quem dita as leis? Qual é a ordem objetiva? A ditadura do poder político, do poder das armas, do poder econômico, do poder dos meios de comunicação ou do poder do consenso da maioria. Deus não tem nada que ver com isso!”3 Mas este homem que abandona a Deus tem que pagar muito caro pela sua “escolha”! Pe. Kentenich afirma: “o humanismo sem Deus conduz à corrupção e chega até a bestialidade!” A dureza de tais palavras nos faz compreender o contraste terrível que experimentamos no mundo atual: no meio dos maiores avanços científicos e tecnológicos experimentamos cada vez mais a corrupção em todos os níveis da sociedade, o tráfico de drogas, a exploração dos mais fracos, as aberrações da biogenética, a confusão e distorção dos gêneros, a violência que atinge como autores e como vítimas desde as crianças até os anciãos, a crise de valores – inclusive do sacramento do matrimônio – dentro das famílias..... como se tudo fosse simplesmente “possível” ou – como dizem: “normal”! Afinal o homem não é livre????? E isto de forma tão entranhada dentro das pessoas, que infelizmente ouvimos hoje falar de uma “cultura da morte e da violências”, de uma cultura da droga, de uma cultura do sexo... Desde o início de sua Fundação nosso Pai quis colocar no coração de seus filhos que a responsabilidade por esse mundo que vivemos, com suas luzes e sombras - é nossa tarefa como schoenstatianos! Pela Aliança de Amor somos participantes da missão mariana de nosso Pai que somente podemos entender em sua profundidade à luz dos desafios enormes que atingem o nosso mundo atual! Por isso nosso Pai nos diz já logo no início da Oração da Manhã do Rumo ao céu: “No Espírito Santo ajoelhamos e com hinos de júbilo louvamos a Cristo, que com ela nos envia como instrumentos para mudar o destino dos povos!” (RC 5) Mas como mudar o destino dos povos? Só existe uma resposta: “por uma cultura da Aliança de Amor!” 2. “ONDE CRISTO NASCE NOVAMENTE”.... Na celebração de seu aniversário de 73 anos, no dia 16.11.1958, nosso Pai faz uma comparação de sua vida com a vida de São Paulo dizendo que sua missão “foi e é anunciar ao mundo o mistério de Maria!” Mas Maria profundamente unida ao mistério de Cristo Redentor, como sua companheira e colaboradora permanente em toda a Obra da Redenção. A bi-unidade de Maria com Jesus Cristo constitui a natureza mais própria e íntima de Maria. E completa: “ Minha querida Família de Schoenstatt! Posso dizer que todos os (as) senhores (as) foram incluídos (as) em minha missão. Essa missão não foi 3 Fernandez, Rafael – La Alianza de Amor com Maria – Ed. Patris, 2005 - Chile - 5. edição, pág. 162 3
  • 4. colocada somente sobre meus ombros, mas sobre os ombros de todos os filhos de Schoenstatt!” Portanto, quando falamos de nossa missão mariana, não falamos da missão mariana de fulano ou de sicrano.... por isso, esta missão não está vinculada a este Assessor ser mais ou menos simpático! É a missão de nosso Pai – que queremos conhecer, amar e para a qual queremos nos entregar! É a missão mariana de nosso Pai que ele quer partilhar conosco! Somos instrumentos, colaboradores de sua própria missão mariana!!!!!! Nossa resposta a este mundo – para que realmente aconteça uma mudança de destinos – não é uma idéia e nem mesmo uma nova forma de viver! Não é uma metodologia – por mais maravilhosa que seja e nem mesmo uma descoberta científica! Porque a grande chaga do mundo moderno é em relação ao ser humano, ao seu destino eterno e a sociedade humana, a única resposta que pode gerar uma mudança no destino dos povos e formar uma cultura da Aliança de Amor é uma pessoa, aquela com quem queremos viver em Aliança: MARIA! Ela é o grande sinal que Deus fez brilhar no horizonte deste tempo que nós vivemos, pois encarna de maneira perfeita o que Deus pensou do ser humano. “ Maria personifica a harmonia perfeita do natural com o sobrenatural. Nela o humano se faz divino e o divino se faz próximo e familiar!” 