SlideShare a Scribd company logo
1 of 40
Inverse Calibration of a Groundwater Flow Model for the Almádena-Odeáxere Aquifer System (Algarve – Portugal) João Martins Calibração Inversa de um Modelo de Fluxo de Água Subterrânea para o Sistema Aquífero Almádena-Odeáxere (Algarve – Portugal) UNIVERSIDADE DO ALGARVE - FCMA Mestrado em Engenharia do Ambiente Modelação Ambiental
Área de estudo Área = 63,5 km 2 Aquífero Cársico
Abundância de Formações Jurássicas Porosidade Dupla Almeida et al (2000)
Objectivos Redes de monitorização instaladas no âmbito do projecto “POCTI/AMB/57432/2004” Endereço: cvrm.ualg.pt Calibração e validação de um modelo em elementos finitos Melhorar a caracterização da distribuição espacial dos parâmetros hidráulicos que controlam o fluxo de água no sistema aquífero Articulação
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Modelos de parâmetros distribuídos A sua aplicação exige a recolha de informação aos níveis de:
[object Object],A capacidade de infiltração de cada classe litológica aflorante do aquífero foi definida de acordo com os trabalhos de REIS (1993) e ALMEIDA et al. (2000). Estes autores apontam uma capacidade de infiltração entre 40 % e 60 % do valor de precipitação para as formações jurássicas Estas taxas de infiltração foram aplicadas no modelo implementado, tendo em conta a distribuição espacial das litologias aflorantes, usufruindo da flexibilidade espacial do modelo. A fiabilidade das estimativas de recarga foi ainda aumentada, relativamente às estimativas pré-existentes devido à utilização de  mapas de precipitação com resolução espacial muito superior aos disponíveis anteriormente  (polígonos de Thiessen e isoietas). No caso deste sistema aquífero, a estimativa de escoamento anual médio é  16,6  10 6  m 3 /ano
Vieira & Monteiro (2003)   As  áreas naturais de descarga mais importantes  são a ribeira de Bensafrim e uma zona denominada Boca do rio, situada no limite SW do aquífero. ,[object Object]
Estimativas de uso de água para: Captações de abastecimento  público Captações para irrigação e abastecimento privado   ,[object Object],CM Lagos/Águas do Algarve, S.A.   Câmara Municipal de Lagos   Câmara Municipal de V. Bispo
Défice Hidríco ? Balanço Hídrico 40%<40,3% <60% Média
Análise da evolução histórica dos dados de piezometria Dados históricos existentes - recolhidos com sondas manuais
Seca 2004/2005 Baixa Transmissividade? Zona com fraca conecção ao resto do aquífero
Execução de mapas de isolinhas de potencial hidráulico Saídas inesperadas Elevado grau de independência entre a morfologia do terreno e a piezometria. Controlo regional do padrão de escoamento por condutas
Formações mais impermeáveis
Execução de mapas de isolinhas de potencial hidráulico Saídas inesperadas Discrepância entre cotas e piezometria Hierarquização de condutas Necessidade de obter dados para mais pontos, com intervalos de medição menos espaçados
 
 
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Densidade constante Meio poroso saturado Lei de Darcy (conservação do momento) Equação da continuidade (lei de conservação da massa do fluido) Eq. Dif. em Derivadas Parciais - Escoamento de água subterrânea  Modelação do escoamento
M Entradas i Saídas o Parâmetros  p x  descreve a configuração do sistema Funcionamento de um modelo o = M (x,p,i)
M p 1 p 2 Simulação Saídas do modelo o 1   q 1 o 2   q 2 o 3   q 3 etc O modelo Saídas do modelo para as quais existem medições comparáveis no terreno: Medições de campo
M Entradas i Medições q Parâmetros  p x  descreve a configuração do sistema O problema inverso p, i = M -1  (x,q)
M Entradas i Medições q Parâmetros  p x  descreve a configuração do sistema O problema inverso p= M -1  (x,i,q)
p 1 p 2 Estimativas Iniciais de Parâmetros Parâmetros Optimos A cada iteração o valor da função objectivo aproxima-se do mínimo Valor dos parâmetros Função Objectivo Mínimo
Não são só as condições de calibração que podem condicionar os valores dos parâmetros Qualquer conjunto de parâmetros dentro da área a verde poderá calibrar o modelo.  Na maioria dos casos, há condicionantes físicas e de conhecimento que impõem barreiras realistas aos  parâmetros.  Vecchia & Cooley (1987)
Modelo implementado Rede de elementos finitos Monteiro  et al.  (2005)
Modelo implementado Condições-fronteira Rede de elementos finitos Recarga Boca do Rio/Rib. de Vale Barão Rib. Bensafrim Zonas efluentes das ribeiras
 
