O documento discute o desafio dos professores na era digital de promover a interatividade na sala de aula. A pedagogia de transmissão se tornou obsoleta e os alunos adquirem conhecimento fora da sala de aula através da troca de informações online. Os professores precisam assumir o papel de facilitadores que permitem aos alunos interagir, criar e ser coautores do conhecimento. A sala de aula deve ser um espaço aberto para múltiplas interpretações e construção coletiva do saber.

1. Os Professores e o Desafio
Comunicacional da
Cibercultura
Cibercultura – Lugar que “se constrói e se entende por meio da
interconexão das mensagens entre si, por meio de sua vinculação
permanente com as comunidades virtuais”.
Pierre Lévy
Aluna: Isabel Cristina Berlandi Peregrina

2. A Pedagogia de transmissão ficou
obsoleta na cibercultura
Absoslência da sala de aula centrada na pedagogia de
transmissão
• Professor detentor do conhecimento (emissor) e o aluno um
mero expectador. Não possibilitando à interação.
• A maior interação acontece fora da sala de aula, onde com os
avançados recursos tecnológicos os alunos adquirem maior
conhecimentos, através da troca de informações.

3. • Não há sentindo de grandes investimentos por parte dos gestores
dos setores educacionais, se não estiverem atentos a mudança da
forma de transmissão centrada na pedagogia de transmissão.
• Na sociedade contemporânea, às mudanças acontecem muito
rápidas e é necessário que haja uma mudança na pratica
pedagógica a partir da conscientização do professor para a
necessidade de acompanhar essas mudanças. É preciso integrar o
conteúdo a tecnologia, as estratégias da aprendizagem e também a
forma de ensino, sendo o elo entre o aluno e a comunidade
científica , onde se estabeleça uma comunicação conversacional,
permitindo ao aluno ser um coautor de seus conhecimentos.
Isabel Cristina

4. O professor precisa realmente assumir seu papel de agente
transformador, permitindo ao aluno ser tornar um receptor
ativo, isto é, participativo, que permita que ele interaja diante as
informações, e de sua contribuição, que promova conflito de
ideias, para a reconstrução do conhecimento, crie o ambiente
favorável para o desenvolvimento da criatividade, para que o aluno
seja criador, coautor de seus conhecimento.
Isabel Cristina
A educação autêntica não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B.
Paulo Freire

5. Interatividade: um mero modismo ou
um novo paradigma
Professor construtivista é aquele que:
• Promove a educação autêntica de A com B.
• Criar as possibilidades para que o aluno crie sua própria produção ou construção.
• Criar possibilidades para os indivíduos seja capazes de fazer coisas novas e não simplesmente
repetir o que as outras gerações fizeram.
• É preciso que o professor supere a postura ainda existente do professor
transmissor de conhecimentos. Passando, sim, a ser aquele que imprime a direção
que leva à apropriação do conhecimento que se dá na interação. Interação entre
aluno/aluno e aluno/professor, valorizando-se o trabalho de parceria
cognitiva;....elaborando-se situações pedagógicas onde as diversas linguagens
estejam presentes. As linguagens são, na verdade, o instrumento fundamental de
mediação, as ferramentas reguladoras da própria atividade e do pensamento dos
sujeitos envolvidos.
É preciso que haja um posicionamento do professor mediante os recursos tecnológicos que fazem
parte da linguagem digital dos alunos, para que haja uma real interação. Isabel Cristina

6. A Pedagogia do Parangolé
O parangolé ensina ainda que a interatividade supõe a disponibilização de múltiplas
dobras e redes articulatórias. Ele não propõe uma mensagem fechada , mas oferece
camadas de redes de conexões, permitindo ao participador ampla liberdade de
operabilidade, associação e significação.
Na pedagogia do parangolé, o aprendiz é convidado a criar sentidos com seus colegas
e com o próprio professor que propõem a aprendizagem.
Criar o ambiente favorável ao aluno para expor suas ideias e interagir com seus
colegas que também queiram contribuir com suas informações, possibilitando a troca
e nesse ambiente rico de ideias, se faça a construção de conhecimento.
É com uma linguagem comunicacional conversacional, refletindo dentro do
pensamento complexo que varias conexão são feitas.

7. Mídia de massa e mídia digital: contribuições
para a Educação
Mídia Clássica, sua mensagem está fechada em sua estabilidade material, sua desmontagem-
remontagem pelo leitor-receptor-espectador exigirá desse basicamente a expressão imaginal, isto é, o
movimento próprio da mente livre e conectiva que interpreta mais ou menos livremente.
Mídia digital, (internet, celular) faz melhor a difusão da mensagem que pode ser
manipulada, modificada à vontade graças ao controle da microestrutura. Imagem , som, texto, não tem
materialidade fixa. Podem ser manipulado, dependendo unicamente da opção crítica do usuário ao
lidar com o mouse, tela tátil, joystick, teclado etc...
Na mídia digital o interagente, usuário-operador participante experimenta uma grande evolução.

8. Hoje mais do que nunca a sala de aula está vinculada a tecnologia digital, seja
através dos hipertextos, como as redes sociais, não sendo só um espaço de bate-
papo e trocas de informações, mas realmente um espaço de criações, divulgações
e de autorias de suas produções.
O universal na cibercultura não liga a informação a uma pessoa ou órgão, mas a uma
coletividade de pensamentos e reflexões compartilhadas.
Na moda a jornalista Gloria Kalil em uma de suas palestras citou algo interessante.
Grandes estilistas estão indo as ruas para construir suas coleções, isso desde a década
de 70, mas hoje a “rua” também é a web. Como é o caso do site lookbook.nu onde as
pessoas postam fotos de seus “looks” para serem comentadas e com isso gerando
um banco de referencias visuais na área.

9. Cibercultura possibilitando a criação de design de produtos que observamos nas
camisas, canecas e brindes em geral
baseadas em memes da internet.
Percebemos que através dessa comunicação (conexão) transcultural eles são capazes
de ditar modas, influenciar por exemplo nos design de objetos consumidos pela
sociedade moderna, imaginemos na sala de aula dentro de um espaço bem
explorado e orientado. É isso que eles precisam se tornarem autores de suas
criações.

10. Docência Interativa presencial e on-line
O papel do professor diante dá nova modalidade comunicacional conversativa
promovendo a interatividade entre o emissor e receptador na sociedade
contemporânea:
 Formulador de problemas
 Provocação de situações
 Arquiteto de percursos
 Mobilizador das inteligências múltiplas e coletivas na experiências do
conhecimento
Levy, propõe a repensar completamente o papel do conhecimento/informação/comunicação na
sociedade, pois víamos esses fatores como algo secundário influenciado pela política e economia.
A nova mídia é o berço no qual o bebê se deita.
Pierre Levy

11. A cibercultura é relação entre a tecnologia e a comunicação, que
começaram a caminhar lado a lado com a evolução tecnológica que
gerou a convergência entre informática e telecomunicação.
Pierre Levy
A sala de aula presencial ou on-line deve está aberta a múltiplas
interpretações, uma montagem de conexões em rede que permita múltiplas
ocorrências. Ele pode ser um formulador de problemas, provocador de
situações, arquiteto de percursos e mobilizador da experiência da construção
coletiva do conhecimento.
Marco Silva

12. “Não quero de forma alguma dar a impressão de que tudo o que é feito com
as redes digitais seja “bom”. Isso seria tão absurdo quanto supor que todos
os filmes sejam excelentes. Peço apenas que permaneçamos
abertos, benevolentes, receptivos em relação à novidade”.
Pierre Levy