O documento discute o câncer colorretal, incluindo sua definição, fatores de risco, sinais, diagnóstico, estágios e opções de tratamento. O rastreamento é recomendado a partir dos 50 anos para detecção precoce, melhorando as taxas de sobrevida. Mudanças no estilo de vida como dieta saudável e exercícios físicos podem reduzir o risco de desenvolvimento deste tipo de câncer.
3. O que é o Câncer Colorretal?
O câncer colorretal é o quinto tipo mais incidente no Brasil, atrás do câncer de
próstata, mama, colo do útero e pulmão. O câncer de intestino quando detectado
precocemente, tem grande chance de cura. A maioria dos casos se desenvolve a partir
de pólipos que crescem na superfície interna do intestino grosso, podendo invadir e se
espalhar para outros órgãos. A melhor maneira de preveni-lo, é a detecção e
diagnóstico precoce e a remoção dos pólipos antes que se transformem de fato num
câncer.
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4. Como se inicia o Câncer Colorretal?
O câncer colorretal muitas vezes se inicia como um pólipo - tumor benigno na
superfície interior do cólon. Os dois tipos mais comuns de pólipos intestinais são os
adenomas e os pólipos hiperplásicos. Eles se desenvolvem quando ocorrem erros na
maneira como as células crescem e reparam o revestimento do cólon. A maioria dos
pólipos permanece benigna, mas alguns têm o potencial de se tornarem cancerígenos.
Removê-los precocemente é importante para prevenir o câncer colorretal.
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5. Fatores de Risco não Controlados
O risco de câncer colorretal depende da genética e do estilo de vida. Alguns fatores de
risco não podem ser controlados, como:
• Idade - a maioria dos pacientes têm mais de 50.
• Pólipos ou doenças inflamatórias intestinais.
• Histórico familiar de câncer colorretal.
• Histórico de câncer de ovário ou de mama.
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6. Fatores de Risco que Podem ser Evitados
Alguns fatores que aumentam o risco de câncer colorretal podem ser controlados:
• Dieta rica em carnes vermelhas ou processadas, ou carnes cozidas em altas
temperaturas.
• Estar acima do peso (excesso de gordura ao redor da cintura).
• Praticar poucos exercícios físicos.
• Tabagismo e alcoolismo.
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7. Sinais de Alerta do Câncer Colorretal
Geralmente, não há sinais de alerta específicos para o câncer colorretal. Por esta razão, é
importante fazer o rastreamento. A detecção precoce da doença significa que ela pode ser
curada. No entanto, conforme a doença progride, os pacientes podem observar sangue nas
fezes, dor abdominal, alteração do hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia), perda de
peso inexplicada ou fadiga. Quando esses sintomas estão presentes, geralmente os tumores
já têm um tamanho considerável e são mais difíceis de tratar. É importante lembrar que
esses sintomas podem ser de outras doenças que não câncer, por isso frente a seu
aparecimento consulte imediatamente um médico.
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8. Rastreamento do Câncer Colorretal
Como o câncer colorretal é silencioso, o rastreamento é importante para a detecção
precoce da doença. O rastreamento é recomendado a partir dos 50 anos e deve ser
repetido a cada 10 anos. É realizada uma colonoscopia, procedimento que utiliza um
tubo flexível com uma câmera na extremidade para examinar todo o cólon e reto. A
colonoscopia não só encontra tumores precocemente, como pode realmente prevenir
o câncer colorretal pela possibilidade de remoção de pólipos durante o exame.
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9. Colonoscopia Virtual
É um exame alternativo à colonoscopia, que utiliza imagens de tomografia
computadorizada para construir imagens bidimensionais e tridimensionais do interior do
cólon e do reto, permitindo a localização de pólipos e outras anormalidades. Este exame é
útil para pessoas que não querem fazer exames invasivos como a colonoscopia e pode ser
realizado rapidamente sem qualquer sedação. A principal desvantagem desta técnica é que,
se pólipos ou outras áreas suspeitas forem visualizadas, será necessária a realização da
colonoscopia para remoção dos pólipos e melhor visualização das áreas suspeitas.
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10. Raios X do Cólon (Série Gastrointestinal Inferior)
Este exame é realizado utilizando o contraste bário, que cobre o revestimento do
intestino delgado, do cólon e do reto. Como os raios X não atravessam o bário, é
possível delinear quaisquer anormalidades no revestimento destes órgãos. Assim
como na colonoscopia virtual, qualquer anormalidade que seja detectada nos raios X
será necessária a realização da colonoscopia para remoção dos pólipos e melhor
visualização das áreas suspeitas.
