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T O D O S N Ó S , S E R E S H U M A N O S , S O M O S
M O V I D O S P O R N O S S A S E M O Ç Õ E S . A L E G R I A ,
M E D O , T R I S T E Z A , A N G Ú S T I A , A P R E E N S Ã O
S Ã O F O R Ç A S Q U E S E E S C O N D E M P O R T R Á S
D E N O S S A S A Ç Õ E S M A I S S I N C E R A S O U
M E N O S C O M P R E E N S Í V E I S . D E S D E A
A N T I G U I D A D E , O G Ê N E R O D R A M Á T I C O
P R I V I L E G I A O E S T U D O D A S E M O Ç Õ E S
H U M A N A S
Gênero Dramático
 De fato, cultuado desde a Antiguidade, sua origem
deve-se aos gregos, haja vista que em suas festas
religiosas homenageavam ao deus Dionísio (Baco). E
entre os principais dramaturgos figuram-se:

Ésquilo (Prometeu acorrentado)
* Sófocles (Édipo - rei, Electra)
* Eurípedes (Medeia, As bacantes)
* Aristófanes (A paz, Assembleia de mulheres)
* Antífanes (Menandro)
Características
 Dentre as características que perfazem tal
modalidade estão: atores, que em consonância com
outros elementos, como, figurino, maquiagem,
cenário, gestos, reproduzem a história em forma de
diálogos, divididos em atos e cenas; e a ação
propriamente dita, retratada numa sequência
linear,constituída pela exposição, conflito,
complicação, clímax e desfecho final.
ORIGENS
 Em diversas sociedades primitivas era comum a
realização de danças ritualísticas. Como os
participantes representavam diferentes papéis, há
quem reconheça nessa atividade o germe da
encenação teatral que define o gênero dramático.
 Outra explicação para a origem do drama seriam os
festivais anuais realizados na Grécia Antiga, em
honra ao deus Dionísio ( ou Baco, para os romanos).
 Nesses festivais, bebia-se e cantava-se para louvar
esse deus.
DANÇAS
 No início, havia apenas um coro que entoava os hinos,
chamados ditirambos, narrando trechos da vida de
Dionísio. Depois, esse coro foi dividido em perguntas e
respostas coordenadas por um corifeu (o regente do
coro). Mais tarde, surgiu o hyokrités, o ator protagonista,
simbolizado por Téspis, um poeta grego. Nascia, assim, a
tragédia.
 A representação do ator protagonista provocava
sentimento no coro, que, nesse momento, transformava-
se em plateia, porque avaliava o comportamento do
protagonista. Cantando, o coro respondia a ele, para
concordar ou discordar de suas ações.
ORIGENS
 Essa explicação para a origem do gênero dramático
destaca dois elementos que até hoje, são essenciais
para esse tipo de texto: a importância do público e a
possibilidade de desencadear emoções por meio da
representação.
 O GÊNERO DRAMÁTICO NA GRÉCIA ANTIGA
 O gênero dramático, na Grécia Antiga, desenvolveu-
se por meio de duas modalidades: a tragédia e a
comédia.
A TRAGÉDIA
 No início, drama e tragédia eram praticamente
sinônimos. Trata-se da representação de ações que significam
uma transgressão grave na ordem familiar ou social. A
tragédia envolve a paixão ou pathos, provocando esse
desacordo com relação à ordem familiar e social por
ignorarem as leis humanas ou divinas que organizavam a vida.
 Os temas das tragédias são os conflitos derivados das paixões
humanas. Apresenta personagens nobres e heroicas. O
objetivo da encenação de uma tragédia tinha em vista
desencadear, no público, terror ou piedade. A purificação de
sentimentos da plateia por essa experiência estética, recebeu o
nome de catarse.
A Tragédia
 A tragédia pode ser definida como uma peça teatral na
qual figuram personagens nobres e que procura, por
meio da ação dramática, levar a plateia um estado de
grande tensão emocional. Geralmente, as peças trágicas
terminam com um acontecimento funesto.
 Os conflitos encenados nas tragédias quase sempre
tratavam de questões acerca da honra e do poder. Leia,
como exemplo, um trecho de Medeia, de Eurípedes.
Escrita em 431 a.C, Medeia apresenta o drama vivido por
uma mulher que comete as maiores loucuras por amor. A
cena que você vai ler nos mostra o momento em que,
depois de abandonada, Medeia se dá conta do quanto
errou ao depositar sua confiança no coração traiçoeiro de
Jasão.