Simulações (Transmissividade Homogénea) T homogénea em todo o domínio de escoamento Estimativas de recarga na ordem dos 16,6  10 6  m 3 /ano
Simulações (Transmissividade Homogénea) Funcionamento de 6 captações Cenário de exploração Conhecimento acerca do impacto das extracções
Correlação baixa entre valores simulados e observados   Limitações das simulações homogéneas
Correlação baixa entre valores simulados e observados   Limitações das simulações homogéneas
Criação de zonas representativas do gradiente verificado
Introdução de pontos “fictícios” para que o modelo inverso pudesse convergir
Função objectivo,  Φ   Coef. de correlação, R 0,9  <   0,9967 Modelo calibrado 5,12 4,56 5,93 v5.2 v5.1 v5
 
Zonas com superfícies piezométricas mais suaves (Fluxo dá-se a uma velocidade superior) T (m 2 /dia) Meio poroso é um artificialismo
Os valores de K determinados à  escala regional  (simulação) são superiores aos determinados por  ensaios de bombagem  (escala da captação). Condutividade hidráulica Assumindo que a espessura do aquífero (b) é de 1000 m e K=T/b
Existe variação da condutividade hidráulica com a escala Condutividade hidráulica (Kiraly, 1975)
Até à execução do presente trabalho, o contexto de aplicação do modelo de fluxo do aquífero de Almádena-Odeáxere foi o de avaliar a coerência entre os resultados obtidos por este, os modelos conceptuais existentes e dados de campo. Estimativas regionais de Parâmetros Hidráulicos  Distinguir o comportamento hidráulico de diferentes unidades estatigráficas Conclusões Estimativas à escala da captação Parâmetros Homogéneos Determinar a distribuição espacial da transmissividade no aquífero usando a calibração inversa
Conclusões Primeira estimativa de valores de transmissividade regional:  - Valores variam entre 86 m 2 /dia e 8158 m 2 /dia Melhoria da fiabilidade de simulações futuras da distribuição espacial e evolução temporal de variáveis de estado  Desenvolvimento de cenários de funcionamento hidráulico do sistema aquífero mediante a pressuposição de diferentes regimes de exploração ou de alterações climatéricas
Obrigado

More Related Content

What's hot

Aula 3 dimensionamento
Aula 3 dimensionamentoAula 3 dimensionamento
Aula 3 dimensionamentoGiovanna Ortiz
 
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbDimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbGiovanna Ortiz
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...Danilo Max
 
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)Giovanna Ortiz
 
Regularização de Vazões (Parte 2)
Regularização de Vazões (Parte 2)Regularização de Vazões (Parte 2)
Regularização de Vazões (Parte 2)Hidrologia UFC
 
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...ISPG-CHOKWE CRTT
 
Aula 3 dimensionamento tratamento preliminar 2
Aula 3   dimensionamento tratamento preliminar 2Aula 3   dimensionamento tratamento preliminar 2
Aula 3 dimensionamento tratamento preliminar 2Giovanna Ortiz
 
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2   exercício od tratamento de águas residuáriasAula 2   exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuáriasGiovanna Ortiz
 
Dimensionamento lagoa anaeróbia
Dimensionamento lagoa anaeróbiaDimensionamento lagoa anaeróbia
Dimensionamento lagoa anaeróbiaGiovanna Ortiz
 
Aula 7b lagoa aeradas decantação
Aula 7b lagoa aeradas decantaçãoAula 7b lagoa aeradas decantação
Aula 7b lagoa aeradas decantaçãoGiovanna Ortiz
 
Aula 4 dimensionamento decantação 1
Aula 4   dimensionamento decantação 1Aula 4   dimensionamento decantação 1
Aula 4 dimensionamento decantação 1Giovanna Ortiz
 
Reposição de aula tratamento bioógico
Reposição de aula   tratamento bioógicoReposição de aula   tratamento bioógico
Reposição de aula tratamento bioógicoGiovanna Ortiz
 
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SP
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SPESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SP
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SPGabriella Ribeiro
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...Danilo Max
 
Dimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemDimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemGiovanna Ortiz
 

What's hot (20)

Aula 3 dimensionamento
Aula 3 dimensionamentoAula 3 dimensionamento
Aula 3 dimensionamento
 
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasbDimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
Dimensionamento de lodos ativados como pós tratamento de uasb
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 9: Previsão de Enc...
 
