O documento analisa os efeitos da globalização no futebol entre as Copas de 1970 e 2014. Aproximadamente 25% dos jogadores atuavam em clubes de outros países na década de 1970, subindo para quase 80% em 2014. As ligas inglesa, italiana, alemã e espanhola têm fornecido a maior parte dos jogadores para as seleções nas últimas Copas, porém isso não necessariamente levou a melhores desempenhos esportivos.
2. 2
Muito se discute sobre a influência da globalização no futebol.
Ter jogadores estrangeiros é positivo para quem? Para o país que
exporta os jogadores ou para o país que passa a ter competições com
melhor nível técnico graças à presença destes jogadores?
Responder tais questionamentos e analisar as consequências que o
êxodo de jogadores pode ter no futebol são os objetivos do presente
trabalho.
No estudo consideramos todas as Copas do Mundo realizadas desde
1970 até 2014, daí analisamos as respectivas seleções participantes e
em que clube atuavam os jogadores de cada equipe.
A opção de não se utilizar as Copas anteriores foi motivada pelo fato
destas terem as seleções formadas basicamente por jogadores que
atuavam no próprio país, o que contaminaria a proposta do estudo.
INTRODUÇÃO
Produzido e editado por Jambo Sport Business
Idel Halfen
Luiz Ratto
Francisco Machado
JULHO 2013 – ATUALIZADO JULHO 2014 www.jambosb.com.br
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4. RESUMO DAS COPAS
OBSERVAÇÕES:
1 - Até a Copa de 1990, a Alemanha foi dividida em Oriental e Ocidental, porém para efeito dos cálculos
consideramos a Alemanha Ocidental como Alemanha, visto sua maior tradição no esporte.
2- A nomenclatura “pura” é para designar os jogadores que pertenciam às equipes do próprio país pelo
qual disputou a Copa do Mundo.
3 – A utilização da expressão “n/a” – não aplicável, ocorre devido ao fato dos sistemas de disputas e o
número de participantes terem se alterado ao longo do tempo. Em 1982, por exemplo, não houve
quartas de finais.
1970 1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014
campeão Brasil Alemanha Argentina Itália Argentina Alemanha Brasil França Brasil Itália Espanha Alemanha
vice Itália Holanda Holanda Alemanha Alemanha Argentina Itália Brasil Alemanha França Holanda Argentina
3o lugar Alemanha Polonia Brasil Polonia França Itália Suécia Croácia Turquia Alemanha Alemanha Holanda
4o lugar Uruguai Brasil Itália França Bélgica Inglaterra Bulgária Holanda Coréia do Sul Portugal Uruguai Brasil
% jogadores campeões no país 100 95,5 90,9 100 63,6 77,3 50 45,5 56,5 100 87 70
% equipes puras entre os 4 75 50 50 50 12,5 25 25 0 0 25 25 0
% equipes puras entre os 8 87,5 37,5 37,5 na na 12,5 25 0 0 12,5 12,5 0
% equipes puras entre os 12 na na na 25 na na na na na na na na
% equipes puras entre os 16 81,3 43 50 na 18,8 18,8 18,8 6,3 0 6,3 18,8 0
% equipes puras entre os 24 na na na 16,7 20,5 25 16,7 na na na na na
% equipes puras entre os 32 na na na na na na na 12,5 3,1 6,3 12,5 3,1
5. 5
O quadro anterior nos mostra que de 1970 a 1982, as
seleções campeãs tiveram mais de 90% dos jogadores do
elenco atuando em clubes do próprio país.
Em 1986 e 1990, o percentual caiu para 63,6% e 77,3%,
respectivamente.
De 1994 a 2002, os índices foram ainda menores, se situando
entre 45% e 56%.
Já 2006 voltou a ter um campeão com 100% dos jogadores
atuando no país.
Em 2010, a campeã teve 87% dos atletas advindos de clubes
locais e em 2014, 69%.
O que pode ser percebido aqui é que, excetuando as
primeiras Copas, quando o processo de globalização no
futebol ainda era incipiente, o percentual de jogadores
atuando em clubes locais tem muito mais relação com o
poder econômico das nações do que propriamente com o
desempenho técnico.
RESUMO DAS COPAS
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6. Já o quadro ao lado nos traz toda a evolução do processo de
globalização ao longo das Copas.