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11. Diagnóstico do Câncer Colorretal
Se os exames realizados sugerirem a presença de um tumor, o próximo passo é a biópsia,
para confirmação diagnóstica e estadiamento da doença. Durante a colonoscopia, serão
retirados os pólipos e amostras de tecidos suspeitos que se encontrem em qualquer parte do
cólon. A amostra removida durante a biópsia é analisada por um patologista, médico
especializado na interpretação de exames laboratoriais e avaliação de células, tecidos e
órgãos para diagnosticar a doença. Se células cancerosas estão presentes, o patologista
determinará o tipo de câncer de intestino a que corresponde.
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12. Estadiamento do Câncer Colorretal
O estadiamento descreve aspectos do tumor, como localização, se disseminou, e se está afetando
as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio da doença ajuda na definição do tipo de
tratamento a ser realizado e a prever o prognóstico do paciente.
• Estágio 0 - A doença está localizada apenas na parte interna do cólon ou do reto
• Estágio I - O câncer não se espalhou para além da parede interna do cólon ou do reto.
Estágio II - O tumor cresceu dentro da parte interna do cólon ou reto, mas não atravessou a
parede do intestino.
• Estágio III - O tumor se disseminou para um ou mais linfonodos próximos.
• Estágio IV - O tumor se disseminou para outras partes do corpo, como fígado, pulmão ou
ossos.
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13. Estadiamento e Taxa de Sobrevida
As perspectivas da recuperação do paciente dependem do estadiamento da doença. A
taxa de sobrevisa de cinco anos está relacionada ao percentual de pacientes que vivem
pelo menos cinco anos após o diagnóstico. O estágio I tem uma taxa de 74% de
sobrevida em cinco anos, enquanto o estágio IV tem uma taxa de sobrevida em cinco
anos de 6%.
O diagnóstico precoce e o estágio inicial da doença são muito importantes e
determinam um bom prognóstico ao paciente.
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14. Cirurgia do Câncer Colorretal
O tratamento usual do câncer colorretal é a cirurgia para retirada do tumor e tecidos
adjacentes. No caso de tumores grandes, pode ser necessário retirar uma seção inteira
do cólon ou do reto. Para tumores em estágio inicial a cirurgia tem uma taxa de cura
muito elevada. Se a doença se espalhou para o fígado, pulmões ou outros órgãos, a
cirurgia não oferece uma chance de cura, mas a retirada dos tumores, quando possível,
pode diminuir os sintomas.
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15. Tratamento do Câncer Colorretal Avançado
Quando a doença se disseminou para um ou mais nódulos linfáticos (estágio III),
pode, em alguns casos, ainda ser curada. O tratamento geralmente envolve uma
combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em casos de recidiva após o
tratamento inicial ou disseminação para outros órgãos, se torna mais difícil obter a
cura. Mas, ainda assim a radioterapia e a quimioterapia podem aliviar os sintomas e
ajudar os pacientes a viverem melhor.
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16. Gerenciando a Quimioterapia
Muito tempo já se passou desde a época em que as náuseas e os vômitos eram efeitos
colaterais inevitáveis da quimioterapia. As drogas utilizadas atualmente causam
menos efeitos colaterais que no passado, além de já existirem disponíveis no mercado
medicações para ajudar a prevenir esses efeitos tão desagradáveis. Os protocolos
clínicos continuam a testar novos medicamentos que sejam mais eficazes e toleráveis.
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17. Ablação por Radiofrequência
A ablação por radiofrequência utiliza calor para destruir os tumores. Guiado por uma
tomografia computadorizada, o médico insere um dispositivo em forma de agulha que
libera calor diretamente no tumor e áreas adjacentes. Esta técnica é uma alternativa
para os tumores que não podem ser retirados cirurgicamente. Em pacientes com
metástases hepáticas que não podem ser removidas por cirurgia, a quimioterapia é às
vezes combinada com a abalção por radiofrequência para a destruição dos tumores.
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18. Prevenção do Câncer Colorretal e Dieta
Existem algumas atitudes que você pode adotar para reduzir drasticamente suas
chances de desenvolver câncer colorretal. Os pesquisadores estimam que ter uma dieta
saudádel, fazer exercícios físicos e controlar a gordura corporal poderia evitar em 45%
os casos de câncer colorretal. Recomenda-se uma dieta com baixo teor de gordura, que
inclua muita fibra e pelo menos cinco porções de frutas e vegetais por dia.
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19. Prevenção do Câncer e Exercícios Físicos
A atividade física parece ser uma arma poderosa na defesa contra o câncer colorretal.
Um estudo recente mostrou que as pessoas mais ativas são 24% menos propensas a ter
um câncer do que as pessoas menos ativas. Independente da atividade física estar
ligada ao trabalho ou ao lazer. Recomenda-se a prática de alguma atividade física cinco
ou mais dias por semana, durante pelo menos 30 minutos por dia.
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