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)
Exercício dimensionamento de lagoa facultativa (1)
 
Aula 1 exercício
Aula 1   exercícioAula 1   exercício
Aula 1 exercício
 
Regularização de Vazões (Parte 2)
Regularização de Vazões (Parte 2)Regularização de Vazões (Parte 2)
Regularização de Vazões (Parte 2)
 
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...
Dimensionamento de um Sistema de Bombagem para Abatecimento de água para a co...
 
Aula 3 dimensionamento tratamento preliminar 2
Aula 3   dimensionamento tratamento preliminar 2Aula 3   dimensionamento tratamento preliminar 2
Aula 3 dimensionamento tratamento preliminar 2
 
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2   exercício od tratamento de águas residuáriasAula 2   exercício od tratamento de águas residuárias
Aula 2 exercício od tratamento de águas residuárias
 
Dimensionamento lagoa anaeróbia
Dimensionamento lagoa anaeróbiaDimensionamento lagoa anaeróbia
Dimensionamento lagoa anaeróbia
 
exercicio
exercicioexercicio
exercicio
 
Aula 7b lagoa aeradas decantação
Aula 7b lagoa aeradas decantaçãoAula 7b lagoa aeradas decantação
Aula 7b lagoa aeradas decantação
 
11aula escoamento
11aula escoamento11aula escoamento
11aula escoamento
 
Aula 4 dimensionamento decantação 1
Aula 4   dimensionamento decantação 1Aula 4   dimensionamento decantação 1
Aula 4 dimensionamento decantação 1
 
Reposição de aula tratamento bioógico
Reposição de aula   tratamento bioógicoReposição de aula   tratamento bioógico
Reposição de aula tratamento bioógico
 
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SP
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SPESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SP
ESTIMATIVA DA RECARGA PARA O SISTEMA AQUÍFERO BAURU NO MUNÍCIPIO DE ASSIS/SP
 
San. Urbano
San. UrbanoSan. Urbano
San. Urbano
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 12: Regularização ...
 
Saneamento
SaneamentoSaneamento
Saneamento
 
Dimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemDimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagem
 

Similar to Calibração Inversa de um Modelo de Fluxo de Água Subterrânea para o Sistema Aquífero Almádena-Odeáxere (Algarve – Portugal)

Diâmetro econômico da tubulação para irrigação
Diâmetro econômico da tubulação para irrigaçãoDiâmetro econômico da tubulação para irrigação
Diâmetro econômico da tubulação para irrigaçãoJoão Aureliano C. Silva
 
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptx
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptxEstudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptx
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptxEVERALDOMACIELDEOLIV
 
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdfPasso a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdfRonaldo Machado
 
Aula16_SHS409_2014.pdf
Aula16_SHS409_2014.pdfAula16_SHS409_2014.pdf
Aula16_SHS409_2014.pdfRicardoCAsam1
 
2 fluxo bidimensional novo
2   fluxo bidimensional novo2   fluxo bidimensional novo
2 fluxo bidimensional novoraphaelcava
 
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)Lucas Couto de Oliveira
 
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptx
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptxAula16_dimensionamento rede de distribuição.pptx
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptxCamilaCamposGomezFam
 
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdfHidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdfJliaMellaMassing
 
Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético CBH Rio das Velhas
 
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdfPasso a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdfRonaldo Machado
 
Apresentacao_FernandoPruski
Apresentacao_FernandoPruskiApresentacao_FernandoPruski
Apresentacao_FernandoPruskiequipeagroplus
 
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdf
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdfModelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdf
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdfAnny81834
 
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das Velhas
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das VelhasTreinamento Módulo SAO - SIGA Rio das Velhas
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das VelhasCBH Rio das Velhas
 
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012Juliana Boso Marques
 
17.ago ametista 11.20_221_cemig-d
17.ago ametista 11.20_221_cemig-d17.ago ametista 11.20_221_cemig-d
17.ago ametista 11.20_221_cemig-ditgfiles
 