Em 1970, o percentual de jogadores que atuavam em clubes
oriundos dos países das próprias seleções que
representavam era de 98,28%, passadas duas décadas caiu
para 72,59% , uma queda de mais de 25 pontos percentuais.
Tal índice foi decrescendo a cada Copa, até que em 2014
atingiu 20,38%.
O número de ligas/campeonatos que tiveram pelo menos
um representante na Copa também aumentou de forma
significativa.
Em 1970 eram 18, numa Copa em que participaram 16
seleções, nessa última foram 52, porém com o dobro de
seleções participantes.
RESUMO DAS COPAS
% jogadores que # de ligas
Copas atuam no pais presentes
1970 98,28 18
1974 88,07 25
1978 89,20 20
1982 82,51 32
1986 75,28 31
1990 72,59 29
1994 61,55 34
1998 56,17 38
2002 51,09 43
2006 46,47 48
2010 40,76 53
2014 20,38 52
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8. 8
Nessa parte do estudo tentaremos identificar
se existe alguma correlação entre a qualidade
técnica das ligas/campeonatos com o
desempenho das seleções destes países na
Copa do Mundo.
O critério para se avaliar a qualidade técnica
foi a quantidade de jogadores convocados
para as respectivas edições da Copa do
Mundo que lá atuam, ou seja, uma liga que
tenha 30 jogadores atuando em seus clubes
será considerada melhor tecnicamente do que
uma que tenha 15.
Já para o desempenho das seleções,
consideramos a classificação - quando esta se
situou entre as quatro primeiras – e a fase em
que foram eliminadas.
PARTICIPAÇÃO DAS LIGAS
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9. • Ao lado de cada liga há a respectiva quantidade de atletas e o percentual que representa em relação
ao total.
• A última coluna corresponde ao somatório do percentual das 5 ligas que mais cederam jogadores.
• Em 1974, não foi explicitado o nome de nenhuma liga na 3ª posição, pois seis cederam quantidades
iguais.
PARTICIPAÇÃO DAS LIGAS
Copas Primeiro Qtde. % Segundo Qtde. % Terceiro Qtde. % % das top 5
1970 Italia 24 6,9 Bélgica 23 6,6 Mexico 23 6,6 32,7
1974 Brasil 27 7,7 Alemanha 24 6,8 6 ligas 22 6,3 33,2
1978 Alemanha 30 8,5 Espanha 24 6,8 França 24 6,8 34,9
1982 Inglaterra 50 9,5 França 31 5,9 Bélgica 28 5,3 34,9
1986 Itália 38 7,2 França 36 6,8 Espanha 28 5,3 30,6
1990 Itália 53 10,0 Inglaterra 47 8,9 Espanha 32 6,0 34,8
1994 Espanha 46 8,7 Alemanha 45 8,5 Itália 45 8,5 36,2
1998 Inglaterra 74 10,5 Espanha 70 9,9 Itália 70 9,9 42,1
2002 Inglaterra 102 13,9 Itália 75 10,2 Alemanha 59 8,0 47,6
2006 Inglaterra 99 13,5 Alemanha 75 10,2 Itália 61 8,3 47,1
2010 Inglaterra 116 15,8 Alemanha 85 11,5 Itália 78 10,6 52,0
2014 Inglaterra 115 15,6 Itália 83 11,3 Alemanha 76 10,3 52,0
LIGAS QUE MAIS TIVERAM JOGADORES CONVOCADOS PARA SELEÇÕES
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10. 10
Desde a Copa de 1998, a Premier League – Campeonato
Inglês – tem sido o que abriga mais jogadores das seleções
participantes dos mundiais, fato que também ocorreu em
1982.
Nesses anos, os melhores desempenhos da seleção inglesa
se restringiram a duas quartas finais em 2002 e 2006.
• 2002 - foi eliminada pelo Brasil, que viria a se sagrar
campeão e tinha apenas 15 jogadores de seleções
disputando seu campeonato, 2,0%.
• 2006 – foi derrotada por Portugal que tinha 20
jogadores (2,7%) em ação no campeonato local.
• Em 1982, 1988 e 2010 caiu nas oitavas de final/2ª fase.
• Na Copa de 2014 não ultrapassou a fase de grupos.
Vale destacar os elevados percentuais de participação da
liga, nas últimas edições superior a 15% em 2010 e 2014.
