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SUJEITO EM PRÁTICAS EDUCATIVAS – PROSPED se vincula
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visam a atender um dos seus propósitos: contribuir para a
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Se você gostar de nossas idéias, entre em contato:
http://prospedpuc.blogspot.com.br/
Ilustração e Projeto Gráfico: Marcos Guilherme – Estúdio Figuras
Este projeto é financiado pelo CNPq
Distribuição gratuita
“Aborrecentes”,“rebeldes”,“alienados”,
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dispõe nessa idade de mais autonomia, independência,
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buscar formas de se colocar no mundo e de atender aos
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A tão famosa rebeldia, que é vista como marca
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sendo afirmada. Muitas vezes o adolescente nega, se opõe
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1 2
para seu desenvolvimento, ganhando maior importância
a diferenciação, que se expressa em questionamentos,
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A saída da infância rumo à idade adulta é marcada
pela perda dos interesses infantis e pela busca de novos
interesses que são fruto tanto das mudanças corporais e
da maturação sexual, quanto dos novos papéis que o
adolescente assume na sociedade.
Neste sentido, no trabalho pedagógico é importante
que se leve em conta estes processos. Diante de tantas
mudanças, oscilações e oposições, como lidar com este
jovem em sala de aula? É frequente que tanto na escola
como na família, esses adolescentes, por não aparentarem
mais a fragilidade de uma criança, sejam cobrados a se
comportarem como adultos. Ocorre que eles ainda não
possuem os recursos necessários para agir e pensar como
adultos, o que resulta de um processo de desenvolvimento
que está em curso. Em geral, essa falta de sintonia entre
o que os adultos demandam e o que os jovens respondem
é que está na base dos conflitos envolvendo a relação com
adolescentes. Trazemos a seguir algumas sugestões para
ajudar na convivência e no processo de ensino e
aprendizagem dos jovens:
O Pensamento
Pesquisas atuais têm demonstrado que é preciso
investir no diálogo com os alunos, de modo a acessar o
que e como pensam esses jovens. É preciso entender seus
interesses, suas inquietações, seus valores e crenças e,
para tal, a velha e boa conversa é a melhor forma.
Entretanto, nossa experiência demonstra que não é comum
os jovens quererem se expressar, falar sobre suas coisas
com os adultos – eles conversam muito entre si, mas não
incluem os adultos na conversa, sobretudo os educadores.
Despertar o interesse dos jovens para ampliar o diálogo,
envolvendo um grupo maior, incluindo os professores, é
um dos grandes desafios da escola. Enfrentar esse desafio
é fundamental se entendemos que a linguagem é um dos
principais meios de promoção do acesso a novos
conhecimentos e, a apropriação de conhecimentos, por
sua vez, é o que promove o desenvolvimento das funções
psicológicas superiores rumo a modos mais complexos e
elaborados de pensar.
Se considerarmos que o pensamento complexo é
essencial para o aprendizado de conhecimentos abstratos,
justamente a natureza dos conteúdos ensinados no Ensino
Fundamental II e no Ensino Médio, então não é possível
nos furtar, enquanto educadores, de buscar formas de
estabelecer o diálogo como característica das práticas
escolares.
Pensamos algumas ações a serem adotadas pelos
professores de modo a favorecer o estabelecimento do
diálogo nas práticas escolares e do entendimento deste
universo adolescente. Ao ensinar dado conteúdo, busque
fazer relações com a vida prática dos alunos; provoque
reflexões sobre o tema estudado abrindo espaço para
explicarem o que entenderam da matéria e/ou exposição
do ponto de vista do estudante. Outra sugestão é a
realização de seminários por grupos de alunos sobre uma
determinada temática que faça parte do cotidiano dos
adolescentes, de modo a sentirem-se envolvidos com a
aula. Enfim, temos certeza que vocês dispõem de muitas
ideias para desenvolver atividades diferenciadas, o que
3 4
queremos por em relevo é a IMPORTÂNCIA DE FAZER OS
JOVENS PENSAREM e a PERGUNTA é sempre algo que
MOBILIZA O PENSAR. Mãos à obra professor: transforme
sua aula, criando um espaço que mais questiona do que
responde. Deste modo seus alunos terão de buscar
pensamento e criatividade.