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...Revista Cafeicultura
 
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilOmar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilRevista Cafeicultura
 

Similar to Calibração Inversa de um Modelo de Fluxo de Água Subterrânea para o Sistema Aquífero Almádena-Odeáxere (Algarve – Portugal) (20)

Diâmetro econômico da tubulação para irrigação
Diâmetro econômico da tubulação para irrigaçãoDiâmetro econômico da tubulação para irrigação
Diâmetro econômico da tubulação para irrigação
 
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptx
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptxEstudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptx
Estudo tecnico preliminar de saneamento basico no municipio de arcoverde.pptx
 
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdfPasso a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão em MALHA.pdf
 
Aula16_SHS409_2014.pdf
Aula16_SHS409_2014.pdfAula16_SHS409_2014.pdf
Aula16_SHS409_2014.pdf
 
2 fluxo bidimensional novo
2   fluxo bidimensional novo2   fluxo bidimensional novo
2 fluxo bidimensional novo
 
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)
Aula estudos basicos-drenagem-parte1-s (1)
 
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptx
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptxAula16_dimensionamento rede de distribuição.pptx
Aula16_dimensionamento rede de distribuição.pptx
 
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdfHidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
Hidrograma_Unitario_Parte_2-2 (1).pdf
 
Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético Apresentação - Novo estádio do Atlético
Apresentação - Novo estádio do Atlético
 
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdfPasso a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdf
Passo a Passo_Projeto_Irrigação por Aspersão Convencional.pdf
 
Aula 11 hidrologia estatistica
Aula 11   hidrologia estatisticaAula 11   hidrologia estatistica
Aula 11 hidrologia estatistica
 
Apresentacao_FernandoPruski
Apresentacao_FernandoPruskiApresentacao_FernandoPruski
Apresentacao_FernandoPruski
 
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdf
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdfModelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdf
Modelo para determinação do diÂmetro e velocidade de escoamento economica.pdf
 
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das Velhas
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das VelhasTreinamento Módulo SAO - SIGA Rio das Velhas
Treinamento Módulo SAO - SIGA Rio das Velhas
 
CIT04-0128
CIT04-0128CIT04-0128
CIT04-0128
 
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012
Hidrulica e hidrologia_aplicada_30102012
 
17.ago ametista 11.20_221_cemig-d
17.ago ametista 11.20_221_cemig-d17.ago ametista 11.20_221_cemig-d
17.ago ametista 11.20_221_cemig-d
 
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...
Omar rocha - Relação solo-água em função da braquiária nas entrelinhas do caf...
 
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do BrasilOmar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
Omar rocha - palestra IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
 
Parte V Cenários de Mudanças Climáticas
Parte V   Cenários de Mudanças Climáticas Parte V   Cenários de Mudanças Climáticas
Parte V Cenários de Mudanças Climáticas
 

Recently uploaded

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx2m Assessoria
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 

Recently uploaded (6)

ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 

Calibração Inversa de um Modelo de Fluxo de Água Subterrânea para o Sistema Aquífero Almádena-Odeáxere (Algarve – Portugal)