A COMÉDIA
 A origem da comédia é a mesma da tragédia: os festivais realizados
em hora a Dionísio. Alguns dos festivais ocorriam durante a
primavera e costumavam apresentar um cotejo de mascarados.
Esses cortejos recebiam o nome de Komos e deles deriva o nome
comédia ( komoidea: Komos, “procissão jocosa +oidé,
“canto”). A pé ou em carros, eles percorriam os campos dançando,
cantando e recitando poemas jocosos em que satirizavam
personalidades e acontecimentos da vida pública.
 Quando Esparta derrotou Atenas na Guerra do Peloponeso, a
democracia chegou ao fim, comprometendo a liberdade de
expressão dos autores de textos cômicos. As comédias, então,
abandonaram a crítica política e passaram a satirizar
comportamentos e costumes das pessoas comuns.Assim, enquanto
a tragédia desenvolve temas sérios, apoiados na ação mitológica, e
as personagens são deuses e semideuses, a comédia se caracteriza
por sua leveza e alegria, aborda episódios cotidianos e as
personagens são seres humanos.
Gênero Dramático
 Eram várias as espécies que representavam o gênero em questão, entre elas
destacam-se:
A comédia, que para Aristóteles era a “imitação de homens inferiores, não
quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o
ridículo”. De caráter cômico, tinha o cotidiano como temática, satirizando os
defeitos humanos e a sociedade como um todo, representada por personagens
estereótipos das debilidades humanas, como o rabugento, o avaro, o
apaixonado e o mesquinho. Sua estrutura consiste em uma situação complicada
inicial, mas no final tudo acaba bem.
A tragédia, que para o filósofo, era “a imitação de uma ação de caráter
elevado, suscitando o terror e a piedade. Tendo como efeito a purificação
dessas emoções”. Retratada por um caráter mais sério e solene, com
personagens humanos pertencentes às classes nobres, como reis, príncipes, que
sofriam nas mãos dos deuses e do Destino. Sua estrutura consistia em uma
ação inicial feliz, todavia com um final trágico, na qual a temática era baseada
no sofrimento e na desgraça do protagonista.
Gênero Dramático
 A Tragicomédia, na qual o drama mesclava elementos
trágicos e cômicos.
O Auto, uma peça curta, geralmente de conteúdo religioso ou
profano, e, sobretudo, simbólico, uma vez que seus
personagens não eram humanos, e sim, entidades abstratas,
caracterizadas pela hipocrisia, bondade, luxúria, virtude,
dentre outras. Eram representadas por ocasião das grandes
festas religiosas, nos pátios ou no interior das igrejas, e muitas
vezes nas praças.
A farsa, representada por uma pequena peça teatral, surgida
por volta do século XIV, cujo objetivo era despertar o riso por
meio da representação de situações ridículas, grotescas ou
engraçadas e satirizar os costumes.
ARISTÓTELES
 Aristóteles observa, na Poética, que o termo drama ( do
grego drân: agir) faz referência ao fato, de , nesses textos,
as pessoas serem representadas “em ação”.
 Ao identificar o drama como um dos gêneros literários,
Aristóteles considerou uma característica importante
desses textos: eram feitos para ser representados,
dramatizados.
 Textos dramáticos são aqueles em que a “voz narrativa”
está entregue às personagens, que contam a história por
meio de diálogos e monólogos.
Gênero dramático
 Em uma representação teatral cada cena é uma
unidade de ação.
 Conceito de encenação: consiste na montagem de
uma cena e os elementos que fazem parte dela.
 Montagem
 Toda montagem de apóia em um texto. Nesse caso, o
autor indica ao leitor ( e a que desejar encenar a
peça) como a montagem foi concebida, ou seja, como
imaginou o trabalho com cada um dos elementos da
linguagem teatral.
Gênero Dramático
 O teatro apresenta uma linguagem própria:
iluminação, música, figurinos, cenários são
elementos da linguagem cênica, que contribuem
com o texto e a interpretação dos atores, para criar a
ilusão dos lugares, tempos e personagens nos
espectadores.
 No momento de criar o texto teatral e combinar
esses recursos, o autor pensa na plateia e no tipo de
reação que deseja provocar. Percebe-se, assim, nesse
gênero literário, a participação mais direta do
público como um dos agentes do discurso.
