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Lógica Computacional
Diego Silveira Costa Nascimento
Instituto Federal do Rio Grande do Norte
diego.nascimento@ifrn.edu.br
28 de maio de 2014
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 2 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 3 / 121
Objetivos da Disciplina
Apresentar a disciplina de Lógica;
Discutir o cenário no qual a disciplina poderá ser aplicada;
Apresentar um pouco da história da lógica;
Fazer com que o estudante consiga no futuro relacionar os aspectos
abstratos da computação com sua implementação; e
Incentivar a escrita dos algoritmos antes de sua implementação
propriamente dita.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 4 / 121
Motivações em Estudar Lógica
O estudo desta disciplina faz o aluno adquirir ou aperfeiçoar seu raciocínio
lógico no intuito de desenvolverem programas e sistemas em uma
determinada linguagem de programação.
A Lógica é apresentada como uma técnica eficiente para:
a organização de conhecimentos em qualquer área;
raciocinar corretamente sem esforço consciente;
interpretar e analisar informações rapidamente;
aumentar a competência linguística (oral e escrita);
adquirir destreza com o raciocínio quantitativo; e
detectar padrões em estruturas (premissas, pressuposições, cenários,
etc.)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 5 / 121
Lógica
A palavra Lógica deriva do Grego (logos), que significa: palavra,
pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico.
Definição
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las à
pesquisa e à demonstração da verdade.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 6 / 121
Origem da Lógica
A Lógica teve início na Grécia em 342 a.C.;
Aristóteles sistematizou os conhecimentos existentes em Lógica,
elevando-a à categoria de ciência;
Em sua obra chamada Organum (“ferramenta para o correto pensar”),
estabeleceu princípios tão gerais e tão sólidos que até hoje são
considerados válidos.
Aristóteles se preocupava com as formas de raciocínio que, a partir de
conhecimentos considerados verdadeiros, permitiam obter novos
conhecimentos; e
A partir dos conhecimentos tidos como verdadeiros, caberia à Lógica a
formulação de leis gerais de encadeamentos lógicos que levariam à
descoberta de novas verdades.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 7 / 121
Argumento Lógico
Em Lógica, o encadeamento de conceitos é chamado de argumento;
As afirmações de um argumento são chamadas de proposições;
Um argumento é um conjunto de proposições tal que se afirme que
uma delas é derivada das demais;
Usualmente, a proposição derivada é chamada de conclusão, e as
demais, de premissas; e
Em um argumento válido, as premissas são consideradas provas
evidentes da verdade da conclusão.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 8 / 121
Exemplo de Argumento
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 9 / 121
Inferência Lógica
Lógica dispõe de duas ferramentas principais que podem ser utilizadas pelo
pensamento na busca de novos conhecimentos: a dedução e a indução.
Dedução
Um argumento dedutivo é válido quando suas premissas, se
verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão; e
De forma geral, a dedução sempre preserva a verdade.
Indução
Um argumento indutivo fornece provas cabais da veracidade da
conclusão, ou seja, apenas que forne indicações dessa veracidade; e
De forma geral, a indução nem sempre preserva a verdade.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 10 / 121
Exemplos de Inferências Dedutiva e Indutiva
Em outras palavras, na dedução, a conclusão é consequência necessária das
premissas, e na indução, a conclusão é consequência plausível das
premissas.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 11 / 121
Princípios Lógicos
A Lógica Formal repousa sobre três princípios fundamentais que permitem
todo seu desenvolvimento posterior, e que dão validade a todos os atos do
pensamento e do raciocínio. São eles:
Princípio da Identidade
Afirma A = A e não pode ser B, o que é, é;
Princípio da Não Contradição
A = A e nunca pode ser não-A, o que é, é e não pode ser sua
negação, ou seja, o ser é, o não ser não é; e
Princípio do Terceiro Excluído
Afirma que Ou A é x ou A é y, não existe uma terceira possibilidade.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 12 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 13 / 121
Logica Proposicional
Definição
É um sistema formal no qual as fórmulas representam proposições que
podem ser formadas pela combinação de proposições atômicas usando
conectivos lógicos e um sistema de regras de derivação, que permite que
certas fórmulas sejam estabelecidas como “teoremas” do sistema formal.
Em termos gerais, um cálculo proposicional é frequentemente apresentado
como um sistema formal que consiste em um conjunto de expressões
sintáticas (fórmulas bem formadas, ou fbfs), um subconjunto distinto
dessas expressões, e um conjunto de regras formais que define uma relação
binária específica, que se pretende interpretar como a noção de equivalência
lógica, no espaço das expressões.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 14 / 121
Proposições
Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que
exprimem um pensamento de sentido completo;
As proposições transmitem pensamentos; e
Afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de
determinados entes.
Exemplos
A Lua é um satélite da Terra;
Sócrates é um homem;
Eu estudo Lógica;
Todos os homens são mortais; ou
Não existe homem infiel.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 15 / 121
A Linguagem da Lógica Proposicional
Considere o conjunto de símbolos:
A = {(, ), ¬, ∧, ∨, →, ↔, p, q, r, s, . . .}
A esse conjunto é chamado de alfabeto da Lógica Proposicional;
As letras são símbolos não lógico (letras sentenciais); e
O restante são símbolos lógicos (parênteses e conectivos lógicos);
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 16 / 121
Letras Sentenciais
As letras sentenciais são usadas para representar proposições elementares
ou atômicas, isto é, proposições que não possuem partes que sejam
também proposições.
Exemplos
p = O céu é azul;
Q = Eu estudo lógica;
r = 2 + 2 = 4; ou
s = Sócrates é um homem.
Importante
As partes dessas proposições não são proposições mais simples, mas sim,
componentes subsentenciais: expressões, palavras, sílabas ou letras.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 17 / 121
Conectivos Lógicos
As proposições compostas são obtidas combinando proposições
simples através de certos termos chamados conectivos;
A Lógica dispõe de cinco tipos de conectivos e seus operadores:
Não (Negação), ¬ ;
E (Conjunção), ∧;
Ou (Disjunção), ∨;
Se – então (Condicional), →;e
Se e somente se (Bicondicional), ↔.
Exemplos
Não está chovendo;
Está chovendo e está ventando;
Está chovendo ou está nublado;
Se choveu, então está molhado; ou
Será aprovado se e somente se estudar.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 18 / 121
Operador de Negação: ¬
A característica peculiar da negação, tal como ela se apresenta na lógica
proposicional clássica, é que toda proposição submetida à operação de
negação resulta na sua contraditória.
Exemplo
p = Está chovendo.
Ler-se ¬p, como: “Não está chovendo.”
Importante
O fato expresso por uma proposição não pode ocorrer ao mesmo tempo e
sob o mesmo modo e circunstância que o fato expresso pela negação dessa
mesma proposição.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 19 / 121
Tabela Verdade: ¬
Se p é uma proposição, a expressão ¬p é chamada negação de p; e
Claramente, a negação inverte o valor verdade de uma expressão.
Exemplo
p ¬p
V F
F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 20 / 121
Operador de Conjunção: ∧
A característica peculiar da conjunção está no fato de fórmulas conjuntivas
expressarem a concomitância de fatos. A fórmula (p ∧ q) expressa que o
fato expresso por p ocorre ao mesmo tempo que o fato expresso por q.
Exemplo
p = Está chovendo.
q = Está ventando.
Ler-se p ∧ q, como: “Está chovendo e está ventando.”
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 21 / 121
Tabela Verdade: ∧
Se p e q são proposições, a expressão p ∧ q é chamada conjunção de p
e q; e
As proposições p e q são chamadas fatores da expressão.
Exemplo
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 22 / 121
Operador de Disjunção: ∨
A característica peculiar da disjunção consiste no fato de proposições
disjuntivas expressarem que pelo menos um de dois fatos ocorre. A fórmula
(p ∨ q) expressa que, dentre os fatos expressos por p e q respectivamente,
pelo menos um deles ocorre.
Exemplo
p = Está nublado.
q = Está chovendo.
Ler-se p ∨ q, como: “Está nublado ou está chovendo.”
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 23 / 121
Tabela Verdade: ∨
Se p e q são proposições, a expressão p ∨ q é chamada disjunção
inclusiva de p e q; e
As proposições p e q são chamadas parcelas da expressão.
Exemplo
p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 24 / 121
Operador Condicional: →
A característica peculiar dessa operação consiste em que um condicional
(p → q) expressa que a ocorrência do fato expresso por p garante
necessariamente a ocorrência do fato expresso por q.
Exemplo
p = Choveu.
q = Está molhado.
Ler-se p → q, como: “Se choveu, então está molhado.”
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 25 / 121
Tabela Verdade: →
Se p e q são proposições, a expressão p → q é chamada condicional
de p e q;
A proposição p é chamada antecedente, e a proposição q consequente
da condicional; e
A operação de condicionamento indica que o acontecimento de p é
uma condição para que q aconteça.
Exemplo
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 26 / 121
Operador Bicondicional: ↔
A característica peculiar dessa operação consiste em que um bicondicional
(p ↔ q) assevera que os fatos expressos por p e q são interdependentes,
isto é, ou os dois ocorrem juntos ou nenhum dos dois ocorrem.
Exemplo
p = Será aprovado.
q = Estudar.
Ler-se p ↔ q, como: “ Será aprovado, se e somente se estudar.”
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 27 / 121
Tabela Verdade: ↔
Se p e q são proposições, a expressão p ↔ q é chamada bicondicional
de p e q; e
A operação de bicondicionamento indica que p é uma condição para
que q aconteça, e vice-versa.
Exemplo
p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 28 / 121
Parênteses: (e)
A necessidade de usar parênteses na simbolização das proposições se deve
ao fato de se evitar qualquer tipo de ambiguidade.
Exemplo
p = Estudar.
q = Fazer a prova.
r = Fazer o trabalho.
s = Serei aprovado.
Ler-se ((p ∧ q) ∨ r) → s, como:
“ Se ((estudar e fazer a prova) ou fazer o trabalho), então será aprovado.”
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 29 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 30 / 121
Tabela-verdade de uma Proposição Composta
Dadas várias proposições simples p, q, r, . . ., podemos combiná-las pelos
operadores lógicos ∧, ∨, →, ↔ e construir proposições compostas:
Exemplo
P(p, q) = ¬p ∨ (p → q)
Q(p, q) = (p ↔ ¬q) ∧ q
R(p, q, r) = (p → ¬q ∨ r) ∧ ¬(q ∨ (p ↔ ¬r))
Então, com o emprego das tabelas-verdade das operações lógicas
fundamentais já estudadas: ¬p, p ∧ q, p ∨ q, p → q e p ↔ q;
É possível construir a tabela-verdade correspondente a qualquer
proposição composta; e
A tabela-verdade exibirá exatamente os casos em que a proposição
composta será verdadeira (V ) ou falsa (F), admitindo-se que o seu
valor lógico só depende dos valores lógicos das proposições simples.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 31 / 121
Ordem de Precedência dos Operadores
1 Percorra a expressão da esquerda para a direita, executando as
operações de negação, na ordem em que aparecerem;
2 Percorra novamente a expressão, da esquerda para a direita,
executando as operações de conjunção e disjunção, na ordem em que
aparecerem;
3 Percorra outra vez a expressão, da esquerda para a direita, executando
desta vez as operações de condicionamento, na ordem em que
aparecerem; e
4 Percorra uma última vez a expressão, da esquerda para a direita,
executando as operações de bicondicionamento, na ordem em que
aparecerem.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 32 / 121
Construindo a Tabela-verdade
Dada uma expressão proposicional composta, e dados os valores lógicos das
proposições simples que a compõe, podemos, com a ordem de precedência,
calcular o valor lógico da expressão dada.