Arte e imaginação
O ensino oferecido na escola, que se caracteriza
como local em que a cognição e a reflexão são
privilegiadas, exigindo do estudante que pense, reflita e
preste atenção, enfim, que dedique tempo e esforço para
se apropriar dos conhecimentos veiculados em sala de
aula, poderia ganhar em qualidade por meio de
estratégias e conhecimentos que demandam a imaginação
dos jovens, fazendo-os perceber que podem acessar
espaços e conhecimentos que estão muito além do que
podem alcançar presencialmente. Enfim, fazê-los perceber
que a mesma função que utilizam para operar um jogo de
vídeo game, ou para compreender um filme ou música é a
que utilizam para aprender um novo conhecimento: a
imaginação.
O pensamento por conceito, necessário para a
apropriação de conhecimentos abstratos, tais como os
que constam do currículo do Ensino Fundamental II e
Ensino Médio, só se desenvolve por meio da imaginação.
Ou seja, para pensar de modo abstrato precisamos
imaginar, visto que o objeto a se conhecer não é concreto
e, muitas vezes, não observável. Pensemos, por exemplo,
em um episódio da história do Brasil: só podemos
conhecer tal episódio por meio da narrativa de um
historiador e só o aprendemos pela via da imaginação,
imaginamos os fatos, fazemos ligações com elementos
que já conhecemos, compreendemos suas relações com
outros fatos históricos que também imaginamos e,
então, retemos na memória. Ou seja, é possível dizer que
SEM IMAGINAÇÃO NÃO HÁ APRENDIZADO POSSÍVEL,
sobretudo de conceitos abstratos.
Na adolescência a imaginação se apresenta como
uma via rica de aprendizado e de expressão de emoções.
Algumas pesquisas apontam que a imaginação é
desenvolvida com base na realidade, ou seja, quanto mais
o aluno conhecer e experimentar, maiores serão suas
possibilidades para imaginar e criar. É preciso, então,
ampliar as experiências desses alunos, oferecendo o
contato com diferentes linguagens e formas de conhecer,
como as de natureza artística, por exemplo.
Na adolescência, uma forma de arte que pode
despertar o interesse do aluno é a Literatura, em especial
as narrativas envolvendo os mais diversos temas que
rodeiam o universo dos adolescentes. A criação de um
espaço na rotina das aulas para se contar e ouvir histórias
tem sido algo que temos lançado mão em nossas
intervenções e que envolvem muito os adolescentes.
A partir de histórias que contamos eles começam a
querer também contar as suas e, depois de algum tempo,
a produzir histórias escritas. Pelas histórias inventadas
pelos jovens temos acesso a seus sentimentos e desejos,
identificando elementos como medo, ansiedade,
expectativas com o futuro, etc. A partir delas torna-se
possível conversar sobre esses temas, generalizando-os de
modo a não fixá-los em relação a uma ou duas pessoas.
65
E é possível fazer isso por meio de filmes, de música, de
outras histórias ou poesias, de imagens. Após apreciar
essas formas artísticas é possível propor reflexões aos
alunos por meio de perguntas diretas e objetivas,
problematizando a questão. A contação de histórias pode
ser utilizada em várias disciplinas, sendo necessário buscar
narrativas que ofereçam elementos relacionados à matéria.
Para isto, pode-se criar um momento diferenciado da
rotina, que subverta o modo de organização das aulas,
como por exemplo: afastar as cadeiras e mesas, formando
um espaço livre no centro da sala, onde pode ser
estendido um pano ou colchonetes e os alunos poderão
sentar-se em círculo. Também, pode-se inserir uma
música de fundo, cuja melodia remeta ao tema da história
e realizar algumas modificações na sala, escurecendo-a.
Estas são algumas sugestões que podem deixar o
ambiente mais interessante para os alunos.
Após a contação de histórias, os alunos podem ser
convidados a tecer seus comentários e expressar suas
opiniões. Também pode ser trabalhada a biografia do autor,
ampliando ainda mais o universo cultural dos jovens.