Gênero Dramático

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Gênero dramático

  • 1. T O D O S N Ó S , S E R E S H U M A N O S , S O M O S M O V I D O S P O R N O S S A S E M O Ç Õ E S . A L E G R I A , M E D O , T R I S T E Z A , A N G Ú S T I A , A P R E E N S Ã O S Ã O F O R Ç A S Q U E S E E S C O N D E M P O R T R Á S D E N O S S A S A Ç Õ E S M A I S S I N C E R A S O U M E N O S C O M P R E E N S Í V E I S . D E S D E A A N T I G U I D A D E , O G Ê N E R O D R A M Á T I C O P R I V I L E G I A O E S T U D O D A S E M O Ç Õ E S H U M A N A S Gênero Dramático
  • 2.  De fato, cultuado desde a Antiguidade, sua origem deve-se aos gregos, haja vista que em suas festas religiosas homenageavam ao deus Dionísio (Baco). E entre os principais dramaturgos figuram-se:  Ésquilo (Prometeu acorrentado) * Sófocles (Édipo - rei, Electra) * Eurípedes (Medeia, As bacantes) * Aristófanes (A paz, Assembleia de mulheres) * Antífanes (Menandro)
  • 3. Características  Dentre as características que perfazem tal modalidade estão: atores, que em consonância com outros elementos, como, figurino, maquiagem, cenário, gestos, reproduzem a história em forma de diálogos, divididos em atos e cenas; e a ação propriamente dita, retratada numa sequência linear,constituída pela exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho final.
  • 4. ORIGENS  Em diversas sociedades primitivas era comum a realização de danças ritualísticas. Como os participantes representavam diferentes papéis, há quem reconheça nessa atividade o germe da encenação teatral que define o gênero dramático.  Outra explicação para a origem do drama seriam os festivais anuais realizados na Grécia Antiga, em honra ao deus Dionísio ( ou Baco, para os romanos).  Nesses festivais, bebia-se e cantava-se para louvar esse deus.
  • 5. DANÇAS  No início, havia apenas um coro que entoava os hinos, chamados ditirambos, narrando trechos da vida de Dionísio. Depois, esse coro foi dividido em perguntas e respostas coordenadas por um corifeu (o regente do coro). Mais tarde, surgiu o hyokrités, o ator protagonista, simbolizado por Téspis, um poeta grego. Nascia, assim, a tragédia.  A representação do ator protagonista provocava sentimento no coro, que, nesse momento, transformava- se em plateia, porque avaliava o comportamento do protagonista. Cantando, o coro respondia a ele, para concordar ou discordar de suas ações.
  • 6. ORIGENS  Essa explicação para a origem do gênero dramático destaca dois elementos que até hoje, são essenciais para esse tipo de texto: a importância do público e a possibilidade de desencadear emoções por meio da representação.  O GÊNERO DRAMÁTICO NA GRÉCIA ANTIGA  O gênero dramático, na Grécia Antiga, desenvolveu- se por meio de duas modalidades: a tragédia e a comédia.
  • 7. A TRAGÉDIA  No início, drama e tragédia eram praticamente sinônimos. Trata-se da representação de ações que significam uma transgressão grave na ordem familiar ou social. A tragédia envolve a paixão ou pathos, provocando esse desacordo com relação à ordem familiar e social por ignorarem as leis humanas ou divinas que organizavam a vida.  Os temas das tragédias são os conflitos derivados das paixões humanas. Apresenta personagens nobres e heroicas. O objetivo da encenação de uma tragédia tinha em vista desencadear, no público, terror ou piedade. A purificação de sentimentos da plateia por essa experiência estética, recebeu o nome de catarse.
  • 8. A Tragédia  A tragédia pode ser definida como uma peça teatral na qual figuram personagens nobres e que procura, por meio da ação dramática, levar a plateia um estado de grande tensão emocional. Geralmente, as peças trágicas terminam com um acontecimento funesto.  Os conflitos encenados nas tragédias quase sempre tratavam de questões acerca da honra e do poder. Leia, como exemplo, um trecho de Medeia, de Eurípedes. Escrita em 431 a.C, Medeia apresenta o drama vivido por uma mulher que comete as maiores loucuras por amor. A cena que você vai ler nos mostra o momento em que, depois de abandonada, Medeia se dá conta do quanto errou ao depositar sua confiança no coração traiçoeiro de Jasão.