Expressão Proposicional Composta
P(p, q) = ¬(p ∧ ¬q)
Forma-se, em primeiro lugar, o par de colunas correspondentes às duas
proposições simples p e q.
Exemplo
p q
V V
V F
F V
F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 33 / 121
Construindo a Tabela-verdade (cont.)
Em seguida, forma-se a coluna para ¬q.
Exemplo
p q ¬q
V V F
V F V
F V F
F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 34 / 121
Construindo a Tabela-verdade (cont.)
Depois, forma-se a coluna para p ∧ ¬q.
Exemplo
p q ¬q p∧¬q
V V F F
V F V V
F V F F
F F V F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 35 / 121
Construindo a Tabela-verdade (cont.)
Por fim, forma-se a coluna relativa aos valores lógicos da proposição
composta ¬(p ∧ ¬q).
Exemplo
p q ¬q p∧¬q ¬(p∧¬q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 36 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 37 / 121
Tautologia
Definição
Tautologia é toda proposição composta P(p, q, r, . . .) cujo valor lógico é
sempre verdadeiro, quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições
simples p, q, r, . . .
As tautologias são também denominadas proposições tautológicas ou
proposições logicamente verdadeiras.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 38 / 121
Tautologia: Demonstração I
Proposição
¬(p ∧ ¬p)
Exemplo
p ¬p p∧¬p ¬( p∧¬p)
V F F V
F V F V
Portanto, dizer que uma proposição não pode ser simultaneamente
verdadeira e falsa é sempre verdadeiro.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 39 / 121
Tautologia: Demonstração II
Proposição
p ∨ ¬p
Exemplo
p ¬p p∨¬p
V F V
F V V
Portanto, dizer que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa é sempre
verdadeiro.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 40 / 121
Contradição
Definição
Contradição é toda proposição composta P(p, q, r, . . .) cujo valor lógico é
sempre falso, quais quer que sejam os valores lógicos das proposições
simples p, q, r, . . .
As contradições são também denominadas proposições contraválidas ou
proposições logicamente falsas.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 41 / 121
Contradição: Demonstração I
Proposição
p ∧ ¬p
Exemplo
p ¬p p∧¬p
V F F
F V F
Portanto, dizer que uma proposição pode ser simultaneamente verdadeira e
falsa é sempre falso.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 42 / 121
Contradição: Demonstração II
Proposição
p ↔ ¬p
Exemplo
p ¬p p↔ ¬p
V F F
F V F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 43 / 121
Contingência
Definição
Contingencia é toda a proposição composta que não é tautologia nem
contradição.
As contingências são também denominadas proposições contingentes ou
proposições indeterminadas.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 44 / 121
Contingência: Demonstração I
Proposição
p → ¬p
Exemplo
p ¬p p→ ¬p
V F F
F V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 45 / 121
Contingência: Demonstração II
Proposição
p ∨ q → p
Exemplo
p q p∨q p∨q → p
V V V V
V F V V
F V V F
F F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 46 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 47 / 121
Implicação Lógica
Definição
Diz-se que uma proposição P(p, q, r, . . .) implica logicamente uma
proposição Q(p, q, r, . . .), se Q(p, q, r, . . .) é verdadeiro todas as vezes em
que P(p, q, r, . . .) é verdadeiro.
Notação
P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .)
Importante
Em particular, toda proposição implica uma tautologia e somente uma
contradição implica uma contradição.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 48 / 121
Propriedades da Implicação Lógica
É imediato que a relação de implicação lógica entre proposições utiliza-se
das propriedades reflexiva (R) e transitiva (T).
Exemplo
(R) P(p, q, r, . . .) ⇒ P(p, q, r, . . .)
(T) Se P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .) e
Q(p, q, r, . . .) ⇒ R(p, q, r, . . .), então
P(p, q, r, . . .) ⇒ R(p, q, r, . . .)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 49 / 121
Demonstração de Implicação Lógica I
Proposições
p ∧ q, p ∨ q e p ↔ q
Exemplo
p q p∧q p∨q p↔q
V V V V V
V F F V F
F V F V F
F F F F V
A proposição p ∧ q é verdadeira somente na linha 1, e nesta linha, as
proposições p ∨ q e p ↔ q também são verdadeiras. Logo, a primeira
proposição implica cada uma das outras duas proposições, isto é:
p ∧ q ⇒ p ∨ q e p ∧ q ⇒ p ↔ q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 50 / 121
Demonstração de Implicação Lógica II
Proposições
p ↔ q, p → q e q → p
Exemplo
p q p↔q p→q q→p
V V V V V
V F F F V
F V F V F
F F V V V
A proposição p ↔ q é verdadeira nas linhas 1 e 4 e, nestas linhas,
proposições p → q e q → p também são verdadeiras. Logo, a primeira
proposição implica cada uma das outras duas proposições, isto é:
p ↔ q ⇒ p → q e p ↔ q ⇒ q → p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 51 / 121
Tautologias e Implicação Lógica
Teorema
A proposição P(p, q, r, . . .) implica a proposição Q(p, q, r, . . .) isto é:
P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .)
se e somente se a condicional:
P(p, q, r, . . .) → Q(p, q, r, . . .)
é tautológica.
Importante
Os símbolos → e ⇒ são distintos, pois o primeiro é de operação lógica
(aplicado, por ex., às proposições p e q dá a nova proposição p → q),
enquanto que o segundo é de relação (estabelece que a condicional
P(p, q, r, . . .) → Q(p, q, r, . . .) é tautológica).
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 52 / 121
Demonstração de Tautologia e Implicação Lógica
Condicional
(p → q) ∧ p → q
Exemplo
p q p→q (p→q)∧ p (p→q)∧ p → q
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F V F V
Portanto, simbolicamente: (p → q) ∧ p ⇒ q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 53 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 54 / 121
Equivalência Lógica
Definição
Diz-se que uma proposição P(p, q, r, . . .) é logicamente equivalente a uma
proposição Q(p, q, r, . . .), se as tabelas-verdade destas duas proposições
são idênticas.
Notação
P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .)
Importante
Em particular, se as proposições P(p, q, r, . . .) e Q(p, q, r, . . .) são ambas
tautológicas ou são ambas contradições, então são equivalentes.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 55 / 121
Propriedades da Equivalência Lógica
É imediato que a relação de equivalência lógica entre proposições utiliza-se
das propriedades reflexiva(R), simétrica (S) e transitiva (T), isto é,
simbolicamente:
Exemplo
(R) P(p, q, r, . . .) ⇔ P(p, q, r, . . .)
(S) Se P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .), então
Q(p, q, r, . . .) ⇔ P(p, q, r, . . .)
(T) Se P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) e
Q(p, q, r, . . .) ⇔ R(p, q, r, . . .), então
P(p, q, r, . . .) ⇔ R(p, q, r, . . .)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 56 / 121
Demonstração de Equivalência Lógica I
Proposições
¬p → p e p
Exemplo
p ¬p ¬p→p
V F V
F V F
A proposição ¬p → p e p são equivalentes nas colunas 1 e 2, isto é:
¬p → p ⇔ p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 57 / 121
Demonstração de Equivalência Lógica II
Proposições
p → p ∧ q e p → q
Exemplo
p q p∧q p→p∧q p→q
V V V V V
V F F F F
F V F V V
F F F V V
A proposição p → p ∧ q e p → q são equivalentes nas colunas 4 e 5, isto é:
p → p ∧ q ⇔ p → q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 58 / 121
Tautologias e Equivalência Lógica
Teorema
A proposição P(p, q, r, . . .) é equivalente à proposição Q(p, q, r, . . .), isto é:
P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .)
se e somente se a bicondicional:
P(p, q, r, . . .) ↔ Q(p, q, r, . . .)
é tautológica.
Importante
Os símbolos ↔ e ⇔ são distintos, pois o primeiro é de operação lógica
(aplicado, por ex., às proposições p e q dá a nova proposição p ↔ q),
enquanto que o segundo é de relação (estabelece que a bicondicional
P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) é tautológica).
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 59 / 121
Demonstração de Equivalência Lógica
Proposições
(p ∧ ¬q → c) e (p → q)
Exemplo
p q c p∧¬q p∧¬q→c p→q (p∧¬q→c) ↔ (p→q)
V V F F V V V
V F F V F F V
F V F F V V V
F F F F V V V
...
...
...
...
...
...
...
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 60 / 121
Proposições Associadas a uma Condicional
Definição
Dada a condicional p → q, chama-se proposição associada a p → q as três
proposições condicionais que contêm p e q:
1 Proposição recíproca de p → q é q → p;
2 Proposição contrária de p → q é ¬p → ¬q; e
3 Proposição contrapositiva de p → q é ¬q → ¬p.
Exemplo
p q p→q q→p ¬p→ ¬q ¬q→ ¬p
V V V V V V
V F F V V F
F V V F F V
F F V V V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 61 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 62 / 121
Propriedades da Conjunção
Seja p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições
também simples cujos valores lógicos respectivos são verdadeiro e falso,
temos as propriedades a seguir: idempotente, comutativa, associativa e
identidade.
Idempotente
p ∧ p ⇔ p
Exemplo
p p∧p p∧p↔p
V V V
F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 63 / 121
Propriedades da Conjunção (cont.)
Comutativa
p ∧ q ⇔ q ∧ p
Exemplo
p q p∧q q∧p p∧q↔q∧p
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 64 / 121
Propriedades da Conjunção (cont.)
Associativa
(p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r)
Exemplo
p q r p∧q (p∧q)∧r q∧r p∧(q∧r)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 65 / 121
Propriedades da Conjunção (cont.)
Identidade
p ∧ t ⇔ p e p ∧ c ⇔ c
Exemplo
p t c p∧t p∧c p∧t↔p p∧c↔c
V V F V F V V
F V F F F V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 66 / 121
Propriedades da Disjunção
Seja p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições
também simples cujos valores lógicos respectivos são verdadeiro e falso,
temos as propriedades a seguir: idempotente, comutativa, associativa e
identidade.
Idempotente
p ∨ p ⇔ p
Exemplo
p p∨p p∨p↔p
V V V
F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 67 / 121
Propriedades da Disjunção (cont.)