O movimento de estudo de biografias é algo que
costuma interessar os adolescentes que estão em um
momento de constituição da identidade de si. Assim,
trabalhar com as biografias de outrem os instiga a trabalhar
a própria biografia, o que se constitui em projeto riquíssimo,
envolvendo várias disciplinas do currículo, como história,
geografia, língua portuguesa e artes. A organização de um
sarau é outra sugestão de atividade festiva e pedagógica
que contempla a arte, a imaginação e o diálogo, mobiliza
todo o grupo escolar e favorece o interesse dos adolescentes.
O sarau, por seu caráter colaborativo, permite que os
alunos se envolvam com sua preparação e organização,
assim como permite que exponham para a comunidade
seus talentos em poesia, vídeo, artes plásticas, contação de
histórias, música, dança, teatro, etc. Trazer a arte para a sala
de aula e fazer com que transborde para a comunidade
costuma ser muito significativo para todos os envolvidos:
alunos, professorese comunidade. Sugerimos também
inserir filmes no conteúdo da disciplina ou a partir de
demandas levantadas pelos adolescentes e depois
conversar com eles sobre a experiência, garantindo que
todos tenham espaço para se expressar. Antes de exibir o
filme, é interessante pesquisar quem é o diretor, o
roteirista, os atores principais, que outros trabalhos estes
profissionais realizaram, quais prêmios o filme ou seus
profissionais já ganharam, etc., assim como apresentar
uma resenha ou sinopse do material que será exibido.
Essa pesquisa pode ser feita com uma rápida busca na
internet.
Após a exibição do filme, disponha as cadeiras em
círculo de forma que todos possam se olhar durante a
discussão. Podem ser direcionadas perguntas como“do
que trata o filme?”,“qual foi a cena que vocês mais
gostaram?”“qual não gostaram?”,“qual relação do filme
com o tema que estamos tratando?”.
Promover um espaço como este é garantir a
possibilidade de os adolescentes se expressarem,
elaborarem suas ideias e dialogarem entre si e também
com o professor. Isso favorece o desenvolvimento de uma
melhor comunicação, do diálogo, e ampliação do
vocabulário, de elaboração de ideias e melhor relação
de grupo.
Estas dicas são um pontapé inicial para a reflexão e
87
Maiores esclarecimentos ou sugestões podem ser
encaminhadas para nosso e-mail:
prosped@googlegroups.com
ou encontradas no blog do grupo:
http://prospedpuc.blogspot.com.br
ou em nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/pages/Sentidos-da-Arte/5700
82809755000?ref=bookmarks .
possível mudança que podem ser ampliadas e
reformuladas a partir da experiência e necessidade de
cada professor. Mas não se esqueçam: OS ADOLESCENTES
SÃO NOVATOS NO MUNDO E NÓS ADULTOS SOMOS
MEDIADORES DE SUAS RELAÇÕES E APROPRIAÇÕES.
