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Escola  EB 2, 3 / Sec. Vieira de Araújo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Memorial do Convento
Memorial do Convento , uma das obras maiores de José Saramago, foi publicado em 1982 e é das mais importantes de toda a literatura contemporânea portuguesa. Rosto de uma edição
Natural da Golegã, onde nasceu em1922 Formação escolar: curso da escola técnica Variedade de profissões: serralheiro a funcionário público. Jornalista a escritor Filiação no PCP (posicionamento ideológico) Escritor polígrafo e intelectual polémico  Obra literária (romance, teatro, poesia, diário, crónica, tradução,...) Popularidade (Portugal, Espanha, Brasil, Itália …) Atribuição do Prémio Nobel da Literatura (1998) Vive na ilha de Lanzarote, casado com a jornalista Pilar del Rio
[object Object],[object Object],[object Object],Romance Histórico
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Convento de Mafra – obra que marca o reinado de D. João V
Aqueduto das Águas Livres  Terminado no reinado de D. João V
Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara
D. José I – futuro rei
“ (…) retiram-se a uma parte D. João V e o inquisidor, e este diz, Aquele que além está é frei António de S. José, a quem falando-lhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por lhe não dar filhos a rainha nossa senhora, pedi que encomendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse sucessão, e ele me respondeu que vossa majestade terá filhos se quiser, e então perguntei-lhe que queria ele significar com tão obscuras palavras, porquanto é sabido que filhos quer vossa majestade ter, e ele respondeu-me, palavras enfim muito claras, que se vossa majestade prometesse levantar um convento na vila de Mafra, Deus lhe daria sucessão (…)”
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Acção Sequências narrativas
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-Início da construção do convento. D. João V coloca a primeira pedra dos alicerces (17 de Novembro de 1717). -Bartolomeu de Gusmão regressa de Coimbra com o título de “doutor em cánones” e instala-se em Lisboa na casa de uma viúva. -Em Lisboa assiste-se à epidemia da febre-amarela. -Blimunda adoece. Domenico Scarlatti toca cravo. Ao ouvir a música, Blimunda volta a ter saúde. -A passarola está concluída e pronta para voar. O padre Bartolomeu anuncia a Baltasar e Blimuda que tem de fugir, porque o tribunal do Santo Ofício procura-o. Os três resolvem fugir na máquina voadora. Passam por Mafra e aterram na serra do Barregudo (Monte Junto). O padre tenta incendiar a passarola, é impedido por Baltasar. Entretanto o padre desaparece.
-Baltasar e Blimunda vão viver para Mafra. Baltasar trabalha na construção do convento e , sempre que pode, vai ver a máquina voadora ao Monte Junto. -D. João V diz a João Frederico Ludovice que quer ampliar o convento para duzentos frades e manda recrutar trabalhadores, independentemente da sua vontade, por todo o país. -Cortejo real e casamento dos príncipes portugueses (D. Maria Bárbara e D. José) com os infantes espanhóis (D. Fernando VI e Maria Vitória). -Baltasar vai ver a passarola ao Monte Junto. Quando está dentro dela, inesperadamente, esta sobe no ar. -Blimunda vai à serra do Barregudo procurar Baltasar. -No dia 22 de Outubro de 1730, data de aniversário do rei (41 anos), faz-se a sagração do convento.
-Durante nove anos, Blimunda procura, de terra em terra, Baltasar. Por fim, encontra-o em Lisboa: ardia na fogueira do Santo Ofício, juntamente com outros suplicados, entre os quais António José da Silva, durante a realização de um auto-de-fé. Blimunda
O narrador é geralmente  heterodiegético .   É uma entidade exterior à história que relata os acontecimentos. Surge na terceira pessoa.  NB.  Por vezes temos formas verbais na primeira pessoa do plural: “fizemos”, “tomámos” e pronome possessivo “nossos” que remetem para um tipo de narrador homodiegético. Este narrador é uma personagem da história, que revela as suas próprias vivências, mas não se trata da participação na história como protagonista. Assume vozes proféticas, críticas, sapienciais. O Narrador e Focalização da narrativa
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Focalização da Narrativa
[object Object],Perspectiva Temporal Passado Presente Futuro Conhecimento Global da História
PERSONAGENS D. João V Representa o poder real absoluto, condena um povo a servir a sua religiosidade fanática e a sua vaidade. Como marido e rei assume o papel de gerar um filho e um convento. Amante dos prazeres, a sua figura é construída através do olhar crítico do narrador: fanático religioso, assiste aos autos-de-fé.  Como marido, não tem qualquer sentimento amoroso pela rainha.  Megalómano e vaidoso vive dominado pelo luxo e pelo fausto.