Comutativa
p ∨ q ⇔ q ∨ p
Exemplo
p q p∨q q∨p p∨q↔q∨p
V V V V V
V F V V V
F V V V V
F F F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 68 / 121
Propriedades da Disjunção (cont.)
Associativa
(p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r)
Exemplo
p q r p∨q (p∨q)∨r q∨r p∨(q∨r)
V V V V V V V
V V F V V V V
V F V V V V V
V F F V V F V
F V V V V V V
F V F V V V V
F F V F V V V
F F F F F F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 69 / 121
Propriedades da Disjunção (cont.)
Identidade
p ∨ t ⇔ t e p ∨ c ⇔ p
Exemplo
p t c p∨t p∨c p∨t↔t p∨c↔p
V V F V V V V
F V F V F V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 70 / 121
Propriedades da Conjunção e Disjunção
Seja p, q e r proposições simples quaisquer, podemos representar as
propriedades: distributiva, absorção e regras De Morgan.
Distributiva
p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) e p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
Exemplo
p q r q∨r p∧(q∨r) p∧q p∧r (p∧q) ∨ (p∧r)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 71 / 121
Propriedades da Conjunção e Disjunção (cont.)
Absorção
p ∧ (p ∨ q) ⇔ p e p ∨ (p ∧ q) ⇔ p
Exemplo
p q p∨q p∧(p∨q) p∧(p∨q) ↔p
V V V V V
V F V V V
F V V F V
F F F F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 72 / 121
Propriedades da Conjunção e Disjunção (cont.)
Regras De Morgan (1806–1871)
¬(p ∧ q) ⇔ ¬p ∨ ¬q e ¬(p ∨ q) ⇔ ¬p ∧ ¬q
Exemplo
p q p∧q ¬(p∧q) ¬p ¬q ¬p∨¬q
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 73 / 121
Negação da Condicional
Demonstração
Como p → q ⇔ p ∧ ¬q, temos:
¬(p → q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) ⇔ ¬¬p ∧ ¬q
ou seja:
¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q
Exemplo
p q p→q ¬(p→q) ¬q p∧¬p
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 74 / 121
Negação da Bicondicional
Demonstração
Como p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p), temos:
p ↔ q ⇔ (¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ p)
e portanto:
¬(p ↔ q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) ∨ ¬(¬q ∨ p) ⇔ (¬¬p ∧ ¬q) ∨ (¬¬q ∧ ¬p)
ou seja:
¬(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ¬q) ∨ (¬p ∧ q)
Exemplo
p q ¬p ¬q p∧¬q ¬p∧q (p∧¬q) ∨ (¬p∧q) p↔q ¬(p↔q)
V V F F F F F V F
V F F V V F V F V
F V V F F V V F V
F F V V F F F V F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 75 / 121
Dedução
Definição
Dado um argumento P1, P2 e P3 → Q chama-se demonstração ou
dedução de Q a partir das premissas P1, P2, . . . Pn, a sequência finita de
proposições X1, X2, . . . Xm, tal que cada Xi ou é uma premissa ou decorre
logicamente de proposições anteriores da sequência, e de tal modo que a
última proposição Xm seja a conclusão Q do argumento dado.
Desta forma, se for possível obter a conclusão Q através do procedimento
de dedução, o argumento é válido, caso contrário, não é válido.
O método dedutivo é mais eficente para demonstração de implicações e
equivalências lógicas do que quando utiliza-se de tabelas-verdade.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 76 / 121
Demonstração da Implicação I
Implicação
p ∧ q ⇒ p
Exemplo
p ∧ q → p ⇔
¬(p ∧ q) ∨ p ⇔
(¬p ∨ ¬q) ∨ p ⇔
(¬p ∨ p) ∨ ¬q ⇔
Tautologia ∨¬q ⇔
Tautologia
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 77 / 121
Demonstração da Implicação II
Implicação
(p → q) ∧ p ⇒ q
Exemplo
(p → q) ∧ p ⇔
(¬p ∨ q) ∧ p ⇔
(p ∧ ¬p) ∨ (p ∨ q) ⇔
Contradição ∨(p ∨ q) ⇔
p ∨ q ⇒
q (Absorção)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 78 / 121
Demonstração da Equivalência I
Equivalência
p → q ⇔ p ∨ q → q
Exemplo
p ∨ q → q ⇔
¬(p ∨ q) ∨ q ⇔
(¬p ∧ ¬q) ∨ q ⇔
(¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ q) ⇔
(¬p ∨ q) ∧ Tautologia ⇔
p → q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 79 / 121
Demonstração da Equivalência II
Equivalência
(p → q) ∧ (p → ¬q) ⇔ ¬p
Exemplo
(¬p ∨ q) ∧ (¬p ∨ ¬q) ⇔
¬p ∨ (q ∧ ¬q) ⇔
¬p∨ Contradição ⇔
¬p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 80 / 121
Forma Normal das Proposições
Definição
Uma proposição está na forma normal (FN) se e somente se, quando
muito, contém apenas os conectivos: ¬, ∧ e ∨.
Exemplo
¬p ∧ q, ¬(p ∨ ¬q) ou p ∨ (p ∧ q)
Há duas representações de formas normais para uma proposição:
Forma normal conjuntiva (FNC); e
Forma normal disjuntiva (FND).
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 81 / 121
Forma Normal Conjuntiva
Definição
Uma proposição está na forma normal conjuntiva (FNC) se e somente se
são verificadas as seguintes condições:
Contém, quanto muito, os conectivos: ¬, ∧ e ∨;
O conectivo de negação ¬ não aparece repetido e não tem alcance
sobre os conectivos ∧ e ∨; e
O conectivo ∨ não tem alcance sobre o conectivo ∧.
Exemplo
p ∨ ¬q, p ∧ ¬q ∧ r, e (p ∨ q) ∧ q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 82 / 121
Forma Normal Disjuntiva
Definição
Um proposição está na forma normal disjuntiva (FND) se e somente se são
verificadas as seguintes condições:
Contém, quando muito, os conectivos: ¬, ∧ e ∨;
O conectivo de negação ¬ não aparece repedito e não tem alcance
sobre os conectivos ∧ e ∨; e
O conectivo ∧ não tem alcance sobre o conectivo ∨.
Exemplo
p ∨ ¬q, p ∨ ¬q ∨ r, e (p ∧ q) ∨ q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 83 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 84 / 121
Argumento
Definição
Chama-se argumento toda a afirmação de que uma dada sequência finita
P1, P2, . . . , Pn(n ≥ 1) de proposições tem como consequência ou
acarreta uma proposição final Q.
Um argumento de premissas P1, P2, . . . , Pn e de conclusão Q indica-se
por:
P1, P2, . . . , Pn Q
Importante
Um argumento P1, P2, . . . , Pn Q é válido se e somente se a condicional:
P1 ∧ P2 ∧ . . . ∧ Pn → Q é tautológica.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 85 / 121
Inferência
Definição
É o processo pelo qual se chega a uma proposição, firmada na base de uma
ou outras mais proposições aceitas como ponto de partida do processo.
Um método mais eficiente para demonstrar, verificar ou testar a
validade de um dado argumento P1, P2, . . . , Pn Q consiste em deduzir
a conclusão Q a partir das premissas P1, P2, . . . , Pn mediante o uso de
certas regras de inferência.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 86 / 121
Regras de Inferência
Definição
As regras de inferência constituem relações específicas entre proposições:
As regras de inferência são:
Regra de Adição (AD);
Regra de Simplificação (SIMP);
Regra da Conjunção (CONJ);
Regra de Absorção (ABS);
Regra Modus ponens (MP);
Regra Modus tollens (MT);
Regra do Silogismo disjuntivo (SD);
Regra do Silogismo hipotético (SH);
Regra do Dilema construtivo (DC); e
Regra do Dilema destrutivo (DD).
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 87 / 121
Regra da Adição
Definição
Dada uma proposição p, dela se pode deduzir a sua disjunção com
qualquer outra proposição, isto é, deduzir p ∨ q, ou p ∨ r, etc.
Exemplo
(i)
p
p ∨ q
(ii)
p
q ∨ p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 88 / 121
Regra de Simplificação
Definição
Da conjunção p ∧ q de duas proposições se pode deduzir cada uma das
proposições, p ou q.
Exemplo
(i)
p ∧ q
p
(ii)
p ∧ q
q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 89 / 121
Regra da Conjunção
Definição
Permite deduzir de duas proposições dadas p e q (premissas) a sua
conjunção p ∧ q ou q ∧ p (conclusão).
Exemplo
(i)
p
q
p ∧ q
(ii)
p
q
q ∧ p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 90 / 121
Regra da Absorção
Definição
Está regra permite, dada uma condicional p → q como premissa, dela
deduzir como conclusão uma outra condicional com o mesmo antecedente
p e cujo consequente é a conjunção p ∧ q das duas proposições que
integram a premissa, isto é, p → p ∧ q.
Exemplo
p → q
p → (p ∧ q)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 91 / 121
Regra Modus Ponens
Definição
Também é chamada Regra de Separação e permite deduzir q
(conclusão) a partir de p → q e p (premissas).
Exemplo
p → q
p
q
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 92 / 121
Regra Modus Tollens
Definição
Permite, a partir das premissas p → q (condicional) e ¬q (negação do
consequente), deduzir como conclusão ¬p (negação do antecedente).
Exemplo
p → q
¬q
¬p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 93 / 121
Regra do Silogismo Disjuntivo
Definição
Permite deduzir da disjunção p ∨ q de duas proposições e da negação ¬p
(ou ¬q) de uma delas a outra proposição q (ou p).
Exemplo
(i)
p ∨ q
¬p
q
(ii)
p ∨ q
¬q
p
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 94 / 121
Regra do Silogismo Hipotético
Definição
Esta regra permite, dada duas condicionais: p → q e q → r (premissas),
tais que o consequente da primeira coincide com o antecedente da segunda,
deduzir uma terceira condicional p → r (conclusão) cujo antecedente e
consequente são respectivamente o antecedente da premissa p → q e o
consequente da outra premissa q → r.
Exemplo
p → q
q → r
p → r
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 95 / 121
Regra do Dilema Construtivo
Definição
Nesta regra, as premissas são duas condicionais e a disjunção dos seus
antecedentes, e a conclusão é a disjunção dos consequentes destas
condicionais.
Exemplo
p → q
r → s
p ∨ r
q ∨ s
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 96 / 121
Regra do Dilema Destrutivo
Definição
Nesta regra, as premissas são duas condicionais e a disjunção da negação
dos seus consequentes, e a conclusão é a disjunção da negação dos
antecedentes destas condicionais.