PARTICIPAÇÃO DAS LIGAS
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11. 11
O Campeonato Italiano – Serie A - já foi o que teve mais
jogadores de seleções em três Copas:
• 1970 - com uma quantidade pouco significativa: 24
jogadores, ou seja, apenas dois a mais do que os que
defendiam a própria seleção.
• 1986 - foi eliminada nas oitavas de final pela França,
país cuja liga naquele ano teve seu campeonato como
o segundo em termos de jogadores de seleções (36
contra 38 da Itália).
• 1990 – 3ª colocada no Mundial.
Nas edições de Copa do Mundo em que a Itália foi
campeã:
• 1982 - o campeonato italiano foi o 4º com maior
quantidade de jogadores de seleções (5,1%) .
• 2006 - quando cedeu 8,3% dos atletas convocados
para a Copa e foi a 3ª liga nesse quesito.
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12. 12
Apenas em uma Copa, o Campeonato Espanhol – La
Liga – foi a que mais teve jogadores de seleções em
seus clubes. Na verdade, um a mais do que tiveram
os campeonatos alemão e italiano.
• 1994 - Nessa Copa, a seleção espanhola foi
eliminada nas quartas de final para Itália, que se
sagraria vice-campeã.
• A Alemanha caiu na mesma fase diante da
Bulgária, cuja liga teve a participação de apenas
3 jogadores de seleções (0,6%).
No ano em que a Espanha foi campeã mundial:
• 2010 - 60 jogadores que participaram da Copa
do Mundo, atuavam por clubes espanhóis, o
que fez desta liga, a 4ª colocada no atributo em
questão.
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13. No período analisado, o Campeonato Alemão- Bundesliga
- foi uma vez, o que mais teve jogadores disputando a
Copa:
• 1978 - foram 30 jogadores, 8,5%. Já o desempenho da
seleção não foi satisfatório, pois foi eliminada na 2ª
fase da Copa.
Nas Copas em que se sagrou campeã:
• 1974 – foi a 2ª liga com mais jogadores de seleções
com 6,8%.
• 1990 - 4ª com 5,3%.
• 2014 - 3ª com 10,3%.
• A Bundesliga e a Serie A se revezam nas 2ª e 3ª
posição desde a Copa de 2002.
• Nesse período, a La Liga só perdeu a 4ª colocação em
2006 para a Ligue 1 – Campeonato Francês .
Vale ainda relatar que em 1974, o campeonato brasileiro
foi líder nesse atributo, porém com apenas 27 jogadores
(7,7%).
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14. • Desde a Copa de 1998, os campeonatos de 5
países ocupam as 5 primeiras posições no
tocante a “ligas com mais jogadores de
seleções”: Inglaterra, Itália, Alemanha,
Espanha e França.
• Outro índice que merece atenção é o de
concentração das 5 principais ligas, que a
partir de 1998 ultrapassou a barreira dos 40%
e nas duas últimas Copas atingiu 52%.
• Se fizéssemos uma analogia ao mercado de
certos ramos de atividade, poderíamos supor
estarmos diante de um processo de
consolidação. O que só não corresponde a
esta realidade, pois não existe, pelo menos a
médio prazo, a possibilidade de aquisições
e/ou fusões entre ligas.
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15. • Esse quadro se difere do anterior por mostrar a quantidade de seleções “supridas” pelas ligas, enquanto
que o primeiro trouxe a quantidade de jogadores convocados que atuavam na liga.
• Em termos de classificação não há variações muito significativas, podendo serem ressaltadas: i - a
liderança da Espanha em 1982, enquanto que no outro quadro a líder foi a Inglaterra; ii - a da França em
1990 tomando o lugar da Itália; iii - a da Alemanha em 1994 em relação à Espanha; iv - a da Espanha em
1998 que tomou o lugar da Inglaterra.
