Este poema descreve uma mulher observada pelo poeta enquanto caminha. Em três frases, o poema apresenta a mulher como um produto das convenções sociais, mas também como uma figura enigmática e fascinante. Ao longo do poema, o poeta critica a ordem social representada pela mulher, sugerindo uma revolta futura dos oprimidos.
5. • Cruzada (ABAB),
• Grave (contemplá-la/ sala) e aguda
(normal/ metal),
• Consoante (correspondência total de
sons),
• Predominância de rima rica.
6. • Binário, alternado com ternário;
‘Milady, é perigoso contemplá-la,
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,’ – ritmo
binário
‘Com seus gestos de neve e de metal.’ – ritmo
ternário
7. Imagética Feminina Questão social associada ao
Binómio cidade/campo realismo e naturalismo
Poetização do real Movimento deambulatório
8. Mulher, produto de convenções mundanas e
identificação com a cidade: 1.ª estrofe;
Mulher designada por Milady: “Milady, é perigoso
contemplá-la,”;
Mulher fatal de humilhante indiferença como a
mulher de “Les Fleures du Mal” de Baudelaire:
“gestos de neve e de metal”, “Grande dama
fatal, sempre sozinha/E com firmeza e música no
andar!”
9. Mulher, arcanjo e demónio: 6.ª estrofe;
Transposição do plano individual para o plano
colectivo: vingança contra a ordem social
personificada pelas “miladies”: duas últimas
estrofes;
Sentimento da humilhação ligado ao erotismo da
“mulher fatal”: vv.15, 16; 26-28.
10. “E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas,
Sob o cetim do Azul e as andorinhas,”
(apóstrofe e metáforas)
12. Questão social associada ao realismo e naturalismo:
Nos primeiros versos rege-se ao Naturalismo
(descrevendo-a) e no(s) último(s) verso(s) critica-a.
“Ah! Como me estonteia e me fascina…
E é, na graça distinta do seu porte,
Como a Moda supérflua e feminina,
E tão alta e serena como a Morte!...”
13. Quem deambula é ela e o sujeito
poético acompanha e observa.
17. v. 15 e 16, 23, 32; “E os povos humilhados, pela noite,” (v. 37)
“Em si tudo me atrai como um tesouro: ” “Para a vingança aguçam os punhais.” (v.
(v. 9) 38)
v. 22, 23, 24; “Um arcanjo e um demónio a iluminá-
lo; / Como um florete, fere
“A sua voz que tem um timbre de
agudamente, / E afaga como o pêlo
ouro / E o seu nevado e lúcido
dum regalo!” (v.26 a 28.)
perfil!” (v. 11 e 12)