Exemplo
p → q
r → s
¬q ∨ ¬s
¬p ∨ ¬r
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 97 / 121
Validade Mediante Regras de Inferência I
Argumento
p → q, p ∧ r q
Exemplo
(1) p → q
(2) p ∧ r
(3) p 2 – SIMP
(4) q 1,3 – MP
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 98 / 121
Validade Mediante Regras de Inferência II
Argumento
p ∧ q, p ∨ r → s p ∧ s
Exemplo
(1) p ∧ q
(2) p ∨ r → s
(3) p 1 – SIMP
(4) p ∨ r 3 – AD
(5) s 2,4 – MP
(6) p ∧ s 3,5 – CONJ
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 99 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 100 / 121
Demonstração Indireta
Definição
Um método frequentemente empregado para demonstrar a validade de
um dado argumento:
P1, P2, . . . , Pn Q
chamado também por “Demonstração por Absurdo” consiste em admitir a
negação ¬Q da conclusão Q, isto é, supor ¬Q verdadeira, e daí deduzir
logicamente uma contradição qualquer C a partir das premissas
P1, P2, . . . Pn e ¬Q, isto é, demonstrar que é válido o argumento:
P1, P2, . . . , Pn, ¬Q C
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 101 / 121
Validade Mediante Demonstração Indireta I
Argumento
p → ¬q, r → q ¬(p ∧ r)
Exemplo
(1) p → ¬q
(2) r → q
(3) p ∧ r Negação de Q
(4) p 3 – SIMP
(5) r 3 – SIMP
(6) ¬q 1,4 – MP
(7) q 2,5 – MP
(8) q ∧ ¬q 6,7 – CONJ (Contradição)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 102 / 121
Validade Mediante Demonstração Indireta II
Argumento
¬p → q, ¬q ∨ r, ¬r p ∨ s
Exemplo
(1) ¬p → q
(2) ¬q ∨ r
(3) ¬r
(4) ¬p ∧ ¬s Negação de Q
(5) ¬p 4 – SIMP
(6) q 1,5 – MP
(7) ¬q 2,3 – SD
(8) q ∧ ¬q 6,7 – CONJ (Contradição)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 103 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 104 / 121
Sentenças Abertas com uma Variável
Definição
Chama-se sentença aberta com uma variável em um conjunto A, uma
expressão p(x) tal que p(a) é falsa (F) ou verdadeiro (V ) para todo a ∈ A.
Em outros termos, p(x) é uma sentença aberta em A se e somente se p(x)
torna-se uma proposição (verdadeira ou falsa) todas as vezes que se
substitui a variável x por qualquer elemento a do conjunto A(a ∈ A).
Exemplo
São sentenças abertas em N = {1, 2, 3, . . . , n, . . .} as seguintes expressões:
x + 1 > 8
x + 5 = 9
x é primo
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 105 / 121
Sentenças Abertas com duas Variáveis
Definição
Dados dois conjuntos A e B, chama-se sentença aberta com duas variáreis
em A ∧ B, uma expressão p(x, y) tal que verdadeira (V ) ou falsa (F) para
todo o par ordenado (a, b) ∈ AxB. Em outros termos, p(x, y) é uma
sentença aberta em AxB se e somente se p(x, y) torna-se uma proposição
(verdadeira ou falsa) todas as vezes que as variáveis x e y são substituídas
respectivamente pelos elementos a e b de qualquer par ordenado (a, b)
pertencente ao produto cartesiano AxB dos conjuntos A e B
((a, b) ∈ AxB).
Exemplo
Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {5, 6}. São sentenças abertas em
AxB as seguintes expressões:
x é menor que y
x é o dobro de y
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 106 / 121
Sentenças Abertas com n-Variáveis
Definição
Chama-se sentença aberta com n variáveis em A1xA2x . . . xAn, uma
expressão p(x1, x2, . . . , xn) tal que p(a1, a2, . . . , an) é verdadeira (V ) ou
falsa (F) para toda n-upla (a1, a2, . . . , an ∈ A1xA2x . . . xAn).
Exemplo
A expressão x + 2y + 3z < 18 é um sentença aberta em NxNxN, na qual, o
termo ordenado (1, 2, 3), satisfaz esta sentença aberta, pois,
1 + 2 ∗ 2 + 3 ∗ 4 < 18.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 107 / 121
Operações Lógicas sobre Sentenças Abertas
As operações lógicas que definimos para proposições estendem-se
naturalmente à sentenças abertas, e como podemos lembrar, são elas:
Não (Negação), ¬ ;
E (Conjunção), ∧;
Ou (Disjunção), ∨;
Se – então (Condicional), →;e
Se e somente se (Bicondicional), ↔.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 108 / 121
Operação de Negação
Exemplo
A negação da sentença aberta em R (Conjunto dos números reais):
“x < 2”
Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos
sucessivamente:
x x < 2 ¬(x < 2)
0 V F
-1 V F
2 F V
5 F V
π F V
8,57 F V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 109 / 121
Operação de Conjunção
Exemplo
A conjunção das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais):
“x > 2” ∧ “x < 8”
Assim, para x = 5, x = π, x = 2, x = −1 e x = 8, 57, temos
sucessivamente:
x x > 2 x < 8 x > 2 ∧ x < 8
7 V V V
π V V V
2 F V F
-1 F V F
8,57 V F F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 110 / 121
Operação de Disjunção
Exemplo
A disjunção das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais):
“x < 2” ∨ “x > 8”
Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos
sucessivamente:
x x < 2 x > 8 x < 2 ∨ x > 8
0 V F V
-1 V F V
2 F F F
5 F F F
π F F F
8,57 F V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 111 / 121
Operação Condicional
Exemplo
A condicional das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais):
“x < 2” → “x > 8”
Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos
sucessivamente:
x x < 2 x > 8 x < 2 → x > 8
0 V F F
-1 V F F
2 F F V
5 F F V
π F F V
8,57 F V V
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 112 / 121
Operação Bicondicional
Exemplo
A bicondicional das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais):
“x < 2” ↔ “x > 8”
Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos
sucessivamente:
x x < 2 x > 8 x < 2 ↔ x > 8
0 V F F
-1 V F F
2 F F V
5 F F V
π F F V
8,57 F V F
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 113 / 121
Ementa do Curso
1 Introdução
2 Lógica Proposicional
3 Construção de Tabelas-verdade
4 Tautologia, Contradição e Contingência
5 Implicação Lógica
6 Equivalência Lógica
7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo
8 Inferência Lógica
9 Demonstração Indireta
10 Sentenças Abertas
11 Quantificadores
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 114 / 121
Quantificador
Definição
O termo quantificação tem vários significados (gerais e específicos). Ele
cobre toda ação que quantifique observações e experiências, traduzindo-as
para números através da contagem e mensuração. É, portanto, a base para
a matemática e para a ciência. Na linguagem e na lógica, a quantificação é
uma construção que especifica a quantidade de indivíduos de um domínio
de discurso que se aplicam a (ou satisfazem) uma fórmula aberta.
Os dois tipos fundamentais de quantificação na lógica de predicados são:
Universal, ∀x; e
Existencial, ∃x.
Importante
Os quantificadores são interdefiníveis. Isto significa que uma fórmula com
quantificador universal pode ser transformada em uma fórmula que contém
apenas quantificadores existencial e vice-versa.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 115 / 121
Quantificador Universal: ∀x
Definição
Seja p(x) um sentença aberta em um conjunto não vazio A(A = ∅) e seja
Vp o seu conjunto-verdade:
Vp = {x|x ∈ A ∧ p(x)}
Quando Vp = A, isto é, todos os elementos do conjunto A satisfazem a
sentença aberta p(x), podemos, então, afirmar:
“Para todo elemento x de A, p(x) é verdadeira (V )”; ou
“Qualquer que seja o elemento x de A, p(x) é verdadeira”.
Exemplo
Todo homem é fiel.
Todo homem é mortal.
Toda criança é verdadeira.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 116 / 121
Quantificador Existencial: ∃x
Definição
Seja p(x) um sentença aberta em um conjunto não vazio A(A = ∅) e seja
Vp o seu conjunto-verdade:
Vp = {x|x ∈ A ∧ p(x)}
Quando Vp não é vazio (Vp = ∅), então, um elemento, pelo menos, do
conjunto A satisfaz a sentença abeta p(x), e podemos afirmar:
“Existe pelo menos um x ∈ A” tal que p(x); ou
“Para algum x ∈ A tal que p(x)”.
Exemplo
Existe vida em outros planetas.
Existe mamífero que voa.
Existe cidadão honesto.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 117 / 121
Negação de Proposições com Quantificador
Definição
A negação da proposição (∀x ∈ A)(p(x)) é equivalente a afirmação de que,
para ao menos um x ∈ A, p(x) é falsa ou ¬p(x) é verdadeira. Logo,
subsiste a equivalência:
¬[(∀x ∈ A)(p(x))] ↔ (∃x ∈ A)(¬p(x))
Analogamente, a negação da proposição (∃x ∈ A)(p(x)) é equivalente a
afirmar de que, para todo x ∈ A, p(x) é falsa ou ¬p(x) é verdadeira. Logo,
subsiste a equivalência:
¬[(∃x ∈ A)(p(x))] ↔ (∀x ∈ A)(¬p(x))
Essas duas importantes equivalências são conhecidas por segunda regra
de negação DE MORGAN.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 118 / 121
Quantificação Múltipla
Toda a sentença aberta precedida de quantificadores, um para cada
variável, isto é, com todas as variáveis quantificadas, é uma proposição,
pois, assume um dos valores lógicos V ou F.
Exemplo
1 (∀x ∈ A)(∀y ∈ B)(p(x, y));
2 (∀x ∈ A)(∃y ∈ B)(p(x, y)); ou
3 (∃x ∈ A)(∀y ∈ B)(∀z ∈ C)(p(x, y, z)).
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 119 / 121
Quantificação Múltipla
Exemplo
Consideramos os conjuntos:
H = {Jorge, Cláudio, Paulo}, M = {Suely, Cármen}
e seja p(x,y) a sentença aberta em HxM:“x é irmão de y”. A proposição:
(∀x ∈ H)(∃y ∈ M)(p(x, y))
se pode ler: “Para todo x de H existe pelo menos um y de M tal que x é
irmão de y.” A proposição:
(∃y ∈ M)(∀x ∈ H)(p(x, y))
se pode ler: “Pelo menos uma das mulheres de M é irmã de todos os
homens de H”.