D. João V
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Maria Ana Josefa
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Baltasar Sete-Sóis
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],BLIMUNDA SETE-LUAS
Blimunda e Baltasar
[object Object],[object Object],[object Object],PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO
Padre Bartolomeu de Gusmão
Passarola Voadora
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],DOMENICO SCARLATTI
Domenico Scarlatti
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],POVO
 
CLERO - A crítica subjacente a todo o discurso narrativo enfatiza a hipocrisia e a violência dos representantes do espiritualismo convencional, da religiosidade vazia, baseada em rituais que, ao invés de elevarem o espírito, originam o desregramento, a corrupção e a degradação moral. - Papel do clero na Inquisição, como marca negativa.
Procissão da Quaresma
Em dia de Auto-de-Fé   Passarola Voadora
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LISBOA Enquanto macroespaço, integra outros espaços   Terreiro do Paço Local onde Baltasar trabalha num açougue, após a sua chegada a Lisboa Rossio Este espaço aparece no início da obra como local onde decorre o auto-de-fé S. Sebastião da Pedreira Espaço relacionado com a passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão e com o carácter mítico da máquina voadora
Rossio – Auto-de-fé Gravura do séc. XVIII
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],MAFRA É o segundo macroespaço
Vista antiga da povoação  MAFRA
Fachada principal Convento de Mafra
Lisboa do séc. XVII
Espaço Social – Lisboa e Mafra O espaço social é construído através do relato de determinados momentos e do percurso de personagens que tipificam um determinado grupo social. Destaque: 1-  Procissão da Quaresma  – caracterização da cidade de Lisboa; excessos praticados durante o Entrudo; penitência física; a descrição da procissão; as manifestações de fé que tocavam a histeria com os penitentes a autoflagelarem-se. 2-  Autos-de-fé  (Rossio) – entre os autos-de-fé e as touradas, o povo revela gosto sanguinário e emoções fortes; a assistência feminina  preocupa-se com os pormenores fúteis e com os jogos de sedução; a morte dos condenados é motivo de festa.
3-  Tourada  (Terreiro do Paço) – os touros são torturados, o público exulta com o espectáculo. 4-  Procissão do Corpo de Deus  – as procissões caracterizam Lisboa como um espaço caótico, cujo ritual tem um efeito exorcizante. 5-  O trabalho no Convento  – Mafra simboliza o espaço da servidão desumana a que D. João V sujeitou o seu povo (cerca de 40 mil trabalhadores). 6-A miséria do Alentejo – este espaço associa-se à fome e à miséria.
Espaço Psicológico O espaço psicológico é constituído pelo conjunto de elementos que traduz a interioridade das personagens. Revela-se através dos sonhos e dos pensamentos. Ex.: Sonhos de D. Maria Ana (com infante D. Francisco); de Baltasar quando  andava a lavrar o alto da Vela; pensamentos do padre Bartolomeu relativamente ao voo da passarola.
Tempo O fluir do tempo , mais do que através da recorrência a marcos cronológicos específicos, é sugerido pelas transformações sofridas pelas personagens.   - a) tempo da história (tempo diegético) - b) tempo do discurso,
a)   Tempo Diegético Trata-se do tempo histórico em que decorre a acção. (1711 a 1730) A acção tem início no ano de 1711 :  ”S. Francisco andava pelo mundo, precisamente há quinhentos anos, em mil duzentos e onze…”  Datas: 1711 – promessa de construção do convento. 1716 – bênção da primeira pedra. 1717 – Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa. 1719 – casamentos de D. José e de Maria Bárbara. 1730 – sagração do convento. 1739 – fim da acção, quando Blimunda vê Baltasar a ser queimado.
b) Tempo do Discurso Por tempo do discurso entende-se aquele que se detecta no próprio texto organizado pelo narrador, através da forma como relata os acontecimentos.  Pode ser apresentado de forma linear, e ou com recurso a analepses e prolepses.