4 Portanto a missão mariana de nosso Pai - e que nós assumimos com ele e hoje em nome dele - é a missão que Nossa Senhora possui para este mundo e este tempo de HOJE, de manhã, de depois de amanhã! A missão mariana de nosso Pai é a mesma que Maria possuía: formar Cristo (nas pessoas, na sociedade) através da cultura da Aliança de A mor! Nossa missão mariana não é fazermos algo como Maria fez, mas partilhar da sua missão e por ela e nela ajudar a que Cristo nasça novamente no mundo de hoje! Mas, de onde nos vem esta certeza? Da própria “Ordem da salvação” – isto é, da maneira como Deus veio ao mundo para nos salvar! O caminho que Ele usou para vir ao mundo e nos salvar é o mesmo caminho pelo qual Ele deseja renascer hoje em nós e por nós: MARIA! Ele nos explica que o contexto da Salvação: “.....possui uma modalidade mariana. Que entendemos com isso? Nós diríamos que ele tem um colorido mariano!”5 Em outras palavras: Deus desejou que a salvação acontecesse com a colaboração de Maria, não apenas no momento de seu nascimento, mas durante toda a sua vida e de modo especial no seu sacrifício da cruz quando quis que sua Mãe estivesse junto dEle e ainda antes de morrer lhe confiou toda a Igreja e a humanidade na pessoa de São João! – É esta a convicção que nos impulsiona a sermos não “minimalistas marianos” – mas maximalistas marianos! Puebla enfatiza essa presença marcante de Maria na tradição do povo de Deus, acentuada por Paulo VI: “Não se pode falar de Igreja sem que esteja presente Maria”. Maria é “a presença sacramental dos traços maternais de Deus”. Presença feminina, que cria o ambiente de família, de acolhimento, de amor e respeito à vida. Nosso Pai entendeu tão profundamente todo este contexto da Salvação e do papel de Maria para a salvação do homem de hoje que anunciou profeticamente uma “nova era mariana”! Para ele, Maria tinha que tornar-se de qualquer forma presente no mundo para dar à luz a Cristo salvador nestes nossos tempos! 4 Idem, pág. 163 5 Kentenich, José – 24.2.1966 – Meditações marianas 4
  • 5. Nosso Pai nos diz: “ Vivemos num tempo ... em que podemos esperar uma nova iniciativa divina ... depois que o demônio tomou suas iniciativas. Deus deve tomar uma nova iniciativa.... Vejam, a história da salvação se repete. A história da salvação começou com o nascimento de Cristo e o “sim” de Nossa Senhora. Se o nosso tempo quiser reencontrar Cristo, Nossa Senhora deve novamente dar à luz a Cristo.... Nossa Senhora quer criar um mundo totalmente novo, criar um mundo a partir daqui. Cristo deve nascer novamente! .... Não se trata apenas de que Cristo nasça novamente em qualquer lugar. Não! Não!... Por isso é de grande importância que conservemos o que queríamos desde o início... o amor a Nossa Senhora! Nossa Senhora... como caminho para o nascimento de Cristo no tempo atual, nos novos tempos!” 6 Mas como acontece isso na prática? Como Maria pode dar novamente à luz a Cristo? O amor a Maria deve conduzir-nos a uma transformação em Maria no ser, nas atitudes e em tudo aquilo que fazemos! Como nosso Pai disse: TUDO deve ter um colorido mariano! E este “colorido mariano” - uma “Cultura da Aliança de Amor!” Nosso Pai viveu profundamente da convicção que Maria é a grande educadora do homem novo e da nova comunidade! Para nós ele deixou a clara mensagem da necessidade de cultivarmos um amor afetivo e efetivo a Maria: “pelo vinculo do amor filial a Maria, à conquista de uma atitude e um estilo de vida e de trabalho marianos”. “Maria trouxe a Luz ao mundo. Cristo, para nascer novamente em nosso tempo necessita encontrar Maria. Tal como não quis historicamente, vir ao mundo sem ela, tão pouco agora quer descer ao coração do mundo sem encontrar homens e mulheres nos quais descubra seus traços. Deus é conseqüente com seu plano. Uma vez que encontra Maria, ‘O Verbo se faz carne e habita entre nós!’” 7 Por isso, ainda na Oração da manhã do Rumo ao céu ele nos ensina a rezar: “Nós te agradecemos por todos os dons que recebemos com tanta abundância, porque escolheste Schoenstatt onde Cristo nasce novamente!” (RC 6) Mas Cristo não nasce nas “estrelas”! O “Belém” de hoje possui nome próprio! Qual (estimular cada um a dizer seu nome!) Eu sou Belém! Por que então estamos em Schoenstatt? Por que pertencemos a Schoenstatt? Para que Cristo nasça novamente ao mundo! Como? Sendo Maria! Nossa tarefa é clara: colocar nossos ombros, mas também nossas mãos, nossa boca, nossos pés e principalmente nosso coração a serviço dessa missão mariana! Não deveríamos descansar até que conquistemos o jeito de Maria e assim formemos uma cultura da Aliança de Amor! E aqui vale a história da festa em que cada um deveria levar uma colher de sal para a comida.... 3. A ALIANÇA DE AMOR – A RESPOSTA 6 Kentenich, José – conferência para estudantes de teologia – Milwaukee/EUA – 31.5.1963 – apud “Com Maria ao novo milênio” – pág. 33 7 Fernandez, Rafael – Maria, quién eres? – Ed. Patris – agosto 2002 - Chile 5
  • 6. Estamos a caminho do Centenário da Aliança de Amor e o coração de cada um dos schoenstatianos deve novamente sentir-se abrasado, apaixonado por nossa missão mariana que é fruto da Aliança de Amor selada por nosso Fundador em 18.10.1914 e na qual todos e cada um de nós se incluiu por sua própria Aliança de Amor! Mas esta não é uma paixão cega, mas uma paixão iluminada pela fé - porque sabemos, temos a firme consciência de que nossa missão mariana concretizada e assumida livre e conscintemente por nossa Aliança de Amor é a resposta de Deus “para mudar o destino dos povos”! Temos a firme confiança e convicção que em nós e por nós Cristo quer novamente nascer – à medida que formos Maria! Além disso, temos a firme e absoluta confiança que somente pela força da Aliança de Amor podemos formar Cristo em nós e ajudar a que Ele nasça nos outros! A Aliança de Amor vai formando em nós mesmos uma maneira de Aliança de Amor, um estilo de vida de Aliança de Amor, convicções, pensamentos, decisões de Aliança de Amor, um namoro de Aliança de amor, uma educação dos filhos de Aliança de amor, um trabalhar de Aliança de Amor.... Sabemos ainda para quê tudo isso? Para que o Brasil e o mundo inteiro se tornem um Tabor! Nosso Pai pensou grande de nós e não temos o direito de nos contentarmos com o pequeno!!!!!! Seria impossível para nosso Pai – e por isso também para nós – assumirmos a missão de Nossa Senhora para os tempos de hoje, sem a Aliança de Amor – Assumir tal missão só é possível se Maria viver em nós e isso só se torne possível pela Aliança de Amor! Nesse conjunto entendemos porque queremos trabalhar e muito para conquistar todas as pessoas para uma imensa e profunda corrente da Aliança de Amor – Esta é a forma concreta, atualizada, eficiente e “nossa” de criarmos uma cultura com traços de Cristo! Nossa convicção e nossa tarefa deve ser justamente esta que nos aponta o Documento 2014: mostrar que “a Aliança de Amor é capaz de gestar uma cultura que pode responder às necessidades do tempo em todos os âmbitos da vida”. Ontem o Pe. Vandemir nos colocou aquela palavra de nosso Pai da conferência do dia 31.5.49: “Aliança nos dá uma resposta a todas as perguntas que esperam uma solução!”8 Vivemos desta convicção? Nosso Pai vivia! E por isso estava consciente de que não podemos ficar de braços cruzados ou esperando dos outros uma atitude e ação! Ao voltar de Dachau, passando por uma Alemanha destruída, visitando famílias e aldeias que sofriam além da destruição, a morte de entes queridos pela guerra, nosso Pai e Fundador não temeu em falar àquele povo da Mãe de Deus e de nossa responsabilidade pela transformação do tempo em que vivemos! Ele Mesmo depois de quase 4 anos de sofrimentos físicos, espirituais e morais, Maria transbordava de seu ser e de seu coração! Por isso ele disse num de seus sermões: “ Podemos hoje ainda alegrar-nos? Podemos hoje ainda dizer: o mundo torna- se cada dia mais belo?... Apesar do grande sofrimento à nossa volta e no mundo de hoje, nós só podemos falar assim porque conhecemos nossa missão e porque possuímos uma grande tgarefa de vida. Não somos apenas grão de areia e tijolos, senão que arquitetos e construtores do Reino de Deus. Nós não apenas ouvim os a marcha de triunfo de Cristo aproximar-se, senão que podemos ajudar a preparar a sua chegada, podemos mesmos ajudar a conduzi-lo. Nóa não apenas pedimos a proteção de nossa querida Senhora.... 8 Kentenich, José – prática do dia 31.5.1949 – apud - Rafael Fernandez – o 31 de maio uma missão para o nosso tempo – Ed. Pallotti 1998 – pág 57 6