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 120 / 121
Comutativa dos Quantificadores
Quantificadores do mesmo tipo podem ser comutados:
Exemplo
(∀x)(∀y)(p(x, y)) ↔ (∀y)(∀x)(p(x, y))
(∃x)(∃y)(p(x, y)) ↔ (∃y)(∃x)(p(x, y))
Quantificadores de tipos diferentes não podem em geral ser
comutados:
Exemplo
(∀x)(∃y)(x é filho de y) = (∃x)(∀y)(x é filho de y)
Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 121 / 121

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Logica computacional

  • 1. Lógica Computacional Diego Silveira Costa Nascimento Instituto Federal do Rio Grande do Norte diego.nascimento@ifrn.edu.br 28 de maio de 2014
  • 2. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 2 / 121
  • 3. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 3 / 121
  • 4. Objetivos da Disciplina Apresentar a disciplina de Lógica; Discutir o cenário no qual a disciplina poderá ser aplicada; Apresentar um pouco da história da lógica; Fazer com que o estudante consiga no futuro relacionar os aspectos abstratos da computação com sua implementação; e Incentivar a escrita dos algoritmos antes de sua implementação propriamente dita. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 4 / 121
  • 5. Motivações em Estudar Lógica O estudo desta disciplina faz o aluno adquirir ou aperfeiçoar seu raciocínio lógico no intuito de desenvolverem programas e sistemas em uma determinada linguagem de programação. A Lógica é apresentada como uma técnica eficiente para: a organização de conhecimentos em qualquer área; raciocinar corretamente sem esforço consciente; interpretar e analisar informações rapidamente; aumentar a competência linguística (oral e escrita); adquirir destreza com o raciocínio quantitativo; e detectar padrões em estruturas (premissas, pressuposições, cenários, etc.) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 5 / 121
  • 6. Lógica A palavra Lógica deriva do Grego (logos), que significa: palavra, pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico. Definição Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las à pesquisa e à demonstração da verdade. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 6 / 121
  • 7. Origem da Lógica A Lógica teve início na Grécia em 342 a.C.; Aristóteles sistematizou os conhecimentos existentes em Lógica, elevando-a à categoria de ciência; Em sua obra chamada Organum (“ferramenta para o correto pensar”), estabeleceu princípios tão gerais e tão sólidos que até hoje são considerados válidos. Aristóteles se preocupava com as formas de raciocínio que, a partir de conhecimentos considerados verdadeiros, permitiam obter novos conhecimentos; e A partir dos conhecimentos tidos como verdadeiros, caberia à Lógica a formulação de leis gerais de encadeamentos lógicos que levariam à descoberta de novas verdades. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 7 / 121
  • 8. Argumento Lógico Em Lógica, o encadeamento de conceitos é chamado de argumento; As afirmações de um argumento são chamadas de proposições; Um argumento é um conjunto de proposições tal que se afirme que uma delas é derivada das demais; Usualmente, a proposição derivada é chamada de conclusão, e as demais, de premissas; e Em um argumento válido, as premissas são consideradas provas evidentes da verdade da conclusão. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 8 / 121
  • 9. Exemplo de Argumento Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 9 / 121
  • 10. Inferência Lógica Lógica dispõe de duas ferramentas principais que podem ser utilizadas pelo pensamento na busca de novos conhecimentos: a dedução e a indução. Dedução Um argumento dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras, fornecem provas convincentes para sua conclusão; e De forma geral, a dedução sempre preserva a verdade. Indução Um argumento indutivo fornece provas cabais da veracidade da conclusão, ou seja, apenas que forne indicações dessa veracidade; e De forma geral, a indução nem sempre preserva a verdade. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 10 / 121
  • 11. Exemplos de Inferências Dedutiva e Indutiva Em outras palavras, na dedução, a conclusão é consequência necessária das premissas, e na indução, a conclusão é consequência plausível das premissas. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 11 / 121
  • 12. Princípios Lógicos A Lógica Formal repousa sobre três princípios fundamentais que permitem todo seu desenvolvimento posterior, e que dão validade a todos os atos do pensamento e do raciocínio. São eles: Princípio da Identidade Afirma A = A e não pode ser B, o que é, é; Princípio da Não Contradição A = A e nunca pode ser não-A, o que é, é e não pode ser sua negação, ou seja, o ser é, o não ser não é; e Princípio do Terceiro Excluído Afirma que Ou A é x ou A é y, não existe uma terceira possibilidade. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 12 / 121
  • 13. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 13 / 121
  • 14. Logica Proposicional Definição É um sistema formal no qual as fórmulas representam proposições que podem ser formadas pela combinação de proposições atômicas usando conectivos lógicos e um sistema de regras de derivação, que permite que certas fórmulas sejam estabelecidas como “teoremas” do sistema formal. Em termos gerais, um cálculo proposicional é frequentemente apresentado como um sistema formal que consiste em um conjunto de expressões sintáticas (fórmulas bem formadas, ou fbfs), um subconjunto distinto dessas expressões, e um conjunto de regras formais que define uma relação binária específica, que se pretende interpretar como a noção de equivalência lógica, no espaço das expressões. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 14 / 121
  • 15. Proposições Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo; As proposições transmitem pensamentos; e Afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados entes. Exemplos A Lua é um satélite da Terra; Sócrates é um homem; Eu estudo Lógica; Todos os homens são mortais; ou Não existe homem infiel. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 15 / 121
  • 16. A Linguagem da Lógica Proposicional Considere o conjunto de símbolos: A = {(, ), ¬, ∧, ∨, →, ↔, p, q, r, s, . . .} A esse conjunto é chamado de alfabeto da Lógica Proposicional; As letras são símbolos não lógico (letras sentenciais); e O restante são símbolos lógicos (parênteses e conectivos lógicos); Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 16 / 121
  • 17. Letras Sentenciais As letras sentenciais são usadas para representar proposições elementares ou atômicas, isto é, proposições que não possuem partes que sejam também proposições. Exemplos p = O céu é azul; Q = Eu estudo lógica; r = 2 + 2 = 4; ou s = Sócrates é um homem. Importante As partes dessas proposições não são proposições mais simples, mas sim, componentes subsentenciais: expressões, palavras, sílabas ou letras. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 17 / 121
  • 18. Conectivos Lógicos As proposições compostas são obtidas combinando proposições simples através de certos termos chamados conectivos; A Lógica dispõe de cinco tipos de conectivos e seus operadores: Não (Negação), ¬ ; E (Conjunção), ∧; Ou (Disjunção), ∨; Se – então (Condicional), →;e Se e somente se (Bicondicional), ↔. Exemplos Não está chovendo; Está chovendo e está ventando; Está chovendo ou está nublado; Se choveu, então está molhado; ou Será aprovado se e somente se estudar. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 18 / 121
  • 19. Operador de Negação: ¬ A característica peculiar da negação, tal como ela se apresenta na lógica proposicional clássica, é que toda proposição submetida à operação de negação resulta na sua contraditória. Exemplo p = Está chovendo. Ler-se ¬p, como: “Não está chovendo.” Importante O fato expresso por uma proposição não pode ocorrer ao mesmo tempo e sob o mesmo modo e circunstância que o fato expresso pela negação dessa mesma proposição. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 19 / 121
  • 20. Tabela Verdade: ¬ Se p é uma proposição, a expressão ¬p é chamada negação de p; e Claramente, a negação inverte o valor verdade de uma expressão. Exemplo p ¬p V F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 20 / 121
  • 21. Operador de Conjunção: ∧ A característica peculiar da conjunção está no fato de fórmulas conjuntivas expressarem a concomitância de fatos. A fórmula (p ∧ q) expressa que o fato expresso por p ocorre ao mesmo tempo que o fato expresso por q. Exemplo p = Está chovendo. q = Está ventando. Ler-se p ∧ q, como: “Está chovendo e está ventando.” Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 21 / 121
  • 22. Tabela Verdade: ∧ Se p e q são proposições, a expressão p ∧ q é chamada conjunção de p e q; e As proposições p e q são chamadas fatores da expressão. Exemplo p q p∧q V V V V F F F V F F F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 22 / 121
  • 23. Operador de Disjunção: ∨ A característica peculiar da disjunção consiste no fato de proposições disjuntivas expressarem que pelo menos um de dois fatos ocorre. A fórmula (p ∨ q) expressa que, dentre os fatos expressos por p e q respectivamente, pelo menos um deles ocorre. Exemplo p = Está nublado. q = Está chovendo. Ler-se p ∨ q, como: “Está nublado ou está chovendo.” Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 23 / 121
  • 24. Tabela Verdade: ∨ Se p e q são proposições, a expressão p ∨ q é chamada disjunção inclusiva de p e q; e As proposições p e q são chamadas parcelas da expressão. Exemplo p q p∨q V V V V F V F V V F F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 24 / 121
  • 25. Operador Condicional: → A característica peculiar dessa operação consiste em que um condicional (p → q) expressa que a ocorrência do fato expresso por p garante necessariamente a ocorrência do fato expresso por q. Exemplo p = Choveu. q = Está molhado. Ler-se p → q, como: “Se choveu, então está molhado.” Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 25 / 121
  • 26. Tabela Verdade: → Se p e q são proposições, a expressão p → q é chamada condicional de p e q; A proposição p é chamada antecedente, e a proposição q consequente da condicional; e A operação de condicionamento indica que o acontecimento de p é uma condição para que q aconteça. Exemplo p q p→q V V V V F F F V V F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 26 / 121
  • 27. Operador Bicondicional: ↔ A característica peculiar dessa operação consiste em que um bicondicional (p ↔ q) assevera que os fatos expressos por p e q são interdependentes, isto é, ou os dois ocorrem juntos ou nenhum dos dois ocorrem. Exemplo p = Será aprovado. q = Estudar. Ler-se p ↔ q, como: “ Será aprovado, se e somente se estudar.” Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 27 / 121