Tratemos de nos abrir mais para acessar suas falas, seus
anseios e buscar a adequação às novas condições que
regem as relações sociais, assumindo nosso papel de
promotores do desenvolvimento dos jovens. Estas dicas
são sugestões para a reflexão e a possibilidade de
mudança. E você, professor, pode contribuir. Escreva aqui
em forma de depoimento uma experiência que deu certo
e partilhe com seus colegas. Talvez alguém do seu grupo
de trabalho goste de conhecê-lo e o ajude a pensar em
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Estratégias para envolver adolescentes na aprendizagem

  • 1. Leia também as outras cartilhas da coleção PROSPED Parceiro da Escola
  • 2. QUEM SOMOS: O grupo de pesquisa PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO EM PRÁTICAS EDUCATIVAS – PROSPED se vincula ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Psicologia da PUC Campinas. Desenvolve estudos que buscam compreender os aspectos envolvidos no desenvolvimento e aprendizagem dos sujeitos, no caso, aqueles que participam de práticas educativas em escolas ou outras instituições. Para desenvolver seus estudos, o grupo realiza atividades de intervenção nesses contextos, buscando contribuir com seus profissionais para a compreensão e superação dos desafios que enfrentam. As sugestões que apresentamos nesse livreto resultam de nossas experiências com essas intervenções e pesquisas e visam a atender um dos seus propósitos: contribuir para a transformação dos espaços educativos em que atuamos. Se você gostar de nossas idéias, entre em contato: http://prospedpuc.blogspot.com.br/ Ilustração e Projeto Gráfico: Marcos Guilherme – Estúdio Figuras Este projeto é financiado pelo CNPq Distribuição gratuita “Aborrecentes”,“rebeldes”,“alienados”, “desinteressados”, dentre outras expressões, são utilizadas com frequência para caracterizar jovens da faixa etária de 12 a 18 anos. Esse modo de se referir aos adolescentes revela que os adultos em geral e os educadores em especial veem esse período do desenvolvimento como conflituoso e, algumas vezes, se sentem impotentes para atingir o interesse desse grupo em aprender ou se envolver em atividades educativas. Nossa experiência com esse público, sobretudo nas escolas, permite oferecer contribuições para apoiar professores e gestores no trabalho com adolescentes. Mudança de papéis e interesses: a construção da identidade adolescente Novos papéis na família, na escola, na relação com os amigos, mais responsabilidade, são algumas das exigências dirigidas ao adolescente, e tudo isso contribui para mudar a forma como ele próprio se vê. O jovem dispõe nessa idade de mais autonomia, independência, e modos para enfrentar desafios, do que na infância, por exemplo. Estes e outros fatores possibilitam ao adolescente buscar formas de se colocar no mundo e de atender aos seus interesses particulares. A tão famosa rebeldia, que é vista como marca registrada desse período, tem sua base nessas mudanças e também no fato de que nessa idade a identidade está sendo afirmada. Muitas vezes o adolescente nega, se opõe ao adulto, para se afirmar e este é um processo necessário 1 2
  • 3. para seu desenvolvimento, ganhando maior importância a diferenciação, que se expressa em questionamentos, recusas, embates, discussões e debates. A saída da infância rumo à idade adulta é marcada pela perda dos interesses infantis e pela busca de novos interesses que são fruto tanto das mudanças corporais e da maturação sexual, quanto dos novos papéis que o adolescente assume na sociedade. Neste sentido, no trabalho pedagógico é importante que se leve em conta estes processos. Diante de tantas mudanças, oscilações e oposições, como lidar com este jovem em sala de aula? É frequente que tanto na escola como na família, esses adolescentes, por não aparentarem mais a fragilidade de uma criança, sejam cobrados a se comportarem como adultos. Ocorre que eles ainda não possuem os recursos necessários para agir e pensar como adultos, o que resulta de um processo de desenvolvimento que está em curso. Em geral, essa falta de sintonia entre o que os adultos demandam e o que os jovens respondem é que está na base dos conflitos envolvendo a relação com adolescentes. Trazemos a seguir algumas sugestões para ajudar na convivência e no processo de ensino e aprendizagem dos jovens: O Pensamento Pesquisas atuais têm demonstrado que é preciso investir no diálogo com os alunos, de modo a acessar o que e como pensam esses jovens. É preciso entender seus interesses, suas inquietações, seus valores e crenças e, para tal, a velha e boa conversa é a melhor