  • 7. Não, nós corremos para Maria e lhe dizemos: Maria, tu grande colaboradora de Cristo na Obra da Redenção. Vê, nós estamos aqui! Toma-nos como teus auxiliares! Queremos ser teus instrumentos, teus apóstolos....”9 Nosso atuar deve ser sinalizado por uma grande estrela: a convicção que é preciso construir um mundo novo, desde os seus fundamentos, um mundo com base na Aliança de Amor, e por isso um mundo mariano, e por isso um mundo cristão!! Em nós a própria Igreja deve experimentar um profundo renascer mariano, como nunca antes pôde experimentar! Em nós – não apenas pelo que fazemos, mas por aquilo que somos: Maria! Cultura da Aliança, ser Maria.... Tudo muito lindo! Mas como acontece isso na prática? Na celebração de seus 73 anos de idade, nosso Pai disse ainda: “Reflitamos por uns momentos como, em sonho, foi confiada a missão a S. José. O que lhe disse o anjo em sonho? “José, levanta-te, toma o Menino e sua Mãe!” ele não disse apenas: Toma o Menino! Mas: “Toma o Menino e sua Mãe!” (Mt 2, 13.20) Penso que esta mesma missão me foi concedida neste dia há 73 anos. Por isso, aquele que foi chamado antes de ser concebido no seio materno, recebeu uma missão específica de ser o arauto de Nossa Senhora, o mensageiro de suas glórias para o nosso tempo. Deus também a chamou, minha querida Família de Schoenstatt, para me ajudar nesta grande missão. Cada um dos (as) senhores (as) recebe hoje do aniversariante esta missão, a missão de nossa Mãe e Rainha de Schoenstatt. É um consolo que esta missão não se apóie somente sobre meus ombros, mas que todos (as) queiram me ajudar a realizar esta gigantesca missão. Como São José, também nós ouvimos hoje as palavras: Levanta-te! Não te deites nem descanses, ou: não lhe desejo uma vida de conforto ou de comodidade ou de passar bem neste mundo.... Não, o anjo disse-lhe: levanta- te toma o Menino e sua Mãe! Recebe-a primeiramente, recebe-a em teu próprio coração; depois prepara-lhe um lugar agradável em tua própria família e a seguir nos corações dos outros!” 10 Nesta conferência nosso Pai nos aponta caminhos bem concretos para nos tornarmos Maria! 1. Levanta-te: nossa missão exige de nós a ação! Não ficarmos parados, achando que a transformação em Cristo por uma cultura da Aliança acontece com a chegada de um raio que vem do céu! Levanta-te! Isto é: mexe-te! Faze algo! Torna-te inquieto diante do mundo de hoje e inicia um trabalho tomando a sério a tua vida!!!!!! 2. Toma o Menino e sua Mãe! Leva contigo o Menino e sua Mãe! Em nossa vida diária de cristãos devemos mostrar que para nós não existe fé sem Cristo e Maria, não existe religião sem Cristo e Maria! Ambos devem dominar totalmente a nossa vida diária! Mostrar que essa unidade é garantia de vitória! 3. Recebe-a em teu próprio coração – Faze com ela e vive com ela em Aliança! Cultiva profundamente um amor afetivo e efetivo a Maria! Um amor afetivo e efetivo: olhar para Maria, falar com ela e oferecer-lhe provas de amor – Capital de Graças! 4. Prepara-lhe um lugar agradável em tua própria família – É Maria presente em minha família? Como? Em mim, por mim..... O apostolado mariano não deve ser em primeiro lugar um apostolado de ações, um apostolado de fazer..... Mas Maria deve 9 Kentenich, José – “Unsere Marianische Sendung” – Palestra do dia 28.4.1945 10 Kentenich, José, Conferência para casais em Milwaukee/EUA – 16.11.1958 – apud – Com Maria ao novo milênio – pág. 154 7