  • 28. Tabela Verdade: ↔ Se p e q são proposições, a expressão p ↔ q é chamada bicondicional de p e q; e A operação de bicondicionamento indica que p é uma condição para que q aconteça, e vice-versa. Exemplo p q p↔q V V V V F F F V F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 28 / 121
  • 29. Parênteses: (e) A necessidade de usar parênteses na simbolização das proposições se deve ao fato de se evitar qualquer tipo de ambiguidade. Exemplo p = Estudar. q = Fazer a prova. r = Fazer o trabalho. s = Serei aprovado. Ler-se ((p ∧ q) ∨ r) → s, como: “ Se ((estudar e fazer a prova) ou fazer o trabalho), então será aprovado.” Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 29 / 121
  • 30. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 30 / 121
  • 31. Tabela-verdade de uma Proposição Composta Dadas várias proposições simples p, q, r, . . ., podemos combiná-las pelos operadores lógicos ∧, ∨, →, ↔ e construir proposições compostas: Exemplo P(p, q) = ¬p ∨ (p → q) Q(p, q) = (p ↔ ¬q) ∧ q R(p, q, r) = (p → ¬q ∨ r) ∧ ¬(q ∨ (p ↔ ¬r)) Então, com o emprego das tabelas-verdade das operações lógicas fundamentais já estudadas: ¬p, p ∧ q, p ∨ q, p → q e p ↔ q; É possível construir a tabela-verdade correspondente a qualquer proposição composta; e A tabela-verdade exibirá exatamente os casos em que a proposição composta será verdadeira (V ) ou falsa (F), admitindo-se que o seu valor lógico só depende dos valores lógicos das proposições simples. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 31 / 121
  • 32. Ordem de Precedência dos Operadores 1 Percorra a expressão da esquerda para a direita, executando as operações de negação, na ordem em que aparecerem; 2 Percorra novamente a expressão, da esquerda para a direita, executando as operações de conjunção e disjunção, na ordem em que aparecerem; 3 Percorra outra vez a expressão, da esquerda para a direita, executando desta vez as operações de condicionamento, na ordem em que aparecerem; e 4 Percorra uma última vez a expressão, da esquerda para a direita, executando as operações de bicondicionamento, na ordem em que aparecerem. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 32 / 121
  • 33. Construindo a Tabela-verdade Dada uma expressão proposicional composta, e dados os valores lógicos das proposições simples que a compõe, podemos, com a ordem de precedência, calcular o valor lógico da expressão dada. Expressão Proposicional Composta P(p, q) = ¬(p ∧ ¬q) Forma-se, em primeiro lugar, o par de colunas correspondentes às duas proposições simples p e q. Exemplo p q V V V F F V F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 33 / 121
  • 34. Construindo a Tabela-verdade (cont.) Em seguida, forma-se a coluna para ¬q. Exemplo p q ¬q V V F V F V F V F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 34 / 121
  • 35. Construindo a Tabela-verdade (cont.) Depois, forma-se a coluna para p ∧ ¬q. Exemplo p q ¬q p∧¬q V V F F V F V V F V F F F F V F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 35 / 121
  • 36. Construindo a Tabela-verdade (cont.) Por fim, forma-se a coluna relativa aos valores lógicos da proposição composta ¬(p ∧ ¬q). Exemplo p q ¬q p∧¬q ¬(p∧¬q) V V F F V V F V V F F V F F V F F V F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 36 / 121
  • 37. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 37 / 121
  • 38. Tautologia Definição Tautologia é toda proposição composta P(p, q, r, . . .) cujo valor lógico é sempre verdadeiro, quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples p, q, r, . . . As tautologias são também denominadas proposições tautológicas ou proposições logicamente verdadeiras. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 38 / 121
  • 39. Tautologia: Demonstração I Proposição ¬(p ∧ ¬p) Exemplo p ¬p p∧¬p ¬( p∧¬p) V F F V F V F V Portanto, dizer que uma proposição não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa é sempre verdadeiro. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 39 / 121
  • 40. Tautologia: Demonstração II Proposição p ∨ ¬p Exemplo p ¬p p∨¬p V F V F V V Portanto, dizer que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa é sempre verdadeiro. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 40 / 121
  • 41. Contradição Definição Contradição é toda proposição composta P(p, q, r, . . .) cujo valor lógico é sempre falso, quais quer que sejam os valores lógicos das proposições simples p, q, r, . . . As contradições são também denominadas proposições contraválidas ou proposições logicamente falsas. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 41 / 121
  • 42. Contradição: Demonstração I Proposição p ∧ ¬p Exemplo p ¬p p∧¬p V F F F V F Portanto, dizer que uma proposição pode ser simultaneamente verdadeira e falsa é sempre falso. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 42 / 121
  • 43. Contradição: Demonstração II Proposição p ↔ ¬p Exemplo p ¬p p↔ ¬p V F F F V F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 43 / 121
  • 44. Contingência Definição Contingencia é toda a proposição composta que não é tautologia nem contradição. As contingências são também denominadas proposições contingentes ou proposições indeterminadas. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 44 / 121
  • 45. Contingência: Demonstração I Proposição p → ¬p Exemplo p ¬p p→ ¬p V F F F V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 45 / 121
  • 46. Contingência: Demonstração II Proposição p ∨ q → p Exemplo p q p∨q p∨q → p V V V V V F V V F V V F F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 46 / 121
  • 47. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 47 / 121
  • 48. Implicação Lógica Definição Diz-se que uma proposição P(p, q, r, . . .) implica logicamente uma proposição Q(p, q, r, . . .), se Q(p, q, r, . . .) é verdadeiro todas as vezes em que P(p, q, r, . . .) é verdadeiro. Notação P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .) Importante Em particular, toda proposição implica uma tautologia e somente uma contradição implica uma contradição. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 48 / 121
  • 49. Propriedades da Implicação Lógica É imediato que a relação de implicação lógica entre proposições utiliza-se das propriedades reflexiva (R) e transitiva (T). Exemplo (R) P(p, q, r, . . .) ⇒ P(p, q, r, . . .) (T) Se P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .) e Q(p, q, r, . . .) ⇒ R(p, q, r, . . .), então P(p, q, r, . . .) ⇒ R(p, q, r, . . .) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 49 / 121
  • 50. Demonstração de Implicação Lógica I Proposições p ∧ q, p ∨ q e p ↔ q Exemplo p q p∧q p∨q p↔q V V V V V V F F V F F V F V F F F F F V A proposição p ∧ q é verdadeira somente na linha 1, e nesta linha, as proposições p ∨ q e p ↔ q também são verdadeiras. Logo, a primeira proposição implica cada uma das outras duas proposições, isto é: p ∧ q ⇒ p ∨ q e p ∧ q ⇒ p ↔ q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 50 / 121
  • 51. Demonstração de Implicação Lógica II Proposições p ↔ q, p → q e q → p Exemplo p q p↔q p→q q→p V V V V V V F F F V F V F V F F F V V V A proposição p ↔ q é verdadeira nas linhas 1 e 4 e, nestas linhas, proposições p → q e q → p também são verdadeiras. Logo, a primeira proposição implica cada uma das outras duas proposições, isto é: p ↔ q ⇒ p → q e p ↔ q ⇒ q → p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 51 / 121
  • 52. Tautologias e Implicação Lógica Teorema A proposição P(p, q, r, . . .) implica a proposição Q(p, q, r, . . .) isto é: P(p, q, r, . . .) ⇒ Q(p, q, r, . . .) se e somente se a condicional: P(p, q, r, . . .) → Q(p, q, r, . . .) é tautológica. Importante Os símbolos → e ⇒ são distintos, pois o primeiro é de operação lógica (aplicado, por ex., às proposições p e q dá a nova proposição p → q), enquanto que o segundo é de relação (estabelece que a condicional P(p, q, r, . . .) → Q(p, q, r, . . .) é tautológica). Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 52 / 121
  • 53. Demonstração de Tautologia e Implicação Lógica Condicional (p → q) ∧ p → q Exemplo p q p→q (p→q)∧ p (p→q)∧ p → q V V V V V V F F F V F V F F V F F V F V Portanto, simbolicamente: (p → q) ∧ p ⇒ q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 53 / 121
  • 54. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 54 / 121
  • 55. Equivalência Lógica Definição Diz-se que uma proposição P(p, q, r, . . .) é logicamente equivalente a uma proposição Q(p, q, r, . . .), se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas. Notação P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) Importante Em particular, se as proposições P(p, q, r, . . .) e Q(p, q, r, . . .) são ambas tautológicas ou são ambas contradições, então são equivalentes. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 55 / 121
  • 56. Propriedades da Equivalência Lógica É imediato que a relação de equivalência lógica entre proposições utiliza-se das propriedades reflexiva(R), simétrica (S) e transitiva (T), isto é, simbolicamente: Exemplo (R) P(p, q, r, . . .) ⇔ P(p, q, r, . . .) (S) Se P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .), então Q(p, q, r, . . .) ⇔ P(p, q, r, . . .) (T) Se P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) e Q(p, q, r, . . .) ⇔ R(p, q, r, . . .), então P(p, q, r, . . .) ⇔ R(p, q, r, . . .) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 56 / 121
  • 57. Demonstração de Equivalência Lógica I Proposições ¬p → p e p Exemplo p ¬p ¬p→p V F V F V F A proposição ¬p → p e p são equivalentes nas colunas 1 e 2, isto é: ¬p → p ⇔ p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 57 / 121
  • 58. Demonstração de Equivalência Lógica II Proposições p → p ∧ q e p → q Exemplo p q p∧q p→p∧q p→q V V V V V V F F F F F V F V V F F F V V A proposição p → p ∧ q e p → q são equivalentes nas colunas 4 e 5, isto é: p → p ∧ q ⇔ p → q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 58 / 121
  • 59. Tautologias e Equivalência Lógica Teorema A proposição P(p, q, r, . . .) é equivalente à proposição Q(p, q, r, . . .), isto é: P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) se e somente se a bicondicional: P(p, q, r, . . .) ↔ Q(p, q, r, . . .) é tautológica. Importante Os símbolos ↔ e ⇔ são distintos, pois o primeiro é de operação lógica (aplicado, por ex., às proposições p e q dá a nova proposição p ↔ q), enquanto que o segundo é de relação (estabelece que a bicondicional P(p, q, r, . . .) ⇔ Q(p, q, r, . . .) é tautológica). Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 59 / 121
  • 60. Demonstração de Equivalência Lógica Proposições (p ∧ ¬q → c) e (p → q) Exemplo p q c p∧¬q p∧¬q→c p→q (p∧¬q→c) ↔ (p→q) V V F F V V V V F F V F F V F V F F V V V F F F F V V V ... ... ... ... ... ... ... Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 60 / 121