forma. Entretanto, nossa experiência demonstra que não é comum os jovens quererem se expressar, falar sobre suas coisas com os adultos – eles conversam muito entre si, mas não incluem os adultos na conversa, sobretudo os educadores. Despertar o interesse dos jovens para ampliar o diálogo, envolvendo um grupo maior, incluindo os professores, é um dos grandes desafios da escola. Enfrentar esse desafio é fundamental se entendemos que a linguagem é um dos principais meios de promoção do acesso a novos conhecimentos e, a apropriação de conhecimentos, por sua vez, é o que promove o desenvolvimento das funções psicológicas superiores rumo a modos mais complexos e elaborados de pensar. Se considerarmos que o pensamento complexo é essencial para o aprendizado de conhecimentos abstratos, justamente a natureza dos conteúdos ensinados no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio, então não é possível nos furtar, enquanto educadores, de buscar formas de estabelecer o diálogo como característica das práticas escolares. Pensamos algumas ações a serem adotadas pelos professores de modo a favorecer o estabelecimento do diálogo nas práticas escolares e do entendimento deste universo adolescente. Ao ensinar dado conteúdo, busque fazer relações com a vida prática dos alunos; provoque reflexões sobre o tema estudado abrindo espaço para explicarem o que entenderam da matéria e/ou exposição do ponto de vista do estudante. Outra sugestão é a realização de seminários por grupos de alunos sobre uma determinada temática que faça parte do cotidiano dos adolescentes, de modo a sentirem-se envolvidos com a aula. Enfim, temos certeza que vocês dispõem de muitas ideias para desenvolver atividades diferenciadas, o que 3 4
  • 4. queremos por em relevo é a IMPORTÂNCIA DE FAZER OS JOVENS PENSAREM e a PERGUNTA é sempre algo que MOBILIZA O PENSAR. Mãos à obra professor: transforme sua aula, criando um espaço que mais questiona do que responde. Deste modo seus alunos terão de buscar pensamento e criatividade. Arte e imaginação O ensino oferecido na escola, que se caracteriza como local em que a cognição e a reflexão são privilegiadas, exigindo do estudante que pense, reflita e preste atenção, enfim, que dedique tempo e esforço para se apropriar dos conhecimentos veiculados em sala de aula, poderia ganhar em qualidade por meio de estratégias e conhecimentos que demandam a imaginação dos jovens, fazendo-os perceber que podem acessar espaços e conhecimentos que estão muito além do que podem alcançar presencialmente. Enfim, fazê-los perceber que a mesma função que utilizam para operar um jogo de vídeo game, ou para compreender um filme ou música é a que utilizam para aprender um novo conhecimento: a imaginação. O pensamento por conceito, necessário para a apropriação de conhecimentos abstratos, tais como os que constam do currículo do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, só se desenvolve por meio da imaginação. Ou seja, para pensar de modo abstrato precisamos imaginar, visto que o objeto a se conhecer não é concreto e, muitas vezes, não observável. Pensemos, por exemplo, em um episódio da história do Brasil: só podemos conhecer tal episódio por meio da narrativa de um historiador e só o aprendemos pela via da imaginação, imaginamos os fatos, fazemos ligações com elementos que já conhecemos, compreendemos suas relações com outros fatos históricos que também imaginamos e, então, retemos na memória. Ou seja, é possível dizer que SEM IMAGINAÇÃO NÃO HÁ APRENDIZADO POSSÍVEL, sobretudo de conceitos abstratos. Na adolescência a imaginação se apresenta como uma via rica de aprendizado e de expressão de emoções. Algumas pesquisas apontam que a imaginação é desenvolvida com base na realidade, ou seja, quanto mais o aluno conhecer e experimentar, maiores serão suas possibilidades para imaginar e criar. É preciso, então, ampliar as experiências desses alunos, oferecendo o contato com diferentes linguagens e formas de conhecer, como as de natureza artística, por exemplo. Na adolescência, uma forma de arte que pode despertar o interesse do aluno é a Literatura, em especial as narrativas envolvendo os mais diversos temas que rodeiam o universo dos adolescentes. A criação de um espaço na rotina das aulas para se contar e ouvir histórias tem sido algo que temos lançado mão em nossas intervenções e que envolvem muito os adolescentes. A partir de histórias que contamos eles começam a querer também contar as suas e, depois de algum tempo, a produzir histórias escritas. Pelas histórias inventadas pelos jovens temos acesso a seus sentimentos e desejos, identificando elementos como medo, ansiedade, expectativas com o futuro, etc. A partir delas torna-se possível conversar sobre esses temas, generalizando-os de modo a não fixá-los em relação a uma ou duas pessoas. 65