  • 9. A COMÉDIA  A origem da comédia é a mesma da tragédia: os festivais realizados em hora a Dionísio. Alguns dos festivais ocorriam durante a primavera e costumavam apresentar um cotejo de mascarados. Esses cortejos recebiam o nome de Komos e deles deriva o nome comédia ( komoidea: Komos, “procissão jocosa +oidé, “canto”). A pé ou em carros, eles percorriam os campos dançando, cantando e recitando poemas jocosos em que satirizavam personalidades e acontecimentos da vida pública.  Quando Esparta derrotou Atenas na Guerra do Peloponeso, a democracia chegou ao fim, comprometendo a liberdade de expressão dos autores de textos cômicos. As comédias, então, abandonaram a crítica política e passaram a satirizar comportamentos e costumes das pessoas comuns.Assim, enquanto a tragédia desenvolve temas sérios, apoiados na ação mitológica, e as personagens são deuses e semideuses, a comédia se caracteriza por sua leveza e alegria, aborda episódios cotidianos e as personagens são seres humanos.
  • 10. Gênero Dramático  Eram várias as espécies que representavam o gênero em questão, entre elas destacam-se: A comédia, que para Aristóteles era a “imitação de homens inferiores, não quanto a toda a espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é o ridículo”. De caráter cômico, tinha o cotidiano como temática, satirizando os defeitos humanos e a sociedade como um todo, representada por personagens estereótipos das debilidades humanas, como o rabugento, o avaro, o apaixonado e o mesquinho. Sua estrutura consiste em uma situação complicada inicial, mas no final tudo acaba bem. A tragédia, que para o filósofo, era “a imitação de uma ação de caráter elevado, suscitando o terror e a piedade. Tendo como efeito a purificação dessas emoções”. Retratada por um caráter mais sério e solene, com personagens humanos pertencentes às classes nobres, como reis, príncipes, que sofriam nas mãos dos deuses e do Destino. Sua estrutura consistia em uma ação inicial feliz, todavia com um final trágico, na qual a temática era baseada no sofrimento e na desgraça do protagonista.
  • 11. Gênero Dramático  A Tragicomédia, na qual o drama mesclava elementos trágicos e cômicos. O Auto, uma peça curta, geralmente de conteúdo religioso ou profano, e, sobretudo, simbólico, uma vez que seus personagens não eram humanos, e sim, entidades abstratas, caracterizadas pela hipocrisia, bondade, luxúria, virtude, dentre outras. Eram representadas por ocasião das grandes festas religiosas, nos pátios ou no interior das igrejas, e muitas vezes nas praças. A farsa, representada por uma pequena peça teatral, surgida por volta do século XIV, cujo objetivo era despertar o riso por meio da representação de situações ridículas, grotescas ou engraçadas e satirizar os costumes.
  • 12. ARISTÓTELES  Aristóteles observa, na Poética, que o termo drama ( do grego drân: agir) faz referência ao fato, de , nesses textos, as pessoas serem representadas “em ação”.  Ao identificar o drama como um dos gêneros literários, Aristóteles considerou uma característica importante desses textos: eram feitos para ser representados, dramatizados.  Textos dramáticos são aqueles em que a “voz narrativa” está entregue às personagens, que contam a história por meio de diálogos e monólogos.
  • 13. Gênero dramático  Em uma representação teatral cada cena é uma unidade de ação.  Conceito de encenação: consiste na montagem de uma cena e os elementos que fazem parte dela.  Montagem  Toda montagem de apóia em um texto. Nesse caso, o autor indica ao leitor ( e a que desejar encenar a peça) como a montagem foi concebida, ou seja, como imaginou o trabalho com cada um dos elementos da linguagem teatral.
  • 14. Gênero Dramático  O teatro apresenta uma linguagem própria: iluminação, música, figurinos, cenários são elementos da linguagem cênica, que contribuem com o texto e a interpretação dos atores, para criar a ilusão dos lugares, tempos e personagens nos espectadores.  No momento de criar o texto teatral e combinar esses recursos, o autor pensa na plateia e no tipo de reação que deseja provocar. Percebe-se, assim, nesse gênero literário, a participação mais direta do público como um dos agentes do discurso.