As  analepses  explicam acontecimentos passados. Anteriormente ao ano da acção(1711), concretamente em 1624, já os franciscanos expressavam o desejo de possuir um convento em Mafra. As  prolepses  antecipam acontecimentos. Caso das mortes do sobrinho de Baltasar e do infante D. Pedro, para criticamente estabelecer o contraste dos funerais de um e outro.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Linguagem
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- Paralelismo de construção . -Utilização do  polissíndeto . - Enumeração . - Ausência de sinais gráficos  indicadores do diálogo (a fuga à gramática normativa faz com que o texto ganhe fluidez aproximando-o do registo oral). . A vírgula é que separa as falas das personagens . Os pontos de exclamação e interrogação são omissos - Hibridismo discursivo  (directo, indirecto e indirecto livre, sem demarcação gráfica (dois pontos + travessão) e lexical (verbos como  declarar ,  perguntar …).
A História, em  Memorial do Convento , torna-se matéria simbólica  para reflectir sobre o presente, na perspectiva da denúncia e dela extrair uma moralidade que sirva de lição para o futuro Dimensão simbólica das personagens Baltasar Sete-Sóis / Blimunda Sete-Luas Baltasar e Blimunda são personagens heróicas. Regressado da frente de batalha, Baltasar apresenta uma “deformidade física”.
Em termos simbólicos liga-se a Blimunda, também diferente pela sua capacidade de “olhar por dentro das pessoas”. Baltasar, apesar do seu lado negativo e infernal, conclui o seu percurso ascensional e a sua identidade, através do voo.  A sua condição de homem simples e pragmático faz dele o demiurgo que cria a passarola da liberdade. Qual Ícaro, ousou aproximar-se do Sol sofrendo a queda que o conduziu à fogueira. A sua união com Blimunda simboliza a completude que os torna imunes ao meio que os rodeia. Simbolizam a dualidade cíclica através da cosmogonia universal (Sete-Sóis / Sete-Luas).
A complementaridade Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra enfatiza a alternância do mundo. O  Padre Bartolomeu de Gusmão  representa o ser fragmentário, dividido entre a religião e a alquimia. À semelhança de Prometeu, pela subversão do religioso, pela alquimia do conhecimento, brinca com o fogo. Simboliza a aspiração humana (voo da passarola), conferindo sacralidade ao acto humano de construir e sonhar Domenico Scarlatti  – ligado à música, representa o transcendente. Simboliza a ascensão do homem através da música.
Pela sensibilidade criadora,  e pela técnica de execução, liga-se ao mito órfico e contribui para a cura de Blimunda. Partilha o sonho do trio e morrerá, metaforicamente, após o voo da passarola. Elementos simbólicos SETE  – Representa a totalidade do universo. Sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina. A sua presença no nome de Baltasar e Blimunda tem um significado dual. O par representa a alteridade cíclica, a harmonia cosmogónica NOVE  – Representa a gestação, a renovação e o renascimento.
Blimunda procura Baltasar durante nove anos.  PASSAROLA  – Concebida  como a “barca voadora”, simboliza o elo de ligação entre o Céu e a Terra. Remete para a viagem e pelo seu movimento ascensional representa metaforicamente a alma humana que ascende aos céus, numa ânsia de realização e libertação.
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Memorial do Convento : - Como  romance histórico  (embora fugindo ao esquema clássico), apresenta uma descrição crítica da sociedade portuguesa do início do séc. XVIII. Como  romance social , dentro da linha neo-realista, sobressai o operariado oprimido e explorado. Como  romance de intervenção , visa a história repressiva portuguesa do século XX. Como  romance de espaço , representa uma época onde se cruza o ambiente histórico e os quadros sociais.
Armas de Azinhaga do Ribatejo, terra da naturalidade do autor
Saramago e Pilar del Rio
Com Fidel Castro
Com Yasser Arafat
Em Lanzarote
O Grupo dos Cinco Recebendo o Prémio Nobel das mãos do Rei da Suécia Carlos XVI Gustavo
Diploma do Prémio Nobel
Aclamação na Academia Sueca
Conferência de Imprensa
Doutoramento  Honoris Causa
Biblioteca JOSÉ SARAMAGO – Leiria
caricatura
caricatura
caricatura
caricatura
Tradução inglesa do  Memorial do Convento
Convento de Mafra (Pormenores e interiores)
Vista do lado Sul
Frontaria da Basílica Gravura séc. XVIII
Gravura antiga
Biblioteca
Fresco
Basílica
Zimbório
Estátuas
Sala
Quarto
Sala da Bênção
Capela
Sala de Jantar
Fresco
Biblioteca
 
Órgão
Claustro
Fachada Principal
José Maria Araújo Ano de 2007 FIM Bibliografia: In SARAMAGO, José,  Memorial do Convento , 39.ª edição, Editorial Caminho In MOREIRA, Vasco, outro,  Preparação para o Exame Nacional 2006 , Português – 12 º ano, Porto Editora In JACINTO, Conceição, outro,  Análise da obra Memorial do Convento , Porto Editora

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Memorial Do Convento

  • 1.
