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11140 fabr papel
- 1. RESPOSTA TÉCNICA
Título
Fabricação de papel
Resumo
Informações referentes à fabricação de papel.
Palavras-chave
Composição química; fabricação; papel
Assunto
Fabricação de papel
Demanda
Gostaria de obter informações referentes ao processo produtivo do papel.
Solução apresentada
Introdução
O papel foi inventado para substituir o papiro, pergaminho, tábuas de argila, pedras, tecidos,
cortiça, etc. no ano de 105 a.C. por T sai Lun, funcionário imperial chinês, que foi
considerado o pai do papel fabricado com pasta de madeira. Lun inventou a folha de
espessura fina, formada em moldes planos e porosos a partir de fibras vegetais, das mais
diversas fontes. Para conseguir estas fibras, Lun deixava os vegetais de molho em água e,
em seguida, batia-os, para que suas fibras fossem liberadas e ficassem dispersas na água,
prontas para serem empregadas na fabricação do papel (MENEZES, J., 2007).
Desde sua invenção até hoje, o método de fabricação do papel é o mesmo assim como sua
matéria-prima (fibras vegetais = fibras celulósicas). Muita tecnologia tem sido incorporada
nestes anos, tanto para a obtenção das fibras como na manufatura do papel (MENEZES, J.,
2007).
Composição do papel
De acordo com Recicloteca, [199?], tem-se atualmente as seguintes informações: a maior
parte dos papéis (95%) é feita a partir do tronco de árvores cultivadas; as partes menores,
como ramos e folhas, não são aproveitadas, embora as folhas e galhos possam também ser
utilizados no processo. No Brasil o eucalipto é a espécie mais utilizada, por seu rápido
crescimento, atingindo em torno de 30 m de altura em 7 anos.
O papel é formado por milhões de fiapos que vêm de plantas, denominados fibras e existem
vários tipos de papel, que pode variar em peso, espessura, entre outros aspectos.
Produção
A madeira é processada, formando uma pasta celulósica. Na seqüência ela pode sofrer
processo de clareamento, impregnação ou revestimento (com outras substâncias como
plástico, parafina, etc.). Estes processos são realizados de acordo com o papel que se
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- 2. deseja obter. Abaixo pode-se verificar o esquema da produção do papel (FIG.1).
Figura 1. Esquema de produção do papel.
Fonte: Recicloteca, [199?]
Onde:
1 - Os troncos são descascados;
2 Picados;
3 - Digestores: cozimento em soda cáustica;
4 - Pasta celulósica e água;
5 - Prensagem e secagem;
6 Bobina.
Fabricação do papel
Segundo Portal São Francisco, [199?], a fabricação do papel consiste essencialmente de
três etapas principais, partindo-se da matéria-prima que pode ser a celulose, pasta
mecânica ou reaproveitamento de papéis usados. As três etapas são:
- Preparação da Massa
- Formação da folha
- Secagem
Dependendo do uso que terá o papel, há uma série de tratamentos especiais antes, durante
ou depois de sua fabricação. Assim, se o papel se destina à escrita ele deve ser um pouco
absorvente para que se possa escrever nele com tinta, ou um pouco áspero para o uso de
lápis, mas ele não pode ser tão absorvente como um mata-borrão. Para isso, recebe um
banho superficial de amido durante a secagem, além de se adicionar breu durante a
preparação de massa.
Se o papel deve ser resistente a certos esforços, a celulose deverá sofrer um tratamento de
moagem chamada "Refinação".
A primeira etapa da fabricação de papel consta de:
- Desfibramento para soltar as fibras numa solução de água;
- Depuração destinada a manter a pasta livre de impurezas;
- Refinação que dará as qualidades exigidas ao papel através da moagem das fibras.
Na preparação da massa outros fatores devem ser levados em consideração:
- Tingimento: são colocados corantes para se obter a cor desejada;
- Colagem: é a adição do breu ou de colas preparadas;
- Correção do pH: (acidez ou alcalinidade) normalmente a celulose está em suspensão em
água alcalina, cuja alcalinidade deve ser parcial ou totalmente neutralizada com sulfato de
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- 3. alumínio, que também vai ajudar na colagem e tingimento;
- Aditivos: colocação de outros ingredientes para melhorar a qualidade do papel.