  • 61. Proposições Associadas a uma Condicional Definição Dada a condicional p → q, chama-se proposição associada a p → q as três proposições condicionais que contêm p e q: 1 Proposição recíproca de p → q é q → p; 2 Proposição contrária de p → q é ¬p → ¬q; e 3 Proposição contrapositiva de p → q é ¬q → ¬p. Exemplo p q p→q q→p ¬p→ ¬q ¬q→ ¬p V V V V V V V F F V V F F V V F F V F F V V V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 61 / 121
  • 62. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 62 / 121
  • 63. Propriedades da Conjunção Seja p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições também simples cujos valores lógicos respectivos são verdadeiro e falso, temos as propriedades a seguir: idempotente, comutativa, associativa e identidade. Idempotente p ∧ p ⇔ p Exemplo p p∧p p∧p↔p V V V F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 63 / 121
  • 64. Propriedades da Conjunção (cont.) Comutativa p ∧ q ⇔ q ∧ p Exemplo p q p∧q q∧p p∧q↔q∧p V V V V V V F F F V F V F F V F F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 64 / 121
  • 65. Propriedades da Conjunção (cont.) Associativa (p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r) Exemplo p q r p∧q (p∧q)∧r q∧r p∧(q∧r) V V V V V V V V V F V F F F V F V F F F F V F F F F F F F V V F F V F F V F F F F F F F V F F F F F F F F F F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 65 / 121
  • 66. Propriedades da Conjunção (cont.) Identidade p ∧ t ⇔ p e p ∧ c ⇔ c Exemplo p t c p∧t p∧c p∧t↔p p∧c↔c V V F V F V V F V F F F V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 66 / 121
  • 67. Propriedades da Disjunção Seja p, q e r proposições simples quaisquer e sejam t e c proposições também simples cujos valores lógicos respectivos são verdadeiro e falso, temos as propriedades a seguir: idempotente, comutativa, associativa e identidade. Idempotente p ∨ p ⇔ p Exemplo p p∨p p∨p↔p V V V F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 67 / 121
  • 68. Propriedades da Disjunção (cont.) Comutativa p ∨ q ⇔ q ∨ p Exemplo p q p∨q q∨p p∨q↔q∨p V V V V V V F V V V F V V V V F F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 68 / 121
  • 69. Propriedades da Disjunção (cont.) Associativa (p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r) Exemplo p q r p∨q (p∨q)∨r q∨r p∨(q∨r) V V V V V V V V V F V V V V V F V V V V V V F F V V F V F V V V V V V F V F V V V V F F V F V V V F F F F F F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 69 / 121
  • 70. Propriedades da Disjunção (cont.) Identidade p ∨ t ⇔ t e p ∨ c ⇔ p Exemplo p t c p∨t p∨c p∨t↔t p∨c↔p V V F V V V V F V F V F V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 70 / 121
  • 71. Propriedades da Conjunção e Disjunção Seja p, q e r proposições simples quaisquer, podemos representar as propriedades: distributiva, absorção e regras De Morgan. Distributiva p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) e p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) Exemplo p q r q∨r p∧(q∨r) p∧q p∧r (p∧q) ∨ (p∧r) V V V V V V V V V V F V V V F V V F V V V F V V V F F F F F F F F V V V F F F F F V F V F F F F F F V V F F F F F F F F F F F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 71 / 121
  • 72. Propriedades da Conjunção e Disjunção (cont.) Absorção p ∧ (p ∨ q) ⇔ p e p ∨ (p ∧ q) ⇔ p Exemplo p q p∨q p∧(p∨q) p∧(p∨q) ↔p V V V V V V F V V V F V V F V F F F F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 72 / 121
  • 73. Propriedades da Conjunção e Disjunção (cont.) Regras De Morgan (1806–1871) ¬(p ∧ q) ⇔ ¬p ∨ ¬q e ¬(p ∨ q) ⇔ ¬p ∧ ¬q Exemplo p q p∧q ¬(p∧q) ¬p ¬q ¬p∨¬q V V V F F F F V F F V F V V F V F V V F V F F F V V V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 73 / 121
  • 74. Negação da Condicional Demonstração Como p → q ⇔ p ∧ ¬q, temos: ¬(p → q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) ⇔ ¬¬p ∧ ¬q ou seja: ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q Exemplo p q p→q ¬(p→q) ¬q p∧¬p V V V F F F V F F V V V F V V F F F F F V F V F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 74 / 121
  • 75. Negação da Bicondicional Demonstração Como p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p), temos: p ↔ q ⇔ (¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ p) e portanto: ¬(p ↔ q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) ∨ ¬(¬q ∨ p) ⇔ (¬¬p ∧ ¬q) ∨ (¬¬q ∧ ¬p) ou seja: ¬(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ¬q) ∨ (¬p ∧ q) Exemplo p q ¬p ¬q p∧¬q ¬p∧q (p∧¬q) ∨ (¬p∧q) p↔q ¬(p↔q) V V F F F F F V F V F F V V F V F V F V V F F V V F V F F V V F F F V F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 75 / 121
  • 76. Dedução Definição Dado um argumento P1, P2 e P3 → Q chama-se demonstração ou dedução de Q a partir das premissas P1, P2, . . . Pn, a sequência finita de proposições X1, X2, . . . Xm, tal que cada Xi ou é uma premissa ou decorre logicamente de proposições anteriores da sequência, e de tal modo que a última proposição Xm seja a conclusão Q do argumento dado. Desta forma, se for possível obter a conclusão Q através do procedimento de dedução, o argumento é válido, caso contrário, não é válido. O método dedutivo é mais eficente para demonstração de implicações e equivalências lógicas do que quando utiliza-se de tabelas-verdade. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 76 / 121
  • 77. Demonstração da Implicação I Implicação p ∧ q ⇒ p Exemplo p ∧ q → p ⇔ ¬(p ∧ q) ∨ p ⇔ (¬p ∨ ¬q) ∨ p ⇔ (¬p ∨ p) ∨ ¬q ⇔ Tautologia ∨¬q ⇔ Tautologia Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 77 / 121
  • 78. Demonstração da Implicação II Implicação (p → q) ∧ p ⇒ q Exemplo (p → q) ∧ p ⇔ (¬p ∨ q) ∧ p ⇔ (p ∧ ¬p) ∨ (p ∨ q) ⇔ Contradição ∨(p ∨ q) ⇔ p ∨ q ⇒ q (Absorção) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 78 / 121
  • 79. Demonstração da Equivalência I Equivalência p → q ⇔ p ∨ q → q Exemplo p ∨ q → q ⇔ ¬(p ∨ q) ∨ q ⇔ (¬p ∧ ¬q) ∨ q ⇔ (¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ q) ⇔ (¬p ∨ q) ∧ Tautologia ⇔ p → q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 79 / 121
  • 80. Demonstração da Equivalência II Equivalência (p → q) ∧ (p → ¬q) ⇔ ¬p Exemplo (¬p ∨ q) ∧ (¬p ∨ ¬q) ⇔ ¬p ∨ (q ∧ ¬q) ⇔ ¬p∨ Contradição ⇔ ¬p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 80 / 121
  • 81. Forma Normal das Proposições Definição Uma proposição está na forma normal (FN) se e somente se, quando muito, contém apenas os conectivos: ¬, ∧ e ∨. Exemplo ¬p ∧ q, ¬(p ∨ ¬q) ou p ∨ (p ∧ q) Há duas representações de formas normais para uma proposição: Forma normal conjuntiva (FNC); e Forma normal disjuntiva (FND). Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 81 / 121
  • 82. Forma Normal Conjuntiva Definição Uma proposição está na forma normal conjuntiva (FNC) se e somente se são verificadas as seguintes condições: Contém, quanto muito, os conectivos: ¬, ∧ e ∨; O conectivo de negação ¬ não aparece repetido e não tem alcance sobre os conectivos ∧ e ∨; e O conectivo ∨ não tem alcance sobre o conectivo ∧. Exemplo p ∨ ¬q, p ∧ ¬q ∧ r, e (p ∨ q) ∧ q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 82 / 121
  • 83. Forma Normal Disjuntiva Definição Um proposição está na forma normal disjuntiva (FND) se e somente se são verificadas as seguintes condições: Contém, quando muito, os conectivos: ¬, ∧ e ∨; O conectivo de negação ¬ não aparece repedito e não tem alcance sobre os conectivos ∧ e ∨; e O conectivo ∧ não tem alcance sobre o conectivo ∨. Exemplo p ∨ ¬q, p ∨ ¬q ∨ r, e (p ∧ q) ∨ q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 83 / 121
  • 84. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 84 / 121
  • 85. Argumento Definição Chama-se argumento toda a afirmação de que uma dada sequência finita P1, P2, . . . , Pn(n ≥ 1) de proposições tem como consequência ou acarreta uma proposição final Q. Um argumento de premissas P1, P2, . . . , Pn e de conclusão Q indica-se por: P1, P2, . . . , Pn Q Importante Um argumento P1, P2, . . . , Pn Q é válido se e somente se a condicional: P1 ∧ P2 ∧ . . . ∧ Pn → Q é tautológica. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 85 / 121
  • 86. Inferência Definição É o processo pelo qual se chega a uma proposição, firmada na base de uma ou outras mais proposições aceitas como ponto de partida do processo. Um método mais eficiente para demonstrar, verificar ou testar a validade de um dado argumento P1, P2, . . . , Pn Q consiste em deduzir a conclusão Q a partir das premissas P1, P2, . . . , Pn mediante o uso de certas regras de inferência. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 86 / 121
  • 87. Regras de Inferência Definição As regras de inferência constituem relações específicas entre proposições: As regras de inferência são: Regra de Adição (AD); Regra de Simplificação (SIMP); Regra da Conjunção (CONJ); Regra de Absorção (ABS); Regra Modus ponens (MP); Regra Modus tollens (MT); Regra do Silogismo disjuntivo (SD); Regra do Silogismo hipotético (SH); Regra do Dilema construtivo (DC); e Regra do Dilema destrutivo (DD). Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 87 / 121
  • 88. Regra da Adição Definição Dada uma proposição p, dela se pode deduzir a sua disjunção com qualquer outra proposição, isto é, deduzir p ∨ q, ou p ∨ r, etc. Exemplo (i) p p ∨ q (ii) p q ∨ p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 88 / 121
  • 89. Regra de Simplificação Definição Da conjunção p ∧ q de duas proposições se pode deduzir cada uma das proposições, p ou q. Exemplo (i) p ∧ q p (ii) p ∧ q q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 89 / 121
  • 90. Regra da Conjunção Definição Permite deduzir de duas proposições dadas p e q (premissas) a sua conjunção p ∧ q ou q ∧ p (conclusão). Exemplo (i) p q p ∧ q (ii) p q q ∧ p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 90 / 121
  • 91. Regra da Absorção Definição Está regra permite, dada uma condicional p → q como premissa, dela deduzir como conclusão uma outra condicional com o mesmo antecedente p e cujo consequente é a conjunção p ∧ q das duas proposições que integram a premissa, isto é, p → p ∧ q. Exemplo p → q p → (p ∧ q) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 91 / 121
  • 92. Regra Modus Ponens Definição Também é chamada Regra de Separação e permite deduzir q (conclusão) a partir de p → q e p (premissas). Exemplo p → q p q Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 92 / 121
  • 93. Regra Modus Tollens Definição Permite, a partir das premissas p → q (condicional) e ¬q (negação do consequente), deduzir como conclusão ¬p (negação do antecedente). Exemplo p → q ¬q ¬p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 93 / 121
  • 94. Regra do Silogismo Disjuntivo Definição Permite deduzir da disjunção p ∨ q de duas proposições e da negação ¬p (ou ¬q) de uma delas a outra proposição q (ou p). Exemplo (i) p ∨ q ¬p q (ii) p ∨ q ¬q p Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 94 / 121