PARTICIPAÇÃO DAS LIGAS
RANKING DAS LIGAS QUE MAIS SUPRIRAM SELEÇÕES
Copas Primeiro Qtde. % Segundo Qtde. % Terceiro Qtde. %
1970 Itália / Bélgica / México 2 12,5
1974 Espanha 5 31,3 Brasil 4 25,0 França 3 18,8
1978 Alemanha/Bélgica 4 25,0 Espanha/França 3 18,8 México / Holanda 2 12,5
1982 Espanha 9 37,5 França / Bélgica 7 29,2 Inglaterra / Espanha 5 20,8
1986 Itália 9 37,5 França 7 29,2 Inglaterra / Espanha 5 20,8
1990 França 11 45,8 Itália 10 41,7 Espanha 9 37,5
1994 Alemanha 14 58,3 Espanha 11 45,8 Itália 10 41,7
1998 Espanha 20 62,5 Inglaterra / Itália / Alemanha 17 53,1 França 13 40,6
2002 Inglaterra 22 68,8 Itália 20 62,5 Alemanha 19 59,4
2006 Inglaterra 25 78,1 Alemanha 24 75,0 Itália 19 59,4
2010 Inglaterra 27 84,4 Alemanha 24 75,0 Itália 20 62,5
2014 Inglaterra 28 87,5 Itália / Alemanha 22 68,8 Espanha 19 68,8
16. Pelo ranking apresentado no slide anterior temos que:
• A Inglaterra não apresenta o mesmo número de Copas
como líder, que ostentou no quadro que fazia referência à
quantidade de jogadores.
O que pode ser fruto de um receio inicial de trazer jogadores
que não falassem o idioma e/ou viessem de localidades
distantes.
A possibilidade de não focarem interesses estratégicos de
“venderem” seu campeonato para países que poderiam se
sentir atraídos pela presença de um de seus representantes,
assim como bem faz a NBA, também não pode ser descartada
como causa.
Hoje, no entanto, a situação mudou bastante, a ponto de terem
disputando a Premier League jogadores provenientes de 28
seleções que participaram da Copa do Mundo de 2014, o que
equivale a 87,5%.
O que denota claramente, um processo evolutivo que vem
desde 1994, quando esse índice era de apenas 29,2%.
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17. Para finalizar a análise sobre as Ligas/Campeonatos Nacionais, abordaremos
mais duas situações que costumam ocorrer nesse cenário:
• Ligas que, mesmo sem as seleções terem participação frequente em
Copas, têm uma quantidade razoável de jogadores de seleções.
A Super Lig da Turquia ilustra bem esse caso, vide a Copa de 2014, pois com
26 jogadores “selecionados” ficou atrás apenas das 5 maiores ligas e da
Rússia.
• No extremo desse caso, temos as seleções que participam da Copa do
Mundo com reduzidíssimo número de jogadores filiados a clubes de sua
liga.
A Irlanda do Norte, por exemplo, disputou as Copas de 1990, 1994, 1998 e
2002 sem nenhum jogador que atuasse no país.
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19. Por mais dados que tenham sido coletados, estimar com a devida
certeza a influência de se exportar e importar jogadores no que
tange ao grau de competitividade das seleções é algo
extremamente complexo.
Peguemos a título de ilustração a Copa de 2014, que pode nos
fornecer os mais variados exemplos de que se concentrar em uma
única variável para se obter conclusões sobre fatos esportivos é o
caminho mais curto para se perder a credibilidade. Vejamos, então:
• A Inglaterra, equipe cujo país teve a liga com mais jogadores das
seleções, foi eliminada ainda na fase de grupos.
• A seleção da Itália, com 20 jogadores do elenco atuando nos
clubes do país (87%), também foi eliminada na mesma fase.
• A seleção alemã que tinha 70% do elenco atuando na
Bundesliga foi a campeã.
• Enquanto a Argentina, vice-campeã, tinha 13% do elenco
disputando seu campeonato, o qual foi responsável pelo
suprimento de 0,95% dos “selecionados” da Copa.
CONSIDERAÇÕES
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20. Diante do exposto, precisamos primeiramente deixar claro que o
desempenho esportivo de qualquer equipe sofre uma série de
influências incontroláveis.
Esses fatores “variáveis” vão desde a capacidade financeira até
aspectos relacionados à qualidade dos jogadores, passando,
obviamente, pelo planejamento para se chegar aos objetivos
propostos e aos métodos de treinamento.
Portanto, não basta simplesmente querer trazer os melhores
jogadores para disputarem sua liga, se os clubes não tiverem
condições de arcar com essas despesas, por outro lado, também
não adianta querer reter seus melhores talentos sem recursos
para remunerá-los.
Em nossa análise, pudemos observar que as ligas mais ricas
atraem os melhores jogadores, entretanto, esse fato não é
garantia de uma seleção mais forte, até porque, nunca uma
seleção oriunda do país que tivesse em seus clubes a maior
quantidade dos jogadores selecionados, venceu uma Copa do
Mundo naquele ano.