  • 8. “transbordar” do meu ser! E isso deve começar em nossa casa!!!!! Nas coisas pequenas, que ninguém vê e percebe! 5. E a seguir nos corações dos outros! Maria não é apenas para mim! Ela é para todos! De alguma forma tenho que encontrar meios e possibilidade para que ela entre nos corações daqueles que estão junto de mim! Conquistar, empolgar, despertar por meu ser de Aliança MUITOS para a Aliança de Amor! No início falamos que o grande bacilo – vírus – que ataca o homem moderno no mais profundo de seu ser é o bacilo do pensar, amar e viver mecanicista, ou o bacilo da separação entre fé e vida, do mundo natural e sobrenatural, de Deus e do homem! Tomar o Menino e sua Mãe significa para nós vivermos no dia a dia aquilo que Maria viveu em plenitude: a harmonia entre a natureza e a graça, a relação orgânica entre o natural e o sobrenatural. Amar a Deus nas criaturas e através das criaturas e amar as criaturas de tal forma que nelas não apaguemos os traços de Deus. A nova cultura que queremos implantar no mundo de hoje é a cultura mariana, a cultura da Aliança, a cultura da harmonia entre a natureza e a graça, entre Deus e o homem! Somos chamamos a levar o Menino e sua Mãe e dar-lhes um lar em nossos corações e em nossas vidas, para que assim possamos ajudar a superar uma cultura individualista e sem alma, tornando o amor a lei que se manifesta como o poder maior e mais supremo! Tomar o Menino e sua Mãe significa ajudar a formar uma cultura onde os valores do coração, do amor, da fé, da pureza, da liberdade, da generosidade e não da ganância, possuem uma especial importância e assim superar a nossa cultura machista! Paulo VI falava da “Civilização do Amor” e convocava os cristãos do mundo inteiro a lutarem por ela! Maria é aquela que abre as portas para essa nova “civilização do amor”. Ela é o coração da Igreja, a qual é chamada a ser alma do mundo. Ela é a Mãe da unidade, da unidade que começa nas nossas famílias, nos nossos grupos, nos nossos Ramos, nos nossos locais, nas nossas Paróquias e dentro das diversas comunidades de Schoenstatt, de uns com os outros! Ela é a Mãe que não pode outra coisa senão congregar a Igreja como Família. Ela educa homens novos capazes de dar e de receber amor. Nossa cultura, enferma pelo individualismo e a massificação, não sabe solucionar a tensão entre indivíduo e comunidade. A vida de Aliança com Maria ajuda a que vivamos a dignidade e autonomia de uma personalidade livre, ao mesmo tempo que desperta em nós a responsabilidade e o comprometimento pela Comunidade! O homem mecanicista e maquinizado, destrói todos os vínculos queridos por Deus. O homem novo mariano, que Schoenstatt propõe, busca cultivar e viver em plenitude os vínculos do amor, tanto na ordem natural como sobrenatural. A nova cultura mariana, a cultura da Aliança que desejamos e aspiramos e que começa em nós - por ser mariana, será uma cultura do Tabor – pois lembramos que o segundo elemento do Tabor é: Maria formada à imagem de Cristo quer formar Cristo em nós! 4. PARA UMA CULTURA DE ALIANÇA – UMA CULTURA DE MARIA Já falamos que é impossível ajudarmos a formar uma nova cultura sem a Aliança de Amor. A Aliança não é apenas fundamento desta nova cultura, mas é a sua condição essencial! Nosso Pai que mesmo sem usar a expressão “Cultura da Aliança de amor” cresceu, viveu e deu sua vida por esta cultura – nos mostra por sua vida e acentua que também os homens são chamados a esta transformação em Maria pela Aliança de Amor! Esta cultura da Aliança de Amor é um desafio: um desafio que deve começar em cada um de nós!  Que grande e imenso desafio para os representantes do sexo masculino dentro do Movimento de Schoenstatt, por fidelidade à sua Aliança de Amor e para uma cultura 8