  • 95. Regra do Silogismo Hipotético Definição Esta regra permite, dada duas condicionais: p → q e q → r (premissas), tais que o consequente da primeira coincide com o antecedente da segunda, deduzir uma terceira condicional p → r (conclusão) cujo antecedente e consequente são respectivamente o antecedente da premissa p → q e o consequente da outra premissa q → r. Exemplo p → q q → r p → r Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 95 / 121
  • 96. Regra do Dilema Construtivo Definição Nesta regra, as premissas são duas condicionais e a disjunção dos seus antecedentes, e a conclusão é a disjunção dos consequentes destas condicionais. Exemplo p → q r → s p ∨ r q ∨ s Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 96 / 121
  • 97. Regra do Dilema Destrutivo Definição Nesta regra, as premissas são duas condicionais e a disjunção da negação dos seus consequentes, e a conclusão é a disjunção da negação dos antecedentes destas condicionais. Exemplo p → q r → s ¬q ∨ ¬s ¬p ∨ ¬r Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 97 / 121
  • 98. Validade Mediante Regras de Inferência I Argumento p → q, p ∧ r q Exemplo (1) p → q (2) p ∧ r (3) p 2 – SIMP (4) q 1,3 – MP Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 98 / 121
  • 99. Validade Mediante Regras de Inferência II Argumento p ∧ q, p ∨ r → s p ∧ s Exemplo (1) p ∧ q (2) p ∨ r → s (3) p 1 – SIMP (4) p ∨ r 3 – AD (5) s 2,4 – MP (6) p ∧ s 3,5 – CONJ Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 99 / 121
  • 100. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 100 / 121
  • 101. Demonstração Indireta Definição Um método frequentemente empregado para demonstrar a validade de um dado argumento: P1, P2, . . . , Pn Q chamado também por “Demonstração por Absurdo” consiste em admitir a negação ¬Q da conclusão Q, isto é, supor ¬Q verdadeira, e daí deduzir logicamente uma contradição qualquer C a partir das premissas P1, P2, . . . Pn e ¬Q, isto é, demonstrar que é válido o argumento: P1, P2, . . . , Pn, ¬Q C Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 101 / 121
  • 102. Validade Mediante Demonstração Indireta I Argumento p → ¬q, r → q ¬(p ∧ r) Exemplo (1) p → ¬q (2) r → q (3) p ∧ r Negação de Q (4) p 3 – SIMP (5) r 3 – SIMP (6) ¬q 1,4 – MP (7) q 2,5 – MP (8) q ∧ ¬q 6,7 – CONJ (Contradição) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 102 / 121
  • 103. Validade Mediante Demonstração Indireta II Argumento ¬p → q, ¬q ∨ r, ¬r p ∨ s Exemplo (1) ¬p → q (2) ¬q ∨ r (3) ¬r (4) ¬p ∧ ¬s Negação de Q (5) ¬p 4 – SIMP (6) q 1,5 – MP (7) ¬q 2,3 – SD (8) q ∧ ¬q 6,7 – CONJ (Contradição) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 103 / 121
  • 104. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 104 / 121
  • 105. Sentenças Abertas com uma Variável Definição Chama-se sentença aberta com uma variável em um conjunto A, uma expressão p(x) tal que p(a) é falsa (F) ou verdadeiro (V ) para todo a ∈ A. Em outros termos, p(x) é uma sentença aberta em A se e somente se p(x) torna-se uma proposição (verdadeira ou falsa) todas as vezes que se substitui a variável x por qualquer elemento a do conjunto A(a ∈ A). Exemplo São sentenças abertas em N = {1, 2, 3, . . . , n, . . .} as seguintes expressões: x + 1 > 8 x + 5 = 9 x é primo Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 105 / 121
  • 106. Sentenças Abertas com duas Variáveis Definição Dados dois conjuntos A e B, chama-se sentença aberta com duas variáreis em A ∧ B, uma expressão p(x, y) tal que verdadeira (V ) ou falsa (F) para todo o par ordenado (a, b) ∈ AxB. Em outros termos, p(x, y) é uma sentença aberta em AxB se e somente se p(x, y) torna-se uma proposição (verdadeira ou falsa) todas as vezes que as variáveis x e y são substituídas respectivamente pelos elementos a e b de qualquer par ordenado (a, b) pertencente ao produto cartesiano AxB dos conjuntos A e B ((a, b) ∈ AxB). Exemplo Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {5, 6}. São sentenças abertas em AxB as seguintes expressões: x é menor que y x é o dobro de y Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 106 / 121
  • 107. Sentenças Abertas com n-Variáveis Definição Chama-se sentença aberta com n variáveis em A1xA2x . . . xAn, uma expressão p(x1, x2, . . . , xn) tal que p(a1, a2, . . . , an) é verdadeira (V ) ou falsa (F) para toda n-upla (a1, a2, . . . , an ∈ A1xA2x . . . xAn). Exemplo A expressão x + 2y + 3z < 18 é um sentença aberta em NxNxN, na qual, o termo ordenado (1, 2, 3), satisfaz esta sentença aberta, pois, 1 + 2 ∗ 2 + 3 ∗ 4 < 18. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 107 / 121
  • 108. Operações Lógicas sobre Sentenças Abertas As operações lógicas que definimos para proposições estendem-se naturalmente à sentenças abertas, e como podemos lembrar, são elas: Não (Negação), ¬ ; E (Conjunção), ∧; Ou (Disjunção), ∨; Se – então (Condicional), →;e Se e somente se (Bicondicional), ↔. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 108 / 121
  • 109. Operação de Negação Exemplo A negação da sentença aberta em R (Conjunto dos números reais): “x < 2” Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos sucessivamente: x x < 2 ¬(x < 2) 0 V F -1 V F 2 F V 5 F V π F V 8,57 F V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 109 / 121
  • 110. Operação de Conjunção Exemplo A conjunção das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais): “x > 2” ∧ “x < 8” Assim, para x = 5, x = π, x = 2, x = −1 e x = 8, 57, temos sucessivamente: x x > 2 x < 8 x > 2 ∧ x < 8 7 V V V π V V V 2 F V F -1 F V F 8,57 V F F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 110 / 121
  • 111. Operação de Disjunção Exemplo A disjunção das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais): “x < 2” ∨ “x > 8” Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos sucessivamente: x x < 2 x > 8 x < 2 ∨ x > 8 0 V F V -1 V F V 2 F F F 5 F F F π F F F 8,57 F V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 111 / 121
  • 112. Operação Condicional Exemplo A condicional das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais): “x < 2” → “x > 8” Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos sucessivamente: x x < 2 x > 8 x < 2 → x > 8 0 V F F -1 V F F 2 F F V 5 F F V π F F V 8,57 F V V Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 112 / 121
  • 113. Operação Bicondicional Exemplo A bicondicional das sentenças abertas em R (Conjunto dos números reais): “x < 2” ↔ “x > 8” Assim, para x = 0, x = −1, x = 2, x = 5, x = π e x = 8, 57, temos sucessivamente: x x < 2 x > 8 x < 2 ↔ x > 8 0 V F F -1 V F F 2 F F V 5 F F V π F F V 8,57 F V F Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 113 / 121
  • 114. Ementa do Curso 1 Introdução 2 Lógica Proposicional 3 Construção de Tabelas-verdade 4 Tautologia, Contradição e Contingência 5 Implicação Lógica 6 Equivalência Lógica 7 Álgebra das Proposições e Método Dedutivo 8 Inferência Lógica 9 Demonstração Indireta 10 Sentenças Abertas 11 Quantificadores Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 114 / 121
  • 115. Quantificador Definição O termo quantificação tem vários significados (gerais e específicos). Ele cobre toda ação que quantifique observações e experiências, traduzindo-as para números através da contagem e mensuração. É, portanto, a base para a matemática e para a ciência. Na linguagem e na lógica, a quantificação é uma construção que especifica a quantidade de indivíduos de um domínio de discurso que se aplicam a (ou satisfazem) uma fórmula aberta. Os dois tipos fundamentais de quantificação na lógica de predicados são: Universal, ∀x; e Existencial, ∃x. Importante Os quantificadores são interdefiníveis. Isto significa que uma fórmula com quantificador universal pode ser transformada em uma fórmula que contém apenas quantificadores existencial e vice-versa. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 115 / 121
  • 116. Quantificador Universal: ∀x Definição Seja p(x) um sentença aberta em um conjunto não vazio A(A = ∅) e seja Vp o seu conjunto-verdade: Vp = {x|x ∈ A ∧ p(x)} Quando Vp = A, isto é, todos os elementos do conjunto A satisfazem a sentença aberta p(x), podemos, então, afirmar: “Para todo elemento x de A, p(x) é verdadeira (V )”; ou “Qualquer que seja o elemento x de A, p(x) é verdadeira”. Exemplo Todo homem é fiel. Todo homem é mortal. Toda criança é verdadeira. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 116 / 121
  • 117. Quantificador Existencial: ∃x Definição Seja p(x) um sentença aberta em um conjunto não vazio A(A = ∅) e seja Vp o seu conjunto-verdade: Vp = {x|x ∈ A ∧ p(x)} Quando Vp não é vazio (Vp = ∅), então, um elemento, pelo menos, do conjunto A satisfaz a sentença abeta p(x), e podemos afirmar: “Existe pelo menos um x ∈ A” tal que p(x); ou “Para algum x ∈ A tal que p(x)”. Exemplo Existe vida em outros planetas. Existe mamífero que voa. Existe cidadão honesto. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 117 / 121
  • 118. Negação de Proposições com Quantificador Definição A negação da proposição (∀x ∈ A)(p(x)) é equivalente a afirmação de que, para ao menos um x ∈ A, p(x) é falsa ou ¬p(x) é verdadeira. Logo, subsiste a equivalência: ¬[(∀x ∈ A)(p(x))] ↔ (∃x ∈ A)(¬p(x)) Analogamente, a negação da proposição (∃x ∈ A)(p(x)) é equivalente a afirmar de que, para todo x ∈ A, p(x) é falsa ou ¬p(x) é verdadeira. Logo, subsiste a equivalência: ¬[(∃x ∈ A)(p(x))] ↔ (∀x ∈ A)(¬p(x)) Essas duas importantes equivalências são conhecidas por segunda regra de negação DE MORGAN. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 118 / 121
  • 119. Quantificação Múltipla Toda a sentença aberta precedida de quantificadores, um para cada variável, isto é, com todas as variáveis quantificadas, é uma proposição, pois, assume um dos valores lógicos V ou F. Exemplo 1 (∀x ∈ A)(∀y ∈ B)(p(x, y)); 2 (∀x ∈ A)(∃y ∈ B)(p(x, y)); ou 3 (∃x ∈ A)(∀y ∈ B)(∀z ∈ C)(p(x, y, z)). Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 119 / 121
  • 120. Quantificação Múltipla Exemplo Consideramos os conjuntos: H = {Jorge, Cláudio, Paulo}, M = {Suely, Cármen} e seja p(x,y) a sentença aberta em HxM:“x é irmão de y”. A proposição: (∀x ∈ H)(∃y ∈ M)(p(x, y)) se pode ler: “Para todo x de H existe pelo menos um y de M tal que x é irmão de y.” A proposição: (∃y ∈ M)(∀x ∈ H)(p(x, y)) se pode ler: “Pelo menos uma das mulheres de M é irmã de todos os homens de H”. Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 120 / 121
  • 121. Comutativa dos Quantificadores Quantificadores do mesmo tipo podem ser comutados: Exemplo (∀x)(∀y)(p(x, y)) ↔ (∀y)(∀x)(p(x, y)) (∃x)(∃y)(p(x, y)) ↔ (∃y)(∃x)(p(x, y)) Quantificadores de tipos diferentes não podem em geral ser comutados: Exemplo (∀x)(∃y)(x é filho de y) = (∃x)(∀y)(x é filho de y) Diego S. C. Nascimento (IFRN) Lógica Computacional Apresentação 121 / 121