CONSIDERAÇÕES
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21. Obviamente, argumentar que ter os melhores jogadores naquele
campeonato prejudica o desempenho daquela seleção também não
é correto.
Contudo, é possível afirmar sem a menor margem de erro que um
campeonato com grande número de bons jogadores tem uma
atratividade muito maior não só perante ao público, como também
perante à mídia, aos patrocinadores e aos praticantes.
Essa maior atratividade é, sobretudo, geradora de receitas, já que:
• os torcedores consomem mais ingressos e produtos
relacionados aos seus times;
• as redes de comunicação pagam valores maiores já que
passam a ter um conteúdo de alta qualidade e dessa forma
uma audiência maior (fundamental para obtenção de
anunciantes)
• os patrocinadores se sentem mais seguros para investir na
associação de suas marcas a campeonatos e clubes fortes.
• a internacionalização da liga, propiciada pela vinda de
estrangeiros, faz com países que até então não
acompanhavam aquele campeonato, passam a fazê-lo já
que seu “ídolo local” atua lá.
CONSIDERAÇÕES
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22. Há ainda, o fomento ao esporte no que diz respeito,
também, ao número de praticantes, isso porque, a existência
de ídolos e a perspectiva de entrar num mercado de “boas
oportunidades financeiras” fazem com que os mais jovens
levem mais a sério a possibilidade de se tornar um “jogador
de futebol”.
Jamais podemos esquecer que as modalidades esportivas
concorrem entre si de alguma forma, seja na disputa pela
audiência, pelos patrocínios ou pela quantidade de
praticantes.
• Aqui chegamos ao ponto nevrálgico da análise: COMO
INCLUIR JOGADORES VINDOS DA DIVISÃO DE BASE EM
EQUIPES ABARROTADAS DE ESTRANGEIROS”
Evidentemente que propiciar a oportunidade de um garoto
conviver com uma estrela consagrada é bastante benéfico,
porém temos que considerar que potenciais promessas
podem ficar pelo caminho em função do menor número de
oportunidades.
CONSIDERAÇÕES
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24. Diante de todos os dados coletadas, análises processadas e considerações feitas, chegamos, enfim,
às duas principais conclusões deste estudo:
1 – Existe uma “silenciosa” COMPETIÇÃO ENTRE LIGA E SELEÇÃO nos países.
2 – É crescente o NIVELAMENTO ENTRE AS SELEÇÕES em função do intercâmbio.
CONCLUSÕES
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25. • Tanto a Liga quanto a seleção “competem” por
recursos financeiros.
• A possibilidade de faturamento com as ligas tem
maior abrangência, pois atinge mais pessoas,
tem uma duração maior, o que,
consequentemente, traz mais receitas.
• Quanto maior a atratividade da Liga maior a
possibilidade de faturamento.
• Um forte fator de atratividade é a presença de
jogadores “consagrados”, sendo a importação
destes uma forma de aumentar a quantidade de
craques e internacionalizar o campeonato.
• Por outro lado, as vagas para os jovens
jogadores locais diminuem.
Eventuais processos de regulamentação, não são
fáceis de serem implementados, pois envolve o
risco de abrir espaço para outras ligas se
fortalecerem através da cooptação dos jogadores
estrangeiros que não venham a ser absorvidos.
LIGA VS. SELEÇÃO
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26. A evolução do processo descrito no slide
anterior nos leva a voltar os olhos para o caso
dos países sem condições de terem os melhores
jogadores em seus campeonatos.
Aqui veremos que as seleções destes países
ficaram mais competitivas por duas razões:
• Os jogadores que atuam no exterior
passam a ser mais exigidos.
• Surge mais espaço para jovens nas equipes
locais, o que favorece a renovação.
Evidentemente, essa assertiva não pode ser
considerada absoluta, já que muitas destas
equipes acabam repatriando antigos ídolos que
até podem ser úteis, mas que não têm mais o
mesmo rendimento de outrora e tiram o espaço
de eventuais promessas.
CONCLUSÕES
27. Por outro lado podemos constatar, através
da análise de rendimento das seleções dos
países em que as ligas não são tão
poderosas, que tem diminuído a diferença
técnica entre as equipes. O que parece
indicar que a transferência de jogadores de
países mais pobres e com menos tradição
no esporte para outros centros mais
desenvolvidos eleva de patamar o nível de
performance das equipes.
CONCLUSÕES