  • 9. de Aliança verem seus lugares de trabalho, de estudo, de esporte, de lazer, não em primeiro lugar como locais de competição, de busca e mostra de poder, mas como lugares onde o humano é valorizado mais que os bens materiais;  Que grande desafio para eles amarem com o coração de Maria, buscando em cada mulher não apenas o físico e terreno, mas também a riqueza de sua alma e os valores inigualáveis de seu coração;  Que grande e imenso desafio para os homens serem formados de tal maneira por Maria que possam ver em cada mulher a imagem e presença de Maria e assim amar, respeitar e valorizar cada mulher como imagem daquela que no céu é Rainha;  Que grande e imenso desafio é para nós mulheres, que temos a grande graça e o privilégio de podermos também fisicamente possuir os traços de Maria, de sermos para aqueles com quem convivemos um constante apontar para a unidade que deve existir entre o céu e a terra; de colocarmos “alma” e não apenas “corpo” em todas as coisas que fazemos;  Que grande e imenso desafio para nós é nos vestirmos, andarmos, educarmos, agirmos, nos comportarmos de tal maneira que realmente se torne mais fácil para os homens verem em nós, nas nossas filhas, a imagem de Maria;  Que grande e imenso desafio é para os nossos jovens de Schoenstatt viverem um namoro cristão e mariano, que por terem seu coração enlaçado ao de Maria por uma Aliança, é descartada qualquer possibilidade do amor sem compromisso, sem maturidade e sem conseqüências; onde o estar junto com o outro, o participar numa festa ou num baile não se resume “no ficar” porque é moda e todos ficam e todos fazem;  Que grande e imenso desafio é para nossas famílias de Schoenstatt viverem como uma família cristã que encontra sua força, inspiração e impulso sempre renovado no Sacramento do Matrimônio e numa vida de Aliança onde os valores do Deus presente no coração dos filhos são tão importantes e tão valorizados quanto a qualidade da escola que estudam ou as viagens que eles possam fazer;  Que grande e imenso desafio é para nós todos no trabalho, no estudo, na vida social, no lazer mostrarmos que é possível vivermos como pessoas vinculadas à família, à ideais maiores que aquele que o mundo apresenta, à pessoas, à fé, à religião, a valores, à nossa Paróquia, à nossa Pátria, a Deus;  Que grande e imenso desafio é para nós vivermos a cultura da Aliança de Amor dentro de nossas Paróquias, com outros Movimentos e grupos, fazendo como Maria que partiu às pressas “para servir”.....  Que grande e imenso desafio é para nós, Padres, Irmãs, pessoas e famílias consagradas dentro de Schoenstatt, vivermos nossa entrega a Deus pela Aliança de Amor na radicalidade do nosso primeiro amor, de modo a despertar nos que nos são confiados essa mesma radicalidade de amor e de entrega!  Que grande e imenso desafio é para nós todos, filhos de Schoenstatt, cultivarmos uma vinculação profunda, séria, pessoal e conseqüente com nosso Pai e Fundador, assumindo com ele, na força e na graça da Aliança de Amor a sua missão mariana e mostrando que esta vinculação nos presenteia aquilo que ele possuiu numa medida imensa: o amor e a fidelidade à Igreja! Isso tudo só é possível pela Aliança de Amor! A cultura da Aliança não se resume numa série de práticas marianas ou da conquistas de diversos pontos – mas na vivência tão profunda e pessoal da vinculação a Maria que nos tornamos Maria em todas as situações! Somos realistas e sabemos que isso tudo não é fácil! Já em 1966 nosso Pai aponta para essa dificuldade e nos diz: Devemos novamente nos conscientizar “de quão forte é ou deve ser a consciência de contraste que, como Família de Schoenstatt nos distingue de 9
  • 10. uma atmosfera geral que penetra o mundo que nos cerca. Consciência de contraste! Quão poucos homens encontramos hoje, quão poucas associações na Igreja vão ao encontro de tal ideal. Não queremos envergonhar-nos por sermos diferentes dos outros. Ao contrário, queremos alegrar-nos, sermos gratos, porque temos uma grande missão. Mas não poderemos cumpri-la se não estivermos compenetrados de profunda consciência de contraste. Hoje o perigo é demasiadamente grande que, em vez de cultivarmos a consciência de contraste, cultivemos a adaptação a um ambiente que aspira a tudo, menos ao ideal....”