  • 5. E é possível fazer isso por meio de filmes, de música, de outras histórias ou poesias, de imagens. Após apreciar essas formas artísticas é possível propor reflexões aos alunos por meio de perguntas diretas e objetivas, problematizando a questão. A contação de histórias pode ser utilizada em várias disciplinas, sendo necessário buscar narrativas que ofereçam elementos relacionados à matéria. Para isto, pode-se criar um momento diferenciado da rotina, que subverta o modo de organização das aulas, como por exemplo: afastar as cadeiras e mesas, formando um espaço livre no centro da sala, onde pode ser estendido um pano ou colchonetes e os alunos poderão sentar-se em círculo. Também, pode-se inserir uma música de fundo, cuja melodia remeta ao tema da história e realizar algumas modificações na sala, escurecendo-a. Estas são algumas sugestões que podem deixar o ambiente mais interessante para os alunos. Após a contação de histórias, os alunos podem ser convidados a tecer seus comentários e expressar suas opiniões. Também pode ser trabalhada a biografia do autor, ampliando ainda mais o universo cultural dos jovens. O movimento de estudo de biografias é algo que costuma interessar os adolescentes que estão em um momento de constituição da identidade de si. Assim, trabalhar com as biografias de outrem os instiga a trabalhar a própria biografia, o que se constitui em projeto riquíssimo, envolvendo várias disciplinas do currículo, como história, geografia, língua portuguesa e artes. A organização de um sarau é outra sugestão de atividade festiva e pedagógica que contempla a arte, a imaginação e o diálogo, mobiliza todo o grupo escolar e favorece o interesse dos adolescentes. O sarau, por seu caráter colaborativo, permite que os alunos se envolvam com sua preparação e organização, assim como permite que exponham para a comunidade seus talentos em poesia, vídeo, artes plásticas, contação de histórias, música, dança, teatro, etc. Trazer a arte para a sala de aula e fazer com que transborde para a comunidade costuma ser muito significativo para todos os envolvidos: alunos, professorese comunidade. Sugerimos também inserir filmes no conteúdo da disciplina ou a partir de demandas levantadas pelos adolescentes e depois conversar com eles sobre a experiência, garantindo que todos tenham espaço para se expressar. Antes de exibir o filme, é interessante pesquisar quem é o diretor, o roteirista, os atores principais, que outros trabalhos estes profissionais realizaram, quais prêmios o filme ou seus profissionais já ganharam, etc., assim como apresentar uma resenha ou sinopse do material que será exibido. Essa pesquisa pode ser feita com uma rápida busca na internet. Após a exibição do filme, disponha as cadeiras em círculo de forma que todos possam se olhar durante a discussão. Podem ser direcionadas perguntas como“do que trata o filme?”,“qual foi a cena que vocês mais gostaram?”“qual não gostaram?”,“qual relação do filme com o tema que estamos tratando?”. Promover um espaço como este é garantir a possibilidade de os adolescentes se expressarem, elaborarem suas ideias e dialogarem entre si e também com o professor. Isso favorece o desenvolvimento de uma melhor comunicação, do diálogo, e ampliação do vocabulário, de elaboração de ideias e melhor relação de grupo. Estas dicas são um pontapé inicial para a reflexão e 87
  • 6. Maiores esclarecimentos ou sugestões podem ser encaminhadas para nosso e-mail: prosped@googlegroups.com ou encontradas no blog do grupo: http://prospedpuc.blogspot.com.br ou em nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Sentidos-da-Arte/5700 82809755000?ref=bookmarks . possível mudança que podem ser ampliadas e reformuladas a partir da experiência e necessidade de cada professor. Mas não se esqueçam: OS ADOLESCENTES SÃO NOVATOS NO MUNDO E NÓS ADULTOS SOMOS MEDIADORES DE SUAS RELAÇÕES E APROPRIAÇÕES. Tratemos de nos abrir mais para acessar suas falas, seus anseios e buscar a adequação às novas condições que regem as relações sociais, assumindo nosso papel de promotores do desenvolvimento dos jovens. Estas dicas são sugestões para a reflexão e a possibilidade de mudança. E você, professor, pode contribuir. Escreva aqui em forma de depoimento uma experiência que deu certo e partilhe com seus colegas. Talvez alguém do seu grupo de trabalho goste de conhecê-lo e o ajude a pensar em novas práticas: 109