A segunda etapa da fabricação do papel é a formação da folha, feita através da suspensão
das fibras de celulose em água, e que é colocada sobre uma tela metálica. A água escoa
através da tela e as fibras são retiradas formando uma espécie de tecido, com os fios muito
pequenos e trançados entre si. Essa etapa poderá ser feita através de várias formas:
- Manual: onde a tela é simplesmente uma peneira;
- Mesas Planas: a tela metálica apóia-se sobre roletes e é estendida, para formar uma área
plana horizontal. Esta tela corre com velocidade constante e recebe na parte inicial do setor
plano, a suspensão das fibras, a água escoa através da tela deixando as fibras;
- Cilíndrica: a tela metálica recobre um cilindro, que gira a velocidade constante em uma
suspensão de fibras, a água atravessa a tela dentro do tambor e é daí retirada; as fibras
aderem à tela, formando uma folha que é retirada do tambor por um feltro.
A terceira e última etapa é a secagem que é conseguida inicialmente prensando-se a folha,
para retirar toda a água possível, e depois, passando a folha por cilindros de ferro
aquecidos, que provocam a evaporação da água.
Feitas estas operações, o papel está pronto para uso, podendo ser cortado no formato
desejado por quem for usá-lo.
Propriedades e usos
Segundo Portal São Francisco, [199?], dada a ampla variedade de aplicações do papel,
suas propriedades variam consideravelmente de um tipo para outro. Em geral, a dureza
depende da classe e do comprimento da fibra que forma a pasta, da qualidade do material
interfibrilar e da estrutura e formação das lâminas. Associada à dureza, encontram-se a
resistência e a durabilidade, também altamente variáveis. A classificação dos tipos de papel
pode ser feita segundo diversos critérios, que habitualmente se relacionam a sua aplicação.
Assim, catalogam-se os papéis para impressão em folhas que, destinadas à impressão com
máquina, como no caso dos jornais e livros, apresentam superfície áspera e imprópria para
escrita manual; acetinados, submetidos previamente à operação de calandragem ou
passagem por cilindros que os tornam lisos e brilhantes, aptos para emprego na escrita; e
as cartolinas, de maior espessura e diversas qualidades que permitem seu uso tanto na
escrita como para envoltórios de melhor qualidade.
O papel de seda refere-se a um papel específico para embalagem, fabricado com pasta
química branqueada ou não, com 20 a 27 g/m2, branco ou em cores. É utilizado para
embalagens leves, embrulhos de objetos artísticos, intercalação, enfeites, proteção de
frutas, etc.
Conclusões e recomendações
Como todo empreendimento, é muito importante a elaboração de um plano de negócios e
uma pesquisa de mercado, para conhecer o público alvo e avaliar os investimentos
necessários.
Caso deseje obter maiores informações referentes ao assunto exposto, recomenda-se que o
cliente busque informações disponíveis nos sites citados nessa Resposta Técnica, além da
orientação de um profissional especializado.
Sugere-se que sejam feitos testes preliminares antes da produção efetiva.
Recomenda-se que o empreendedor mantenha contato com a Bracelpa Associação
Brasileira de Celulose e Papel, a qual talvez poderá fornecer mais informações referentes ao
seu interesse, disponível no endereço eletrônico <http://www.bracelpa.org.br>.
Fontes consultadas
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- 4. ARACRUZ. Disponível em:
<http://www.aracruzresponde.com.br/site/secoes/edicao_dezembro_2006.asp>. Acesso em:
16 jun. 2008.
Bracelpa Associação Brasileira de Celulose e Papel. Disponível em:
<http://www.bracelpa.org.br/bra/index.html>. Acesso em: 16 jun. 2008.
MENEZES, J. Colete seletiva: é preciso entender (2007). Disponível em:
<http://www.jetropapelreciclado.com.br/site/13/pg4.asp>. Acesso em: 16 jun. 2008.
PORTAL SÃO FRANCISCO. Disponível em:
<http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel/historia-do-papel-4.php>.
Acesso em: 16 jun. 2008.
RECICLOTECA. Disponível em:
<http://www.recicloteca.org.br/Default.asp?Editoria=5&SubEditoria=16>. Acesso em: 16 jun.
2008.
ROTIM COLOR. Disponível em: <http://www.rotimcolor.com.br/papel_de_seda.htm>. Acesso
em: 16 jun. 2008.
SEDAPEL. Disponível em: <http://www.sedapel.com.br/produtos.html>. Acesso em: 16 jun.
2008.
Elaborado por
Andréa Pires Ferrão
Nome da Instituição respondente
REDETEC
Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro
Data de finalização
16 jun. 2008
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