!11 Creio que todos nós fazemos a experiência: que seria de nossa vida sem Schoenstatt? O que seria de nós, de nossa vida pessoal, familiar e talvez até profissional sem Schoenstatt? Sem a realidade da Aliança de Amor em nosso dia a dia? Sem o “Nada sem vós, nada sem nós?” Já por causa disso, por gratidão que em Schoenstatt nossa vida recebeu um novo sentido e significado, queremos ser os missionários desta Cultura da Aliança! A gratidão deveria nos impelir a sermos apóstolos – e sermos apóstolos que “transbordam” Maria em todo o seu ser e por isso ajudam que os traços de Cristo se imprimam em nosso mundo! Por isso nosso Fundador nos diz hoje: “Não é, minha querida Família de Schoenstatt, considerando nesta grande visão a nossa missão, a nossa tarefa, compreendemos quão seriamente o anjo falou a São José. Mas também quanta seriedade contém a palavra do anjo endereçada a nós. ‘ José, levanta-te!’ Quem é José? É Schoenstatt! José – a palavra é dirigida a Schoenstatt! – levanta-te! Portanto, não fiques ocupando-te contigo mesmo, não gires em torno de ti! É hora de levantar!... Sim, levanta-te! Vai por todo o mundo! Toma o Menino e sua Mãe! Schoenstatt! Levanta-te! Só então Schoenstatt, reconheceste tua missão no tempo atual...”12 CONCLUSÃO: UMA CULTURA DA ALIANÇA “TRAZER UM PEDAÇO DO CÉU À TERRA” O Beto e a Bernadete nos falaram do Hino da minha Terra... Ao ouvirmos a descrição desta nossa “terra Natal” com certeza tivemos a impressão de que ali é o céu! Pouco depois da bênção do Santuário de Madison – o primeiro Santuário de Schoenstatt nos Estados Unidos – nosso Pai e Fundador contou o seguinte para a Família de Schoenstatt daquela cidade: “Já faz alguns anos que veio uma vez a Schoenstatt um Sacerdote da África do Sul e posteriormente escreveu suas impressões sobre o Schoenstatt original. Ele disse: “Schoenstatt se tornou para mim um pedaço do céu!” Os senhores sabem o que isso significa? No céu não reina apenas o Deus Trino, ali também reina a Mãe de Deus em seu trono.... A Mãe de Deus não está somente no céu, mas também aqui. Ela tem aqui um lar, uma sala real... E o que ela quer fazer? Pelo fato de que ela é Rainha coroada em Schoenstatt e do Reino schoenstatiano, tem uma grande tarefa de fazer deste Reino um pedaço do céu! Um pedaço do céu! Vejam os senhores, por isso nossa casa também deveria chegar a ser um pedaço do céu. Um pedaço do céu deviam ser todos os que 11 Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 13 12 Kentenich, José – 19.03.1966 – apud “O Fundador nos fala – I” – Manuscrito – Brasil, 1977 – pág. 22 10
  • 11. chegam aqui, todas as famílias de Schoenstatt. Em sua posição de Rainha coroada, a Mãe de Deus tem a tarefa de educar os seus filhos de tal modo que eles antecipem o céu, que eles possam trazer um pedaço do céu à terra!” Iniciamos nossa reflexão falando da escolha do Brasil para sede das Olimpíadas 2016! Falamos que a facilidade de encontrar a felicidade em todos os lugares distingue os brasileiros! Vamos terminar nossa reflexão falando de uma outra escolha: da escolha do Brasil para ser o Tabor das glórias de Cristo e de Maria! Nosso Pai e Fundador nos deu esta incumbência e tarefa! E se a felicidade distingue os brasileiros, o que nos deve distinguir como schoenstatianos? Que bom seria se em 2014 pudesse ser publicado nos maiores jornais da Europa e do mundo: “Qualquer um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se rapidamente capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o acolhimento alegre de sua gente, pela cultura da Aliança que reina do norte ao sul do país. Qualquer um que passa pelo Brasil sente nos brasileiros a realidade do Tabor!” E pudesse ainda afirmar: A melhor arma do brasileiro antigamente era o sorriso! Hoje, é o amor a Maria cultivado concretamente por uma vida de Aliança de Amor!” Ajudar a construir uma cultura da Aliança, é colaborarmos concretamente para que nossa Pátria e o mundo inteiro se tornem um Tabor. Queremos dar nossa colaboração: presentear nossa vida como um lugar da manifestação de Maria, como um lugar onde ela possa novamente gerar Cristo para o mundo! Assim ajudamos a que realmente o céu toque a terra. Ajudamos a trazer um pedaço do céu à terra, por uma cultura da Aliança, por um Brasil Tabor! 11