2. CARTA ARGUMENTATIVA
Início: identifica o interlocutor. A forma de tratá-lo vai
depender do grau de intimidade existente. A língua
portuguesa dispõe dos pronomes de tratamento para
estabelecer esse tipo de relação entre interlocutores.
O essencial é mostrar respeito pelo interlocutor, seja
ele quem for. Na falta de um pronome ou expressão
específica para dirigir-se a ele, recorra ao tradicional
"senhor" "senhora" ou Vossa Senhoria.
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3. a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem
do parágrafo, aparecem o nome da cidade e a data
na qual se escreve. Exemplo:
Natal, 12 de fevereiro de 2015.
b) Vocativo inicial: após uma linha, também na margem
do parágrafo, há o termo por meio do qual você se
dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A
escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da
relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado
senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís
Inácio Lula da Silva, Senhor Fulano de Tal etc.
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4. c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a
principal diferença entre a dissertação tradicional e a
carta. Na carta, estabelece-se uma comunicação
particular entre um eu definido e um você definido.
Logo, você terá que ser bastante habilidoso para
adaptar a linguagem e a argumentação à realidade
desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre
vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a
um presidente de uma associação de moradores de um
bairro carente de determinada cidade. Esse senhor, do
qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio
completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser
mais simples do que a utilizada numa carta para um juiz,
por exemplo (as palavras podem ser mais simples, mas a
Gramática sempre deve ser respeitada...). Você deve
ter bom senso e equilíbrio para selecionar os argumentos
e/ou informações que não sejam óbvios ou
incompreensíveis àquele que lerá a carta.
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5. d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação
tradicional, recomenda-se que você evite dirigir-se
diretamente ao leitor por meio de verbos no imperativo
(“pense”, “veja”, “imagine”, etc.). Ao escrever uma
carta, essa prescrição cai por terra. Você até passa a ter
a necessidade de fazer o leitor “aparecer” nas linhas. Se
a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado no
decorrer do texto. Então, verbos no imperativo – que
fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor – e
vocativos são bem-vindos.
Observação: é falha comum entre os alunos-escritores
“disfarçar” uma dissertação tradicional de carta
argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o
vocativo inicial, um texto que não evoca em momento
algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome cuidado! Na
carta, vale reforçar, o leitor “aparece”..
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6. e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a
carta, é de praxe produzir, após uma linha (margem do
parágrafo), uma expressão que precede a assinatura do
autor. A mais comum é “Atenciosamente”, mas,
dependendo da sua criatividade e das suas intenções
para com o interlocutor, será possível gerar várias outras
expressões, como “De um amigo”, “De um cidadão que
votou no senhor”, De alguém que deseja ser atendido”,
etc.
f) Assinatura: em concursos, não se pode assinar o
próprio nome. Algumas bancam mandam que se use
um pseudônimo.
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