  • 3. Memorial do Convento , uma das obras maiores de José Saramago, foi publicado em 1982 e é das mais importantes de toda a literatura contemporânea portuguesa. Rosto de uma edição
  • 4. Natural da Golegã, onde nasceu em1922 Formação escolar: curso da escola técnica Variedade de profissões: serralheiro a funcionário público. Jornalista a escritor Filiação no PCP (posicionamento ideológico) Escritor polígrafo e intelectual polémico Obra literária (romance, teatro, poesia, diário, crónica, tradução,...) Popularidade (Portugal, Espanha, Brasil, Itália …) Atribuição do Prémio Nobel da Literatura (1998) Vive na ilha de Lanzarote, casado com a jornalista Pilar del Rio
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  • 7.
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  • 9. Convento de Mafra – obra que marca o reinado de D. João V
  • 10. Aqueduto das Águas Livres Terminado no reinado de D. João V
  • 11. Maria Xavier Francisca Leonor Bárbara
  • 12. D. José I – futuro rei
  • 13. “ (…) retiram-se a uma parte D. João V e o inquisidor, e este diz, Aquele que além está é frei António de S. José, a quem falando-lhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por lhe não dar filhos a rainha nossa senhora, pedi que encomendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse sucessão, e ele me respondeu que vossa majestade terá filhos se quiser, e então perguntei-lhe que queria ele significar com tão obscuras palavras, porquanto é sabido que filhos quer vossa majestade ter, e ele respondeu-me, palavras enfim muito claras, que se vossa majestade prometesse levantar um convento na vila de Mafra, Deus lhe daria sucessão (…)”
  • 14.
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  • 16. -Início da construção do convento. D. João V coloca a primeira pedra dos alicerces (17 de Novembro de 1717). -Bartolomeu de Gusmão regressa de Coimbra com o título de “doutor em cánones” e instala-se em Lisboa na casa de uma viúva. -Em Lisboa assiste-se à epidemia da febre-amarela. -Blimunda adoece. Domenico Scarlatti toca cravo. Ao ouvir a música, Blimunda volta a ter saúde. -A passarola está concluída e pronta para voar. O padre Bartolomeu anuncia a Baltasar e Blimuda que tem de fugir, porque o tribunal do Santo Ofício procura-o. Os três resolvem fugir na máquina voadora. Passam por Mafra e aterram na serra do Barregudo (Monte Junto). O padre tenta incendiar a passarola, é impedido por Baltasar. Entretanto o padre desaparece.
  • 17. -Baltasar e Blimunda vão viver para Mafra. Baltasar trabalha na construção do convento e , sempre que pode, vai ver a máquina voadora ao Monte Junto. -D. João V diz a João Frederico Ludovice que quer ampliar o convento para duzentos frades e manda recrutar trabalhadores, independentemente da sua vontade, por todo o país. -Cortejo real e casamento dos príncipes portugueses (D. Maria Bárbara e D. José) com os infantes espanhóis (D. Fernando VI e Maria Vitória). -Baltasar vai ver a passarola ao Monte Junto. Quando está dentro dela, inesperadamente, esta sobe no ar. -Blimunda vai à serra do Barregudo procurar Baltasar. -No dia 22 de Outubro de 1730, data de aniversário do rei (41 anos), faz-se a sagração do convento.
  • 18. -Durante nove anos, Blimunda procura, de terra em terra, Baltasar. Por fim, encontra-o em Lisboa: ardia na fogueira do Santo Ofício, juntamente com outros suplicados, entre os quais António José da Silva, durante a realização de um auto-de-fé. Blimunda
  • 19. O narrador é geralmente heterodiegético . É uma entidade exterior à história que relata os acontecimentos. Surge na terceira pessoa. NB. Por vezes temos formas verbais na primeira pessoa do plural: “fizemos”, “tomámos” e pronome possessivo “nossos” que remetem para um tipo de narrador homodiegético. Este narrador é uma personagem da história, que revela as suas próprias vivências, mas não se trata da participação na história como protagonista. Assume vozes proféticas, críticas, sapienciais. O Narrador e Focalização da narrativa
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  • 22. PERSONAGENS D. João V Representa o poder real absoluto, condena um povo a servir a sua religiosidade fanática e a sua vaidade. Como marido e rei assume o papel de gerar um filho e um convento. Amante dos prazeres, a sua figura é construída através do olhar crítico do narrador: fanático religioso, assiste aos autos-de-fé. Como marido, não tem qualquer sentimento amoroso pela rainha. Megalómano e vaidoso vive dominado pelo luxo e pelo fausto.