  • 1. Inverse Calibration of a Groundwater Flow Model for the Almádena-Odeáxere Aquifer System (Algarve – Portugal) João Martins Calibração Inversa de um Modelo de Fluxo de Água Subterrânea para o Sistema Aquífero Almádena-Odeáxere (Algarve – Portugal) UNIVERSIDADE DO ALGARVE - FCMA Mestrado em Engenharia do Ambiente Modelação Ambiental
  • 2. Área de estudo Área = 63,5 km 2 Aquífero Cársico
  • 3. Abundância de Formações Jurássicas Porosidade Dupla Almeida et al (2000)
  • 4. Objectivos Redes de monitorização instaladas no âmbito do projecto “POCTI/AMB/57432/2004” Endereço: cvrm.ualg.pt Calibração e validação de um modelo em elementos finitos Melhorar a caracterização da distribuição espacial dos parâmetros hidráulicos que controlam o fluxo de água no sistema aquífero Articulação
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Défice Hidríco ? Balanço Hídrico 40%<40,3% <60% Média
  • 10. Análise da evolução histórica dos dados de piezometria Dados históricos existentes - recolhidos com sondas manuais
  • 11. Seca 2004/2005 Baixa Transmissividade? Zona com fraca conecção ao resto do aquífero
  • 12. Execução de mapas de isolinhas de potencial hidráulico Saídas inesperadas Elevado grau de independência entre a morfologia do terreno e a piezometria. Controlo regional do padrão de escoamento por condutas
  • 14. Execução de mapas de isolinhas de potencial hidráulico Saídas inesperadas Discrepância entre cotas e piezometria Hierarquização de condutas Necessidade de obter dados para mais pontos, com intervalos de medição menos espaçados
  • 15.  
  • 16.  
  • 17.
  • 18. M Entradas i Saídas o Parâmetros p x descreve a configuração do sistema Funcionamento de um modelo o = M (x,p,i)
  • 19. M p 1 p 2 Simulação Saídas do modelo o 1 q 1 o 2 q 2 o 3 q 3 etc O modelo Saídas do modelo para as quais existem medições comparáveis no terreno: Medições de campo
  • 20. M Entradas i Medições q Parâmetros p x descreve a configuração do sistema O problema inverso p, i = M -1 (x,q)
  • 21. M Entradas i Medições q Parâmetros p x descreve a configuração do sistema O problema inverso p= M -1 (x,i,q)
  • 22. p 1 p 2 Estimativas Iniciais de Parâmetros Parâmetros Optimos A cada iteração o valor da função objectivo aproxima-se do mínimo Valor dos parâmetros Função Objectivo Mínimo
  • 23. Não são só as condições de calibração que podem condicionar os valores dos parâmetros Qualquer conjunto de parâmetros dentro da área a verde poderá calibrar o modelo. Na maioria dos casos, há condicionantes físicas e de conhecimento que impõem barreiras realistas aos parâmetros. Vecchia & Cooley (1987)
  • 24. Modelo implementado Rede de elementos finitos Monteiro et al. (2005)
  • 25. Modelo implementado Condições-fronteira Rede de elementos finitos Recarga Boca do Rio/Rib. de Vale Barão Rib. Bensafrim Zonas efluentes das ribeiras
  • 26.  
  • 27. Simulações (Transmissividade Homogénea) T homogénea em todo o domínio de escoamento Estimativas de recarga na ordem dos 16,6  10 6 m 3 /ano
  • 28. Simulações (Transmissividade Homogénea) Funcionamento de 6 captações Cenário de exploração Conhecimento acerca do impacto das extracções
  • 29. Correlação baixa entre valores simulados e observados Limitações das simulações homogéneas
  • 30. Correlação baixa entre valores simulados e observados Limitações das simulações homogéneas
  • 31. Criação de zonas representativas do gradiente verificado
  • 32. Introdução de pontos “fictícios” para que o modelo inverso pudesse convergir
  • 33. Função objectivo, Φ Coef. de correlação, R 0,9 < 0,9967 Modelo calibrado 5,12 4,56 5,93 v5.2 v5.1 v5
  • 34.  
  • 35. Zonas com superfícies piezométricas mais suaves (Fluxo dá-se a uma velocidade superior) T (m 2 /dia) Meio poroso é um artificialismo
  • 36. Os valores de K determinados à escala regional (simulação) são superiores aos determinados por ensaios de bombagem (escala da captação). Condutividade hidráulica Assumindo que a espessura do aquífero (b) é de 1000 m e K=T/b
  • 37. Existe variação da condutividade hidráulica com a escala Condutividade hidráulica (Kiraly, 1975)
  • 38. Até à execução do presente trabalho, o contexto de aplicação do modelo de fluxo do aquífero de Almádena-Odeáxere foi o de avaliar a coerência entre os resultados obtidos por este, os modelos conceptuais existentes e dados de campo. Estimativas regionais de Parâmetros Hidráulicos Distinguir o comportamento hidráulico de diferentes unidades estatigráficas Conclusões Estimativas à escala da captação Parâmetros Homogéneos Determinar a distribuição espacial da transmissividade no aquífero usando a calibração inversa
  • 39. Conclusões Primeira estimativa de valores de transmissividade regional: - Valores variam entre 86 m 2 /dia e 8158 m 2 /dia Melhoria da fiabilidade de simulações futuras da distribuição espacial e evolução temporal de variáveis de estado Desenvolvimento de cenários de funcionamento hidráulico do sistema aquífero mediante a pressuposição de diferentes regimes de exploração ou de alterações climatéricas