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  • 32.
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  • 36. CLERO - A crítica subjacente a todo o discurso narrativo enfatiza a hipocrisia e a violência dos representantes do espiritualismo convencional, da religiosidade vazia, baseada em rituais que, ao invés de elevarem o espírito, originam o desregramento, a corrupção e a degradação moral. - Papel do clero na Inquisição, como marca negativa.
  • 38. Em dia de Auto-de-Fé Passarola Voadora
  • 39.
  • 40. LISBOA Enquanto macroespaço, integra outros espaços Terreiro do Paço Local onde Baltasar trabalha num açougue, após a sua chegada a Lisboa Rossio Este espaço aparece no início da obra como local onde decorre o auto-de-fé S. Sebastião da Pedreira Espaço relacionado com a passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão e com o carácter mítico da máquina voadora
  • 41. Rossio – Auto-de-fé Gravura do séc. XVIII
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  • 43. Vista antiga da povoação MAFRA
  • 46. Espaço Social – Lisboa e Mafra O espaço social é construído através do relato de determinados momentos e do percurso de personagens que tipificam um determinado grupo social. Destaque: 1- Procissão da Quaresma – caracterização da cidade de Lisboa; excessos praticados durante o Entrudo; penitência física; a descrição da procissão; as manifestações de fé que tocavam a histeria com os penitentes a autoflagelarem-se. 2- Autos-de-fé (Rossio) – entre os autos-de-fé e as touradas, o povo revela gosto sanguinário e emoções fortes; a assistência feminina preocupa-se com os pormenores fúteis e com os jogos de sedução; a morte dos condenados é motivo de festa.
  • 47. 3- Tourada (Terreiro do Paço) – os touros são torturados, o público exulta com o espectáculo. 4- Procissão do Corpo de Deus – as procissões caracterizam Lisboa como um espaço caótico, cujo ritual tem um efeito exorcizante. 5- O trabalho no Convento – Mafra simboliza o espaço da servidão desumana a que D. João V sujeitou o seu povo (cerca de 40 mil trabalhadores). 6-A miséria do Alentejo – este espaço associa-se à fome e à miséria.
  • 48. Espaço Psicológico O espaço psicológico é constituído pelo conjunto de elementos que traduz a interioridade das personagens. Revela-se através dos sonhos e dos pensamentos. Ex.: Sonhos de D. Maria Ana (com infante D. Francisco); de Baltasar quando andava a lavrar o alto da Vela; pensamentos do padre Bartolomeu relativamente ao voo da passarola.
  • 49. Tempo O fluir do tempo , mais do que através da recorrência a marcos cronológicos específicos, é sugerido pelas transformações sofridas pelas personagens. - a) tempo da história (tempo diegético) - b) tempo do discurso,
  • 50. a) Tempo Diegético Trata-se do tempo histórico em que decorre a acção. (1711 a 1730) A acção tem início no ano de 1711 : ”S. Francisco andava pelo mundo, precisamente há quinhentos anos, em mil duzentos e onze…” Datas: 1711 – promessa de construção do convento. 1716 – bênção da primeira pedra. 1717 – Baltasar e Blimunda regressam a Lisboa. 1719 – casamentos de D. José e de Maria Bárbara. 1730 – sagração do convento. 1739 – fim da acção, quando Blimunda vê Baltasar a ser queimado.
  • 51. b) Tempo do Discurso Por tempo do discurso entende-se aquele que se detecta no próprio texto organizado pelo narrador, através da forma como relata os acontecimentos. Pode ser apresentado de forma linear, e ou com recurso a analepses e prolepses.
  • 52. As analepses explicam acontecimentos passados. Anteriormente ao ano da acção(1711), concretamente em 1624, já os franciscanos expressavam o desejo de possuir um convento em Mafra. As prolepses antecipam acontecimentos. Caso das mortes do sobrinho de Baltasar e do infante D. Pedro, para criticamente estabelecer o contraste dos funerais de um e outro.
  • 53.
  • 54.
  • 55. - Paralelismo de construção . -Utilização do polissíndeto . - Enumeração . - Ausência de sinais gráficos indicadores do diálogo (a fuga à gramática normativa faz com que o texto ganhe fluidez aproximando-o do registo oral). . A vírgula é que separa as falas das personagens . Os pontos de exclamação e interrogação são omissos - Hibridismo discursivo (directo, indirecto e indirecto livre, sem demarcação gráfica (dois pontos + travessão) e lexical (verbos como declarar , perguntar …).
  • 56. A História, em Memorial do Convento , torna-se matéria simbólica para reflectir sobre o presente, na perspectiva da denúncia e dela extrair uma moralidade que sirva de lição para o futuro Dimensão simbólica das personagens Baltasar Sete-Sóis / Blimunda Sete-Luas Baltasar e Blimunda são personagens heróicas. Regressado da frente de batalha, Baltasar apresenta uma “deformidade física”.
  • 57. Em termos simbólicos liga-se a Blimunda, também diferente pela sua capacidade de “olhar por dentro das pessoas”. Baltasar, apesar do seu lado negativo e infernal, conclui o seu percurso ascensional e a sua identidade, através do voo. A sua condição de homem simples e pragmático faz dele o demiurgo que cria a passarola da liberdade. Qual Ícaro, ousou aproximar-se do Sol sofrendo a queda que o conduziu à fogueira. A sua união com Blimunda simboliza a completude que os torna imunes ao meio que os rodeia. Simbolizam a dualidade cíclica através da cosmogonia universal (Sete-Sóis / Sete-Luas).
  • 58. A complementaridade Sol/Lua, dia/noite, luz/sombra enfatiza a alternância do mundo. O Padre Bartolomeu de Gusmão representa o ser fragmentário, dividido entre a religião e a alquimia. À semelhança de Prometeu, pela subversão do religioso, pela alquimia do conhecimento, brinca com o fogo. Simboliza a aspiração humana (voo da passarola), conferindo sacralidade ao acto humano de construir e sonhar Domenico Scarlatti – ligado à música, representa o transcendente. Simboliza a ascensão do homem através da música.
  • 59. Pela sensibilidade criadora, e pela técnica de execução, liga-se ao mito órfico e contribui para a cura de Blimunda. Partilha o sonho do trio e morrerá, metaforicamente, após o voo da passarola. Elementos simbólicos SETE – Representa a totalidade do universo. Sete é o somatório dos quatro pontos cardeais com a trindade divina. A sua presença no nome de Baltasar e Blimunda tem um significado dual. O par representa a alteridade cíclica, a harmonia cosmogónica NOVE – Representa a gestação, a renovação e o renascimento.
  • 60. Blimunda procura Baltasar durante nove anos. PASSAROLA – Concebida como a “barca voadora”, simboliza o elo de ligação entre o Céu e a Terra. Remete para a viagem e pelo seu movimento ascensional representa metaforicamente a alma humana que ascende aos céus, numa ânsia de realização e libertação.
  • 61.
  • 62. Memorial do Convento : - Como romance histórico (embora fugindo ao esquema clássico), apresenta uma descrição crítica da sociedade portuguesa do início do séc. XVIII. Como romance social , dentro da linha neo-realista, sobressai o operariado oprimido e explorado. Como romance de intervenção , visa a história repressiva portuguesa do século XX. Como romance de espaço , representa uma época onde se cruza o ambiente histórico e os quadros sociais.
  • 63. Armas de Azinhaga do Ribatejo, terra da naturalidade do autor
  • 64. Saramago e Pilar del Rio
  • 68. O Grupo dos Cinco Recebendo o Prémio Nobel das mãos do Rei da Suécia Carlos XVI Gustavo
  • 78. Tradução inglesa do Memorial do Convento
  • 79. Convento de Mafra (Pormenores e interiores)
  • 81. Frontaria da Basílica Gravura séc. XVIII
  • 88. Sala
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  • 99. José Maria Araújo Ano de 2007 FIM Bibliografia: In SARAMAGO, José, Memorial do Convento , 39.ª edição, Editorial Caminho In MOREIRA, Vasco, outro, Preparação para o Exame Nacional 2006 , Português – 12 º ano, Porto Editora In JACINTO, Conceição, outro, Análise da obra Memorial do Convento , Porto Editora